Bar Ultima Chance - Brooklin (Refúgio Jonas McCallum)

Indo para os lados do Porto você poderá ver um prédio com janelas sujas e certamente não convidativo, mas lá dentro o ambiente compensa o exterior devido a ser aberto a todos e realmente não havia exclusividade marinheiros noruegueses, suecos, poloneses, irlandeses e de várias nacionalidades circulavam apostando em dardos ou simplesmente bebendo dentro da atmosfera receptiva do Ultima Chance....Mas adentrando os cômodos e indo a adega existiam passagens que era fechadas ao publico onde somente os mais exclusivos podiam ir lá se encontrava as reuniões de Brujah onde as ultimas novidades de teor politico ou ideológico eram comentadas seja sobre a exploração do proletário sob as botas inexoráveis dos patrões capitalistas e seus pagamentos ínfimos pela força de trabalho dos operários ou das ultimas novidades da sociedade Cainita e comentar sobre o que e se seria feito algo a respeito de uma situação não adequada.

Alguns afortunados podem conseguir estadia no Ultima Chance caso o sol esteja nascendo e você esteja longe de seu refugio desde que estejam nas graças dos Brujah. No mais existem vários entretenimentos como mulheres que também estão por lá, mas veja bem não é um prostíbulo e quartos devem ser arranjados fora dali.

Jonas McCallum é privilegiado e tem um aposento no Ultima Chance no sótão.

A lua dos vigilantes mais uma vez se levantava.

A lua cheia que permitia os ataques surpresa, que revelava o alvo, que trazia os mortos, mais uma vez, à vida.

O Pistoleiro abre seus olhos.

Abaixo de si, a musica já tocava alto. O Última Chance, também, estava vivo.

Como uma mãe protetora o bar abrigava e aceitava todo tipo de gente.

Aparentemente tudo estava normal naquelas bandas, apesar de o mundo ter ruído no dia anterior.

O Pistoleiro caminhava pelos corredores escusos do Ultima Chance, um lugar só conhecido por aqueles que mereciam.

Forçava seu corpo Morto-Vivo a respirar, mais uma vez, para tragar aquela nuvem de alcatrão e caminhava

Numa cacofonia de sons, Bessie Smith tocava no andar inferior enquanto ele cantarolava uma musica pagã qualquer, mas aquele era seu jeito.

The Wild West Style...

Naquela hora, apesar de seu um antro de salvação para os Brujah, poucos ali estavam enquanto o Pistoleiro transitava. Poucos tinha refugio fixo no bar.

Ele desce as escadas escondidas atras do bar para, só então ver um rosto conhecido.

Jimmy Nanza, o Barman.

Enquanto interpela o carniçal que assumia a responsabilidade pelo Bar, Jonas percebe que o clima no bar está pesado.

Muitos homens mais bem vestidos que o normal tomavam suas doses de Scotch ou algo parecido.

Aquele não era um bar para almofadinhas... Mas ali alguns estavam, com gravatas abertas soltas no colarinho, como se o mundo pesasse por sobre seus ombros.

Em resposta Jimmy comenta, enquanto seca um copo com um pano branco que já havia visto dias melhores

- Boa noite Jhonny... Temos clientes novos... Algo de ruim esta acontecendo em Manhattan... Uns 3 caras se jogaram do Empire State

O clima no Ultima Chance era melancolico.

A fumaça de nicotina do Brujah se reunia à égregora cancerígena que flutuava por sobre as cabeças dos demais clientes.

No canto do bar alguem lia um jornal que anunciava, a quem quisesse ver, a destruição de várias famílias


O Carniçal Ruivo responde ao Pistoleiro

- Creio que estão na Cidade. O Principe convocou todos os sanguessugas... Algo sobre os problemas de ontem...

O Carniçal revirava os olhos.

Jonas não era seu senhor, mas, ainda assim, ele parecia sê-lo.

Ele larga o pano e responde ao Pistoleiro apontando ao jornal que o cliente, ao fundo lia.

- McCallum, pode ler aquele jornal ali e se situar.... Tá me achando com cara de repórter?

Ele se recompõe

- Tudo o que sei e que os figurões estão se fudendo e que esse seu Príncipe chamou todo mundo para aparecer no Elisio.

Jimmy deixa para responder o Pistoleiro em um segundo momento, após ter servido mais uma dose aos desesperados que gastavam suas últimas economias em bebida barata, por não terem maiores expectativas.

Num sorriso perdido naquele matagal ruivo que ele chamava de barba, o Barman responde

- Ora, Jonny, até um borra botas como eu sei que o Elisio do teu Chefe fica na Prefeitura, em Manhattan

O Barman revirava os olhos para o Pistoleiro...

Não era um ato comum para um mero carniçal... Mas ele era impaciente e foda-se...

Ele responde de soslaio

-Te falei Jhonny... Estão todos na Cidade... Você foi o único que passou a manhã no Ultima Chance...

Ele grita, não para o Pistoleiro, mas para um cliente

-Hei! Já te vi! O que que tu quer?

Ele se afastada para o outro lado do balcão, deixando Jonas com seus pensamentos.

O Brujah deixa aquela atmosfera de depressão causada pelo Jazz, Nicotina e Bebidas para trás enquanto sai do Última Chance, para entrar em algo muito mais complexo que é a vida fora de seu refúgio.