Itália - (Europa)

Stonerenge: Noite.


A Noite é fria e parece não ter fim, hoje há uma perturbação nos planos místicos, a cartomante embaralhou as cartas, depois colocou-as em posição, tirando uma carta de cada vez, olhou, ponderou, e então as leu em sua mente, algo estava a perturbando.

Havia algo anormal nos planos físicos também, algo sobrenatural diria, ela partiu, foi até a Inglaterra, mas não foi em uma viagem convencional, dizem que é possível cortar a Europa de trem, passear por todas as belas paisagens com este meio de transporte, mas a viagem que a cartomante fez foi muito diferente.

Ela mergulhou nos planos etéreos, no plano astral ela vagou como que na velocidade da luz, não havia explicação humana para aquele acontecimento, ao ver o que havia no Stonerenge, deitado no chão, um homem, se espantou, um homem desacordado.

A cartomante no plano astral voltou ao plano físico, fez um telefonema, e logo o Professor Hércules Poirot foi até o local, ele encontrou o homem desacordado.

Hércules Poirot:

Acolheu em sua residência, naquela época ele estava fazendo um estudo em Stonerenge e pela manhã aquele homem não estava lá, a cartomante pediu que o homem fosse examinado.

Nada havia com ele exceto que não lembrava de nada que havia ocorrido, Poirot manteve o homem desconhecido em segredo, e então ambos tentaram descobrir quem era e se tinha família.

Ian Livingstone lembrava apenas seu nome, ao procurar familiares descobriu que na época da segunda guerra a família havia desaparecido, talvez mudado de nome e fugido do país.

Então estava só, por sorte ele detinha grande inteligência e capacidade, então Poirot o contratou como professor assistente na faculdade onde trabalhava, com a ajuda de Rose a cartomante, conseguiram criar documentos falsos para que ele vivesse como uma pessoa normal.

Rose acreditava que Ian era uma pessoa que tinha a ver com o que as cartas diziam, um personagem ou peça dos acontecimentos futuros, uma terrível ameaça pairava no ar e ela sabia disso.

Sir Ian fazia serviços periódicos na faculdade, as vezes lecionava, as vezes saía a campo para trabalhar com arqueologia e estudo de civilizações antigas, havia viajado bastante, hoje estava de trem em outra viagem, mas não era uma viagem a serviço da escola.


Já havia passado um ano desde então.

Rose a cartomante havia o encontrado no Stonerenge e agora ela iria cobrar o favor de volta, havia falado ao telefone que precisava de sua ajuda, então com férias vencidas o Professor aventureiro saiu em busca da mulher na Itália.


O trem percorre seu caminho e então chega na estação, Ian está com o endereço da mulher, depois de checagem de bagagens e todas as burocracias ele está livre para ir, uma brisa gelada percorre as ruas italianas, Ian então pega seu cachecol...

Sempre pago meus débitos... Ele pensou.

O taxi parou e depois de ajeitarem as bagagens Ian se sentou no banco de trás, o carro partiu deixando a estação para trás sendo agora um pedaço de lembrança de Ian, assim como uma página do seu livro mental, porém os escritos de seu livro estavam apenas começando, era como ler uma história de trás para frente, escrevendo primeiro do meio para o final para tentar desvendar o começo.


O carro prosseguia viagem e Ian pôde ver quão bela eram as ruas e estradas deste país, realmente belas paisagens que figurariam seu livro mental. A cidade de Gênova era um local portuário e em determinado momento passaram perto do porto, um local bonito, o taxista virou algumas ruas agora saindo das estradas mais movimentadas e indo até as ruas com menos carros, logo ele estava saindo delas também e subindo um morro.


Agora o carro parara em uma rua de tijolos, Ian se lembrou de uma história fictícia acerca de uma menininha que seguia por uma estrada de tijolos amarelos para ir de encontro a um mundo desconhecido atrás de um mago, o mágico de Oz, na verdade a menina, Doroth, haveria de encontrar amigos pelo caminho, Ian encontrou alguns, como o Dr. Poirot e até mesmo Rose a mulher que veio visitar, mas Rose parecia mais com o mágico de Oz, tomara que ela não fosse igual ao mago da história.

