Jack Dawnson (@Dante) e Jhon Pablo (@vontheevil) caminhavam pelas movimentadas ruas da cidade de Nova Aetérnia, tentando encontrar o local do evento da Hypercélula. O som dos passos ecoava entre os prédios altos, e o murmúrio da multidão era constante. As fachadas de concreto e vidro refletiam a luz do sol, criando uma atmosfera quase ofuscante.
De repente, um som estridente de algo ricocheteando em metal ecoou pelas ruas. Um projétil resvalara em uma escada de incêndio de um apartamento próximo, fazendo-a balançar perigosamente. Lá embaixo, uma jovem usando um jaleco de cientista estava passando distraída, completamente alheia ao perigo que se aproximava.
Antes que pudessem agir, uma figura familiar surgiu correndo pela rua, claramente em fuga. Era Matthew Callaghan (@Mun), o garoto transformado, escapando de homens uniformizados com o símbolo de três luas no ombro – os capangas da Triade.
Os homens da Triade abriram fogo, os tiros ressoando pelo ambiente urbano (são aproximadamente 4 capangas ao todo). Na confusão, alguns capangas reconheceram Jack e Jhon Pablo. Um deles gritou: "São aqueles garotos da última vez!" E outro ordenou: "Peguem eles!"
A jovem cientista olhou para cima, vendo a escada de incêndio prestes a desabar sobre ela. O tempo parecia desacelerar enquanto Jack e Jhon Pablo, agora sob a mira dos capangas, precisavam decidir rapidamente: salvar a jovem, ajudar Matthew ou enfrentar a Triade?
Matthew Callaghan por sua vez, reconhece a mulher, é a Dra. Rebecca Veraza!
Mensagem de Whatsapp de Hana para Jhon Pablo:
Cê tá onde, Fantasminha? Jack está contigo, cuidado com esse delinquente, hein? Ele tem cara de arrumar confusões.Estamos na escola, se a Mila aparecer me manda uma mensagem ou pro HB. "
Observações visuais: - Os capangas estão armados com pistolas e um deles carrega uma arma de atordoamento. - Ela está diretamente abaixo da escada de incêndio que está prestes a desabar. - A rua principal é larga e movimentada, com vários becos estreitos nas proximidades que poderiam servir como rotas de fuga ou pontos de cobertura. - A maioria da multidão ainda não percebeu o perigo iminente, mas alguns começam a se afastar ao ouvir os tiros. - O evento da Hypercélula está acontecendo a algumas quadras de distância, em um grande centro de convenções que já pode ser visto ao longe.
@Mun, descreva como se deu o processo de fuga, desde o despertar entre o que sobrou do laboratorio e como os capangas em algum momento, te viram ou te acharam, e iniciou a perseguição pela cidade. Você decide onde está na cena, se saltando entre prédios, pulando de corredor em corredor ou de árvores pra fazer uso de seus poderes. Você tambem vê a cientista em apuros. @Dante e @vontheevil - se decidirem enfrenta-los os dois esses capanguinhas podem ou não dar trabalho dependendo da qualidade da narração (pode ser que nem precise rolar dados), mas a cientista pode se dar mal se nada for feito. Vocês estão despreparados para esse combate e sem a presença do líder (Alex Harper) então a pilha de Equipe está zerada (ela pode aumentar 1 ponto caso o defender seja bem feito) Pra qualquer um que decidir salva-la tem que fazer um teste de Defender: https://www.novaerarpg.com/t7103-rolagem-de-dados-e-interrupts
Everybody tries to tell me that I'm going through a phase but I don't know if it's a phase. I just wanna feel okay.
Primeiro veio o estrondo. Meus olhos se abriram de repente e por debaixo do travesseiro alguns segundos se passaram sem que eu conseguisse ver nada. "Estou paranoico", pensei, "desde que cheguei aqui não consigo olhar ao meu redor sem vê-los e agora estou ouvindo coisas". Minhas mãos tremiam e aquele novo passamento recorrente retornou para me assombrar: se você não ver então não é real. Um calafrio subia pelas minhas costas sempre que eu cogitava descobrir o rosto e encarar a realidade; eu não queria voltar para aquela mesa de cirurgia para fazer mais testes. A minha cela era espaçosa, mas não tinha nada além de um bloco retangular de aço que eu usava de cama. A única porta possuía um vidro fosco ultrarresistente e uma abertura com uma trava pelo lado de fora e era por onde três vezes ao dia passavam minha comida. As paredes eram cinzas e sem vida, e as luzes sempre estavam acesas.
E então veio o segundo estrondo seguido do barulho de algo desligando. Assustado, eu me sentei na cama de repente e me senti ainda mais acuado quando percebi que as luzes estavam desligadas, algo que não aconteceu uma vez sequer pelos dias sensivelmente infinitos que eu estava ali. Eu senti meu corpo começar a suar e corri para me encolher no canto da sala. O vidro fosco que antes sempre foi muito claro agora piscava em vermelho. Meus olhos foram se adaptando gradativamente àquela luz rubra repetitiva e foi só então que eu percebi o som do alarme de emergência.
Espera. Alarme de emergência? Mas aquela sala inteira era à prova de som.
Sem que eu percebesse, meus olhos se tingiram de verde e como que em transe meus dedos se voltaram contra o chão com as unhas arrastando. Em outra situação, aquilo certamente seria doloroso, mas agora esse tipo de coisa não me afeta mais. Foi em meio a esse pensamento que eu vi minha consciência pular do canto do quarto para a cama, e então da cama para a porta, depois da porta para o corredor do lado de fora. Era como se eu visse tudo de cima, meio embaçado nas extremidades como uma visão em túnel. Era um sonho? Não parecia ser, mas uma coisa era certa: alguém estava invadindo o lugar.
Paredes estavam rachadas, água voava para todo lado por conta dos diversos sprinklers ativados e fogo parecia avançar pela escadaria que levava àquela sala subterrânea. Eu vi guardas correrem sangrando e deixando para trás alguns outros de mesmo uniforme. Uma evacuação de emergência? Foi quando aquela visão foi escurecendo e quando me dei conta eu já estava de volta ali no escuro do quarto. Ofegando, eu me apoiei nas paredes ao meu redor e me levantei na intenção de caminhar até a porta. Eu tentei puxá-la, mas nada aconteceu assim como das outras vezes que tentei. Meu instinto apitava na mesma frequência do alarme abafado de fora que, por algum motivo, eu ainda seguia ouvir. Era como se todo meu corpo soubesse que se eu continuasse ali algo de muito ruim iria acontecer.
— Eu vou sair daqui. De um jeito ou de outro. — declarei sentindo minha vontade de viver tomar de conta. Escolhendo acreditar que a visão de antes não era apenas um delírio e estava tudo sendo destruído, o sistema de segurança talvez não estivesse mais funcionando e a porta se abriria se eu forçasse o suficiente. Essa era a palavra-chave: forçar. De olhos fechados, eu me agachei e repousei as mãos sobre o chão. Como se fôssemos um só, a natureza ali debaixo daquele amontoado de concreto pareceu responder ao meu chamado. Concentrado, eu clamei para que elas surgissem e me ajudassem, e depois de alguns minutos quase ao ponto de desistir eu senti algo encostar na palma da minha mão: uma folha. Foi então que eu me levantei e comecei a mover as mãos como um maestro comandando uma orquestra; eu nunca tinha feito aquilo antes, mas de alguma forma sabia que aquela era a maneira.
