Levi - O Martelo Divino

- Acho que devemos ficar por aqui. A biblioteca é agradável e podemos usar essas horas para restaurar as energias e colocar o pensamento em ordem. O que me diz?


       Malleus franzia o rosto como se não gostasse da ideia de ficar horas em uma biblioteca entediante.


- Restaurar as energias?! Eu preferia estar assistindo ao UFC a essa hora. Eu opto por ficarmos próximos de Don até chegar a hora. Podemos pagar uma bebida a ele ou algo assim, até que Belloc esteja disponível. O que me diz?


OFF: Independente de como escolherem passar o tempo, assim que decidem entrar em contato com Belloc, segue a cena abaixo. Irei supor que neste momento vocês já estejam em companhia de Don


...


       O celular tocava apenas uma vez e Levi já podia ouvir a voz de Belloc do outro lado:

- Doutor John Gilbert Belloc a seu dispor, com que eu falo?

- Ah sim, pelo horário já imaginei que fossem os senhores, e de fato estava ansioso por isso. Poderiam me encontrar no Griffith Park em uma hora? E levem Don com vocês, é imprescidível!



       Então, Belloc dava as coordenadas do local onde eles deveriam se encontrar e perguntava se poderia ajudar em mais alguma coisa antes de desligar.

Levi concordava com o plano de Malleus. Assim, ambos seguiam de volta ao hospital. Lá, a dupla procurava por Karen, mas ela estava um tanto ocupada tratando de contaminados pelo Covid (OFF: Não especifiquei exatamente a data em que o jogo se passa, mas pode considerar que se passa em algum período entre 2020 e os dias atuais).
       Ainda assim, eles conseguiram falar com Invictus, que cuidava do local do lado de fora. O Miguelita disse que os skinheads haviam sido presos após o ocorrido, mas não confiava que eles permanecessem atrás das grades por muito tempo. Invictus também disse estar auxiliando Karen no que for necessário para manter o centro médico, e que avisará a enfermeira sobre as questões de Levi e o fato deste também oferecer sua total ajuda no que for necessário.

       Em seguida, a dupla procura por Don. O próprio Invictus os indica onde ele estava, pois o grupo de moradores de rua não costumava afastar-se muito do hospital, uma vez que a enfermeira Karen lhes fornecia mantimentos e abrigo sempre que possível.

       Don dormia no chão de concreto, usando uma almofada velha de hospital como travesseiro e um lençol branco rasgado como cobertor. Malleus o acordava oferecendo-lhe uma rodada do que quer que ele desejasse beber, o que o motiva a segui-los prontamente.



       O trio parte para o primeiro bar que encontram no caminho, e lá ,permanecem, com Don entornando diversos copos de cerveja e contando sobre sua vida nas ruas, até o horário para entrar em contato com Belloc chegava.


...


       Infelizmente, o grupo acaba sem dinheiro suficiente para um taxi, então precisam esperar pelo transporte público para chegar até o local, o que fez com que se atrasassem vários minutos. Ainda assim, em uma área arborizada e isolada do restante da cidade, lá estava o Dr John, fumando um cachimbo e lendo "Como a Igreja Católica construiu a civilização ocidental - Thomas E. Woods", sentado em uma grande pedra. Felizmente, ele não se irritava com a demora, e ainda sorria ao ver Don.

       Belloc então, colocava uma imagem de um anjo (provavelmente Zadkiel) sobre a pedra onde estava sentado, retirava um rosário do bolso do casaco e pedia que Levi e Malleus o acompanhassem na oração pedindo a presença do Arcanjo do Destino. Enquanto eles pediam, Don já estava roncando alto, deitado sobre um monte macio de grama.

       Após cerca de uma hora, o grupo tinha o primeiro sinal de que o Arcanjo atenderia suas preces.

Trilha Sonora:

       Todos podiam sentir uma nova vibração na Sinfonia que permeava o local. Uma sensação de calma contemplativa precedia o mais exótico dos Arcanjos, e este surgia segurando o Livro da Vida, com duas de suas quatro mãos mescladas à única chave que o abria. Ele flutuava no ar, embora suas diversas asas estivessem imóveis, então olhava para aqueles que o haviam chamado.

