No Caminho - Aventurando-se!

Hartigan continuou a conversar com a jovem, percebendo que ela não tinha mais nenhuma informação. Não obteve uma resposta reveladora para suas questões, mas se sentiu confortável com a conversa que teve com a mesma. Depois de algumas horas decidiu se retirar.

Seu quarto era bom e ele ficou um tempo observando da varanda, e percebeu a jovem Loriell começar a armar uma barraca do lado de fora. Hartigan não era do tipo coração mole, mas se sentiu mal ao ver que ela dormiria ao relento.

"Ela é muito jovem...", pensou.

Ele então saiu da varanda e desceu as escadas, indo falar direto com o taverneiro.

- Meu amigo, você ainda tem algum quarto disponível? Quero pagar um quarto para a jovem Loriell. Também gostaria de lhe pagar um café da manhã digno! - Disse olhando ele sério. - Será que você poderia chamá-la? Aproveite e me dê mais uma caneca do seu vinho, preciso descansar. - Estava muito cansado, e isso era visível, mas tentava fazer uma gentileza à jovem.

Estendeu a mão com algumas moedas de ouro, que acreditou serem capazes de bancar essa pequena gentileza. De posse da sua caneca e de uma resposta positiva do taverneiro, voltaria à varanda e ficaria observando ele ir chamá-la para um quarto e, com a certeza de que ela estaria sob um teto, entraria no seu quarto e se deitaria.

Tomaria alguns goles e se perderia em lembranças. Pensava em sua esposa e em sua vida anterior. A muito tempo não ficava tão deprimido, mas também a muito não tomava tantos goles de vinho.

Se trancou no quarto e inclusive usou suas magias ilusórias, recriava momentos felizes de sua lembrança. Ficou assim por quase uma hora, quando por fim, apagou.

O taverneiro ouve o mago falar com ele, agora olhava o fundo da caneca fechando um dos olhos.

- Só tenho quartos Nobres agora. Com o desjejum... bem, farei 13 peças de ouro para você, o que dá pelas bebidas que bebeu e por essa coisa que está fazendo.

(Desconte da Ficha)
Ele suspira, e diz baixo:

- Nunca vi um homem pagar tanto para traçar uma mulher tão ingênua... - Erguendo a voz - Chame-a se quiser. Não trato com ladrões...

E se vira, guardando a caneca na estante. Coloca as mãos em sua larga cintura (era barrigudo), coça a barba onde estava o queixo e pega mais uma caneca para limpar.

Tão apressado e cansado estava Hartigan que não percebeu que Zaketrin estava no balcão com o taverneiro neste horário.


Ouvindo a conversa uma das funcionárias da taverna foi chamar pela menina, que apanhava para erguer a barraca, e ela veio sorrindo, embora visivelmente desconfiada e incrédula, pegar a chave de seu quarto e ir deitar-se.
Passando por Hartigan ela mexeu os lábios, agradecendo, mas nenhum som pode ser ouvido.

O mago enfim foi deitar-se, exausto, envolto de sua magia e lembranças.

Xanub acorda cedo no dia seguinte sua noite foi confusa, seus pensamentos o fizeram sonhar com diabos e demônios, não tinha certeza absoluta que criatura era mas era uma dessas duas sem dúvidas, mas o fato da palavra "inferno" ter sido pronunciada durante sua conversa o leva a crer que a criatura é um diabo. Ele dirige-se até o taverneiro e pede seu desjejum, carne de porco assada na brasa e uma boa cerveja. Enquanto come aguarda os demais descerem para se unir a eles e falar sobre o que descobriu

Zaketrin deposita as moedas na balcão pagando sua refeição. Ignora o comentario sobre ser uma elfa negra, afinal era comum ouvir aquilo quase todo dia e como estava de bom humor ela não estava nem ligado. Queria aproveitar mesmo é pra encher seu estomago, afinal ele estava colando nas costas de tanta fome. Bebeu um gole da cerveja, e começou a devorar a comida. Até que estava gostosa a carne. A drow a comeu com uma certa rapidez, pois a fome era grande.

Depois de terminada a refeição a Drow olhou ao redor e via a taverna completamente vazia. Não tinha muito mesmo o que fazer, se virou e perguntou pro taverneiro.

- Problemas ultimamente? Digo algo de estranho acontecendo aqui na redondezas? Sabe como é né, noticia ruim viaja mais rapido que tiro de flecha - Perguntou a drow sorrindo simpatica ao taverneiro.