A folha continuou subindo do chão até revelar seu caule e então mais delas começaram a brotar por rachaduras na parede. Elas estavam forçando sua passagem e eu sentia cada pequena parte delas como se elas fossem uma parte de mim. Aquela sensação era estranha e eu tentei a todo custo reprimi-la, mas ali, em um momento de necessidade, eu decidi me desprender daquelas amarras. Uma força subiu pela minha garganta e forçou contra meus lábios tentando sair, mas eu a prendi. Ainda não era o momento.
Plantas surgiram de todos os lados em um avanço desenfreado e descontrolado. Elas cortaram o ar rapidamente e vieram ao meu auxílio, atingindo a porta com tudo e me abraçando como um filho protegido. Conforme elas iam se acumulando e empurrando, o som de ferro sendo dobrado começou a aumentar e então em uma grande explosão a porta foi lançada contra a parede do outro lado do corredor. Eu caminhei para fora do quarto a passos rápidos e tentei lembrar para que lado era a saída. Foi quando a vegetação continuou crescendo por todos os lados e avançar ao meu redor seguindo pela esquerda. Eu entendi aquilo como uma indicação da direção, então não pensei duas vezes antes de correr com ela. Esquerda, direita, para cima e seguindo reto; aquele lugar parecia não acabar, mas a sensação crescente de liberdade fazia meu corpo inteiro vibrar. Agora que eu estava tendo a chance de escapar eu não pretendia voltar.
E eu não voltaria.
Eu alcancei os guardas da visão de antes pouco antes de encontrarmos a saída e ao me avistarem eles puxaram suas armas para me impedir de seguir em frente. Com um movimentar de mãos, uma parede de plantas se formou à minha frente e a saraivada de tiros acabou sendo bloqueada por elas. Quando os guardas pararam para recarregar, eu me lancei sobre o escudo natural que estava me defendendo e então com vinhas brotando de meus braços eu os agarrei e arremessei para longe um por um. Durante aquele avanço, eu não consegui mais segurar e um urro primitivo saiu de mim. Como um eco de sofrimento, foi como se vários de mim gritassem ao mesmo tempo e eu vi a expressão de horror dos guardas conforme eu os alcançava. "Você é um monstro!", gritou um deles, e eu o olhei no fundo dos olhos. Ao ver meu reflexo em sua íris, uma lágrima escorreu.
— Agora eu sou... e a culpa é sua. — e com minhas mãos em seu pescoço, eu virei o braço e o joguei com tudo contra o chão, desacordando-o. E então mais nada me impedia de sair dali. Dando um passo à frente rumo às escadas, eu pude finalmente me libertar... mas será mesmo?
[...]
Me jogando por entre becos, usando vinhas formadas a partir do meu próprio antebraço para me segurar em paredes e escalá-las, bem como eventualmente fazendo raízes próximas surgirem para derrubá-los, uma fuga frenética se desenrolava pelas ruas de Nova Aeternia. De alguma forma, os agentes da Tríade tinham conseguido me localizar mesmo eu já estando bem longe da sua base secreta de experimentos. Cogitei a possibilidade de terem colocado um rastreador em mim, mas já era tarde demais para tentar resolver aquilo. Desesperado, eu saí dos becos pela primeira vez nas últimas horas e me joguei pelas ruas na tentativa de despistá-los entre as pessoas e carros. "Como se um garoto verde e coberto de plantas fosse algo fácil de perder de vista", pensei um tanto quanto descrente do sucesso do meu plano.
Eu estava pronto para invadir um prédio quando o meu instinto apitou e me fez olhar para a esquerda. Eu conheceria aquela mulher em qualquer lugar, afinal de contas ela agora era a única ligação que eu tinha com a minha antiga vida e, de certa forma, estava sendo minha mentora. A Dra. Rebecca era a responsável por me ajudar a entender meus novos "poderes", como ela gosta de chamar, quando eu ainda estava preso. Sua associação com a Tríade é uma situação complicada, mas o ponto é que ela não era como eles. Assim que eu a percebo em perigo por conta de um tiro que me tinha como alvo, eu não penso duas vezes.
— Doutora, cuidado! — exclamei. Minha atenção era chamar a sua atenção e fazê-la se apressar, talvez até se jogar para o lado e tentar não ser pega pela escada. Mudando a direção da minha fuga, eu corri até ela o mais rápido que consegui e vendo que não daria tempo de alcançá-la eu estendi as mãos para frente fazendo duas vinhas avançarem de cada cotovelo. A intenção era se prenderem no corpo de Rebecca e puxá-la na minha direção, tirando-a da rota de impacto da escada e ainda deixando-a mais próxima caso eu precisasse protegê-la de novo.
OFF: Realizei a ação "defender alguém de uma ameaça iminente" e o link para a rolagem de dado pode ser acessado clicando aqui
[Resolução da Cena de Defender] ---------------------------------------------------------------- A Dra. Rebecca se assustou com o aviso e olhou em volta, confusa e aterrorizada. Ela viu a escada balançando precariamente acima dela, mas o medo a paralisou.
No entanto, antes que Matthew pudesse puxá-la completamente para um lugar seguro, um segundo tiro atingiu a escada de incêndio. Com um estrondo metálico, a escada despencou, caindo sobre Matthew e prendendo-o ao chão.
— Matthew! — gritou a Dra. Rebecca, aterrorizada, ao ver seu salvador agora vulnerável sob a pesada estrutura de metal.
Um dos guardas da Tríade se aproximou lentamente, um sorriso cruel se formando em seu rosto. Ele segurava uma Stun Gun, e a satisfação em seus olhos era evidente.
— Hora de voltar pra gaiola, sua aberração — disse o guarda, preparando-se para atirar...
Mathews Está agora vulnerável, Jhon Pablo e Jack Dawson estão vendo tudo... A equipe agora tem 1 ponto disponivel para uso
— Muito bem amigo Pablo. É hora do Jack agira certo? O Jack não vai deixar uma dama e um garoto nas mãos desse calhorda. Veja como o Jack resolve isso amigo Pablo. Com estilo.
Jack grita para chamar a atenção dos soldados para ele. — EI IDIOTAS! VOU CONTAR ATÈ 3 PARA CAIREM FORA... 1...2...
Jack usa seus poderes para criar um pavor sobre humano sobre os guardas esperando que isso os afugente. Os guardas não veem mais um jovem, ele busca despertar nos seus algozes o instinto mais primitivo de pura sobrevivência. Eles o veem como um predador. Pronto para o bote final de suas pequeninas e assustadas presas. Os gritos de Jack soam como rugidos para aqueles pobres coitados. Institivamente eles sentem que precisam fugir dali. Alguns sentem liquidos escorrer - seja pelos olhos, seja pelas calças. Suas mãos tremem e lutam para se mover. Precisam sair. Precisam fugir. Antes do bote certeiro do gigante leão negro que se aproxima babando e rugindo para eles...
Os guardas tremiam, seus rostos pálidos de medo. Alguns começaram a chorar, lágrimas escorrendo de seus olhos. Outros sentiram um calor úmido escorrer por suas calças, enquanto o terror dominava seus corpos. Suas mãos tremiam, e a ideia de manter as armas parecia impossível. Um a um, os guardas jogaram suas armas no chão, o som metálico das pistolas e um bastão atordoador que um dos guardas deixou cair, ele está ativado e emitindo um leve zumbido elétrico. ecoando enquanto caíam. Eles se viraram e correram, empurrando-se desesperadamente para longe de Jack e Mathew, suas mentes dominadas pelo instinto mais primitivo de pura sobrevivência.
