Após alguns dias de viagem, o pistoleiro adentrava finalmente o acampamento da Companhia União Púrpura. Ele retribuía os cumprimentos que recebia com serenidade e sempre com uma mão pousada no coldre de sua pistola. Ele não confiava naqueles homens tanto quanto eles não deviam confiar nele. Cada cabana disposta pelo acampamento era abrigo para três ou quatro pessoas que já cometeram variadas atrocidades em suas parcas vidas. Harland já teve que cometer algumas em sua profissão, mas nenhuma delas era motivo de orgulho.
Ele retira o chapéu ao ser recebido pelo chefe da companhia, em sinal de respeito, mas volta a botá-lo sobre a cabeça antes de entrar na tenda. Havia apenas uma mulher lá, sentada de modo bem relaxada sobre algumas almofadas, e a primeira coisa que o pistoleiro pensou foi que ela devia ser o novo brinquedinho de Ryan Wright. Harland mirou-a por alguns segundos pelo único olho visível (o outro estava escondido sob o seu tapa-olho). Enquanto Hughes e Vernes se afastavam, indo procurar o aconchego e as bebidas, o pistoleiro se posicionou atrás de Lady Grifiths e colocou uma mão sobre o seu ombro, apenas para tranquilizá-la. Foi no exato momento em que a mulher estranha fazia uma pergunta a respeito da cativa.
Harland se permitiu um sorriso presunçoso antes de responder.
- Esta é a Lady Grifiths. Enfrentei o pó do deserto e uma perseguição desenfreada para trazê-la até aqui, nas mãos de Ryan Wright. - O pistoleiro então desviou o olhar para o seu chefe. - Fizemos o possível para cuidar bem dela durante a viagem, de modo que ela chegasse intacta até você. Se ela viesse de outro modo, despedaçada ou algo assim, ela valeria menos do que o meu olho direito.
O pistoleiro parou de falar e aguardou o pronunciamento de Ryan Wright. Por um lado ele queria acabar logo com aquilo, receber a sua recompensa e sair da tenda antes que o sentimento de culpa começasse a se apoderar dele... mas por outro lado, lá em seu íntimo, ele queria saber o que aconteceria com a jovem moça. Algum espírito protetor se apoderava dele naquele momento, afinal, ela tinha idade para ser a sua filha.
Ele retira o chapéu ao ser recebido pelo chefe da companhia, em sinal de respeito, mas volta a botá-lo sobre a cabeça antes de entrar na tenda. Havia apenas uma mulher lá, sentada de modo bem relaxada sobre algumas almofadas, e a primeira coisa que o pistoleiro pensou foi que ela devia ser o novo brinquedinho de Ryan Wright. Harland mirou-a por alguns segundos pelo único olho visível (o outro estava escondido sob o seu tapa-olho). Enquanto Hughes e Vernes se afastavam, indo procurar o aconchego e as bebidas, o pistoleiro se posicionou atrás de Lady Grifiths e colocou uma mão sobre o seu ombro, apenas para tranquilizá-la. Foi no exato momento em que a mulher estranha fazia uma pergunta a respeito da cativa.
Harland se permitiu um sorriso presunçoso antes de responder.
- Esta é a Lady Grifiths. Enfrentei o pó do deserto e uma perseguição desenfreada para trazê-la até aqui, nas mãos de Ryan Wright. - O pistoleiro então desviou o olhar para o seu chefe. - Fizemos o possível para cuidar bem dela durante a viagem, de modo que ela chegasse intacta até você. Se ela viesse de outro modo, despedaçada ou algo assim, ela valeria menos do que o meu olho direito.
O pistoleiro parou de falar e aguardou o pronunciamento de Ryan Wright. Por um lado ele queria acabar logo com aquilo, receber a sua recompensa e sair da tenda antes que o sentimento de culpa começasse a se apoderar dele... mas por outro lado, lá em seu íntimo, ele queria saber o que aconteceria com a jovem moça. Algum espírito protetor se apoderava dele naquele momento, afinal, ela tinha idade para ser a sua filha.