Ilyana, A Profetisa - Gaijin386

Um navio construído de madeira de pinheiro deslizava pelas águas do mar aberto. Todo seu casco era vermelho devido aos materiais que foram utilizados na construção, por isso era conhecido como "Fúria do sol". Era um nome estranho para um navio que respondia as Greyjoy, mas se tornara popular para os homens que conduziam tal embarcação. Além de tudo, O "Fúria do sol" era temido naquela região. Era um navio pirata, cujo objetivo era apenas saquear e matar. E naquele dia chuvoso em meio ao mar, ele contava com algo que o tornava mais temível ainda.

Uma leve chuva caía, mas o mar estava calmo. Os homens tentavam se esconder da chuva, mas uma pessoa estava na proa observando a imensidão do mar. Ela parecia fascinada pela água e seus olhos não se moviam por longos tempos. A boca da mulher estava seca e sua pele havia sido curtida pelo sol. Os sinais de desgaste do seu corpo por causa da viagem de dez dias pelo mar podiam ser facilmente vistos, mas isso em nada afetava a relação da mulher com o mar. Os homens a temiam e outros sentiam fascínio por ela, mas eram poucos aqueles que ousavam tirar a mulher daquele transe.

Ilyana sentia o sabor do sal na boca e tentava prever os padrões do mar. As águas estavam calmas naquela hora, mas dentro da cabeça de Yliana outra imagem se formava.

" Águas turvas e ferozes. Para todo o lado que Ilyana olhava ela via o mesmo cenário, uma tempestade. A tempestade era arrebatadora, fazendo que com ondas gigantes se formassem. A sacerdotisa estava no meio das ondas, se afogando e lutando para viver. Apesar disso, não havia medo. As ondas pareciam se acalmar quando chegava perto da mulher. Essa cena se repetia inúmeras vezes, sempre seguindo o mesmo padrão. Apenas em algumas vezes, uma mudança surgia. Um homem afogado surgia de dentro do mar e seu corpo era levado para Ilyana. O homem parecia morto, mas sua espada brilhava e a sacerdotisa via o próprio mar desenhado na lâmina de aço. E quando a beleza daquele cena se completava, uma fúria enorme devastava todo o cenário."

O navio vermelho continuava seguindo seu caminho, faltando apenas um dia de viagem para chegar a ilha de Volmark. Euron Greyjoy havia dito que o "Fúria do sol" encontraria lá um tesouro e que o Deus Afogado iria guiar toda a tripulação no que estava para chegar.

A figura parecia realmente que poderia ficar sem mexer por um bom tempo. A chuva que estava a cair não a perturbava pelo contrário a brisa marinha e a chuva a faziam sentir muito melhor.


- Ainda não sei o que estás a me dizer meu senhor, mas seguirei aos vossos desígnios. -  Diz para si mesma  tentando guardar para sempre as feições do ainda desconhecido homem da visão.

Olhou para oceano longínquo e agradecia pelos ventos favoráveis que o senhor sob as ondas havia enviado favorecendo sua viagem, entretanto nem mesmo as visões ainda tinham deixado claro a natureza do tesouro que viria a encontrar e muito pelo contrário só a alertavam de que o mesmo poderia ser mais rubro que dourado.

O "Fúria do sol" atracou em um porto danificado. Era apenas uma construção de madeira frágil e antiga, o qual era utilizada por pescadores da região. Naquele dia não havia ninguém pescando, pois a chuva era um sinal que o mar podia ficar revoltoso de repente, de modo que nenhum homem suficientemente sábio se lançaria no mar em um dia como aquele. Por causa desse motivo o navio vermelho não fora avistado por ninguém, chegando a terra firme sem alarmar qualquer sentinela.

Enquanto o navio era atracado e amarrado com uma tira grossa de couro de foca, Teryn caminhou até onde se encontrava a profetisa. Teryn era um homem parrudo, de grande constituição e de rosto marcado por intempéries. Ele era o capitão do navio, liderando e organizando homens com apetites vorazes. Seja como for, ele parecia ser um dos únicos que não temia Ilyana. Ele vestia uma cota de malha e um elmo com crista em formato de asas de águia estava em sua cabeça. Ele estava vestido para batalha, pois ninguém naquele barco imaginava o que encontraria naquela ilha. Nem mesmo Ilyana tinha a noção do que a aguardava, tudo que ela possuía era o estranho sonho que havia atormentado-a durante toda viagem.

