LIA BLAKE – PRIMORDIAL 30/12/2019 – 20:40 – London, United Kingdom, Europe - Earth O Arcanjo parece perceber a súbita tristeza e embaraço de Lia. Ele segue até ela e responde algo constrangido:
Ele toca gentilmente o ombro da Primordial e sorri sem jeito, antes de voltar a falar:
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Prólogo - Lia Blake (Primordial)
- Brujah Girl
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- Mensagem nº21
Narração - Lia Blake
- mimacarfer
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- Mensagem nº22
Re: Prólogo - Lia Blake (Primordial)
Lia ouve atentamente as palavras de Azhael, porém sem se sentir muito melhor por isso. Aquele dia estava definitivamente sendo um misto de emoções estranhas... Por um instante queria sumir dali, mas não queria desapontar o amigo.
- Acho que eu não quero mais o café... Podemos apenas dar um passeio e depois voltar pra casa? E sim, você precisa melhorar suas brincadeiras. Brincadeiras tem que ser divertidas, e acredite, isso não foi nada divertido.
Ela ajeita o paletó de Azhael em seu corpo e começa a andar em direção à ponte. Embora aquilo não fosse lhe aquecer, pelo menos lhe dava uma sensação de conforto e segurança... E isso era tudo o que ela precisava naquele momento.
- Acho que eu não quero mais o café... Podemos apenas dar um passeio e depois voltar pra casa? E sim, você precisa melhorar suas brincadeiras. Brincadeiras tem que ser divertidas, e acredite, isso não foi nada divertido.
Ela ajeita o paletó de Azhael em seu corpo e começa a andar em direção à ponte. Embora aquilo não fosse lhe aquecer, pelo menos lhe dava uma sensação de conforto e segurança... E isso era tudo o que ela precisava naquele momento.
- Brujah Girl
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- Mensagem nº23
Narração - Lia Blake
LIA BLAKE – PRIMORDIAL 30/12/2019 – 20:45 – London, United Kingdom, Europe - Earth O sorriso sem jeito que havia no rosto de Azhael, desvanece completamente. Talvez ele não esperasse por aquela reação de Lia. Ele baixa o olhar por um instante e em seguida procura se recompor, respondendo de forma constrangida:
Quando Lia começa a caminhar, ele apenas segue acompanhando-a em silêncio e assim permaneceria até que Lia desejasse quebrar o silêncio ou decidisse retornar para o Éden. Se avançassem pelo parque, veriam que o Regent’s Park encontrava-se praticamente vazio. Se havia alguém além deles por lá, não encontrariam facilmente.
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- mimacarfer
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- Mensagem nº24
Re: Prólogo - Lia Blake (Primordial)
Lia caminha em silêncio por um longo tempo tentando colocar seus sentimentos em ordem. Não queria que Azhael achasse que ela estava brava com ele, mas ao mesmo tempo não conseguia afastar a vontade de chamá-lo de idiota e mostrar o quando a deixara chateada com suas palavras. Olhou-o discretamente caminhando ao seu lado, percebendo que mesmo chateada não gostava de vê-lo cabisbaixo daquela maneira. O silêncio não parecia combinar muito com eles... a não ser que existissem livros por perto, o que não era o caso naquele momento. Aproximou-se vagarosamente, tomando-lhe a mão e entrelaçando seus dedos nos dele de forma a chamar sua atenção e fazê-lo parar por um momento.
- Desculpa Z, eu não queria falar com você daquela forma... eu sei que você não queria me deixar chateada... você sempre cuidou tanto de mim...
Sentia-se envergonhada por ter sido rude com ele. Não se lembrava de já terem sequer passado por alguma situação parecida em todos os anos de convívio no Éden. Levou sua outra mão também até a mão dele, envolvendo-a entre elas e acariciando-a gentilmente enquanto lhe olhava diretamente nos olhos.
- Sabe, vir aqui hoje não está sendo fácil... É como se eu não estivesse preparada para isso, e o que você disse só me deu a impressão de que realmente não estava mesmo, entende? Sinto como se tudo aqui dentro fosse um vulcão prestes a explodir. Mas eu estou pronta ou você não teria me feito vir até aqui e... eu... eu tenho que me lembrar que fui treinada pelo melhor arcanjo que poderia ter na minha não-vida, certo?
Ela respira fundo, sorrindo-lhe docemente.
