O dia começou bem cinza. Era uma manhã que não chovia, mas também não havia Sol. Como se Deus não quisesse iluminar aquele dia tão triste.
O discurso de Christiane emocionou muitas pessoas ali, que estavam com cartazes, pedindo justiça e clamando sua saudade.... pois nem mesmo muitos corpos foram encontrados. Muitos pais ali morreriam com a dúvida de se seus filhos e filhas realmente morreram.
Chris demorou um bom tempo em seu discurso. Ela podia reconhecer enquanto falava os pais de diversos de seus colegas que cresceram com ela... colegas de bairro, de turma, ex-paquerinhas, alunos, e agora.... mortos. Todos mortos.
Quando ela terminou seu discurso, ela foi aplaudida.... tristemente aplaudida, mas ainda sim foi. Mesmo assim, seu recado estava dado. Se fora ouvido ou não, só o tempo diria...
Ao fim, muitas mães e pais quiseram cumprimentá-la e agradecer as palavras. Mas aquilo era muito mais triste do que gratificante. Então, teve uma hora que Chris não aguentou e começou a chorar. A mãe tentou segurá-la, mas o pai conteve a mãe, apenas dizendo "deixa ela... ela precisa de um tempo".
Chris correu para algum lugar solitário.... o banheiro, ou atrás do Ginásio. Só queria ficar sozinha... e nem Melissa estava falando, como se sentisse algo errado nas emoções da hospedeira. Foi quando Chris começou a se sentir tonta... Ela então viu uma fumaça roxa se formando a sua volta... se tentasse chamar Melissa, ela não responderia. Na verdade, era difícil sentir Melissa naquela hora. Era também difícil escapar da fumaça... como se ela fosse uma parede.... Desta forma, Chris apenas sentiu que estava sendo tragada para algum lugar.... e então, a fumaça se desfez!
???: Como vai, Homem Aranha?
"Homem Aranha"?? nem homem Chris era!
Foi então que ela viu.... uma mulher alta e esguia, com cabelos brancos e algo nos olhos que faziam-na parecer deficiente visual...
???: Desculpe. A força de um hábito. Permita-me que eu me apresente. Eu sou a Madame Web... e eu estou esperando por você já algum tempo, Chistine O'Hara.