O mago enfiou a mão em sua bolsa e retirou um pequeno tufo de pelos avermelhados. Ele o segurou em frente à face com a mão direita, e se pôs a mover a esquerda pela ar em movimentos complexos. Um círculo verde brilhante começou a se formar no chão da rua, a pouco mais de 3 metros de distância de Ariel. Logo pôde-se notar que o círculo (cada vez mais repleto de desenhos, runas e glifos complicados e ilegíveis) era desenhado no chão imitando os movimentos de sua mão. Enquanto desenhava, Ariel murmurava um encantamento longo, com uma voz ao mesmo tempo solene e entediada.
-Segundo círculo, modalidade esmeralda. Nuvens de rocha, montanhas de ar. Mil cascos trovejantes ao leste, mil selas de aço ao sul. Norte em chamas, luz boreal. Guardião do segundo portão, Mestre da Torre Oeste, eu peço passagem. Andarilho dos Ventos, Cabelos de Fogo, teus cascos me servem, teus flancos convoco. Zéfiro!
Com a ultima palavra, o círculo estava completo, e Ariel soltou os pelos que segurava. O fios curtos e grosso foram carregados por algum vento imperceptível para o círculo, onde giraram em um furação rápido, cada vez mais apertado, para explodir (ou talvez implodir, era difícil dizer ao certo) em uma rajada de energia arcana. O círculo se desvaneceu, como se nunca estivesse lá, e onde os pelos se aglutinaram, um belo cavalo baio, de pelos vermelhos como o crepúsculo estava de pé, seus músculos magro e definidos. Ele já trazia uma sela com arreios de couro curtido gravados com runas, e ferraduras de aço escurecido.
- Spoiler:
Ariel caminho até Zéfiro e acariciou seu focinho, olhando em seguida para o grupo, sorridente. Ele então segurou o companheiro pelos arreios e se pôs a acompanha-los até o portão.
-Sinceramente, não. Fui enviado até aqui sem muita informação, para ser honesto, mas acho que podemos fazer um reconhecimento na hora. Na verdade, acho que até mesmo um interrogatório, se alguém aqui for fluente na língua dos orcs.