Ian pagou o taxi e subiu a rua com seus apetrechos, o local era deserto, ele conhecia a mulher, porém ela era misteriosa e sombria, cheia de superstições e troços exotéricos, Rose acreditava em um fluxo de energia chamado de Soul Power. E que em contra-partida existia uma energia oposta a esta, uma espécie de Ying Yang, forças opostas mas fazendo parte de um mesmo ser.

A cada passo Ian ia imaginando o que a mulher queria com ele, mas devia a ela, afinal tanto ela como Poirot ajudaram a ele a se inserir na sociedade depois de tanto tempo. Rose acreditava que Ian teria um papel mais ativo nesta época.

Ao chegar no final da rua, Livingstone notou que existia uma construção exótica até mesmo para um país estrangeiro, parecia a casa de uma bruxa, sera que Doroth se sentira daquela maneira quando achou o castelo do mago, Ian estava sentindo algo dentro de si, viu que na entrada da construção depois das cortinas, havia uma mesa com cartas em cima dela, as cartas estavam amontoadas em um único monte, estava escuro lá dentro e lá de fora o professor já sentia o cheiro de incenso, o endereço era aquele.

Ian olhou envolta aquele lugar envolto nas brumas de mil e uma noites e tal qual as iguarias e parafernálias espalhadas como na história esperava que o mago estivesse escondido atrás de alguma cortina, mas ele sabia que Rose, a maga em questão não parecia ser voltada a tais traquinagens.

Porém ele lembrou-se da hora. Talvez estivesse tarde então resolveu consultar um dos poucos pertences que o lembravam do passado seu velho relógio de bolso preso ao casaco era antiquado para os atuais padrões, mas Ian em si era uma relíquia de outros tempos...

Será que cheguei tarde? ele questiona-se em voz alta.

Não era tarde Ian chegara no horário, mas talvez Rose estivesse envolta em um dos seus experimentos, Ian tinha razão no quesito de que a mulher não era dada a traquinagens, ela acreditava mesmo nas suas profecias.

Em meio a fumaças e luzes que vinham do quarto escuro a figura da mulher já se fazia ser vista. Porém era apenas uma silhueta de sombras por trás de uma cortina de seda.

- Pode entrar meu convidado, é um prazer revê-lo meu amigo, Senhor Ian, eu o saúdo e felicito em nome das forças ocultas deste lugar, mas há uma regra ao adentrar em meus aposentos, pode por favor puxar uma das cartas da mesa e trazê-la a mim, mesmo que não acredite neste tipo de força eu peço que faça por mim por favor...

A voz vinha de dentro das cortinas, Rose lhe esperava lá.

Regras:

Está bem. Ele puxou a carta sem muito entusiasmo e levou a carta até Rose.

- Veja só? Uma carta de copas de número 10...

Ao atravessar a cortina e com a carta em mãos Rose passou a observá-la e falar com um certo sorriso.


Ela pegou a carta da mão de Ian.

- O número 10 representa uma inteireza, um grupo unido por um mesmo objetivo, uma força do bem, meu Soul Power é uma força do bem, e é possível que em você exista uma força semelhante meu caro amigo, o coração representa a força de laços, laços que podemos formar e com grande capacidade, laços da vida. Não fique entediado diante de minha explicação, sei que talvez como professor não acredite em minha forma de ver as coisas, mas é muito bom trocarmos experiências não acha? Eu o trouxe aqui por causa de um distúrbio no plano místico, alguém com grandes poderes está tramando algo que afeta todo o mundo, algo grande que eu ainda não posso imaginar.

A mulher foi até uma mesa onde havia um bule de chá fumegando, com um pano pegou a chaleira e despejou um líquido em uma xícara, apontou a mesa e uma cadeira para seu visitante.

- Eu preciso de uma direção, por isso preciso de sua ajuda, quero tomar uma direção, e sabe de uma coisa? Sabe que objeto precisamos quando queremos ver ou tomar uma direção?