       Dizem que Raguel podia olhar dentro da alma de todos os seres do universo, como se fossem livros abertos para ele. Já Zadkiel também era capaz de olhar através de suas formas físicas, enxergando os padrões das teias do destino que os rodeavam, vendo tanto o passado, quanto o presente e os diversos possíveis futuros que os esperavam. Porém, Zadkiel não gostava de falar sobre o futuro, pois isso poderia mudá-lo, bagunçando o próprio destino.

       Zadkiel falava sem mover seus lábios inexistentes, com sua voz ressoando direto na mente dos ouvintes. Apesar de exalar uma calmaria e tranquilidade como a voz de Raphael, ele sabia o que eles desejavam e ia direto ao ponto:

- Prezados, sei o motivo de terem me convocado e a primeira resposta é: Sim, o indivíduo ali adormecido realmente um dia já foi o anjo conhecido como Urakin. Já a segunda resposta é: Não. Ao invés de lhes dizer o que aconteceu com ele, eu irei lhes mostrar, para que vejam com os próprios olhos.

       E assim, o bosque ao redor dos personagens desaparecia, dando origem a uma paisagem etérea totalmente diferente. Tratava-se do local onde ocorrera a batalha entre Urakin e Jörmungandr nos Reinos Etéreos. Instintivamente, Levi percebia que Zadkiel os estava mostrando uma espécie de visão sobre o que havia ocorrido quando o grupo havia se separado.


OFF: Para que a postagem não fique muito longa, mostrarei a visão no próximo posto. Pode ir interagindo com o cenário e personagens da forma que desejar, e se quiser modificar alguma das ações descritas nesta postagem, pode avisar que eu a reescrevo.

       Levi reconhecia o cenário. O local onde ele, Kaira, Denyel e Urakin haviam sido enviados há eras atrás, durante as Guerras Etéreas em uma missão para Uriel. Ele se lembrava de terem sido pegos de surpresa pela grande serpente Jörmungandr, e Urakin havia dito-lhes para seguir em frente, enquanto segurava o monstro. Era doloroso deixar um companheiro para trás, mas a atual líder do grupo, Kaira, havia dito que a missão era de suma importância, e os três tiveram que dar as costas para Urakin, sabendo que provavelmente nunca mais o veriam. Mas a visão mostrava que talvez eles tivesse subestimado Urakin...

Trilha Sonora:

       A partir daí, o restante da visão era uma novidade para Levi. Jörmungandr abocanhava Urakin, mas este conseguia segurar suas pesadas mandíbulas. Furiosa, a serpente mergulhava até o fundo do mar, onde esperava que a pressão das profundezas fizesse o anjo soltá-la, mas a resistência de Urakin era extraordinária, mesmo entre os da sua classe.
       Ainda assim, o anjo sabia que não poderia vencer o inimigo, apenas segurando-o. O Gabrielita solta um de seus braços para segurar seu poderoso martelo, mas ele reconhecia não ser capaz de segurar as mandíbulas da besta com apenas uma mão, e acaba sendo dolorosamente atingido por uma de suas presas venenosas, que o perfura no ombro.
       Enfraquecido, ele depositava todas as suas Essências restantes no martelo para que um único golpe fulminante fosse o suficiente para destruir o inimigo de uma vez por todas. Ele teria apenas uma chance, se falhasse, seria devorado.
       Urakin gritava com suas últimas forças:

- PELO FIM DESTA GUERRA, PELA PAZ ENTRE OS ANJOS E ETÉREOS, EU COLOCAREI UM FIM EM VOCÊ, CRIATURA MALDITA!



       O golpe que desferia podia ser sentido a quilômetros na superfície e gerou uma onda que varreu toda a área do mar circundante. O crânio da serpente fora deslocado, matando-a, mas em um último espasmo de vida, ela abocanhava fortemente, errando Urakin, mas engolindo seu martelo, enquanto o próprio anjo, já sem forças, era engolido pelo redemoinho de água formado pelo impacto, perdendo a consciência.


...


       Dias depois, Urakin acordava em uma praia, sem consciência de quem ou o quê era. Ele vagou pelo mundo, errático, perambulando por vilas e auxiliando seus moradores por eras, sabendo que era alguém diferente, embora ignorasse os motivos de ser muito mais forte, ágil e resistente que qualquer humano.
       