- Venha, vamos pegar o nosso café antes que aquela Starbucks feche. Hoje isso aqui parece muito quieto para o meu gosto. E o senhor, comece a me contar as novidades desde a minha partida para terras celestiais e a preparar seu dinheiro porque hoje será por sua conta, nem que tenha que assaltar algum andarilho. Cena inclusive que eu acharia histórica, mesmo que bastante maldosa de minha parte.
Ela ri timidamente da própria brincadeira, provavelmente imaginando a cena de Azhael tentando assaltar alguém, e então continua:
- Como você disse antes: é a MINHA primeira viagem à Terra... ou melhor, é a NOSSA primeira viagem JUNTOS à Terra... e temos pouco tempo antes do dever nos chamar, logo, faça-a ser inesquecível ou não o perdoarei. Quero ter histórias pra contar aos meus futuros pupilos quando o momento deles de vir pela primeira vez à Terra chegar. Vamos...
E com uma leve piscada se vira e, sem soltar sua mão, volta a caminhar como se nada houvesse acontecido, indo em direção aos portões de saída do parque, rumo à Starbucks mais próxima que se lembrava.
- Desculpa Z, eu não queria falar com você daquela forma... eu sei que você não queria me deixar chateada... você sempre cuidou tanto de mim...
Sentia-se envergonhada por ter sido rude com ele. Não se lembrava de já terem sequer passado por alguma situação parecida em todos os anos de convívio no Éden. Levou sua outra mão também até a mão dele, envolvendo-a entre elas e acariciando-a gentilmente enquanto lhe olhava diretamente nos olhos.
- Sabe, vir aqui hoje não está sendo fácil... É como se eu não estivesse preparada para isso, e o que você disse só me deu a impressão de que realmente não estava mesmo, entende? Sinto como se tudo aqui dentro fosse um vulcão prestes a explodir. Mas eu estou pronta ou você não teria me feito vir até aqui e... eu... eu tenho que me lembrar que fui treinada pelo melhor arcanjo que poderia ter na minha não-vida, certo?
Ela respira fundo, sorrindo-lhe docemente.
- Venha, vamos pegar o nosso café antes que aquela Starbucks feche. Hoje isso aqui parece muito quieto para o meu gosto. E o senhor, comece a me contar as novidades desde a minha partida para terras celestiais e a preparar seu dinheiro porque hoje será por sua conta, nem que tenha que assaltar algum andarilho. Cena inclusive que eu acharia histórica, mesmo que bastante maldosa de minha parte.
Ela ri timidamente da própria brincadeira, provavelmente imaginando a cena de Azhael tentando assaltar alguém, e então continua:
- Como você disse antes: é a MINHA primeira viagem à Terra... ou melhor, é a NOSSA primeira viagem JUNTOS à Terra... e temos pouco tempo antes do dever nos chamar, logo, faça-a ser inesquecível ou não o perdoarei. Quero ter histórias pra contar aos meus futuros pupilos quando o momento deles de vir pela primeira vez à Terra chegar. Vamos...
E com uma leve piscada se vira e, sem soltar sua mão, volta a caminhar como se nada houvesse acontecido, indo em direção aos portões de saída do parque, rumo à Starbucks mais próxima que se lembrava.