Darvannel tomba da sua cama por causa do lobo, quase perdendo o equilíbrio. Ele então se apruma. Sua estatura as veze o prejudicava nas atividades mais comuns - subir em uma cadeira, uma escada, sem falar em cavalos.

- Isso não faz sentido algum. Os celestiais não deveriam nos proteger? Lutar contra criaturas perversas, demonios ou algo assim? E qual a ligação disso com minha missão...as coisas não estão batendo, diz o gnomo, confuso. - E...como você e seu grupo descobriu isso?

O taverneiro responde ríspidamente à drow, com asco e visivelmente irritado:

- Problemas!? Tem uma criatura do subterraneo falando comigo e me pergunta se há problemas!? Argh... - gospe numa espécie de jarra que havia ao seu lado. O som faz um estralo alto para o silencio do lugar - Vá caçar o que fazer e me deixe, criatura.

O taverneiro realmente não gostava dos Drows.

Jà Darvannel estava em uma situação delicada em seu quarto. Não por estar em perigo, mas havia um lobo com o triplo de seu tamanho em sua cama e uma mulher que ele deseja, embora não conhecesse, que teria que arrancar informações sobre celestiais... O gnomo parecia ter um dom para coisas estranhas:

- Eles dizem lutar pela nossa sobrevivencia, mas não se importam de fato com quantos de nós morremos por suas causas. Disse que os celestiais devem lutar contra criaturas perversas, bem... é exatamente isto o que tem haver com sua missão, pequenino. O inimigo dos Celestiais é o mesmo que você procura.

Ela pára de tocar um móvel no quarto, era como um pequeno armário, vira-se para Darvannel apoiando-se na cômoda. com o movimento o gnomo pode ver bem os seus contornos e suas pernas nuas que saiam de uma fenda do vestido.
O encarava séria, mas divertida. O gnomo não sabia bem o motivo, mas gostava da reação misteriosa dela, até que ela lhe responde a última pergunta:

- Fiquei sabendo porque um passarinho me contou... ou seria uma matilha de lobos?

Sua loba levantou a cabeça que estava imersa nos travesseiros da cama de Darvannel e a encara, su aexpressão tranquila como de um cão domesticado. Mas ao olhar para o gnomo seu rosto peludo mudara para algo sério novamente. Enterra seu focinho das almofadas.

- Eh...imagino que um inimigo dos celestiais não seja um inimigo muito recomendável, diz o gnomo, coçando a cabeça. Ele pensa, ironicamente, Isso tá ficando cada vez mais interessante...

Darv enxergava tudo. Notou as belas pernas da mulher e fechou os olhos por um segundo, olhando nos dela, buscando esquivar o seu olhar daquelas pernas, para questionar:

- Bom, você sabe a localização desses celestiais, ou melhor ainda, da criatura? Quero concluir rapidamente essa missão e me jogar em um lago de hidromel.

- A última vez que soube é que estava destruindo um vilarejo, alguma Vila próximo do lado ocidental das Montanhas Espinha do Dragão... Sobre os celestiais, realmente estão por toda a parte.

Ela faz uma pausa e sorri ao ver a reação do gnomo ao ver suas pernas. Com isso ela caminha lentamente em sua direção, abrindo o corpete que suspendia seus seios, por cima do vestido que usava. Ela o deixa cair no chão e tira o pesado e quente manto que cobria seus ombros.

Ainda estava um pouco longe do gnomo.

Aquela situação estava deixando Darvannel desconfortável. Normalmente, nos bordeis que havia frequentado (ele costumava dizer que todas elas eram moças de família - meia noite elas colocavam a roupa e iam embora...) ele se despiria rapidamente e correria em direção a mulher. Mas aqui ele estava em uma missão, portanto tinha que pensar antes de qualquer coisa.

- Bom...algum detalhe da...da...criatura? Sabe...da...da proxima cidade onde ela ira? C-como ela se parece...a moça vai se adoeçer assim, o tempo esta frio e...diz Darvannel, primeiro olhando cada detalhe do corpo da mulher, sem seguida desviando novamente o olhar. Ele já não estava conseguindo conter-se, estava no limite. Agora ele estava ajustando sua malha na altura do pescoço, pois estava com calor.

Ela sorriu ao ver o gnomo gaguejando nas palavras.
Parou por um instante de caminhar e tirou uma corrente que lhe pendia no pescoço, uma e depois outra alça do vestido que usava.
Ele era pesado, por ser de clima frio, e logo forçou-se para baixo, mas ela o segurou sobre seus seios, fazendo com que eles ficassem mais evidentes.