       As histórias em torno de sua figura inspiraram diversos mitos e lendas, e muitos anjos até mesmo pensaram que o misterioso indivíduo se tratasse de algum deus etéreo. Sem sua memória, ele adotou diversos nomes, como Thor e Donar (ou Don, para os íntimos). Em sonhos, ele ainda lutava com a serpente e buscava por seu martelo lendário, sem saber que a única forma de recuperar sua memória era reencontrando-o, pois ele havia colocado toda a sua Essência na arma.


...


       Quando a visão termina, Zadkiel lhes diz que a aparição de Don na cidade nas últimas semanas não foi coincidência. O lendário martelo Mjölnir recentemente chegou à cidade, e encontra-se em uma exposição, como uma antiga arma viking que supostamente teria pertencido a Leif Eriksson (Viking convertido ao cristianismo que teria chegado às Américas 500 anos antes de Colombo) no Natural History Museum of Los Angeles County. Os sonhos de Don o trouxeram até aqui, sem que ele soubesse o que isso significava. Antes de desaparecer, Zadkiel lhes adverte que a aparição da arma com certeza também havia atraído outras figuras interessadas, portanto, o grupo deveria ser muito cauteloso.

Agora a maior parte do mistério fora esclarecida. Urakin não foi destruído ao se sacrificar para salvar seus companheiros, ele destruiu a serpente em um grande esforço, transferindo toda a sua Essência angelical para a arma, acordando sem memória, mas ainda mantendo seus princípios e valores, vagando pelo mundo e ajudando os necessitados. O surgimento do martelo o havia atraído até a cidade, mesmo que ele próprio não entendesse o porquê.


        Assim, Malleus é o primeiro a levantar o ponto que todos pensavam:

- Precisamos recuperar o martelo! Com ele, teremos um de nossos mais valorosos guerreiros de volta.

- Fora que, como Zadkiel mencionou, existem outros seres à procura da arma, e em mãos erradas, será um reforço muito poderoso aos nossos inimigos. - Acrescentava Belloc.

        Já Levi perguntava se haveria algum anjo na terra com autoridade suficiente para poder resgatar o martelo, sem violar as leis dos homens.

        Malleus ria do comentário:

- Essa é uma cidade dominada pela Legião. Nós fazemos parte de uma meia dúzia de gatos pingados das hostes celestiais presentes por aqui. O único anjo com alguma influência financeira que já ouvi falar é aquele almofadinha apresentador de talk show que entrevista casais adúlteros e comediantes sem graça do youtube, e até conseguirmos falar com o assessor do assessor do assessor dele, o martelo já terá sido tomado. Leis dos homens diz você?! A justiça dos homens é falha e corrupta, não é a toa que existem mais bandidos nos governos mundiais e tantos ladrões de galinha nas prisões. Se as leis dos homens realmente fossem úteis, nós nem mesmo precisaríamos deixar nossos lares celestes para vir até a terra! Eu estou me lixando para a justiça dos homens, nós precisamos recuperar o martelo antes de nossos inimigos nem que seja à força e é isso o que farei! - Dizia Malleus, bastante impaciente.

- "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus", o total desprezo pelas leis, mesmo que corruptas, não é a solução. Eu compreendo sua reação às autoridades humanas corruptas, mas precisamos agir com prudência, do contrário, podemos acabar revelando nossas identidades e perdermos todo o trabalho que levamos anos para construir aqui. Também não conheço nenhum dos nossos com real poder e influência o suficiente para conseguir o martelo de forma lícita, mas problemas complexos nunca têm soluções simples. O que você sugere, Levi?

Levi: - Ainda que a lei humana seja falha, é a forma que encontraram para manter a ordem. Está longe de refletir a justiça e misericórdia divina, mas sofre periódicas modificações e adaptações a medida que a humanidade progride e adquire maior discernimento. Devemos, portanto, fazer o possível para respeitá-la.

       Malleus revirava os olhos e não deixava de demonstrar certo desconforto, mas sua expressão mudava quando levi continuava:

Levi: - Diante da ausência de aliados com tal posição, devemos nos dirigir até o museu e confiar na graça divina, que nos inspirará no momento oportuno.


Malleus: - Concordo plenamente, amigo. Prudência não significa apenas esperar para agir quando necessário, mas também saber agir no momento certo, antes que não seja mais possível!


       Levi então se levanta, agradecendo Belloc e despedindo-se.