A Dra. Rebecca, ainda abalada, observou a cena em choque. Com os guardas da Tríade fugindo, ela correu até Matthew, que estava preso sob a escada de incêndio.
— O-Obrigada — exclamou a Dra. Rebecca.
Vocês ouvem vozes e passos apressados vindo de uma direção próxima, sugerindo que reforços podem estar a caminho.
Na hora da ação, Pablo, ainda não acostumado aos seus poderes de herói, paralisa sem reação. E até Jack gritar ele assiste a tudo calado, com a iniciativa do novo amigo ele corre para longe procurando uma certa cobertura atrás de um pequeno vaso de folhagem e procura as maiores pedras de enfeite que protegem a terra da água utilizada para regá-lo. Quero atirar a pedra na nuca do homem que estiver mais perto de ambos (a médica e o garoto) Meu celular vibra na hora do ataque, "maldito, devia tê-lo deixado no silencioso" eu penso ignorando a mensagem por hora
uso meu poder de camaleão para me esconder ainda mais enquanto mais gente se aproxima
Everybody tries to tell me that I'm going through a phase but I don't know if it's a phase. I just wanna feel okay.
Nem sempre as coisas saem como o planejado, mas felizmente, para o bem ou não, eu me vi conseguindo cumprir meu objetivo. Assim que estendi as vinhas dos meus braços para puxar a doutora eu percebi que aquilo não seria o suficiente, então de último minuto eu precisei girar o corpo com força para tirá-la da linha de queda da escada. Ao fazer isso, acabei me colocando próximo de onde ela estava, e em uma fração de segundo me vi caído no chão com uma dor forte nas costas. Uma coisa que eu tinha aprendido nos últimos tempos era que mesmo com um corpo tão diferente do que era, as funções nervosas ainda estavam preservadas. Claro, não foi ali que descobri isso, mas lá atrás nos laboratórios com aquelas infinitas agulhas tirando todo tipo de fluído que conseguia de minhas veias para testes. Ao que parece, minha nova fisiologia não mudou muito do funcionamento original do corpo, mas a mente... ah, eu não tinha percebido, mas tinha algo que parecia estar sempre espreitando à minha volta.
Meus dedos se contorceram procurando o chão e encontraram o concreto da calçada, mas então eu apertei mais forte como se estivesse tentando agarrar algo. Um rastro esverdeado acompanhou o movimento das pontas dos dedos no chão como quando você arrasta folhas no chão, e então eu levantei o rosto olhando para frente. Podia parecer que eu estava olhando para a doutora ou até mesmo para os rapazes que pareciam querer ajudar, mas meus sentidos não estavam ali com eles. Meus olhos anteriormente completamente brancos agora se tingiam de um verde que pulsava. As folhas e caules que cresciam pelos meus braços balançavam como se vento as soprasse, mas não tinha sequer uma brisa atravessando aquele lugar naquele momento. Eu sentia o poder fluir por todo o meu corpo e acompanhando de toda aquela força eu também sentia aquilo que eu estava tentando segurar.
Raiva.
Muita raiva.
Aquela ligação com a natureza era nova e me sobrecarregava. Era como se tudo ao meu redor estivesse repleto de uma fúria implacável. Contra quem? Os humanos, é claro. A natureza estava ansiosa para se revoltar contra quem a machucava e agora ali, como alguém que conseguia entendê-la como uma ligação empática, eu deixei que seu desejo tomasse de conta. Era arriscado deixar um sentimento tão primitivo tomar de conta, mas naquele momento eu não me importava mais. Aquelas pessoas me maltrataram por meses e agora queriam me levar de volta para aquele inferno? Pois eles podiam tentar...
... eu apenas me certificaria de que não iriam gostar nem um pouco das consequências disso.
— Tirem isso de cima de mim. — falei de repente. Minha voz, que antes parecia duplicada, agora soava como se dez de mim estivessem falando ao mesmo tempo em um fenômeno assustador. Não só isso, mas a raiva que transbordava em cada sílaba era perceptível, e meus olhos esverdeados pareciam se tingir de forma ainda mais intensa a cada segundo, não deixando um canto branco sequer na órbita. Meus sentidos estavam cada vez mais afinados com o espaço ao nosso redor, então minha concentração inteira se voltou para localizar o grupo que se aproximava. Poderíamos apenas fugir? Sim, mas não era isso que eu queria. Não depois do que acabou de acontecer. Meus olhos se fecharam por um segundo e logo em seguida eu os abri. Cipós se estenderam pelas minhas costas e ficaram flutuando no ar quando o surto de energia foi liberado; era como se cada célula no meu corpo estivesse reagindo.
Por aquele em momento em diante, eu senti que poderia ver qualquer coisa. Ouvir qualquer um. Sentir cada pedaço da cidade.
OFF: Estou usando o movimento "liberar os poderes" para [estender os sentidos] e localizar os reforços se aproximando e o link para a rolagem de dado pode ser acessado aqui
Resultado do Scan de sentidos ampliados (com Liberar Poderes) Mathew observou a logo nos braços dos capangas, 3 serpentes intercaladas e os guardas tinham serpentes no peito
Capangas da Triade:
Logomarca da Triade:
Os capangas em panico fugiram para direções aleatórias (indicada em vermelho), um camburão de captura está vindo pela avenida a oeste da posição do grupo e uma unidade aérea vinda pela Noroeste chegarão em breve.
Rodadas seguem liberadas sem ordem de iniciativa Os pontos de equipe permanecem (1 ponto), caso seja preciso usa-los
De início não percebi quais eram os poderes do rapaz que salvou a doutora de cair da escada, pela minha primeira impressão ele chamava plantas para lutar as suas batalhas, porém na realidade era o próprio corpo dele que se metamorfoseava em plantas. Algum dia quem sabe eu tenha coragem para criar piadas usando berinjelas ou mandiocas em uma ocasião como essa.
Mas não é a hora. Procuro por algo que eu possa utilizar como arma enquanto me desloco o mais silenciosamente possível (prefiro perder um pouco de furtividade para ganhar em velocidade) para conseguir alcançar algo que eu possa usar para proteger Jack quando as pessoas desconhecidas chegarem.
Serão super-heróis vindo investigar? estamos muito próximos da super-célula ou pior, será que é a tríade que está mandando mais capangas?
Jack olha curioso para a dupla, mas sabe que não tem muito tempo. — Ei Sabugosa, estamos sem tempo. Venha comigo. Ah! E por favor, traga a dama com você. - e pisca um olho para a doutora.
— Pablito, Mano ninguém te viu ainda, então você tá de boa. Rala peito e chama os outros. Você deve ter o número de telefone de algum deles né? Eu vou tentar despistar os caras e depois levar a doutora e o visconde pra nossa base. Mas se tiver ajuda dos outros melhor.
Sentinel escreveu:"Os problemas do Legado não me interessam."
"Eu reconsideraria a escolha do líder."
Ele subiu de um container para um muro e de lá para um prédio como se não temesse cair. E ela o observou até sumir, sentindo que havia chegado a uma conclusão inevitável: mesmo depois de adultos, garotos mi'wanish ainda podiam ser cruéis e insensíveis. Quem aquele idiota achava que era? O Fiscal da Liderança Alheia?
(A personagem está sob a Condição: IRRITADA)
A rua estava deserta quando Mi'larhys tirou o aparelho comunicador multifuncional do bolso. Chamavam de "celular", apesar de não ter qualquer componente orgânico. Era mais uma nomenclatura ridícula e sem significado algum que insistiam em usar ali. Como quase tudo em Mi'wan, aquele nome não fazia nenhum sentido.