Dessa forma, Teryn começou a dizer com um tom de voz receoso, mas que no fundo Ilyana sentiu que o mesmo guardava uma esperança por de trás de suas palavras.

- Sabe o que encontraremos em Volmark? - Ele fez uma pausa, os olhos fitando de forma intensa a figura da sacerdotisa. - Euron não me avisou sobre nada e o homens temem em parar em uma ilha desconhecida sem saber o que lhes aguarda. Certa noite, eu disse que haveria saque para nós e que todos iriamos ficar rico, mas eles pareceram não acreditar. - Ele fez outra pausa, visivelmente cansado. - Virá a terra conosco Ilyana? Os homens desejam sua companhia.

Teryn ficou ali parado, sempre em posição de um servo quando falava com a sacerdotisa. Ilyana notou também que os homens olhavam para ela, analisando cada passo que ela daria. Ela era uma mulher, e por isso os homens de ferro a desejavam e a temiam, pois era sábio dizer que as mulheres escondem segredos terríveis.

A ilha se estendia com uma costa toda formada de pedras pontiagudas e o único caminho era pelo porto antigo, o qual dava para uma trilha em direção a uma pequena colina, onde certamente daria para ver mais o terreno em que a ilha estava assentada.

A sacerdotisa do Deus afogado contemplou tanto Teryn quanto aos demais marinheiros com um olhar indulgente, não de arrogância, mas de compreensão e também despertou daquele longo transe em que estava.  - Caro, capitão Teryn. Devo-lhe agradecer por sua eficiência e de sua tripulação chegamos ao destino traçado sem atrasos. - Ela fitou-o com mais atenção agora e também disse - Sim. Eu descerei, pois existe algo para ser encontrado, mas não sem risco se não Euron não haveria de ter me enviado com vocês. -
Virou-se para os demais a ouvirem - Riscos! Perigos! Sim existem e vão se interpor em nosso caminho, mas somos das ilhas de ferro! Não somos acomodados como Lannisters ou Starks que compram e não conquistam, nós pelo contrário teremos porque queremos... E QUANDO QUEREMOS PODEMOS! PREÇO DE FERRO! - Diz e pega sua cabaça de água salgada e joga pequenas pitadas sobre os demais (Bless e efeito moral). - O que já está morto nunca poderá morrer...  - diz no começo da prece e espera que os demais é claro a completem, tentei inspirar o povo aqui, tomara que dê certo.- VAMOS! - Diz enquanto aponta o desembarque e desce com graça e efeito segurando a cabaça de água e seu cajado feito de madeira de naufrágios com ponta de obsidiana.

Os homens assistiram em silêncio a figura daquela mulher fazendo um discurso cujo objetivo era inspirar os outros. Eram, em sua grade maioria, homens que haviam lutado e saqueado inúmeras ilhas, mas mesmo assim, o efeito que o discurso da mulher tivera alcançou todos. Os que estavam mais perto da sacerdotisa receberam a benção de água salgada com apreço, e os que estavam afastados demais tenderam a se aproximarem. Em alguns segundos, a proa que antes estava vazia, agora se encontrava lotada de pessoas.

Como uma só pessoa, os homens entoaram o final da frase da profetisa.

- Mas volta a erguer-se, mais duro e mais forte.

E assim, o pequeno discurso logo se acabou, e Teryn começou os preparativos para explorar a ilha de Volmark. Como não tinha nenhum cavalo, os homens tiveram que subir a pequena colina a pé, algo que durou cerca de um quarto de hora. Os homens seguiam Teryn e Ilyana, os quais foram os primeiros a ter uma visão mais completa da ilha. Era uma ilha plana, e bem ao norte havia uma espécie de vila. Um local que mais parecia um monte de fazendo do que as vilas das Ilhas de Ferro. Era a típica vila que o Fúria do Sol saquearia, mas Ilyana sentia algo diferente. Havia uma brisa suave e salgada, e a sacerdotisa podia sentir que algo grande iria acontecer ali dentro. A fúria, a qual ela estive sonhando, parecia estar pronta para desabar em cima daquele local.

Spoiler:

Ilyana acompanhava o passo da marcha, mas é claro que dera o animo aqueles homens que estavam apreensivos e com receio para que não mais ficassem temerosos, mas não era uma dothraki sem o mínimo de cérebro para saber que era necessário certa preparação antes de um ataque e falou disso a Teryn.

