Tinha dirigido praticamente a maior parte do caminho, achava que seria uma "aventura" interessante fazer as coisas daquele jeito. Sua mudança total não tinha chego, então a casa estava vazia e espaçosa. Em Manhattan seu apartamento era consideravelmente grande para os padrões da cidade, mas nada se comparava a casa que comprará em New Hampshire, a parte da frente possuía uma enorme varanda de frente ao lago que corria próximo à casa, ela tinha também dois grandes andares e ele sinceramente não saberia onde começava e terminava seu quintal se não existissem as pequenas cercas brancas em volta das outras casas - tinha dois vizinhos próximos, pelo que pode ver no caminho - trouxera no carro algumas roupas e coisas que achou que ia precisar até a mudança chegar no dia seguinte, era início de manhã ainda e pensou que talvez fosse bom dar uma fuçada no centro da cidade.
Era uma cidade pequena - e se impressionava por ser ainda possível encontrar um lugar como aquele nos Estados Unidos - portanto o centro não possuía grandes prédios ou arranha céus. Conseguirá até mesmo encontrar um lugar para estacionar sem precisar pagar alguém ou ficar rodando por horas. Talvez, pensou com otimismo, aquela nova vida realmente fosse de alguma forma, boa. No supermercado, comprou coisas básicas para alguém que morava sozinho e ia passar um ou dois dias sem suas coisas: comida enlatada, vinho, produtos de higiene, largou tudo no carro e resolveu dar uma volta pelo lugar a pé mesmo. Um único problema de ser novo em um lugar tão pequeno é que você logo era notado, portanto não foi raro ver alguém lhe encarando com curiosidade enquanto caminhava pelas agradáveis ruazinhas de New London.
Pelo que pode entender, o centro da cidade basicamente era aquela rua. Vira um Shopping Center - nada tão gigantesco como Manhattan - um bar, alguns restaurantes e lojas e muitas casas. Nada de prédios. Pelo que entendeu também, o hospital e as escolas da cidade ficavam naquela região também. O fluxo durante aquele horário parecia maior e ele acompanhava os carros que passavam aqui e ali, e as pessoas que se moviam. Encontrou então um lugar chamado Dunkin' Donuts. O lugar tinha uma aparência agradável, sequer se parecia com uma loja - era uma casa, adaptada para se transformar no Dunkin' Donuts - lá de fora, pode observar a varanda e a entrada, uma ou duas pessoas estavam lá dentro, sentiu-se por um instante como um invasor, mas não podia sentir assim. Logo faria parte da rotina daquelas pessoas, estaria naquele centro pelo menos três vezes por semana para trabalhar. A ideia o invadiu com uma dose de coragem e ele se moveu para a entrada, empurrou a porta e a sinetinha anunciou sua chegada.
No balcão pediu um donuts sem confeitos e um café, sentou-se em uma das mesas disponíveis e pela primeira vez desde que chegará a cidade resolveu olhar o celular. Tinha algumas poucas mensagens, a maioria de amigos desejando boa sorte ou fazendo piadas sobre como tinha ido viver como um fazendeiro - bem, isso não era bem verdade - ele continuava em sua profissão, apenas mudará de lugar. Até mesmo já tinha vivo em New Hamsphire quando mais jovem, seus pais ainda estavam lá, tudo bem que não tão distante das capitais, mas bem...
Planejava terminar de tomar o café e ir dar uma passada no hospital, se apresentar e conhecer o lugar, era bom começar a se ambientar com sua nova rotina, ainda que só fosse começar a trabalhar na semana seguinte.