Quando deu por si, já tinha destruído a pequena porcaria. Tinha pensado em entrar em contato com o Hyperboy e dizer que falhou em seu intento de fazer o Sentinel ser razoável. Mas só de pensar nos ares condescendentes do garoto Harper e de imaginar o desgosto dele com a falha dela, ficou ainda mais irritada. A verdade é que ele não precisava da — e nem merecia a — ajuda dela!
Guardou os restos mortais do celular num bolso da mochila e alçou voo. Para cima. Reto. Direto para as nuvens. Mais. Para o azul infinito sobre aquele planeta miserável.
O frio da água suspensa em nuvens fisgou por toda sua pele e, ao alcançar o céu aberto, ela se deixou ficar — em sua forma e cores originais — sozinha diante do "Sol". Respirou fundo aquele ar saturado de nitrogênio. Contemplou muito abaixo as ruas de Nova Aeternia como as veias de um grande animal.
Desde que chegou à "Terra", não se sentia ela mesma. Será que tinha mudado? Ou a visão das pessoas sobre ela é que era diferente agora? Respirou fundo. Mais uma vez.
E sentiu o puxão.
Virou-se na direção. O peito apertou e soube que precisava ir até lá. Voando em plena velocidade, sentia o puxão cada vez mais forte. Não sabia o que encontraria do outro lado daquele laço, mas sua khalis silvava com a urgência — sua mente superior: algo que os "humanos" costumavam enfeitar com misticismo e chamar de "intuição".
Para os lynnish, a khalis era uma parte mais rápida, mais afiada, mais sensível de suas consciências, que nem sempre podia ser apreendida pela mente de trabalho. Mas que aprendiam, desde muito cedo, a treinar. E a ouvir.
Acelerando na direção de onde deveria estar, Mi'larhys viu, ao longe, uma das naves que chamavam de "helicóptero". Soube que aquilo fazia parte da questão, mas não era a razão pela qual estava sendo atraída àquele lugar.
E, de um ponto indefinido as suas costas, sentiu a consciência de Hana Choi buscando o elo com a dela.
Abriu-se para a conexão com a garota dos olhos vermelhos, comunicando onde estava ao mesmo tempo que tinha a primeira visão clara da situação.
Havia três sujeitos fugindo, por ruas diferentes, deixando armas para trás. Jack estava lá — e parecia responsável pela fuga do inimigo (tal era o eco do poder que o envolvia!). Sentia a mente de John Pablo, mas não o achou em lugar algum.
E então, os viu. Uma pessoa-planta com vinhas estendidas ameaçadoramente no ar. E a mulher de jaleco branco.
Uma civil.
Mi'larhys ouviu o gatilho de uma dezena de instâncias fechando-se em sua mente como armadilhas de aço. O laço estalou e se partiu em faíscas dentro dela, brilhantes como os olhos luminosos da pessoa-planta.
Ela estava onde deveria estar.
Levando o bracelete k'voth à testa enquanto descrevia um arco em voo, Mi'larhys sentiu a corrente elétrica percorrendo seu corpo. E quando parou em pleno ar, erguendo os braços, sentiu a matéria de que o helicóptero era feito gritar sob sua Vontade, a fuselagem rasgando-se a cada torção elegante de suas mãos.
[Habilidade: Telecinese — 1x]
Singrando o céu com os destroços da aeronave abatida (oremos!), Mi'larhys arrebatou Jack e John Pablo no elo telepático. Ambos sentiram, instantaneamente, a comunicação estabelecida. E sabiam que bastaria pensar no que dizer para que os outros ouvissem. Mas ainda restava o problema: a pessoa-planta era um aliado ou um inimigo?
A sensação de que o tempo congelou quando se está diante de uma decisão fundamental nada mais é que a mente de trabalho tentando explicar as diversas conclusões a que a mente superior chega em uma fração infinitesimal de segundo. Khalis. Pairando a um metro do chão, uns quatro passos a frente da pessoa-planta, Mi'larhys encarou-o diretamente. E uma cintilância estelar reverberou nos olhos rosados dela quando arrebatou a mente dele para o elo telepático.
E descobriu que era um garoto. Um garoto mi'wanish, como Jack, John Pablo e Alex. Mas não havia tempo para pensar nisso.
Elevando-se mais alguns metros, ela estendeu as mãos na direção das armas abandonadas pelos inimigos que fugiram, puxando-as com a telecinese: uma arma para ela, uma para Jack, uma para John Pablo — junto com o cacetete. O garoto-planta não parecia precisar delas.
Jack queria bater em retirada. Pode ser que conseguissem. Mas havia uma mulher comum ali, uma "humana", frágil e sem treinamento. Subiu um pouco mais, uns cinco metros do chão agora.
A segurança da civil é a prioridade.
Apesar de todos poderem ouvir, John Pablo sentiu que aquela missão era para ele. Sentia nitidamente o pensamento de Mi'larhys: de que ele era a pessoa certa para garantir que a mulher saísse dali ilesa. A confiança dela não deixava espaço para dúvidas: ele era o único ali que poderia entender de verdade a mulher que deviam proteger — uma mulher sem poderes, mas que não se acovardava diante dos inimigos. Assim como ele. Um verdadeiro herói!
KAYRAN!
O pulso telepático foi tão intenso que rompeu a barreira linguística entre eles, cruzando distâncias até alcançar Hana Choi e ecoando como um trovão no sangue de todos.
Às armas!
Mi'larhys engatilhou a arma e afiou sua mente. Chegou a hora.
Jack sente a menina de vênus em sua mente e fica aliviado por um momento. — Olá Cher, sentiu a falta do Jack? Por favor não se incomode com esses pensamentos que o Jack está tendo com você está bem? É mais forte que eu. – Jack tenta algo como uma “piscadela telepática”
— Muito bem Mano, você ouviu a moça. Ela tem ciúmes do Jack com a doutora, então a bola tá com você. – Jack agora “fala” para todos. — Já que o plano B não parece ser mais uma boa opção vamos voltar ao plano A. HORA DO PAU!
Armas engatilhadas e pronto para ação Jack se prepara para atingir o camburão.
Jack fica de frente ao veiculo e dispara enraivecido. Usa seus poderes mais uma vez para criar o pânico em seus atacantes mostrando a eles suas mortes futuras enquanto se comunica telepaticamente com Mila — Seu poder pode dar uma ajudinha aqui Cher?
Everybody tries to tell me that I'm going through a phase but I don't know if it's a phase. I just wanna feel okay.
— Não importa quanto sofrimento já tenham causado... — as vozes se manifestaram separando os meus lábios e transbordavam fúria. As vinhas que antes apenas balançavam no ar agora reagem e ameaçam todos perto, exceto a Dra. Rebecca, se chocando contra o ar como chicotes. Elas não chegam a atingir ninguém ainda, mas a sua movimentação expressa o sentimento que rondava a minha cabeça naquele momento: saiam de perto de mim! Eu pedi para que me ajudassem, mas nenhum deles moveu um dedo sequer para fazer isso, preferindo me deixar debaixo daquela escada e ainda me apressar como se eu fosse algum tipo de cachorrinho que acompanha o seu dono com apenas um assovio. As vozes tumultuando a minha cabeça começaram a falar mais alto e a cada segundo a vontade de apenas ceder crescia. Então era esse o lado negativo de usar aqueles poderes em seu ápice? Ter que suportar todo o sofrimento da natureza ao meu redor e senti-la clamando por retribuição?
— ... eles nunca estão satisfeitos.