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- Mensagem nº25
Narração - Lia Blake
LIA BLAKE – PRIMORDIAL 30/12/2019 – 20:45 / 22:00 – London, United Kingdom, Europe - Earth O silêncio que reinara por muito mais tempo do que o habitual entre os dois é desfeito por Lia, que após, “esfriar a cabeça”, busca desculpar-se por seu comportamento intempestivo. O Arcanjo fita-lhe por alguns instantes, ainda em silêncio e por fim dá um sorriso tímido, quando ela diz que fora treinada pelo melhor Arcanjo de sua vida. Ele não interrompe-a, deixa que ela fale tudo o que desejava, acompanhando-a no riso quando ela fala brincando sobre ele ter que assaltar alguém. Ao fim, ele parece dar um suspiro de alívio, e enquanto se encaminhavam para a saída do Regents, comenta:
Os dois seguiam agora pelas ruas, onde as poucas pessoas que circulavam, tentavam se aquecer do frio que rondava talvez uns 3 a 5 graus negativos. A sorte era que Londres era uma das cidades mais descoladas da Europa, e ninguém realmente se importava em olhar para o que outro vestia ou deixava de vestir, assim, durante todo o percurso, ninguém pareceu reparar que Azhael estava com roupa de menos para o frio que fazia, assim como Lia. A Celestial nota uma Londres algo diferente. A cidade parecia ter perdido o “brilho” de outrora, havia lixo pelas ruas, pessoas com aspecto de que passavam necessidades, havia um ar de desolamento na face de muitos. Lia nota algumas pichações e cartazes com fotos de um homem idoso e de ar psicopata e outros de outro não tão idoso, mas também com cara de psicopata, dentro do símbolo de proibido. Os dizeres principais eram: NO MORE TRUMP! NO MORE PUTIN! GO TO HELL MR. TRUMP AND MR. PUTIN! WE MUST RESIST!! WE ARE BRITISH! Os conteúdos eram massivamente de revolta e que clamavam para a resistência do povo. Apesar de não ser ligada a política, Lia já havia ouvido falar daquelas figuras públicas enquanto viva, o primeiro, ela sabia que era um empresário bilionário norte-americano, enquanto o outro era o presidente da Rússia. Azhael tinha uma expressão séria e percebendo que logo seria questionado sobre aquilo, diz para Lia que falariam quando estivessem na Starbucks. Uma vez lá, eles seguem para o caixa onde fazem seus pedidos: Lia pede primeiro e depois o Arcanjo pede um Latte e um muffin de chocolate com pepitas. Lia pode ver que Azhael retira de dentro do bolso de sua calça uma carteira de couro envelhecido, de onde retira o dinheiro para fazer o pagamento. Eles são servidos rapidamente e seguem para se acomodar em um canto reservado da cafeteria, que contava com alguns clientes. Após começarem a comer, Azhael explica que quem deveria colocá-la a par da situação seria “a pessoa do seu outro compromisso” – fora esta a expressão usada por ele dentro do estabelecimento – mas ele explica que Trump era agora presidente dos EUA e fizera uma aliança com o líder russo. Os dois agora lideravam exércitos que já haviam tomado alguns países e que as previsões era de que aquilo avançasse ainda mais. O Reino Unido, em determinado momento, “vendeu-se” aos EUA, temeroso de que seu próprio território fosse tomado, o que gerou imensa revolta em muitos ingleses, que achavam aquilo uma desonra para a nação. Ele também comenta sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, o que atrapalhou e muito a vida de diversos imigrantes, e Londres, como uma cidade basicamente formada por imigrantes, exibia isso em suas ruas. Além disso ele diz que não poderia revelar para ela, pois não cabia a ele colocá-la a par das informações, e que só dera-lhe estas informações para que ela compreendesse um pouco do cenário em que estava. Era triste pensar que a terra tinha piorado depois que ela partira e que a sede de poder de alguns destruía a vida de milhares. Nem mesmo o café fora capaz de afastar esse sentimento, especialmente para Lia, que se preocupava com os outros. Azhael se desculpa, dizendo que sabia que não eram boas notícias, e também pelo fato de já terem que partir, pois segundo ele, já não faltava muito para o horário de seu compromisso. Ele questiona se ela gostaria de pedir mais alguma coisa, e em caso positivo, ele faria o pedido. Tão logo terminassem, retornariam pelo caminho que levava ao Regents e em um canto afastado, encontram o local perfeito para que Lia abrisse o portal que levaria-os novamente para o Éden. O Arcanjo diz:
Ele sorri, dando-lhe uma piscadinha. Ao fim de tudo já estavam bem. Não havia mais qualquer lembrança do pequeno desconforto que tiveram antes.
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- mimacarfer
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- Mensagem nº26
Re: Prólogo - Lia Blake (Primordial)
Lia sente-se aliviada pela mudança na situação com Azhael. Agora sim poderia tentar aproveitar aquela viagem e aos poucos voltava a se sentir feliz e relaxada.
- Eu tenho certeza que sim - disse sorrindo e se aproximando ainda mais do rapaz. Se alguém os visse caminhando daquela maneira com certeza acharia que era um jovem e bonito casal,porém não haviam muitas pessoas por ali, o que era um pouco estranho apesar do frio e da neblina.
