Zara Tantlor não havia se enganado quanto ao mercado mais movimentado que seu assistente encontraria lá. As pessoas, temerosas pelo ataque orc que poderia ocorrer a qualquer momento, buscavam comprar itens para reforçar sua segurança, frequentemente gastando um dinheiro que não possuíam e que pediam emprestados a familiares e amigos. Ariel estabeleceu seu comércio ao ar livre, perto da residência da senhora Arletha Lança de Gelo, àquela estrutura impressionante de dois andares. O mago não tentou entrar com contato com ela; era provável que Zara já tivesse a comunicado sobre o seu assistente que enviara para ajudar a aldeia. E a governante de Neve Morta devia estar muito ocupada planejando as táticas de defesa ou de ataque.
Num determinado dia, uma humana de longos cabelos loiros entrançados e de uma expressão dura, seguida de perto por dois cavaleiros com seus capuzes escondendo parte de seus rostos, um vinha montado a cavalo, se aproximam do jovem mago. A humana diz:
- Vejo que você vende itens mágicos. Você deve ser um mago então – não era uma pergunta. Ela olha para os seus dois companheiros que vinham atrás dela, e pergunta a eles. – Um mago seria útil em nossa empreitada, não acham?