Os chicotes pararam de afugentar os outros por alguns segundos e se enroscaram na escada; vários cipós brotaram das minhas costas, criando furos pela camisa e levantando a escada o suficiente para que eu pudesse caminhar para longe dela. O estrondo da escada sendo puxada pela gravidade com tudo contra o chão quando eu a soltei foi bastante audível, e então eu olhei para aquele cara de antes que afugentou aqueles capangas da Tríade. Suas ações eram dúbias: ele era um aliado ou apenas um inimigo da Tríade? "O inimigo do seu inimigo é realmente seu amigo?", pensei por um instante, e de certa forma me senti traído.
Àquela altura eu sabia a localização exata dos reforços da Tríade que sabíamos estar se aproximando. Um calor subiu pelas minhas costas e começou a esquentar minha garganta; eles já tinham levado o meu pai e agora não iriam descansar até me capturarem mais uma vez. Carros, helicópteros e soldados a pé... era claro que eles não estavam medindo esforços para recuperar a sua cobaia de experimentos. Os apêndices esverdeados que outrora me ajudaram se chocaram contra o chão de repente e a força era tanta que pequenas rachaduras surgiram no local do impacto. Em um primeiro momento, eu tentei localizar os inimigos para que pudéssemos trabalhar juntos, mas eu sentia estar sozinho mais uma vez. Ouvir o esquisito me chamar de visconde acabou sendo a gota d'água; ora, ele não apenas ignorou meu pedido de ajuda, como também se sentia no direito de fazer piadas sobre minha aparência?
— NÃO OUSE ZOMBAR DE MIM.
E então eu abri os braços. Àquela altura, não apenas a vegetação que brotava de meu próprio corpo estava enroscada ao meu comando, como também plantas que apenas repousavam em vasos de janelas próximas tinham se desenvolvido em uma velocidade sobrenatural e agora se estendiam pelo chão ao meu redor. Todo aquele tempo o que eu estava fazendo era nada além de reunir o máximo de forçar possível para, na hora que eles nos alcançassem, descobrissem que, na verdade, fui eu que alcancei eles.
E que eu eles já estavam muito longe do perdão.
Foi quando eu senti algo se aproximando e senti as folhas em meu ombro balançarem. Em um instante eu ainda conseguia sentir o reforço aéreo chegando, mas no segundo seguinte aquela massa de ferro enorme simplesmente sumiu e o que sobrou no lugar foi o desenho de alguém bem menor. "Uma humana?", me perguntei, e por alguns segundos foi como se eu conseguisse ouvir meus próprios pensamentos dentro daquele turbilhão sufocante de sensações que eu tinha me enfiado. A raiva ainda estava ali, pulsando e querendo apenas um salvo para que pudesse se libertar sem precisar se segurar, mas algo naquela nova presença parecia diferente.
Foi quando eu avistei se aproximando ao longe como uma estrela brilhante. O instinto falou mais alto naquele momento e eu me armei deixando o corpo ereto e começando a estender os dedos, mas ela não me atacou. Eu cogitei baixar a guarda por um momento, mas então ela me encarou e fez aquilo.
— Saiam...Saiam...SAIAM!
As vozes agora ecoavam pela conexão telepática e eu consegui sentir ela. E eles. E ele. Eu não gostava daquele garoto e não conhecia os outros. Eu não confiava neles. Eu não queria confiar em ninguém ali. Senti-los na minha cabeça só significava uma coisa: eu estava exposto. Com uma mão levantando agressivamente em direção à lateral do meu rosto, o som do tapa foi abafado pela mão da própria Dra. Rebecca; ela percebeu o que eu estava prestes a fazer e tentou me impedir. Senti-la próximo era reconfortante — uma das últimas coisas vivas que ainda me ligavam ao meu pai —, mas ainda assim aquela sensação não era agradável.
— VOCÊS NÃO SÃO BEM-VINDOS AQUI!
Em um coro sinistro, as vozes tomaram de conta dos meus pensamentos e deram um aviso contra os invasores: independente de estarem contra a Tríade ou não, eles não eram meus aliados e não tinham o direito de me invadir daquela maneira.
— Manda ela ficar longe da minha cabeça. — eu pedi olhando para a Doutora, que apesar de ainda estar fazendo força para me impedir ela ainda era apenas uma humana. Com apenas uma voz falando e os olhos voltando a ficar apenas brancos, eu retraio meus dedos que começam a se fechar ao redor da minha bochecha e apertar, puxando minha pele para baixo e deixando clara a força que eu estava fazendo ao deformar aquele lado do rosto. Ansioso, eu vi a doutora olhar para a recém-chegada com um semblante de súplica e preocupação; não pela situação com a Tríade, isso os outros podiam perceber, mas porque ela prezava pela minha segurança — Tem mais vindo, Dra. Rebecca. Eles vão me machucar de novo. Não deixa eles me levarem, por favor. Eu não quero voltar pra lá. Faz eles ire-...
Mas então o medo começa a sumir.
Os olhos voltam a se tingir de verde.
A raiva toma de conta mais uma vez.
Os cipós que antes tinham se acalmado agora voltavam a se bater contra os arredores para impedir que qualquer um se aproximasse. Mais próxima de mim, a Dra. Rebecca conseguia se manter segura do perímetro segurança nascido da minha própria vontade de sobreviver. E então, com uma anúncio de vozes múltiplas como uma legião, eu deixo claro qual será o meu próximo passo.
Mi'larhys (@Mellorienna) voava alto no céu. Sem perder tempo, ela mudou de direção e se dirigiu a eles, determinada a ajudar. Usando seus artefatos venusianos, ela concentrou seu poder e derrubou o helicóptero da Tríade no meio da avenida. O impacto foi devastador, e o helicóptero explodiu em uma bola de fogo, chamando a atenção de todos nas proximidades.
Nos escritórios ao redor, trabalhadores se levantaram de suas mesas, atraídos pelo estrondo. As janelas se encheram de rostos curiosos, e algumas pessoas nas ruas pararam, olhando com surpresa e preocupação para a cena.
— Olha! Mais um vilão surge — comentou um homem, apontando para o céu.
— Ah, fica tranquilo, os heróis dão conta — respondeu sua colega, com um tom de resignação.
— Vamos só nos afastar então — sugeriu outra pessoa, puxando seus amigos para longe da área de perigo.
A cidade estava acostumada a heróis e vilões aparecendo o tempo todo. O caos era quase uma rotina, mas isso não impedia que alguns aproveitassem a oportunidade para filmar e transmitir o evento em suas redes sociais. Celulares foram sacados rapidamente, e várias transmissões ao vivo começaram a mostrar uma garota estranha no céu, claramente Mi'larhys, e uma outra figura de cabelos prateados flutuando na frente do helicóptero caído em chamas.
— Argh, malditas crianças — reclamou a vilã, seu rosto contorcido em uma expressão de desprezo enquanto olhava para Vênus. Seu olhar era de pura aversão e raiva.
Logo, uma van preta chega derrapando na avenida, atraindo a atenção de todos. Jack Dawnson (@Dante), coloca-se de frente ao veículo. Ele usa uma arma que um capanga da Tríade havia deixado para trás quando fugiu em pânico e dispara contra a van.
A van, em uma manobra defensiva, vira de ré para proteger o motorista e os demais ocupantes das balas. As portas traseiras se abrem rapidamente, e vários capangas da Tríade surgem, tomando posições de cobertura e revidando os tiros. Jack, usa novamente seus poderes de controle emocional com sucesso, mas desta vez, apenas metade dos capangas é afetada pelo medo e pânico.