Quando tomaram as ruas da cidade, Lia já nem se sentia mais deslocada por causa de suas vestimentas. Havia muito mais a ser observado ali naquele lugar, e aquilo lhe chocou profundamente. O bairro bem cuidado e arborizado que antes chamara de lar agora era um lugar sujo e cheio de moradores de rua? Mas o que havia acontecido ali afinal? Olhou para Azhael praticamente em estado de choque, parando de falar antes mesmo de começar pois não encontrava palavras. Observou as pichações e os cartazes próximos rapidamente, lembrando-se que antes de sua morte os Estados Unidos estavam em período de campanha eleitoral e que Trump era um do candidatos. Não sabia muito a respeito dele, mas lembrava de um jantar onde seu pai falara sobre os desastres de ter um homem como ele representando uma das maiores nações do mundo. Não lembrava detalhes pois logo em seguida sua mãe entrou com as bebidas e mandou seu pai parar de falar um pouco sobre trabalho em casa e a conversa mudou de foco, mas aquilo definitivamente parecia ser sério.
Já mais recomposta e prestes a começar um interrogatório, Lia ouve as palavras de Azhael, tão perplexa que apenas consegue concentir com a cabeça; indo rumo à Starbucks e após pedir um Mocha e alguns cookies e ver Azhael fazer o pagamento, segue-o até o canto reservado do local.
- Droga, perdi a oportunidade de ver você cometer algum delito hoje...
Ela diz isso tentando parecer bastante séria, porém logo em seguida não aguenta e começa a rir, tentando se segurar para não chamar atenção demais para si. Logo em seguida, já com a situação sob controle, dá um longo gole no café que fazem seus olhos brilharem de uma forma especial, o que é notado por Azhael. Aquilo tinha o gosto de todas as suas boas lembranças em vida e o poder de reativá-las. Sempre que estava em casa passava correndo por aquela Starbucks para pegar seu café e correr para alguma sessão de fotos ou reunião. Daniel costumava dizer que aquele era o primeiro sopro de vida de Lia Blake pela manhã e que sem ele ela não passava de um zumbi mal-humorado e resmungão se arrastando pela casa de camiseta enquanto tentava inutilmente encontrar suas roupas, chaves ou algum equipamento que precisaria durante o trabalho.
Sorriu com a lembrança, enfiando logo em seguida um pedaço de cookie na boca e voltando seu foco completamente para Azhael e permanecendo quieta até ele terminar. Ouvia completamente estarrecida sobre a aliança entre Estados Unidos e Rússia e o que ela entendeu sobre uma possível guerra por territórios, já que ninguém "toma países" de forma amena. Mas o que mais lhe chamou a atenção foram as notícias sobre o Reino Unido. Como será que seus pais estariam? Será que havia alguma possibilidade dessa revolta chegar até eles devido a atuação de seu pai no parlamento? Não podia perguntar sobre isso para Azhael... precisaria ver com seus próprios olhos para voltar a ter paz novamente. Nesse momento Lia já havia deixado de lado seus cookies e apoiava a cabeça nas mãos, como se processando cada informação.
- Entendo... Então os guardiões estão certos... O mundo se tornou uma bomba prestes a explodir e precisamos achar uma forma de apagar o pavio... ou pelo menos evacuar o máximo de pessoas pra fora das zonas de perigo...
Voltou a sentir-se triste com aquelas notícias. Já vira muitas crianças e famílias sofrerem por causa da guerra em Aleppo e só o fato de imaginar algo minimamente parecido em nível mundial já lhe cortava o coração. Ficou um tempo em silêncio ouvindo as desculpas de Azhael, a cabeça tomando um ritmo frenético de pensamentos que chegavam a quase deixá-la atordoada. Precisava fazer algo para ajudar e não seria sentada ali, tomando café que conseguiria alguma coisa.
- Não, obrigada. Acho que precisamos ir agora... a cada minuto que perdemos aqui alguém pode estar morrendo e não estamos fazendo nada.
Lia levanta-se, ajeita novamente o paletó de Azhael em suas costas e, após agradecer o atendimento dos funcionários da Starbucks com um elogio, retoma seu caminho de volta ao parque onde, em um local mais afastado abre novamente o portal para seu quarto no Éden.
- Eu tenho certeza que sim - disse sorrindo e se aproximando ainda mais do rapaz. Se alguém os visse caminhando daquela maneira com certeza acharia que era um jovem e bonito casal,porém não haviam muitas pessoas por ali, o que era um pouco estranho apesar do frio e da neblina.