- Quantos homens nós temos? Enfim nada sabemos sobre essa vila e seria melhor mandar batedores para reconhecer o terreno, Teryn só para garantir e saber o que há lá de antemão. O que acha? A surpresa é uma boa aliada - ela diz e ajeitou seu capuz.

O afogado, uma espada, a fúria. O perigo e o tesouro, o rubro e o dourado. Haveria custos e ela sabia disso. Pensou consigo mesma. Mas os diminuiria ao máximo.

Teryn fitou a vila por alguns segundos e logo depois se virou para a mulher encapuzada.

- Acha mesmo que essa vila esconde algum perigo? Volmark mais me parece uma terra de camponeses do que uma de guerreiros. - Ele fez uma pausa, pensando no que a mulher tinha dito. - No entanto, confiarei em você e mandarei dois batedores. Creio que ninguém da vila tenha nos visto ainda, de modo que os batedores podem fingir ser pescadores ou comerciantes. E temos cerca de trinta homens, mas todos são bem treinados, de modo que nenhum camponês será páreo para nossa força.

E assim, Teryn ordenou que dois homens fossem de encontro a vila. Enquanto os homens desciam a colina, Ilyana ficou pensando no que poderia conter aquela vila que parecia pacata. Era muito cedo ainda para ligar os pontos do sonho e da vila, mas a sacerdotisa tentava. Dessa forma, muitos minutos se passaram e os homens ficaram esperando escondidos sobre a colina. Alguns afiavam espadas e outros bebiam cervejas azedas e se preparavam para uma batalha, somente Teryn ficava de olho na cidade ao lado de Ilyana.

A visão de Ilyana era mais afiada que de Teryn, de modo que ela foi a primeira a perceber que dois homens voltavam da vila, mas agora estavam a cavalo. Pelo modo como eles conduziam o cavalo, algo sério havia sido descoberto. Eles ainda estavam longe, iriam demorar alguns minutos para chegar até onde a dupla estava.

- Cavalos. Nossos homens não tinham cavalos, mas logo saberemos  fique com os arcos a postos, mas só para garantir -  Diz cautelosamente enquanto aguardava o que viria.  Claro que ela não estava na frente, não era um guerreira. - Dependendo da resposta teremos nosso movimento e linha de ação definida, afinal as aparências sempre podem enganar meu caro Teryn.

Teryn ficou alerta quando ouviu Ilyana dizer que os homens estavam a cavalo. A visão dele já não era das melhores, por isso ele precisou forçar os olhos para tentar ver o que estava acontecendo. Como se confirmasse as suspeitas que a sacerdotisa tinha, Teryn ficou em estado de alerta. Na mesma hora fez um gesto para que seus homens se preparassem para um combate, e indicou também que quatro homens empunhassem seus arcos e preparassem suas flechas feitas com madeira de bétula e pena de ganso.

Os homens se aproximava cada vez mais e quando eles estavam a cerca de cem metros de distância, Ilyana pôde ver que se tratava dos dois batedores. Eles possuíam uma expressão de urgência no rosto. E então, vendo que a sacerdotisa e Teryn os olhavam, um deles começou a falar, gritando, não se importando se alguém mais iria ouvir.

- Algo está acontecendo lá na vila. Estão matando um homem e parece que uma pequena batalha está se formando. Eles estão ensandecidos. Conseguimos pegar esses dois cavalos devido a confusão. Eu não ousei ficar para ver o que iria acontecer, mas parece que se trata de alguém importante sendo torturado.

- Então devemos intervir, afinal se alguém de importância deve valer o resgate. Talvez enfim não seja ouro o que viemos buscar Teryn apronte todos temos que aproveitar a chance já que está começando um tumulto - Diz ainda olhando ao longe, será o afogado? pensa ela.

- Não creio que desse  tempo para dividir nossos homens para atacar por trás da vila... Batedor! Quantos havia lá? Digo eram mais que uma dezena de combatentes? - Questiona com curiosidade.

Se o mesmo disser que o numero superava uma dezena, mas não o numero de homens que possuíam ela vai dizer.

