8 de Eleasis de 1372 CV
Sundabar
Os prenúncios de uma guerra atormentam as fronteiras e quase todos sabem
que ela é inevitável. Cada cidade tem buscado alternativas pelo que está
porvir, e foi pensando nisso que Sundabar, acerca de um ano atrás,
construiu os forjados bélicos.
Esses constructos, impregnados com a arte dos anões ferreiros arcanos e
feitos sob a forja de Fogo Eterno, se tornaram seres viventes, com
personalidades distintas, e verdadeiras armas de guerra. Um pelotão de
100 soldados foi forjado, e todos residem na chamada "cidade de baixo".
A cidade de Sundabar, como todos sabem, é uma cidade rústica, com quase
nenhuma árvore e fortemente guardada por sua dupla muralha circular.
Muitas casas são feitas para parecer uma fortaleza em miniatura de 3
andares, com paredes grossas, janelas altas e estreitas, além de portas
robustas reforçadas de ferro. Essas residências são ótimas caso a cidade
seja invadida, pois podem se tornar verdadeiros baluartes.
O maior tesouro da cidade é a fenda vulcânica guardada sob a cidade,
chamada de Fogo Eterno, conhecida pela fabricação de muitas armas
mágicas. E foi nessa fenda que os forjados bélicos foram criados, dentre
eles, Ardanthur.
Há anões vivendo nas forjas de Sundabar, uma cidade abaixo da cidade. A
maiores deles são compostos por clãs de mestres fundidores, ferreiros,
forjadores e armoreiros. Responsáveis pela criação das armas, pelo
acesso ao Fogo Eterno, e também pelo forjados bélicos.
A um século atrás, devido a uma súbita erupção do fogo subterrâneo,
muitas das grandes forjas que domavam o poder do fogo foram destruídas e
nunca mais reconstruídas. Os anões desde então tomam distância dos poços
mais profundos, embora o forte calor que atinge aos salões dos anões
seja inevitável.
Os forjados bélicos vivem num desses salões subterrâneos. De tempo em
tempo, eles são chamados para fazer uma ou outra incursão fora da
cidade, ou até mesmo para reforçar a segurança da cidade, embora o povo
de Sundabar não goste muito da presença deles.
Este salão, apelidado de Salão Bélico, possui algumas colunas de longas
mesas, embora os forjados bélicos não precisem comer ou beber. Há
quartos nas laterais, embora eles também não precisem dormir. Porém a
maior diversão deles foi uma arena improvisada feita no meio do salão.
Cada forjado bélico pode desafiar outro forjado bélico para uma luta
justa, um contra um, e fazer uma aposta que varia desde limpar a arma do
vencedor até deixá-la brilhante como soltar uma pedaço de sua armadura e
entregar à aquele que venceu a luta. Os anões que vigiam o Salão Bélico
reprovam tais lutas, mas entendem a necessidade deles, embora sempre
fiquem de olho para não deixar a luta ir longe demais.
Ardanthur, que na língua anã significa Guardião Caçador de Gigantes,
observava um duelo de dois de seus "parentes de fábrica", o Belgen,
Punho de Pedra, e o Delkrar, Fortaleza de Aço, quando um grupo de anões
adentram o Salão Bélico e atrai a curiosidade de Ardanthur.
Um dos anões presente é Ribour, um dos mestres ferreiros do local, com
uma longa barba branca escondendo as muitas rugas de seu rosto velho. É
um dos mestres ferreiros mais respeitados do local, e durante os
primeiros meses de vida de Ardanthur, coube a Ribour ensinar tudo que
podia para o forjado bélico.
O mestre anão, após uma rápida olhada pelo salão, avista o Ardanthur e
aponta na direção dele. O grupo de anões, então, se dirige até onde está
o forjado bélico.
Ribour diz:
- Guardião, é bom ver você inteiro. Estes anões aqui - diz apontando
para o grupo de anões atrás dele -, me pediram para que eu indicasse um
forjado bélico de confiança para ir com eles. Estão requisitando uma espécie de serviço.