Quando tomaram as ruas da cidade, Lia já nem se sentia mais deslocada por causa de suas vestimentas. Havia muito mais a ser observado ali naquele lugar, e aquilo lhe chocou profundamente. O bairro bem cuidado e arborizado que antes chamara de lar agora era um lugar sujo e cheio de moradores de rua? Mas o que havia acontecido ali afinal? Olhou para Azhael praticamente em estado de choque, parando de falar antes mesmo de começar pois não encontrava palavras. Observou as pichações e os cartazes próximos rapidamente, lembrando-se que antes de sua morte os Estados Unidos estavam em período de campanha eleitoral e que Trump era um do candidatos. Não sabia muito a respeito dele, mas lembrava de um jantar onde seu pai falara sobre os desastres de ter um homem como ele representando uma das maiores nações do mundo. Não lembrava detalhes pois logo em seguida sua mãe entrou com as bebidas e mandou seu pai parar de falar um pouco sobre trabalho em casa e a conversa mudou de foco, mas aquilo definitivamente parecia ser sério.
Já mais recomposta e prestes a começar um interrogatório, Lia ouve as palavras de Azhael, tão perplexa que apenas consegue concentir com a cabeça; indo rumo à Starbucks e após pedir um Mocha e alguns cookies e ver Azhael fazer o pagamento, segue-o até o canto reservado do local.
- Droga, perdi a oportunidade de ver você cometer algum delito hoje...
Ela diz isso tentando parecer bastante séria, porém logo em seguida não aguenta e começa a rir, tentando se segurar para não chamar atenção demais para si. Logo em seguida, já com a situação sob controle, dá um longo gole no café que fazem seus olhos brilharem de uma forma especial, o que é notado por Azhael. Aquilo tinha o gosto de todas as suas boas lembranças em vida e o poder de reativá-las. Sempre que estava em casa passava correndo por aquela Starbucks para pegar seu café e correr para alguma sessão de fotos ou reunião. Daniel costumava dizer que aquele era o primeiro sopro de vida de Lia Blake pela manhã e que sem ele ela não passava de um zumbi mal-humorado e resmungão se arrastando pela casa de camiseta enquanto tentava inutilmente encontrar suas roupas, chaves ou algum equipamento que precisaria durante o trabalho.
Sorriu com a lembrança, enfiando logo em seguida um pedaço de cookie na boca e voltando seu foco completamente para Azhael e permanecendo quieta até ele terminar. Ouvia completamente estarrecida sobre a aliança entre Estados Unidos e Rússia e o que ela entendeu sobre uma possível guerra por territórios, já que ninguém "toma países" de forma amena. Mas o que mais lhe chamou a atenção foram as notícias sobre o Reino Unido. Como será que seus pais estariam? Será que havia alguma possibilidade dessa revolta chegar até eles devido a atuação de seu pai no parlamento? Não podia perguntar sobre isso para Azhael... precisaria ver com seus próprios olhos para voltar a ter paz novamente. Nesse momento Lia já havia deixado de lado seus cookies e apoiava a cabeça nas mãos, como se processando cada informação.
- Entendo... Então os guardiões estão certos... O mundo se tornou uma bomba prestes a explodir e precisamos achar uma forma de apagar o pavio... ou pelo menos evacuar o máximo de pessoas pra fora das zonas de perigo...
Voltou a sentir-se triste com aquelas notícias. Já vira muitas crianças e famílias sofrerem por causa da guerra em Aleppo e só o fato de imaginar algo minimamente parecido em nível mundial já lhe cortava o coração. Ficou um tempo em silêncio ouvindo as desculpas de Azhael, a cabeça tomando um ritmo frenético de pensamentos que chegavam a quase deixá-la atordoada. Precisava fazer algo para ajudar e não seria sentada ali, tomando café que conseguiria alguma coisa.
- Não, obrigada. Acho que precisamos ir agora... a cada minuto que perdemos aqui alguém pode estar morrendo e não estamos fazendo nada.
Lia levanta-se, ajeita novamente o paletó de Azhael em suas costas e, após agradecer o atendimento dos funcionários da Starbucks com um elogio, retoma seu caminho de volta ao parque onde, em um local mais afastado abre novamente o portal para seu quarto no Éden.
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- Mensagem nº27
Narração - Lia Blake
LIA BLAKE – PRIMORDIAL 30/12/2019 – Manhã – Campos Elíseos – Bosque da Paz Interior Lia não tem dificuldades em abrir o novo portal e assim os dois Anjos retornam para o Éden, surgindo dentro do quarto de Lia em Libraria. O Arcanjo parabeniza-a pelo sucesso e sem tempo a perder, Azhael abre um portal dentro do quarto de Lia e após entrarem nele, eles chegam no Bosque da Paz Interior.