- Então vamos! A marcha e tomar o que viemos buscar.  Metade com arcos nas mãos-

Se forem mais ela irá dizer

- Vamos, a confusão deles é nossa aliada, mas vamos evitar de chegar gritando e fazendo barulho  que vinte carreguem armas de ataque de perto e dez carreguem arcos. -

Teryn manda que alguns homens se preparassem para moverem-se em direção a vila. Não foi preciso da ordem de Ilyana para que isso fosse feito, Teryn era um homem experiente e saquear era sua vida. Os homens estavam ansiosos na colina, isso era visível nos olhos da maioria. Eles amavam ouro, amavam prata e amavam as mulheres, as quais certamente seriam violadas durante o saque. Seja como for, o ataque iria começar em breve.

O batedor respondera que não se tratava de quase nenhum combatente dentro da vila, e que poucos estavam armados. Dessa forma, Teryn ordenou que os homens colocassem as cotas de malha, os elmos e pegassem as espadas e machados para lutar. Apenas quatro homens possuíam arcos, pois era comum que um navio pirata utilizasse espadas ou armas de contato, uma vez que os arcos perdiam toda a sua capacidade de ficarem firmes durante longas viagens. Já e espada, se tratada da forma certa, seu gume permaneceria afiado por um longo tempo. O grupo de homens avançou e foi em direção a vila na ilha de Volmark.

Durante a descida a tropa foi andando devagar, afim de que suas forças não fossem desgastadas. Além do mais, o que os moradores do vila poderiam fazer com tão pouco tempo? Certamente, nenhuma defesa sólida seria composta. Ilyana podia sentir o cheiro do mar enquanto caminhava, podia ver as casas que eram feitas de palha, barro e pedras. As maiores casas eram de madeira, pois em uma ilha a madeira se torna um artefato de luxo e poucos tem prata o suficiente para ter uma posse assim. Por isso, todas as casas possuíam um tom acinzentado da pedra crua que fora utilizada em suas paredes. Ao contrário do que se era esperado, as pedras forneciam um abrigo deficiente, uma vez que as casas não eram montadas com a mesma pedra trabalhada de um castelo.

Havia uma espécie de praça central e Ilyana pôde ver alguns homens reunidos no local. Eles pareciam confusos, pois agora estavam alertas quanto a presença dos forasteiros, e alguns pareciam relutar em abandonar seja lá o que estivesse fazendo. Teryn liderava os homens ao lado de Ilyana, esperando que a mesmo desse a indicação que o ataque seria um caminho a ser percorrido.

Bom vou forçar a vista para ver o que está lá, mas questiono ao batedor onde estava o tal torturado exatamente na praça. - Era ali que estão segurando o tal homem? Vamos ver e bem se criarem problemas... - deixa a frase no ar.

Ilyana avança ao lado de Teryn, mas procura ver alguém com porte mais de "líder" entre essas pessoas que ficaram na praça para talvez iniciar um breve colóquio antes do inevitável.

- Talvez eles se entreguem sem luta, mas duvido. - Diz para Teryn.

O batedor assentiu, informando que era naquela praça que havia um homem sendo torturado. Forçando a visão, Ilyana conseguiu ver um homem que estava sendo forçado a colocar a cabeça em uma plataforma de madeira, de modo que tudo sugeria que ele estava perto de ser executado. Ele também possuía hematomas em todo corpo.

Alguns homens corriam para dentro das casas e voltavam com lanças enferrujadas, mas de certa forma preparados para a batalha. Não era um grande número.Um homem que assistia tudo chamou a atenção de Ilyana. Era um homem alto, de boa constituição física e de cabelos lisos e negros. As vestes dele tinha um tom azul desbotado, mas de certa forma, era um dos homens mais bem vestido ali em Volmark. Ele parou de fitar o prisioneiro para fitar o novo grupo que chegava. Em certo momento, ele sinalizou para que os homens montassem uma defesa.

- Bem, Teryn aquele parece ser o líder bem vamos dar-lhe a chance de se render ou não. - Diz Ilyana e bem ela sinaliza para o homem com um lenço no gesto universal que falaria com ele antes. - Venha comigo Teryn você e mais dois. Assim vamos ver o que podemos descobrir sobre aquele sujeito. -  e parou no meio do caminho para que o outro também se desloque a fim de começar o dialogo.