Belloc: - Muito bem, também lhes agradeço pela paciência de terem esperado até essa hora. Que a mão de Deus esteja convosco e mantenham-me informado! A propósito, vocês possuem algum meio de locomoção até seu destino?


       Enquanto isso, Don acordava, levemente desorientado. Levi os indicava que seguissem direto para o museu, então Malleus dizia a Don que lhe pagaria mais umas bebidas no caminho, animando o atual morador de rua. Belloc concordava em deixar o grupo próximo do local, e assim se dirigiam até seu automóvel.


Malleus: - Um clássico será sempre um clássico, hein!

...

        Belloc os deixava próximos ao local, e quando o trio seguia em diante, podiam ver o local à distância. Iluminado e silencioso, tudo parecia em ordem... ao menos por enquanto.





       Os minutos passavam e nada acontecia, então Malleus indicava que eles deveriam invadir o local antes que alguém mais o fizesse.

Malleus: - Não vamos roubar nada, a não ser o que é nosso por direito! Se a legislação americana condenar isso, então o país está mais corrompido do que eu pensava.


       A discussão prosseguia, até que Don sentia algo estranho e de alguma forma, sabia que alguém estava se aproximando. O trio olhava, e podia ver um grupo de homens mascarados (com vestimentas muito semelhantes às dos skinheads que haviam atacado o hospital no dia anterior).




Don: - Eu conheço aquele cara de algum lugar... - Dizia Don, apontando para o aparente líder deles.

       Enquanto observavam, um segurança local surgia, portando um taser e pedindo que o grupo se retirasse imediatamente. Os mascarados apenas riram, pois estavam em vantagem numérica e melhor armados. Bastante inseguro, o guarda apenas mantinha o taser apontado para eles. O líder dos mascarados pedia para eles baixarem as armas, pois elas não precisavam ser usadas em um ser insignificante como aquele, rindo e caminhando até o guarda de peito aberto, como que sem medo de nada. Acuado, o guarda disparava o taser contra o líder em um ato de desespero, mas o líder parecia não sentir dor alguma e ria ainda mais alto. Dois de seus comparsas, então, rendiam o segurança e começavam a espancá-lo, enquanto o restante arrombava a porta principal para invadir o local.


OFF: Caso ainda não tenham decidido antes, tanto Malleus quanto Don correm para o local, mesmo que lhes seja dito o contrário. Don corre para ajudar o segurança e Malleus corre para dentro do museu, pois sua maior preocupação no momento é o roubo do martelo. Além disso, é percepotível que apesar de bem armado, o grupo parece estar evitando usar suas armas, talvez com o intuito de realizar o roubo de forma discreta ou por outra razão.

Apesar de sua índole o pressionar para ajudar o homem sendo espancado, Levi reconhecia que recuperar o martelo antes do inimigo era imprescindível, além do fato de que Don muito provavelmente seria mais do que capaz de lidar com dois skinheads humanos.


       Malleus e Levi chegam até a porta de entrada do local, que os criminosos haviam acabado de arrombar e seguiam adiante. Por um momento, Levi se surpreendia por não ouvir nenhum alarme tocando.




       Ao longe, ele podia ver o grupo, que também os percebia. O líder então indicava que seu grupo ficasse para trás, para deter os dois, enquanto ele próprio seguiria adiante. Enquanto os mascarados corriam em direção á dupla, Malleus olha rapidamente para Levi:

- Eu cuido desses aqui, encontre o martelo antes dele!

       O tom de Malleus indicava que ele não aceitaria uma resposta negativa do colega.

       Enquanto corria contra o tempo para encontrar o tal martelo, Levi apenas podia ouvir os sons da luta logo atrás de si.


OFF: Vídeo ilustrativo. Assistir a partir de 1:26.



...


       Apesar de se lembrar do martelo como arma de seu colega Urakin, encontrar ele em um museu tão grande não era uma tarefa fácil, e ele acabava chegando logo atrás do líder dos mascarados, que encontrava-se de pé em frente a uma espécie de redoma transparente sobre um pedestal, onde estava Mjolnir.




       Antes que pudesse quebrar a redoma, o mascarado percebia não estar sozinho, então virava-se para Levi.

- Você novamente?! Eu realmente não pensava que em uma cidade tomada por demônios, seriam logo os anjos quem ficariam no meu caminho. Mas no fim, vocês sempre acabam sendo apenas isso, estraga-prazeres. Se você se aproximar mais, irei quebrar a redoma e o alarme irá chamar a atenção dos cães da Legião!