Os capangas restantes, agora mais confiantes, saem das sombras enquanto o chefe finalmente faz sua aparição. Um homem imponente, vestido com um uniforme escuro adornado com o símbolo da Tríade no peito, cabelos longos e negros e olhos brancos como a neve, emerge pela porta lateral da van. Sua presença é ameaçadora e comanda respeito imediato.
O vilão, conhecido apenas como "O", observa alguns de seus soldados em fuga e logo identifica a fonte do problema – Jack. Com um movimento rápido, ele aponta para Jack e dispara uma rajada de laser poderosa que explode nas proximidades dele.
Jack! Faça um teste de Tomar um Golpe Poderoso:
(@Dante) Jogue 2d6 apenas (já que você não tem condição marcada) e torça para falhar!
— Estrela Prateada, que porcaria está acontecendo? Isso era para ser uma missão de captura fácil! — "O" vocifera, sua voz ressoando com autoridade e frustração.
— "O" — ela o chama apenas pela inicial — Esses fedelhos estão no meu caminho. Essa garota aqui derrubou meu helicóptero! — Estrela Prateada responde, apontando para Mi'larhys enquanto voa em sua direção. Ela então nota a Dra. Rebecca e Matthew na viela entre os prédios.
Jhon Pablo (@vontheevil) está camuflado entre as paredes e pode usar o cacetete atordoante que um dos guardas da triade deixou quando fugiu em pânico como uma arma improvisada, fazendo uso de suas habilidades.
— Ah, Doutora! Que surpresa desagradável! Vejo que você já encontrou nossa mascote. Traga-o para cá! — Estrela Prateada ordena, sua voz gotejando desdém.
Rebecca, claramente assustada, recua alguns passos. Ela não queria obedecer à ordem de Estrela Prateada e deixar o círculo de proteção das vinhas que Matthew havia criado ao seu redor.
— Vai ficar no meu caminho, aberração? — Estrela Prateada provoca Mi'larhys, sua voz carregada de desprezo e desafio.
A voz de Matthews ecoando na mente em resposta "VOCÊS NÃO SÃO BEM-VINDOS AQUI!" impactou forte
Mi'larhys! Faça um teste de Tomar um Golpe Poderoso no Emocional:
(@Mellorienna) Jogue 2d6 +1 (porque está irritada) e torça para falhar!
O pulso telepático de Mi'larhys foi tão intenso que rompeu a barreira linguística entre eles, cruzando distâncias até alcançar Hana Choi (@thendara_selune) e ecoando em todos.
KAYRAN! (Às armas!) TODOS ouviram o chamado a batalha da venusiana
2 pontos na pilha de equipe: +1 porque a batalha começou +1 que já tinha antes porque Mathews defendeu com sucesso a Dra. Rebecca
@Alexyus e @Shamps tambem ouvem o chamado de Mi'larhys, e se quiserem vir para a batalha chegam na rodada seguinte se Alex der uma carona voando pra Kima, claro, depois de pelo menos tentar acalma-la depois da explosão de raiva. [Aguardem a atualização no post de vocês]
Quando pensei em matar aula sabia que seria divertido! Mas não sabia que seria perigoso, afinal iria apenas espiar alguns heróis inaugurando um treco tecnológico, descobriria mais sobre essa "super-célula" (hyper eu sei) e no máximo levaria uma brinca de algum herói mais velho. "Hahahaha, John, você se meteu em encrenca! Penso com um sorriso no rosto"
Meus sentimentos mudam subitamente quando percebo a menina lynnish pensando em mim:
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A segurança da civil é a prioridade
. Junto com isso vem uma sensação de orgulho, de que sou um herói e nasci para isso. A heroína gentil me deu uma missão e vou defender essa mulher de jaleco branco com todas as minhas forças se necessário!
Corro na direção da mulher com o objetivo de a puxar para longe do homem planta e a proteger com o meu corpo que está absolutamente agressivo porém ele a bloqueia em uma gaiola de plantas.
(quero usar meu movimento silencioso e rasteiro para perguntar algumas coisas sobre o Matt )
Mais vilões aparecem, não os capangas da tríade que meus colegas estão muito mais do que bem preparados para enfrentar, mas Super-vilões de verdade, com poderes, uma mulher bonita e um outro vestido com o que parece as roupas que os góticos usam para ficarem isolados na escola escutando música depressiva e reclamando da vida boa que levam. Sou interrompido pelo tiro em Jack
Engulo a vontade de gritar e sair correndo, me mantenho próximo da "civil" como disse Mylahris e mantendo o aspecto camuflado eu atiro no vilão-gótico mirando seu cotovelo direito.
Silencioso e Rasteiro:
De seu ponto de camuflagem você nota a van preta, especialmente do lado de dentro: Percebe uma jaula de aço, reforçada e claramente usada para contenção de seres vivos. Ao lado da jaula, várias injeções contendo uma substância verde e brilhante estão organizadas em uma bandeja. Grilhões e bastões atordoadores também estão presentes, idênticos ao que estavam de posse com os primeiros capangas que Jack Dawson afugentou com seu poder de controlar emoções anteriormente. Isso indica que a Tríade estava preparada para capturar e conter alvos poderosos.
Enquanto Matthew defende a Dra. Rebecca com as vinhas, você nota uma etiqueta de identificação no jaleco dela, algo como um crachá que registra Rebecca como funcionária do Laboratório Prometheus, o mesmo laboratório que eles estouraram no prólogo, local onde tudo começou.
Além disso, Jhon vê que Rebecca usa uma pulseira diferente no braço esquerdo, um tipo de engenhoca tecnológica. A pulseira parece fora de lugar, como se fosse uma imposição. Talvez ela também seja uma vítima, forçada a trabalhar para a Tríade sob ameaça ou controle.
Jack percebe que seu poder não foi tão efetivo quanto esperava, mas antes que pudesse pensar em outra coisa é alvejado bem no peito pelo disparo de um tipo de arma laser que o joga longe ele bate na parede e cai em caixas na calçada. Sua camisa esta destruída [sim o Jack está sem camisa de novo kkk].
— Ok ok, acho que com você vou ter que pegar pesado.
Jack corre para pegar a arma que caiu com o impacto e dispara novamente no maldito.
Uma linha incandescente rasga minha mente, tingindo meu mundo em tons tênues. Num piscar de olhos, explode em um púrpura incandescente, pulsando com fúria incontrolável. De repente, se transforma em um cinza gélido, emitindo um brilho fantasmagórico que gela minhas veias. Mi'larhys, a guerreira de espírito flamejante, surge em minha visão. Posso sentir sua raiva palpável, como se estivesse ao meu lado. Minha voz a alcança, mas a resposta é um helicóptero que se aproxima, cortando o céu como um monstro de metal. A bordo, uma mulher enigmática, braços cruzados em pose de poder. Ela me encara com intensidade glacial, seus olhos penetrantes por trás de uma máscara implacável. Ao seu lado, Azatoth, o titã adormecido, em sua forma humana. Um sorriso sádico se desenha em seus lábios enquanto ela profere a frase que ecoa em minha mente: "Eu serei a escolhida!"
A linha vibrante em minha mente se transforma em um púrpura colérico, furioso e aterrador. Pontos verdes luminosos invadem minha visão, dançando em um frenesi que me deixa tonta. A voz telepática de Mi'larhys, poderosa e cortante, rompe a barreira do idioma e da distância, me tirando do transe. A água da terma, antes serena, treme violentamente, seu brilho rosado se transformando em um vermelho sangrento que me engole. Meus olhos ardem como chamas infernais, enquanto meus músculos se contraem em espasmos de tensão.