Estavam em um local lindíssimo, onde um magnífico lago de águas cristalinas tinha o papel de protagonista. Era impossível negar a beleza divina do local, mas por um lado, Lia sentia-se receosa com a proximidade da margem do lago. Haviam alguns Celestiais no local, e Lia repara quando, na margem oposta do lago, uma bela mulher acena para ela, chamando sua atenção enquanto dizia: – Lia? Sou a Alana! Estava a sua espera! Ainda estava longe, por isso não conseguia ver com clareza a fisionomia da mulher que lhe acenava à distância. Para chegar do outro lado, Lia poderia ir pulando sobre as pedras suspensas na água ou então teria que dar a volta ao redor da margem, o que terminaria por levar mais tempo, mas é claro que, como um anjo, ela poderia fazer o mais fácil e simplesmente assumir sua forma Celestial e chegar ao outro lado, porém, obviamente isto faria com que ela tivesse que despir seu torso se não quisesse rasgar suas roupas ao libertar suas asas. Enquanto essas breves questões passam por sua cabeça, não se dá conta que Alana já estava diante de si. Como fizera aquilo, não chegou a perceber, talvez pela sensação de desconforto que a proximidade do lago lhe trouxesse. A Sancti era muito bela e seu sorriso transmitia paz. Usava um vestido em um tom azul escuro e estava descalça. Ela cumprimenta tanto Lia quanto Azhael, que após as apresentações, despede-se das duas e segue para seus compromissos. Alana convida-a para sentarem-se em um banco feito de rochas que ficava na beira da água, Lia poderia hesitar por alguns instantes, mas ali era raso e não havia porque temer. O máximo que aconteceria era ter água na altura dos tornozelos, e desta forma, elas seguem para lá e começam a conversar. Alana informa para Lia que deveria levá-la para a terra ao fim deste dia, pois ela iria se juntar a um grupo de Anjos Menores que teriam em comum, a primeira missão referente ao novo coro. Ela também diz que deveria coloca-la a par dos acontecimentos da Terra desde que ela renascera no Éden.... e assim Alana começa a contar como andava a Terra. Parte daquilo Lia já sabia, pois Azhael contara-lhe, mas o restanto só confirmava a gravidade da situação. Ao fim da narrativa Alana se cala, talvez aguardando por questionamentos ou considerações da Primordial a respeito do que fora revelado.
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- mimacarfer
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- Mensagem nº28
Re: Prólogo - Lia Blake (Primordial)
Lia pensara em pegar algumas coisas em seu quarto antes de se dirigirem à sua reunião, mas a rapidez com que Azhael abrira o portal para o bosque fora tanta que acabou por abandonar seus planos, apressando-se em acompanhar o amigo.
O Bosque da Paz Interior era um lugar impressionante, embora estivesse esperando algo como uma clareira no meio da floresta, e não um lago de águas cristalinas. Olhou para ele com certa apreensão, fechando os olhos para tentar manter a calma enquanto Azhael falava algo ao seu lado.
- Sim… é muito prático. Obrigada, Z… por tudo.
Ela abre os olhos, olhando-o com um sorriso quando, do outro lado do lago avista uma mulher lhe acenando. Então aquela era a Virtude dos Sancti que ela deveria encontrar…
Olhou novamente para o lago, tentando pensar em como chegar até ela rapidamente. Passar pelas pedras ou voar sobre aquelas águas definitivamente não era uma opção, mas dar a volta ao redor da margem levaria muito tempo. Sentia-se paralisada por aquela situação, tanto que ao se dar conta a celestial já estava a sua frente e ela nem notara. Olhou para ela meio desnorteada, parecendo acordar de um sonho… ou no seu caso, de um pesadelo.
- Como você… ah, esquece. Amelia Blake. É um prazer conhece-la.
Lia a cumprimenta, olhando Azhael fazer o mesmo enquanto começa a se despedir.
- Obrigada, Z! Nos vemos mais tarde no seu gabinete.
Ela o abraça carinhosamente, e ao vê-lo partir em um novo portal volta sua atenção para Alana que a convida para sentar em um banco na beira do lago. Hesitando um pouco, ela se aproxima, sentindo a água bater em seus tornozelos. Desde sua morte nunca mais se aproximara da água daquela maneira… Sentou-se rapidamente, girando o corpo e puxando os pés para cima do banco enquanto ouvia atenciosamente as palavras de Alana e a missão à qual estava destinada.