Teryn, o comandante do navio Fúria do sol , adiantou-se e sinalizou para que dois homens o acompanhasse numa possível negociação. Ele poderia facilmente mandar que seus homens devastassem aquela vila, mas o preço seria alto. Muitos homens perderiam a vida, e arranjar homens com tais habilidades aprimoradas seria algo demorado e custoso. Por isso, Teryn concordou com a mulher misteriosa ao lado, o caminho mais prudente era tentar convencer os homens a se renderem. Então começava a caminhar em direção do inimigo, Teryn fez sinal para que a sacerdotisa o acompanhasse.

Ele sabia que a mulher tinha uma aparência que daria calafrios aos homens da ilha, e Teryn também desejava que ela fornecesse a proteção do Deus Afogado ao seus homens. Um homem nascido do ferro era duro e feroz, mas Teryn suspeitava que o deus era ainda mais terrível.

Enquanto o grupo andava até o centro do terreno, Ilyana podia ver com facilidade toda a extensão da vila. O homem que estava sendo torturado possuía um cabelo prateado, mas estava sujo de sangue naquela hora. O homem se retorceu, tentando fugir de seus captores, mas logo desistiu de se levantar. Enquanto o homem se debaiia, Ilyana pôde ver os olhos dele, eram púrpuras, assim como os da própria Ilyana. Os dois, tanto Ilyana como o prisioneiro, eram os únicos que possuíam cabelos e olhos daquela cor. A sacerdotisa ouviu que Teryn havia começado a negociar a rendição com o homem, mas a conversa pouco entrou em sua cabeça. O que mais chamava atenção ali continuava a ser o prisioneiro.

Em certo momento, Teryn gritou com o líder dos inimigos de Volmark. A tensão parecia aumentar e a guerra estava cada vez mais próxima. E apesar de toda tensão, o prisioneiro ainda era mantido no chão e o guarda que tomava conta dele parecia pesar a espada para dar um golpe final no homem. Ele parecia ansioso para fazer tal coisa.

- Teryn! - Diz ela tendo um sobressalto. - Veja esse sujeito ele parece com o que eu penso que parece? - De boa o sujeito é o cara da minha visão?

- Caro líder de Volmark meu nome é Ilyana e sirvo ao senhor que habita sob as ondas e bem não sei ainda o seu nome para lhe referenciar apropriadamente poderia dizer afinal quem é o seu prisioneiro e o que ele fez para ter esse tratamento - diz tanto para Teryn quanto para o líder.

Ela falou sem demonstrar, mas algo dentro de si a deixou muito inquieta neste momento e ainda queria resolver isso sem grandes perdas.

Teryn levou um susto, pois estava concentrado na discussão e na resolução daquele problema. Ele olhou para Ilyana e deu dê ombros, pois era claro que ele não havia notado e nem mesmo se importava com o prisioneiro. Teryn estava focado nos homens armados e em como faria para matá-los perdendo um número insignificativo de homens naquele dia.

O líder de Volmark pareceu assustado com a presença da mulher. Apesar de todas as ameaças de ataque por parte de Tery, a figura da mulher que encheu o peito dele de medo. Ele então respondeu com uma voz cautelosa.

- Ele diz que é um rei. Um rei de nada. - Ele deu uma risada, permitindo-se regojizar com uma piada que só ele sabia. - Ele disse que nos mataria e que conheceríamos a "Fúria" caso ninguém jurasse a espada a ele. É por isso que estamos torturando-o, para mostrar que ninguém pode ameaçar os moradores de Volmark.

O líder então ficou ali parado, discutindo e conferenciando com Teryn. Por fim, foi acertado que a tripulação de Teryn iria embora sem guerrear, desde que o líder de Volmark pagasse um tributo em ouro para a tripulação. E assim, com uma diplomacia forçada, Ilyana e seus companheiros ganharam acesso a ilha sem ter que derramar sangue, ao menos por enquanto.

Lá na frente, a tortura com o prisioneiro continuava.

A sacerdotisa assentiu com a cabeça os termos, mas foi se aproximando do torturado até ficar próxima para vê-lo melhor claro que o relho do torturador estava sedento, mas Ilyana queria ver o dito "rei" mais perto e chegou perto do torturador e com um olhar e depois poucas palavras - Basta. Descanse o braço por um instante. - Ela diz num tom calmo e sem ameaças, mas o olhar era frio e distante o bastante para intimidar o mais resoluto dos homens.

Olhou para a figura torturada e lhe disse - E você quem? E porque acha-se rei de algo? - O sujeito é o homem das visões? Agora olhando de perto.

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