Como um bom homem do povo que presa diversão, mesmo antes do seu abraço você curtia os bares e vida noturna do centro histórico da cidade, no famoso Largo da Ordem. Calçadões repletos de bares e pessoas de todo tipo e classes sociais (mas predominantemente das mais simples). Depois do seu abraço as coisas pareceram ainda melhores pois essa região é um excelente território de caça tanto pela facilidade de sedução de presas embriagadas (com todo tipo de substâncias) como muitos becos e travessas escuras que possibilitam um “abate” mais rápido e direto.
Seu sire logo lhe explicou claramente a sua nova condição, física e social. Sobre as tradições da Camarilla e que ela considera todo cainita um “membro” que deve seguir suas tradições. Por sorte nessa área da cidade existe um grupo de cainitas – segundo ele a maioria do seu clan – que desafia o status quo e se autodenominam anarquistas. Ele disse que até certo ponto eles são bem sucedidos, pois não reconhecem o poder do estado vigente – no caso a Camarilla – mas ainda sim vivem sob as regras de um poder vigente: a Baronesa.
Baronesa - Priscila
Você não precisou de indicação para encontra-la, você foi encontrado por um rapaz grande e tatuado enquanto se alimentava em uma travessa escura. E disse que aquele era território da Baronesa e que respeito devia ser apresentado a ela. Como o pedido foi amistoso na mesma noite você foi ao Blood Rock Bar e se apresentou a mulher com ainda mais tatuagens que o rapaz e de aparência jovem, pouca coisa mais velha que você. Ela apenas lhe olhou nos olhos e disse: - Não dê bandeira e seja bem vindo. Traga a polícia, Camarilla ou caçadores e tome uma surra. A segunda surra será a última.
Baronesa não era um título ou um cargo, mas basicamente uma reputação. Incomoda-lhe o fato que ninguém costuma questionar os as decisões ou regras dela, mas como ela se mostrou uma compania agradável e que não interferia nos seus assuntos pessoais você acabou por questionar até onde o título de anarquista realmente chegava (pelo menos não abertamente). Apesar da intimidação inicial você se sentia livre. Não era incomodado por ninguém e até conheceu outros membros que considera amigos.
A maioria ignorava a relevância social ou humanista dos mortais. O pensamento predominante é “...humanos são gado, e nenhum fazendeiro mata suas vacas à toa. Algumas até ganham cuidados especiais...”. Você questiona a futilidade daquela existência mas não consegue deixar de apreciar a sensação de liberdade, de não se preocupar com o dia seguinte, de não ter de dar satisfações, de não ter de corresponder a expectativas, nem mesmo suas. Eventualmente tinha o prazer de ver agentes da camarilla (tanto vampiros quanto policiais ou carniçais desavisados) aprendendo uma lição ensinada com punhos e paus – isso sim parecia dar prazer aos demais Brujah. Seu maior problema é controlar a besta que cada vez parece mais presente quando você se alimenta ou suas emoções vêm à tona.
Em uma noite qualquer no Blood Rock Bar, em uma apresentação de uma banda de metal local (bem ruim por sinal) o homem que lhe abordou pela primeira vez no largo (e agora amigo seu) começou a agir mais estranhamente que o normal. Ao que agora lhe parece deliberadamente começou uma briga com um mortal por mexer com quem parecia ser a namorada dele. Você tentou intervir para impedir que a briga escalasse para algo mais grave. Você se lembrou do seu sire falando da maldição de Cain sobre os Brujah, e apesar de acreditar que clans e linhagens são apenas mais uma criação social, usou a força de seu sangue para conter Murilo, mas ao invés de ser oposto pela aparente força física dele, imediatamente seus pensamentos pareceram ficar confusos, diversas vozes falavam coisas desconexas a você. Algumas vozes lhe acusavam de ser uma fraude, nada mais que um bom vivant burguês da não vida. Você se concentrou pra conter a besta e não transformar o episódio em uma catástrofe. Enquanto você lutava com seus demônios interiores todo pareceu ser tomado por alguma raiva ou loucura. Segundos depois várias pessoas estavam brigando violentamente e foram necessários minutos da intervenção dos seguranças para conter o tumultuo. Nesse tempo você viu que precisava sair de lá para não piorar a situação. Ao recobrar seu controle totalmente você estava fora do bar, na esquina mais próxima e respirando fundo como se precisasse do oxigênio para viver.
Talvez tenha se passado mais tempo do que você percebeu, pois ao recobrar a sua sanidade você nota que o horizonte começa a ficar mais pálido no leste. Imediatamente você sabe que precisa ir para seu covil antes que os primeiros raios de sol selem precocemente o seu destino.
Você desperta na noite seguinte por volta das 19hrs. Tela do telefone acesa com uma mensagem de um número desconhecido:
“Me encontre no Blood o mais rápido possível. Precisamos saber o que aconteceu aqui. P.”
Role 1d pra ver com quantos pontos de sangue você desperta.