Quando abro os olhos, a realidade me atinge com brutalidade. Um zunido elétrico pulsa em meus ouvidos, crescendo em volume até se tornar uma sinfonia de caos. A palavra "KAYRAN! (Às armas!)" ecoa em minha mente, um chamado urgente à batalha. O medo rasteja por minhas veias, vil e cruel. Meu corpo treme incontrolavelmente. Será que tudo isso é culpa minha? Fui eu quem acendeu a chama que está consumindo meus amigos? Se tivesse enfrentado meus pais, se tivesse tomado uma atitude diferente, tudo poderia ser diferente? Nego com a cabeça, meus cabelos molhados grudados no rosto. Lágrimas não são para mim. Fui criada para ser forte, para lutar. Levanto-me com determinação e entro no templo, pegando uma das roupas.
Saio correndo pela trilha, meus pés voando sobre a terra. A praia surge à minha frente, e com ela a esperança de alcançar os outros e juntos determos aquela cretina. A velocidade está do meu lado, mas o tempo é curto. Meu coração bate descompassado, ameaçando rasgar meu peito. O medo me acompanha como uma sombra, mas não me intimida. A fúria queima em meu interior, me impulsionando a seguir em frente.
Tudo que quero é ajudar meus amigos, protegê-los da cretina pomposa que almeja se tornar a bonequinha procriadora do devorador de mundos. Lutarei com unhas e dentes, até o fim, para defender tudo que me é caro. Este é meu juramento inexorável de repúdio à opressão, tirania e crueldade que a Tríade representa. Minha alma abomina seus princípios e meus braços se erguerão para combatê-los até o fim.
Aparência: Hana possui curvas delicadas, uma pele muito branca que contrasta com suas tatuagens espalhadas pelo corpo. Seus cabelos são brancos, com mechas pintadas de verde claro, e seus olhos cintilam em um vermelho vibrante. Sua voz é profunda e doce, destacando-se em qualquer ambiente.
Estilo: Sempre inovadora, Hana está constantemente mudando seu visual, buscando impacto e originalidade. Ela não se importa em mostrar seu corpo e usa roupas que realçam sua beleza e personalidade única.
Gostos: Hana é apaixonada por comidas doces e apimentadas, e seu paladar aventureiro a leva a experimentar novos sabores sempre que possível. Ela também é adepta de praticar esportes para manter-se ativa, além de desfrutar de leituras de quadrinhos e tomos de magia, alimentando assim sua mente e sua imaginação.
Personalidade: Hana é uma pessoa sonhadora, sensível e intuitiva, características típicas do signo de Peixes. Sua criatividade e empatia a tornam uma companhia cativante, sempre disposta a ajudar e a inspirar aqueles ao seu redor.
Outros detalhes:
Signo: Peixes Pedra: Água Marinha Cores preferidas: Preto, azul, verde-água, vermelho e lilás.
OFF: @Alexyus , @Dante , @Nazamura , @vontheevil, @Mellorienna , @Mun e @shamps Onde eu marquei um de vocês, é porque deduzi que fossem coisas que vocês poderiam ler, quem sabe até gere aquela coisa de "Hum, entendi porque a Hana me olha assim ou porque ela revirou os olhos." Ou simplesmente para garantir que não esqueci de reagir a ninguém e tem a questão das influências e escolhas que colocamos na ficha . Depois ajusto se errei em algo
Com quantos anos as pessoas da "Terra" descobrem que os filmes são farsas?
Mal a comunicação telepática havia se estabelecido, o garoto-planta urrou de fúria, como um goren ferido. A mente de Mi'larhys era treinada — e ela poderia comunicar-se sem transmitir um sentimento ou pensamento sequer, caso assim desejasse. Mas esse não foi o tipo de canal que estabeleceu ali. Ela os uniu para comunicação ampla, verbal e não-verbal. E aquela era uma via de mão dupla.
O máximo que pôde fazer, em milésimo de tik, foi seccionar John Pablo e Jack em um canal seguro, onde as piadas bem-humoradas de Jack ao vê-la se misturavam ao alívio por encontrá-la segura e ao orgulho que John Pablo sentiu ao perceber a confiança que ela tinha nele. A eles, Mi'larhys reagiu com sensações amistosas e que exortavam a darem o melhor em batalha. Do garoto-planta, nem Jack nem John Pablo captariam mais nada além da fúria inicial. E depois o corte abrupto do silêncio.
Hana Choi, no entanto, acompanhou a mente de Mi'larhys por mais um breve instante, enquanto a voz múltipla e aterradora da consciência do garoto-planta gritava para que saísse. Enquanto a voz furiosa era um coro de garotos, gritando que Mi'larhys não era bem-vinda ali. E Hana ouviu, no fundo da mente de trabalho da Forasteira, logo antes de ser remetida à segurança onde estavam Jack e John Pablo, a voz distante de Alex Harper — ecoando junto com os gritos do garoto-planta: "Lembre-se de falar com a boca com os terráqueos e não com a telepatia". E a garota de olhos vermelhos sabia que algo explodiria em Mi'larhys. Mas o corte veio antes: o sossego de estar ligada a uma parte da mente da Forasteira que sentia o calor da batalha ao lado dos amigos e mais nada.
O trabalho de separá-los em canais telepáticos diferentes levou menos de um tik. Porém, por se ocupar de Jack, John Pablo e Hana, ela não teve tempo hábil de evitar que sua reação fosse transmitida ao garoto-planta. E, cinco metros acima do chão como estava, os olhos rosados de Mi'larhys foram direto para o rapaz — que viu a luz morrer dentro deles. Um turbilhão de dor erguia-se na mente dela, tão rápido que acompanhá-lo era como dançar com facas.
Havia cruzado a cidade em voo para estar ali, levada por um senso incomum de urgência. Ao chegar, pensou que havia sido guiada àquele local para salvar a civil. Mas a mente furiosa do garoto-planta gritava pensamentos para ela, gritava terrores que ela não havia imaginado que fosse ver. Ele era o alvo daqueles vilões! Não a mulher de jaleco. Ele estava ferido, ela não sabia exatamente como. Sabia que era por dentro. E aquele aperto no peito estalou novamente quando o viu tentar se machucar para retirá-la da mente dele.
Era ele. O laço que a trouxe ali vinha dele. Era o garoto que deveria proteger. O garoto que queria arrancá-la à força de sua mente.
☆Ba'kah! Ela estará mais segura longe de você!
Transmitiu a ideia de que John Pablo era um verdadeiro herói e poderia levar a mulher de jaleco branco para longe de problemas. E que ELE era a fonte dos problemas! A mulher estaria a salvo com John Pablo e o Farol era a melhor chance que ela tinha! E então cortou a comunicação telepática, jogando a mente do garoto-planta, sem nenhuma gentileza, de volta a sua própria caixinha. BA'KAH! Ela tinha ido até ali para salvar aquele idiota!?
(A personagem está sob a condição: IRRITADA)
Mas o eco da dor que sentiu nele perdurou em Mi'larhys. E ela o tinha ouvido implorar, assustado, para que a mulher de jaleco o ajudasse, o protegesse, impedisse que o levassem embora. A fúria monstruosa já havia voltado a rugir nele, porém ela havia visto quem ele era: e sentiu-se culpada por não ter feito as coisas de uma maneira melhor.
E as coisas só pioraram quando o poder sombrio de Jack sobre os sentimentos dos inimigos não foi capaz de afugentar a todos. Ele havia pedido que ela o apoiasse e ela falhou. Tinha dado a John Pablo a missão de defender a civil, o que se mostrava cada vez mais impossível de fazer. E, com a queda do helicóptero, dois líderes da Tríade haviam se acercado deles.