Ela sorriu com um ar misterioso, Rose era uma exotérica, e estar ali em sua casa parecia que os sentidos do professor estavam em total delírio, como se seus sentidos estivessem se enganando todo o tempo, o cachecol amarelo que usava parecia emitir uma luz fraca mas pareciam raios bem fracos.

Enigmático era o mínimo que tal frase dita pela cartomante e conhecedora do esotérico podia significar para Ian. O que ela queria dizer com um objeto que é necessário para tomar uma direção? uma bússola? um mapa talvez?

Um mapa? Mas para claro precisaria para ter uma ideia de onde iria.

- Um mapa claro! Eu possuo um...

Rose foi até outra cortina e puxou uma corda artesanalmente adornada em fios dourados, a cortina se abriu e revelou outro compartimento, uma sala vazia exceto por um globo...


- Pode se aproximar se quiser, mas o que eu preciso não é deste mapa, eu quero uma bússola, esta eu não tenho, mas o Mapa, ou seja onde ela se encontra eu posso ver, eu preciso de uma bússola mística, mas as partes que compõe sua fisiologia estão espalhadas, existem três partes deste artefato, a Base, a agulha e a lente, se juntarmos as três partes poderei criar a bússola e saber para onde se estende o mal que vai nos assolar. Por isso preciso de sua ajuda Sir Ian...

No globo de Rose existem três pontos iluminados, mostrando localidades próximas que estão perto de onde se encontram até, não necessitaria de uma viagem para outra nação.

Os pontos marcam, Roma, vaticano e cidade de Pisa...

- Peço que por favor me ajude a ter em posse estes objetos, se me ajudar você terá de encontrar as partes que eu preciso, as partes da bússola, embora eu não vá com você estarei te vigiando e protegendo... Acredito que você tenha um papel importante a desempenhar aqui, você certa vez me disse que estava em uma expedição no México, estudando um Zigurate e que foi atraído por uma luz, depois de muitos anos re-apareceu em Stonerenge sem lembrar de mais nada, acho que eu não tenha achado você por nada acredito num objetivo sério. Diga que está comigo Sir Ian Por favor...

Rose pousou suas mãos doces sobre as do homem, embora Ian fosse um professor tinha as mãos fortes e pesadas de um lutador de Boxe.

Sempre pagos meus débitos ... Pensou Sir Ian Livingstone, embora quem lhe tenha dado o titulo já tenha morrido fazem pelo menos uns 90 anos.

Vou ajudar. Mas onde devo procurar?

Rose mais uma vez apontou o globo, mas desta vez com um sorriso ainda maior vendo que Ian iria ajudá-la...

- Como pode ver o globo aponta o local, pode escolher um deles, seja Roma no coliseu, na cidade de Pizza ou Vaticano,
somente devo avisar que você poderá encontrar perigos onde quer que for, eu não irei com você fisicamente, mas posso oferecer certa proteção, afinal sou eu quem quer os objetos. A carta que você puxou pode ficar com você, vou proferir um encanto nela que o ajudará. O senhor ficará protegido pelo Soul Power.

Rose foi até a mesa que havia no quarto anterior e se serviu de chá, ela deixou que Ian fizesse sua primeira escolha por onde ir, ela acreditava que sua primeira escolha seria uma destinada a ele, e então esperou o homem realizar sua escolha para dar alguns concelhos referente a localidade.

Depois de colocar o líquido na xícara, ela soprou e sorveu um pequeno gole, ainda estava frio e ela sentiu um arrepio percorrer seu corpo de leve, um globo de cristal ficava acima de sua cabeça no tento, ele tilintou com o barulho do vento.

- Uma boa pedida, vou lhe alertar sobre os perigos que poderá se defrontar lá, mas quero lhe dizer uma coisa meu caro Sir Ian, nem mesmo eu posso decifrar as vezes os enigmas de meus poderes, vou lhe dar informações e algumas são enigmáticas e somente no local poderá decifrá-las.

Rose foi até seu baralho de taro e se concentrou para tirar informações do futuro.

- No Vaticano você vai lidar com uma das peças da bússola, a peça que encontrará lá será a lente, pode ser que a lente esteja em outra forma então vai ter de prestar atenção, estará em uma das catedrais, com certeza, a Basilica di San Pietro.