Desta vez, o mascarado era atingido pelo efeito da Canção de Levi. Seus punhos se cerravam e ele parecia lutar contra si mesmo, embora seu rosto não estivesse visível. Levi finalmente alcançava a distância até a redoma, até que o mascarado se colocava na frente.

        Antes que Levi pudesse tomar uma atitude, um som indicava que mais alguém havia chegado ao corredor. Ambos se viravam para ver Don caminhando com um mascarado em cada ombro, como se fossem bonecos de pano. Ao ver a dupla, Don parecia não entender o que ocorria, mas ao ver o martelo, seus olhos brilhavam e por um segundo, Levi parecia reconhecer o antigo guerreiro que Urakin havia sido neles. Don deixava os dois mascarados caírem no chão e caminhava como um sonâmbulo em direção ao martelo.

        O líder dos mascarados abria os braços como que querendo barrar a aproximação de ambos.


- Espere, seu mendigo maltrapilho. Se quebrarem essa redoma, o alerta irá chamar a atenção da Legião. Se me derem o martelo, eu posso tirar vocês daqui e fingir que nada aconteceu!

        Don agarrava o mascarado pelo colarinho e o levantava até que seus pés não tocassem o chão. Mas antes que pudesse afastá-lo do caminho até o martelo, o misterioso falava pela última vez.

- Cof... não me deixam escolha! - E, com muito esforço, o mascarado chutava com uma força sobre humana a redoma de vidro, que se estilhaçava, e o alarme tocava.

        Antes que Levi ou Don pudesse fazer algo a respeito, algo realmente estranho acontecia: A forma do mascarado mudava enquanto Don ainda o segurava. Suas roupas caiam no chão, enquanto ele escapava do sufocamento de Don na forma de uma serpente, não antes de pronunciar a frase: "Essa foi por meu segundo filho"




        A serpente deslizava no chão, na tentativa de fugir, e Levi de alguma forma sabia que eles tinham apenas alguns segundos até que o museu fosse cercado.

A redoma era quebrada, o alarme soava, e o inimigo fugia na forma de uma cobra. As peças começavam a se encaixar na mente do rafaelita, que pedia ao amigo para pegar o martelo.

Trilha Sonora:

        Don finalmente cruzava a distância entre ele e sua antiga arma, pisando nos cacos de vidro, e quando seus dedos finalmente se fechavam sobre o cabo do martelo, uma energia magnética parecia ser transmitida da arma para ele. Seus olhos brilhavam com uma luz magnética, e quando ele levantava a arma acima da cabeça, Levi sabia que o lendário Punho de Deus havia renascido.




       Sua Veste corpórea ainda não estava na melhor forma e uma juba de barba e cabelos cobria seu rosto, mas era o mesmo Urakin que Levi acreditava ter perdido há muito tempo. O rafaelita assumia sua forma angelical, e Urakin se dirigia a ele.

- O maldito Loki conseguiu escapar, mas finalmente eu me lembro de tudo. O outro indivíduo que estava com você, ele também é um de nós? Precisamos saber como ele está!


       E assim, ambos descem até o local onde Malleus havia ficado. A Veste física de Malleus encontrava-se mortalmente ferida, em meio a um mar de corpos de skinheads. Porém, assim que chegavam até ele, podiam ouvir os passos de dezenas de homens invadindo o museu. Eles estavam cercados.




       Centenas de soldados da Cérberus Inc. apontavam suas armas para ambos (e seus visores pareciam capazes de ver Levi, mesmo em sua forma angelical).

- Mãos para cima, e devolvam a arma, ou abriremos fogo. E não pensem que não somos capazes de feri-los!


       Ao ouvir a última frase, os olhos de Urakin faiscavam.

- ENTREGAR O MARTELO A VOCÊS?! COM TODO O PRAZER! - Gritava ele, enquanto golpeava o chão com a poderosa arma, liberando uma enorme onda magnética que transformava os vidros das janelas em poeira e varria os inimigos para longe como folhas secas ante um furacão, destruindo completamente os pilares do museu, que começava a desabar.

       A queda dos objetos sólidos não era capaz de ferir os anjos, e o guarda desacordado estava a uma distância considerável mas o museu com certeza seria completamente destruído.