Era tudo culpa dela. A civil provavelmente não sobreviveria à fuga que Jack pretendia, mas seus amigos estariam longe dali, em segurança. Ela não sacrificaria civis — teve discussões terríveis sobre isso durante seu treinamento em Lynn. E, por causa disso, agora todos corriam imenso perigo.
(A personagem está sob a condição: CULPADA)
Para coroar as más-escolhas que fez desde que chegou a Mi'wan, o Inimigo não era um qualquer: ela o reconheceria em qualquer lugar — o ladrão, usurpador, Omniman! A postura da lacaia dele diante de Mi'larhys já a havia prevenido de que não era a primeira vez que viam uma lynnish. Mas agora estava confirmado: contrabandistas! Alinhou a mira da arma.
E o Omniman atirou contra Jack.
O amigo voou pelo ar com o impacto da arma — tecnorgânica? — e a khapzis de Mi'larhys rugiu em alerta. Sua mente de sobrevivência queria tirá-la dali. Não havia caminho para a vitória. Ela os tinha condenado, a todos, inclusive a civil. A comunicação telepática com seus amigos era operada na khatnis, a mente de trabalho, então eles não perceberam a desesperança que se apossou de Mi'larhys. Mas sua mente de sobrevivência começou a calcular quanto tempo os exércitos levariam para chegar a Mi'wan caso os convocasse naquele instante.
Três minutos para as tropas de assalto. Mais dois para o restante da infantaria. Mi'wan inteira queimaria em menos de uma hora.
(A personagem está sob a condição: DESESPERANÇOSA)
Menos de dois dias inteiros e sua khapzis uivava para que convocasse as tropas e acabasse com aquilo. E poderia fazê-lo. Mas seu treinamento teria falhado. Jack se levantou e atirou novamente contra o Omniman, sem saber que não tinham condições de vencê-lo. Ele era da raça dos Eternos. Precisavam de uma rota de fuga. Mas não havia nenhuma.
Devia estar assustada. Porém, sentia-se tão exausta! O estampido das armas soava abafado aos ouvidos dela e seus olhos percorreram o campo de batalha, em busca de um sentido. Quando eles cruzaram com os do garoto-planta novamente, sentiu ódio. Se ele achava que ela morreria ali porque ele era ba'kha demais para ouvi-la, ele estava muito enganado!
☆ Recuar! John Pablo, tire a civil daqui! Jack, abra caminho para eles!
Voltando-se com toda a força para a mente do garoto-planta e não dando aos vilões o benefício de ouvirem uma resposta às provocações pífias que fizeram, Mi'larhys soou sem emoção alguma ao dizer:
☆ Você vem junto. Se por bem ou por mal, é escolha sua.
Ainda com os olhos fixos no garoto-planta, Mi'larhys partiu o bracelete, cintilando levemente por um instante antes que a luz a deixasse novamente.
Everybody tries to tell me that I'm going through a phase but I don't know if it's a phase. I just wanna feel okay.
A enxurrada de sensações parecia interminável. Protegido pelo meu próprio turbilhão estalante de cipós, vinhas e raízes, eu sentia todo meu corpo ferver sempre que um daqueles caras diria a palavra a mim ou de alguma forma me envolvia em seus planos. Não estávamos juntos e eles já deixaram claro antes que eu estava sozinho nessa, então não seria agora que eles poderiam simplesmente se aproximar achando que vou colaborar com as suas intenções ambíguas. Definitivamente o inimigo do meu inimigo não é automaticamente meu amigo, e pensar nisso serviu apenas para me deixar ainda mais ansioso.
— Não se preocupe, doutora, eu vou nos tirar daqui. — garanti olhando-a com o turbilhão esverdeado que fluía pelas minhas órbitas. A voz saí múltipla e ríspida como antes, mas a minha intenção não é de deixá-la ainda mais assustada. Era uma coincidência infeliz ela estar ali justo naquele momento e o fato de não conseguir me permitir deixar que ela se machucasse me deixava ainda mais irritado. Olhando para frente, eu queria simplesmente destruir tudo pela frente até alcançar "O" e então enterrá-lo tão fundo com minhas plantas que nunca mais encontrariam o seu corpo. Olhando para a palma da mão eu senti que conseguiria fazer aquilo se quisesse, mas uma dúvida me ocorreu de repente: até onde aqueles pensamentos megalomaníacos eram realidade e não apenas um delírio da minha mente nublada pelo fluxo de informações a que eu estava me submetendo? Eu queria mesmo destruir aquela avenida inteira para alcançar meu inimigo ou estava apenas cedendo a um impulso vingativo? Aquele era mesmo o melhor momento de fazê-los pagar? As vozes na minha cabeça ecoavam que sim, mas ao fechar os olhos e me concentrar eu pude ouvir, bem lá no fundo, a minha própria voz, agora perdida por entre várias, e ela dizia apenas uma coisa: fuja.
O Matthew de antigamente não pensaria duas vezes antes de virar as costas e correr o mais rápido que conseguisse carregando a Dra. Rebecca nas costas, mas aquele Matthew era fraco. Medroso. Incapaz. O meu eu de agora é diferente. É poderoso. Bruto. Eu conseguiria partir uma pessoa ao meio se eu quisesse, então por que não aniquilar aqueles que me ameaçavam? Virando o rosto na direção da garota roxa, eu não apenas vi como senti as suas intenções para comigo. Ela não pretendia me deixar em paz e me insultava ao manter aquela ligação psíquica mesmo após o meu protesto. Suas palavras eram autoritárias, não muito diferente dos cientistas da Tríade que me manipulavam como um boneco de pano e recorriam à violência quando eu não dava o que eles queriam. Nossos olhos cintilantes se cruzam e o que eu tenho para ela é o mesmo sentimento que eu tenho para todos que tentam me conter: desprezo.
— Estamos cercados, doutora, nenhuma dessas pessoas está do nosso lado. — eu aviso, e então o turbilhão de cipós se acalma por um segundo. No momento seguinte, as vinhas estalam novamente, mas dessa vez antecedendo um movimento de espiral se fechando ao redor da Dra. Rebecca e eu; visto de fora, parece uma cápsula. Do lado de dentro, eu deixo espaço o suficiente para que a doutora não se sinta sufocada e consiga pelo menos mover os braços, mas fora isso a minha intenção é nos recobrir completamente da vegetação que eu estava acumulando todo aquele tempo. Agachado, eu tento me conectar novamente com a terra, mas não para pedir novas informações. O meu plano era outro — Não irei me submeter. Nada pode me parar.
E então acontece: como um broto sendo recolhido pela própria terra, o chão se parte quando um buraco aberto por raízes se abre abaixo de nós e por um segundo parece que vamos apenas despencar. O que acontece de verdade é que aquela capsula nada mais era que meu próprio veículo, e como um piloto, eu me concentro para que tanto a vegetação acima da terra como aquela baixo se reúna como trilhos subterrâneos e puxem o casulo para longe daquele lugar. Naquele momento, tudo o que eu queria era que a doutora e eu ficássemos em segurança; no pior dos casos, pelo menos ganhar algum tempo para conseguirmos pensar no que fazer.
Gostaria de utilizar meu movimento "Nada pode me parar" e abrir caminho no cenário (neste caso, por debaixo da terra, em um túnel e alta velocidade) para me afastar de algo, no caso, dessa cena toda. O link para o rolamento do dado pode ser acessado clicando aqui