Físico (11) Armamento: ●● (Especialização: facas) Armas de Fogo: Briga: ●●● (Especialização: socar e luta suja) Condução: ● Dissimulação: ● Esportes: ●● Furto: Sobrevivência: ●●
Social (7) Astúcia: Empatia: ● Expressão: ●● Intimidação: ●●● Manha: Persuasão: Socialização: ● Trato com Animais:
Méritos:
Tell (●●●): O personagem pode escolher um segundo Tell. Tell (●●●): O personagem pode escolher um segundo Tell. Mentor (●●) (a escolher em on) Aparência Surpreendente (●): Intimidação Combate Defensivo (●): Armamento (vou colocar com xp) Combate Defensivo (●): Briga
Rituais:
Tells:
PEDRA DA SOMBRA O Sangue Lupino é uma espécie de vórtice onde a linha entre a carne e o espírito é fraca. Espíritos e criaturas de carne que buscam o Crepúsculo tendem a ser atraídos para o Sangue Lupino inconscientemente. Vantagem: O Sangue Lupino é um locus de um ponto para efeitos de espíritos e os outros que alcançam para o lado oposto. Ela pode desligar o buraco que ele cria por sua existência, mas fazer isso exige concentração e abre-a à posse, dando-lhe a condição de abertura
PRIMEIRA LÍNGUA O Sangue Lupino compreende e consegue se fazer compreender na primeira língua.
PIERCING EYES Olhos marcantes e vibrantes que captam a luz da mesma forma que um lobo. Ela pode ver coisas que as pessoas normais pensam que não existem e não consegue desligar essa visão. BENEFÍCIOS: seus olhos podem perceber todos os tipos de criaturas do Crepúsculo.
Miguel era uma criança doce e espoleta, que vivia rodeada de boas pessoas e espíritos ocasionais. Não que ele entendesse o real significado de ver os espíritos que rodeavam o mundo dos Urdaga... Ele apenas se divertia, brincando com o pai, já falecido, e outros seres engraçados que vinham brincar de Pique com ele no grande quintal da casa dos Algozes.
Até que tudo mudou.
Ele começou a se assustar com mais facilidade... Fazer xixi na cama... Acordar gritando durante a noite. Tudo isso um pouco antes dos adultos se separarem entre a guerra dos puros e a guerra do medo em Dover. Um prenúncio que ninguém ouviu, pois estavam preocupados demais com suas coisas de lobos adultos.
“A casa não tinha mais o cheiro de bolo da mamãe, doutora. Ela tava sempre com o rosto com choro. Tia Sam levou meus primos pra longe... Tia Chloe desapareceu da casa... O Tio Connor nem parecia ver a gente mais e o Tio Axel parecia que ia explodir a cabeça. Eu e o Billy brincava... Mas até ele tava assustado. Ele ficava sempre ouvindo música no quarto dele e eu tinha de brincar com meus amigos invisíveis. É, ninguém via eles... Eles eram legais. Até pararem de ser. Não me faziam rir mais, queriam sempre me assustar e me fazer gritar. Apareciam de noite debaixo da minha cama... As vezes eu achava que eles queriam me arrastar pra ficar invisível com eles. Mas ninguém acreditava em mim. A Tia Sam também falava com eles... Mas ela nem ligou de me deixar sozinho com os feiosos...”
Quando a guerra começou, o jovem Miguel já nem conseguia dormir direito. O medo entremeado em sua pele... Nos sussurros no meio da noite, nas canções de ninar macabra. Nem quando deixaram a casa aquilo parou. Nem quando a mãe ensinou ele e Billy rezar. Nem quando o irmão começou a dormir com ele, para o proteger.
“Eles sempre diziam ‘vai ficar tudo bem’... Eu acreditava né. Queria acordar daquelas coisas ruins. Tinha muita gente com a gente lá no sítio. Muita gente amontoada no porão quando tudo ficou muito barulhento lá fora. Ela também tava lá. Ela também via eles...Ela me entendia. É... A minha amiga... que me levou”
No meio do caos, ninguém percebeu a fada. Ela só aparecia quando todo mundo tava distraído ou com medo demais. Sempre abrindo uma janela pra entrar... Uma porta... Uma gaveta. Tinha estudado o pequeno Miguel, sabia como conquista-lo. Em pouco tempo se tornou melhor amiga do mundo, pra ele.
Mas tinha um problema: com tantos parentes juntos, era impossível tirar a criança dali sem seu rastro ser descoberto. Foi na noite que a guerra foi vencida que tudo aconteceu.
“Tava todo mundo feliz. Os feiosos não tavam implicando comigo mais. Ela ainda não tinha aparecido, devia tá fazendo festa com a família também. Mamãe tava feliz, o sítio tava com cheiro de bolo. Ela dizia que quando todo mundo voltasse, precisaria comer. Deixou a gente brincar na varanda. O Billy tinha de me olhar e brincar comigo, mas ele tava jogando no videogame dele. A gente tava seguro né. Os lobos tava voltando. Eu tava brincando na gangorra quando vi a porta de fora do porão abrir. Sabia que era ela. E fui... E...”
Miguel nunca passava daí, nas sessões de terapia, desde que tinha voltado. Aquela era a primeira vez que ele contava boa parte da história... Mas nunca falava de como foi levado ao entrar naquele porão. Se concentrava em desenhar no papel algumas cenas felizes e outras perturbadoras, que deixaram a psicóloga bastante assustada.
Evitava a mãe e o irmão. Evitava toques. Estava sempre em alerta, mesmo quando conseguia dormir. O mundo não era mais o mesmo pro pequeno Sangue de Lobo.