- Uhm... Detalhe? Não. Todos os cantos a seu respeito não contava uma forma exatada.

Ela falava doce e calmamente. Sua voz instigava o gnomo.

- Próxima cidade onde iria? Ora essa... acabei de dizer-lhe: Próximo das Montanhas Espinha do Dragão.

Ela sorri ao ouvi-lo falar sobre adoecer, e dá mais uns passos à sua frente, caminhando lentamente de uma forma que seu corpo movia-se hipnotizando o gnomo. Ela fazia questão que a cada passo dado, sua perna ficasse totalmente à mostra.

Ela se abaixa para olhar melhor o gnomo e lhe pergunta:

- Irá permitir que eu adoeça? Só adoecerei se esfriar o clima, mas para mim está confortável...

Dizendo isso ela passa a mão que segura seu vestido no rosto do gnomo, fazendo com o vestido caísse sobre suas pernas, despindo os seus rígidos e belos seios.

Aquilo era a gota d´agua para Darvannel. Não a informação, mas os seios, rígidos e perfeitos...já tinha informações suficientes para localizar a criatura, não precisaria de mais nada.

Com os olhos fixos nos seios da mulher, ele diz, intercalando o olhar para ela:

- Você esta tentando me seduzir não é...pois saiba que...conseguiu! ele fala, dando um longo suspiro e dando um leve sorriso de canto de rosto. Ele se despira, em seguida despira a mulher e passara mais uma noite digna de seus contos de taverna (os quais ninguem acredita...).

Zaketrin ri ao ouvir o que o taverneiro fala.

- Eu sou o menor do seus problemas. Tem coisas piores lá fora. Por exemplo eu já tive contato com abissais, aprendi até a lingua deles. Eles sim você deveria se preocupar, drows perto deles estão na primeira serie da escola de maldades. Você que decide, se quer conversar ou não. Tem um anão amigo meu que ficaria muito interessado em saber se tem uma criatura causando problemas aqui, além de mim é claro - A drow da uma risada e continua falar - Isso pode valer a pena pra você, falo de ouro. Caso não queria pelo menos saiba me indicar uma pessoa que estaria disposta a conversar em termos de paz com uma drow.

A drow que tinha terminado sua refeição puxa duas moedas de ouro da mochila e coloca sobre o balcão embaixo da palma de sua mão. Arrasta uma pra perto do taverneiro e dá uma piscadela com o olho.

O Taverneiro pára de olhar a caneca que limpava e, automaticamente, pára de esfregar o pano dela. Olha para a Drow pela primeira vez e diz:

- Na minha taverna vem criaturas tão malignas que qualquer tipo de "abissal" que você conheça. Não ajudo ninguém a nada, apenas sirvo cerveja. Me considero um neutro aqui... Suma da minha frente e não me atormente!

Dito isso ele volta alimpar a caneca.

Zaketrin desestiu de tentar alguma coisa com o taverneiro, não falou mais nada e continuou ali, sem nada a fazer, enquanto esperava que o dia amanhecesse o mais depressa possível para conversar com seus amigos.

Bradur foi o primeiro a descer. Sua noite foi tranquila e seus sonhos saudosos. Mal queria despertar e brigou consigo mesmo para convencer-se a voltar a dormir, querendo que o sonho continuasse de onde parou... Mas não venceu essa batalha e foi de encontro à Zaketrin, que estava no balcão.

O taverneiro não estava mais lá, tinha ido dormir ou sabe-se lá fazer o que. Apenas um outro jovem, magro e irritante, ficava ali cantando qualquer coisa muito ruim, com cabelos cebosos e oleosos e mal arrumados que lhe caiam pelo rosto.
Seus olhos eram castanhos e seu sorriso gelado como a cor de sua pele pálida. O menino era muito mal cantor e Zaketrin apenas sabia que ele não podia ser um bardo cantando daquela forma, na verdade não poderia sequer ser um bardo ruim...

O próximo a descer foi Xanub, que sem delongas começava a contar aos dois as informações que tivera.
Em seguida chegou Hartigan e sentou-se para ouvir o que o goblin estava dizendo.

Darvannel foi o último a chegar, obviamente...
Mas sua noite não foi exatamente como o esperado.

O gnomo havia, sim, conquistado o corpo da mulher, mas o corpo estava distante de sua alma.
Quando terminou de fazer o que melhor sabia, adormeceu. Adormeceu profundamente, mas a mulher não ficou na cama com ele.
A mulher rondou todo o quarto e sua loba garantiu que Darvannel não sairia da cama, observando-o com os dentes a mostra enquanto sua companheira fazia o que tinha que ser feito.