Ao fim da narrativa, sua cabeça estava cheia de questionamentos mas, percebendo que teria pouco tempo para se preparar para a viagem e que provavelmente não conseguiria se despedir adequadamente de Azhael, decide deixá-los para depois.
- Eu e Azhael acabamos de retornar da Terra, então eu já fazia alguma ideia do que estava acontecendo por lá, mas isso tudo parece muito pior do que eu poderia sequer imaginar em meu pior pesadelo. Tenho muitas perguntas no momento, mas acredito que seja melhor deixá-las para depois… Você disse que partimos de noite, então preciso me preparar para a viagem agora.
Lia levanta-se, despedindo-se da celestial de forma educada e dizendo que estaria de volta ao cair da tarde. Ela se afasta um pouco, mas se dá conta de uma dúvida importante quando se vira novamente para Alana e pergunta:
- Só uma dúvida… Esse grupo vai receber algum dinheiro da Terra para poder se virar por lá, certo?
Falando em voz alta, aquilo parecia meio estúpido, mas se passaria um tempo na Terra precisava se preparar, afinal Azhael não estaria por perto para salvá-la dessa vez e se não fossem receber nada precisaria ter um plano para arranjá-lo quando chegasse.
Aguardou a resposta de Alana e, após obtê-la, fez um cumprimento com a cabeça e, abrindo um portal rapidamente, retornou ao seu quarto.
Chegando lá, jogou-se na cama por um momento, tentando assimilar todas as informações e repassando mentalmente o que precisaria providenciar. Àquela altura Azhael já deveria ter partido para a reunião de seu clero, portanto precisaria deixar um bilhete pra ele dizendo que ficaria fora por algum tempo. Levantou-se e, indo em direção à sua escrivaninha, redigiu um pequeno texto para ele:
“Querido Z,
sei que fiquei de lhe encontrar mais tarde em seu gabinete, mas estou partindo para a Terra em uma missão. Não sei exatamente quanto tempo ela durará, mas tentarei enviar notícias sempre que possível. Tente não morrer de saudades e nem se perder em meio a seus livros até a minha volta, ok? Prometo ter cuidado e não ser obliterada até lá.
Com amor,
Lia”
Dobrou a folha cuidadosamente após largar a caneta sob a bancada de madeira. Mesmo que Azhael estivesse em seu gabinete, deixaria ela debaixo da porta antes de voltar ao Bosque da Paz Interior. Não queria correr o risco de chorar em uma despedida, afinal aquilo poderia deixá-lo preocupado. Daquela maneira era melhor.
Apressou-se em arrumar uma pequena mala para a viagem, pensando em chegar antes do entardecer ao bosque para tirar suas dúvidas com Alana. Não levaria muita coisa já que poderia retornar quando quisesse por um portal para pegar algum item do qual sentisse falta. Com tudo pronto, tomou um longo banho e se arrumou, pegando em seguida sua mala, um casaco e o bilhete e partindo sem olhar para trás.
O Bosque da Paz Interior era um lugar impressionante, embora estivesse esperando algo como uma clareira no meio da floresta, e não um lago de águas cristalinas. Olhou para ele com certa apreensão, fechando os olhos para tentar manter a calma enquanto Azhael falava algo ao seu lado.
- Sim… é muito prático. Obrigada, Z… por tudo.
Ela abre os olhos, olhando-o com um sorriso quando, do outro lado do lago avista uma mulher lhe acenando. Então aquela era a Virtude dos Sancti que ela deveria encontrar…
Olhou novamente para o lago, tentando pensar em como chegar até ela rapidamente. Passar pelas pedras ou voar sobre aquelas águas definitivamente não era uma opção, mas dar a volta ao redor da margem levaria muito tempo. Sentia-se paralisada por aquela situação, tanto que ao se dar conta a celestial já estava a sua frente e ela nem notara. Olhou para ela meio desnorteada, parecendo acordar de um sonho… ou no seu caso, de um pesadelo.
- Como você… ah, esquece. Amelia Blake. É um prazer conhece-la.
Lia a cumprimenta, olhando Azhael fazer o mesmo enquanto começa a se despedir.
- Obrigada, Z! Nos vemos mais tarde no seu gabinete.
