Essembra era rodeada por uma grande floresta e esta possuía um círculo druídico dedicado a Silvanus. Como eles mantinham os drows de Cormantor afastados era algo que Apossyn não sabia – o que ela sabia era do poder da magia druídica. Mas na carta estava bem claro que atualmente o círculo druídico estava em desarmonia, pois alguns de seus membros estavam deixando a rigidez de Silvanus e adotando uma postura mais flexível, um tanto incompatível com a crença e alguns já haviam se voltado para Chautea.
Apossyn gozava de certa liberdade de atuação como membro dos Harpistas – ela podia rodar por toda Faerun ajudando os que necessitassem de justiça, podia solicitar apoio ao seu grupo mas sempre deveria atender ao chamado do mesmo. Uma recusa seria desonrosa de sua parte e ela nunca faria isso, pois mancharia a memória de seus pais.
A missão, trazida por uma simples coruja de penas marrom clara, era de investigar os eventos relacionados a morte de um dos Lordes dos Vales: Ulath, de Vale Profundo. Ele havia morrido na noite anterior, uma antes do Encontro dos Escudos em Essembra. Esse encontro era marcado por reuniões, acertos, associações, acordos, comercio...enfim, seria uma dezena de festas na cidade.
A repercussão da morte de um dos lideres dos Vales, mencionada na carta escrita de própria punho por Alenvor:
“A morte de Lorde Ulath pode trazer repercussões políticas e geográficas no mínimo preocupantes a Terra dos Vales. Como berço das terras centrais, esta área tem importante valor econômico para toda a Faerun e possui muitos inimigos esperando uma oportunidade para se apoderar das terras e iniciar uma nova guerra, que seria desastrosa a civilização.
Apossyn, não sabemos o que você poderá encontrar. Os perigos são muitos: Zhentarin, Cormyr, Drows de Cormantor, o Anauroch...precisamos que você descubra o que puder dos acontecimentos e nos reporte. Conte com Lorde Ilmeth, líder de Essembra e um homem nobre em quem podemos confiar. Não permita que outros saibam de sua missão, isso pode coloca-la em perigo. Nosso contato em Essembra é Ereniel, um arqueiro elfo membro dos Harpistas e Denegost, um Aasimar paladino.
Chegarei em Essembra no meio do Encontro, para então conversarmos pessoalmente.
Alenvor”
Apossyn sabia que essa missão não era tão simples quanto ajudar um grupo de aventureiros a adentrar numa masmorra. Envolvia habilidades de infiltração, busca, rastreio, localização e coleta de informações. E o tom da escrita de Alenvor a tinha deixado apreensiva: ele sabia de algo e não tinha contado.
A Batedora estava entre Cormyr e as Terras dos Vales e já havia notado alguma movimentação em Cormyr na direção de lá. Aproveitou e foi na direção de Essembra para investigar o fato. Ao chegar na cidade, perto do meio do dia, nota movimentação intensa para entrar na cidade, com pessoas, homens montados, comitivas e carroças fazendo fila para entrar. Há muito barulho e algazarra. com torres de arqueiro ao longo da estrada que se dirige ate a cidade, feita de chão batido e em lugares mais dispostos a lama e barro há cascalhos. Quanto mais próximo da cidade, mais torres podem-se ver.
A distancia só há florestas, muitas arvores foram cortadas para que um grande acampamento fosse montado a direita da cidade, afastado a umas dezenas de metros. Lá há muitas barracas e movimentação de homens, milicianos ou não.
O movimento é intenso na cidade, uma coisa que chama a atenção são carroças com lobos grandes e peludos dentro, todos mortos. Deve haver umas 5 ou 6 carroças com várias destas criaturas, sendo puxadas por cavalos e seus condutores na direção da floresta.
Os olhos atentos dos arqueiros a acompanham, cruzando com os seus de vez em quando. Ve e outra eles gritam com um ou outro bêbado atrapalhando o fluxo, e as vezes milicianos montados aparecem para reforçar o respeito a cidade e ao evento.