Ela pegou a mochila do gnomo e quando a virou, fez tanto barulho que acordou o pequenino, que saltou da cama num susto dando de cara com os enormes dentes da loba. A mesma colocou a sua pata encima do pequenino e a mulher, apenas, lhe pegou um saquinho e partiu, envolta em lençóis.

Quando Darvannel foi ver, estava sem o ítem que Helldeth lhe entregara na noite em que uma taverna pegou fogo.

Darvannel pagou o preço pela informação que conquistara naquela noite.

Ao sair, ainda nu, correndo atrás da mulher apenas de adaga nas mãos, a mulher desapareceu de vista e outras meninas riam baixinho da nudez do pequeno gnomo.

Zaketrin distraia sua mente passando o dedo lentamente na sua coxa esquerda. Ele ia e voltava, seu olhos apenas acompanhavam o movimento. Enquanto isso pensava na sua cabeça sobre o que Xanub falara. Uma criatura recrutando pessoas pra conseguir almas pro inferno? Perguntava-se. Uma diaba pra ser mais precisa. Seria por causa da guerra com o abismo? No contato que teve com os abissais, alguns lhe tinha falado da guerra com os nove infernos.

- Ô verdão da caveirinha. Essa diaba que tu falou ai, que a mulher da cartinha te contou. Tem alguma ideia de quem seja? Que os noves infernos estão atrás de almas não é novidade pra ninguem, mas na quantidade que recrutando é estranho demais. Querendo destruir grandes cidades? Diabos não se interessam mais na guerra contra o abismo? Isso é estranho demais. Não tem nenhum warlock nessa historia ai não?....- Diz Zaketrin, levantando a perna direita e apoiando o seu queixo no joelho.

Xanub olha para a Drow e seu classico sorriso já não mais estava estampado em sua face.

-Pelo que sei, apenas diabos juntam almas, e isso os fortalece, nada impede que seja para a eterna guerra contra os demônios e por tudo que aconteceu parece que os diabos estão sendo bastante pressionados e seu desespero reflete no nosso mundo com uma maior busca de almas por parte dele, isso não é nada bom, nenhum de nós está livre, portanto, mais do que uma missão é por nossa própria sobrevivência...

Darv pensa ironicamente que ele é que devia ter usado a mulher e depois partido. Que mulher estranha! Ou melhor...que criatura fantastica! Correndo atras dela, ele a perde de vista.

- Droga! Fui roubado! Que ninguem saiba disso...eu, a Sombra Fantasma, amigo de Manto Sombrio, roubado por uma mulher...uma encantadora mulher...preciso saber mais sobre ela.

Quando se depara com as mulheres rindo dele, ele muda a expressão séria para uma comica:

- Ola...não me subestimem, as facas, embora pequenas, são fantásticas para quem sabe usar!

Depois ele vai para o quarto, arruma suas coisas, e parte. Mas antes, ele volta a cama, pega alguma peça de roupa que a mulher tenha deixado, ou mesmo o lençol, e cheira profundamente.

- Ahhh...será que estou apaixonado? diz o pequeno.

Após, ele descerá para a taverna e, quando encontrar sua equipe, dara a informação que conseguiu.

- Pessoal, espero que tenham tido uma noite muito boa. Eu? Bom, eu tive uma noite maravilhosa...diz ele, forçando os labios e os olhos, desenhando no ar com as mãos o corpo da mulher. Depois de um segundo, ele volta a realidade e diz: - Bom, parece que nosso alvo esta em alguma vila proxima a Espinha do Dragão.

O anão não gostou dos sonhos terem acabado e estava de mal humor, seco ele simplesmente diz:

-Espinha do Dragão? Então o que estamos esperando? Vamos logo.

Então apenas reabastece suas provisões com comida pede uma caneca de cerveja para começar bem o dia e a toma de uma só vez ainda arrumando e ajustando sua armadura. Come um pedaço de carne e já estava pronto para partir.

- Ah, mais um detalhe importante...parece que "os celestiais" estão envolvidos nessa história. Há uma guerra entre eles e eles tambem estao querendo eliminar a criatura, diz o gnomo, aproveitando para comprar mais suprimentos, como o anão (se houver no local).

- EEEEEEIIII! Vamos tomar um belo cafe da manha antes Bradur! Afinal, o dia esta m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o, diz o gnomo, inspirado.