Ela o abraça carinhosamente, e ao vê-lo partir em um novo portal volta sua atenção para Alana que a convida para sentar em um banco na beira do lago. Hesitando um pouco, ela se aproxima, sentindo a água bater em seus tornozelos. Desde sua morte nunca mais se aproximara da água daquela maneira… Sentou-se rapidamente, girando o corpo e puxando os pés para cima do banco enquanto ouvia atenciosamente as palavras de Alana e a missão à qual estava destinada.
Ao fim da narrativa, sua cabeça estava cheia de questionamentos mas, percebendo que teria pouco tempo para se preparar para a viagem e que provavelmente não conseguiria se despedir adequadamente de Azhael, decide deixá-los para depois.
- Eu e Azhael acabamos de retornar da Terra, então eu já fazia alguma ideia do que estava acontecendo por lá, mas isso tudo parece muito pior do que eu poderia sequer imaginar em meu pior pesadelo. Tenho muitas perguntas no momento, mas acredito que seja melhor deixá-las para depois… Você disse que partimos de noite, então preciso me preparar para a viagem agora.
Lia levanta-se, despedindo-se da celestial de forma educada e dizendo que estaria de volta ao cair da tarde. Ela se afasta um pouco, mas se dá conta de uma dúvida importante quando se vira novamente para Alana e pergunta:
- Só uma dúvida… Esse grupo vai receber algum dinheiro da Terra para poder se virar por lá, certo?
Falando em voz alta, aquilo parecia meio estúpido, mas se passaria um tempo na Terra precisava se preparar, afinal Azhael não estaria por perto para salvá-la dessa vez e se não fossem receber nada precisaria ter um plano para arranjá-lo quando chegasse.
Aguardou a resposta de Alana e, após obtê-la, fez um cumprimento com a cabeça e, abrindo um portal rapidamente, retornou ao seu quarto.
Chegando lá, jogou-se na cama por um momento, tentando assimilar todas as informações e repassando mentalmente o que precisaria providenciar. Àquela altura Azhael já deveria ter partido para a reunião de seu clero, portanto precisaria deixar um bilhete pra ele dizendo que ficaria fora por algum tempo. Levantou-se e, indo em direção à sua escrivaninha, redigiu um pequeno texto para ele:
“Querido Z,
sei que fiquei de lhe encontrar mais tarde em seu gabinete, mas estou partindo para a Terra em uma missão. Não sei exatamente quanto tempo ela durará, mas tentarei enviar notícias sempre que possível. Tente não morrer de saudades e nem se perder em meio a seus livros até a minha volta, ok? Prometo ter cuidado e não ser obliterada até lá.
Com amor,
Lia”
Dobrou a folha cuidadosamente após largar a caneta sob a bancada de madeira. Mesmo que Azhael estivesse em seu gabinete, deixaria ela debaixo da porta antes de voltar ao Bosque da Paz Interior. Não queria correr o risco de chorar em uma despedida, afinal aquilo poderia deixá-lo preocupado. Daquela maneira era melhor.
Apressou-se em arrumar uma pequena mala para a viagem, pensando em chegar antes do entardecer ao bosque para tirar suas dúvidas com Alana. Não levaria muita coisa já que poderia retornar quando quisesse por um portal para pegar algum item do qual sentisse falta. Com tudo pronto, tomou um longo banho e se arrumou, pegando em seguida sua mala, um casaco e o bilhete e partindo sem olhar para trás.
- Brujah Girl
Mutante - Mensagens : 577
Reputação : 16
- Mensagem nº29
Narração - Lia Blake
LIA BLAKE – PRIMORDIAL 30/12/2019 – Libraria – resto do dia – Quando questionada sobre questões financeiras, Alana esclarece que eles receberiam suporte do Principado local que trataria destes tipos de questões e eles seriam esclarecidos na altura devida. O horário indicado para o encontro, é um pouco antes da meia noite, e este seria no Hall dos Portais localizado em Pristina. Lia sabia como chegar ao local, em todo Hall dos Portais de cada cidade do Éden, haviam portais interligando cada uma delas, de forma a servir de “transporte” para os Celestiais que ainda não haviam desenvolvido o Spiritus Factu e as Almas Puras. Apesar de ter bastante tempo disponível, Lia prefere não encontrar com Azhael, temendo ficar emotiva demais com despedida. E assim parte do dia teria passado... Já não faltava muito para que a Celestial voltasse para a Terra rumo as suas primeiras tarefas como um Anjo... O que lhe aguardava? Em breve descobriria. ############### FIM DO PRÓLOGO ############### |