Sundabar
Os prenúncios de uma guerra atormentam as fronteiras e quase todos sabem
que ela é inevitável. Cada cidade tem buscado alternativas pelo que está
porvir, e foi pensando nisso que Sundabar, acerca de um ano atrás,
construiu os forjados bélicos.
Esses constructos, impregnados com a arte dos anões ferreiros arcanos e
feitos sob a forja de Fogo Eterno, se tornaram seres viventes, com
personalidades distintas, e verdadeiras armas de guerra. Um pelotão de
100 soldados foi forjado, e todos residem na chamada "cidade de baixo".
A cidade de Sundabar, como todos sabem, é uma cidade rústica, com quase
nenhuma árvore e fortemente guardada por sua dupla muralha circular.
Muitas casas são feitas para parecer uma fortaleza em miniatura de 3
andares, com paredes grossas, janelas altas e estreitas, além de portas
robustas reforçadas de ferro. Essas residências são ótimas caso a cidade
seja invadida, pois podem se tornar verdadeiros baluartes.
O maior tesouro da cidade é a fenda vulcânica guardada sob a cidade,
chamada de Fogo Eterno, conhecida pela fabricação de muitas armas
mágicas. E foi nessa fenda que os forjados bélicos foram criados, dentre
eles, Ardanthur.
Há anões vivendo nas forjas de Sundabar, uma cidade abaixo da cidade. A
maiores deles são compostos por clãs de mestres fundidores, ferreiros,
forjadores e armoreiros. Responsáveis pela criação das armas, pelo
acesso ao Fogo Eterno, e também pelo forjados bélicos.
A um século atrás, devido a uma súbita erupção do fogo subterrâneo,
muitas das grandes forjas que domavam o poder do fogo foram destruídas e
nunca mais reconstruídas. Os anões desde então tomam distância dos poços
mais profundos, embora o forte calor que atinge aos salões dos anões
seja inevitável.
Os forjados bélicos vivem num desses salões subterrâneos. De tempo em
tempo, eles são chamados para fazer uma ou outra incursão fora da
cidade, ou até mesmo para reforçar a segurança da cidade, embora o povo
de Sundabar não goste muito da presença deles.
Este salão, apelidado de Salão Bélico, possui algumas colunas de longas
mesas, embora os forjados bélicos não precisem comer ou beber. Há
quartos nas laterais, embora eles também não precisem dormir. Porém a
maior diversão deles foi uma arena improvisada feita no meio do salão.
Cada forjado bélico pode desafiar outro forjado bélico para uma luta
justa, um contra um, e fazer uma aposta que varia desde limpar a arma do
vencedor até deixá-la brilhante como soltar uma pedaço de sua armadura e
entregar à aquele que venceu a luta. Os anões que vigiam o Salão Bélico
reprovam tais lutas, mas entendem a necessidade deles, embora sempre
fiquem de olho para não deixar a luta ir longe demais.
Ardanthur, que na língua anã significa Guardião Caçador de Gigantes,
observava um duelo de dois de seus "parentes de fábrica", o Belgen,
Punho de Pedra, e o Delkrar, Fortaleza de Aço, quando um grupo de anões
adentram o Salão Bélico e atrai a curiosidade de Ardanthur.
Um dos anões presente é Ribour, um dos mestres ferreiros do local, com
uma longa barba branca escondendo as muitas rugas de seu rosto velho. É
um dos mestres ferreiros mais respeitados do local, e durante os
primeiros meses de vida de Ardanthur, coube a Ribour ensinar tudo que
podia para o forjado bélico.
O mestre anão, após uma rápida olhada pelo salão, avista o Ardanthur e
aponta na direção dele. O grupo de anões, então, se dirige até onde está
o forjado bélico.
Ribour diz:
- Guardião, é bom ver você inteiro. Estes anões aqui - diz apontando
para o grupo de anões atrás dele -, me pediram para que eu indicasse um
forjado bélico de confiança para ir com eles. Estão requisitando uma espécie de serviço.