Rose pensa por um momento antes de falar.

- A basílica possui vários monumentos e estatuas de anjos e santos, é extensa e recebe visitas de muitos fiéis, talvez tenha de efetuar a tarefa de uma maneira ilegal Sir Ian, mas isto vai de como vai proceder lá. Pode dar uma espiada no local e se a lente estiver de fácil acesso o que duvido, conseguirá pegá-la, não se preocupe quando vê-la e realmente prestar atenção nela poderá identificar de maneira fácil.

Rose olhou para Ian...

- Vejo que terá um enigma para resolver lá, "não tema os olhos do dragão, pois os anjos estão vigiando você, sob o santo destruidor você encontrará o que procura".

Rose se levantou da cadeira onde havia sentado para encontrar respostas nas cartas, iria começar a jornada de Ian, talvez seu passado escondido poderia se cruzar com os acontecimentos ali ou talvez não.

Off Game::

O cavalheiro inglês nota que tem mais enigmas que respostas nas cifras e frase que escutara, mas não era o momento de duvidas e sim de atos e por fim ele falou. Sejam dragões ou sejam anjos não deixarei pedra sob pedra sem ser verificada. Algo mais ou alguém que eu precise saber que esteja atrás deste objeto como nós estamos? Ele questiona antes de sair em viagem.

- Tenho 80% de chance de apenas nós estarmos atrás deste objeto neste momento, mas com certeza você vai encontrar dificuldades para achá-los, perigos com certeza irá encontrar, fique firme e lembre-se estarei com você por meio do soul Power.

Ian partiu, depois de um tempo, indo em direção ao Vaticano, passou por inúmeros pontos turísticos menos importantes, quando chegou em seu destino sentiu uma poderosa brisa tocar seu corpo, como um aviso, um sussurrar dos deuses, santos deuses ou anjos, nesta terra considerada santa Ian poderia encontrar qualquer coisa destas, fé, misticismo ou descrença poderiam se misturar por aqui se transformando numa onda de sentimentos desconfortáveis.

Ao chegar na Basilica de San pietro Ian viu algo grandioso na construção, tivera momentos em que visitava localização ou civilizações há muito antigas e fantásticas, mas este local, não estava morto, estava vivo, e parecia conversar com o visitante, algumas vezes o professor via as figuras em livros, mas a sensação de estar presente era outra história.

Podendo abrigar 60 mil devotos o local estava cheio, e era extenso o suficiente para que não prestassem atenção no professor, no local 340 estátuas estão adornando a catedral, e também existem trabalhos de mãos hábeis de artistas famosos, dizem comprovadamente que sob a catedral está enterrado o corpo de São Pedro, e por tradição muitos outros Papas, foram enterrados aqui também.

Bem chamar o local de Catedral é um erro, pois de fato não se trata de tal, ela não é um lar de um bispo, com certeza, não importando a crença da pessoa estas edificações podem com certeza serem chamadas de patrimônio mundial da humanidade.

Ian vistou o local, indo daqui pra lá e de lá pra cá, era uma construção enorme, por fim chegou a uma decisão, o prédio era dividido em regiões que se chamavam de naves.

Estas Naves eram construções cruciformes que se dividiam em Nave Central, Nave Da Epístola e Nave do evangelho.

Nota:

O inglês sorriu, pois já estivera neste lugar antes é claro que fora a um certo tempo, mas ainda lembrava da cena majestosa e do belo cenário que estava vendo novamente, porém não era o momento de fazer turismo tinha um propósito ali e este seria cumprido.

Anotara o enigma em sua caderneta e olho novamente para lembra-se.

não tema os olhos do dragão, pois os anjos estão vigiando você, sob o santo destruidor você encontrará o que procura

Talvez fosse uma estátua ou monumento comemorativo... Estátuas de anjos, santos e até dragões. Em todo caso ele começa a observar o lugar para ver se existe alguma representação com as três figuras que estava pensando.

OFF: Teria um teste de "procurar" ou "historia" para lembrar-me se nos meus conhecimentos acadêmicos existe algo assim?

Seja como for ele iria em cada um dos pontos para verificar...

Ian na verdade não teve de procurar muito, apenas teve de andar muito por causa do extenso terreno, a resposta estava em sua mente o tempo todo, o enigma falava de anjos e dragão e também de uma santo, seria difícil encontrar ali algo do tipo pois tudo ali se relacionava a isso.

Então associou Dragão a santo, e lembrou-se de um santo que destruiu um dragão, a imagem de algo em sua mente o levou a Nave Das Epístolas, lá haviam inúmeras estátuas de santos e anjos, procurando mais um pouco Ian encontrou algumas que chamaram mais atenção. Duas estátuas de anjos com lamparinas em mãos que emitiam uma chama constante cada, e outra estátua de São Jorge, aquele que matara o grande Dragão.

Estátua:

Os monumentos estavam um oposto ao outro, muitas e muitas obras estão no local, mas Ian tinha agora certeza, o objeto estaria por aqui.

Então vamos começar ele disse para si mesmo enquanto decidira que deveria ver a estátua mais de perto. Primeiro ele a observou a olho nu e depois bem ele tirou uma lente de aumento do bolso e pensou consigo...

Talvez perto da base? Alguma inscrição? ou outro sinal? afinal lhe fora dito sob o santo destruidor haveria algo... E se aproximou para ver mais de perto a estátua do santo e o dragão.

Com a lupa não foi difícil encontrar tal objeto, debaixo do guerreiro havia um dragão, e em um dos olhos do dragão, de um lado que não fosse visto pelas pessoas que fossem olhar a estátua exceto se se aproximassem muito estava um olho brilhante em uma das cabeças da fera petrificada, um dos olhos estava com uma cor azul celeste e transparente.

O olho de gude por assim dizer cederia facilmente as mãos do professor, parecia uma tarefa fácil, missão cumprida.


Com a lente na palma de sua mão brilhando e cintilando aos raios do sol Ian cumpriu sua tarefa, esta por sinal sem nenhum perigo, Rose advertira que poderia não ser tão fácil, mas ainda havia mais dois objetos para serem recuperados, talvez os outros não fossem tão fáceis assim.

Ian foi surpreendido por uma voz:

- Olá estrangeiro!!! Desculpe não quis assustá-lo, ou rotulá-lo, mesmo porque eu também não sou deste país, sou o padre Kirei, e vejo que estava bastante interessado no monumento de São Jorge, desculpe mas posso saber porque? Vejo que até usou uma lupa para examinar a obra...


O Padre veio furtivamente, mas Ian não teve certeza de que ele não vira a lente que pegara do dragão, se viu tal ato o homem não mencionou, sua feição era misteriosa, mas o homem também possuía um olhar vazio, fora os dois não haviam pessoas no local, embora uma imensidão de gente estava na região, ali especificamente não tinha ninguém exceto os dois, Kirei observava ao professor com olhar curioso, a mais ou menos 10 metros dali haviam milhares de pessoas, mas apenas os olhares vazio das estátuas testemunhavam a conversa da dupla.

Ian não havia notado a aproximação do religioso embora se considerasse um sujeito atento, mas ele pode se dar um desconto já que todas as suas atenções estavam voltadas ao seu objeto de pesquisa e agora que tinha o primeiro dos artefatos se considerava tranquilo, mas não podia se dar ao luxo de falar alguma besteira.

Ele aprumou-se para responder e demonstrando a tranquilidade dos justos e culpa ele responde no seu inglês característico de Londres. - Ora bom senhor não o vi se aproximar, mas se bem que estava distraído mas eu estava fazendo um estudo dos significados e simbolismos contidos na estatuária cristã. Como a capa vermelha de São Jorge que representa seu martírio. Ele foi decapitado, ou seja, teve a cabeça cortada por não ter renegado sua fé em Jesus Cristo ou então o dragão na imagem de São Jorge representa o demônio, o mal que quer nos destruir e toda perseguição do império romano contra os cristãos. Mas espero não o estar entediando com meus exemplos. Meu nome é Ian Livingstone um mero professor e estudioso.