Itália - (Europa)

Donovan Baine então decidiu agir de acordo com o novo amigo:

- Muito bem! Se não quer se dividir iremos juntos, não deve se preocupar com Annita, ela sozinha é mais poderosa que nós dois, basta apenas que aprenda a controlar seus poderes, ainda não a treinei, acho que é muito jovem para isso, embora ela já tenha visto coisas demais, seus familiares morreram diante de seus olhos, e muitos tentaram matá-la alegando que ela era um demônio devido a seus poderes, mas deixemos isso de lado, esse assunto não deve ser discutido aqui, me diga quando e onde te encontrar para seguirmos nosso caminho, ou se preferir estou disposto agora mesmo...

Um gato branco adentrou nos corredores onde estavam Donovan e Ian, o felino se aproximou deles e chegou até Annita, a garotinha abaixou e acariciou a cabeça do animalzinho, o bichano retribuiu com um ronronar e se esfregou nas pernas da menininha fazendo um movimento de zigue-zague em suas pernas, Donaovan alheio a isso somente prestava atenção no professor.

Ian consulta o relógio e responde. - Creio que se não for tarde podemos partir para o próximo objeto agora mesmo. Temos que ir para Pisa e claro arranjar um carro. e olha o gato e pensa consigo mesmo o ditado está errado nem sempre a noite todos os gatos são pardos...

Então depois de Ian buscar suas coisas no hotel o grupo partiu em um taxi para Pisa, chegaram lá a tempo de visitar a torre, ainda faltavam duas horas para fechar a visitação ao público, atrás da torre famosa inclinada havia uma outra Catedral, mas lá não era o foco de Ian, Donovan ficou apreensivo diante da torre inclinada, havia muitas pessoas ali também, mas bem menos que no Vaticano.

- É mesmo estranho, parece que forças ocultas já estavam em seu caminho faz tempo, sinto algo de sobrenatural na torre, eu usei este manto para cobrir minha espada e não assustar as pessoas, mas se elas pudessem ver a aura que vejo na torre, elas sequer estariam aqui, vamos entrar professor? Annita vamos...

Ao olhar para Annita Donovan percebeu que a menina manifestava sua aura também e a aura ressonava com a da torre, de repente uma onda de energia veio de Annita e atravessou o corpo de Donovan e de Ian, os dois ficaram imóveis por um tempo, tudo ficou de cor diferente em sua volta e então conseguiram se mexer...

- Droga!!! Arrrg!!! Não conseguia respirar, o que aconteceu? o que é isso, veja professor a nossa volta, as pessoas sumiram e Annirta está...

Annita estava em uma espécie de transe, manifestando seu poder, em volta as cores se tornaram diferentes e não havia mais ninguém, turistas e famílias desapareceram, tudo era um silêncio mórbido, e apenas a torre a frente.

- Annita!!! Ei Anita!!!! O que ouve? Ela não me responde!!!

A menina estava imóvel apenas manifestando sua aura, quando Donovan tentou tocá-la, sua mão e queimou diante da aura dela.

- Ahhhhhh!!! Mais o que é isso?

A garotinha apontou para a torre de pisa e disse:

- As sete melodias, não deixem que as sete melodias sejam tocadas... Os sete sinos...

E agora na porta da Torre, uma porta de bronze enorme, estava uma pessoa, estava parada lá, esperando por vocês...

Mas que? Quem é? Questiona o explorador com certa impressão que teria problemas.

O encapuzado usa sua mão direita para remover o manto e revelar seu rosto e corpo, sua mão esquerda estava com o punho fechado e logo ele a colocou no bolso e retirou a mão de lá aberta, em suas costas havia um objeto, uma arma, ele a retirou e colocou em seu lado com a mão direita, era um bastão com pontas de pregos afiadas e grotescas, ele girava a arma apoiada no chão:


- Sejam bem-vindos ao mundo da torre inclinada, hahahaha!!! Eu sou a primeira melodia, também conhecido como a primeira nota musical, me chamem de Dó!!! Estou aqui para proteger a base do artefato místico, creio que estão aqui por causa dela, terão de enfrentar as sete melodias se quiserem sair daqui com a base da bússola.

O ser místico diante dos olhos dos dois mostrava um sorriso malicioso, mas estava tranquilo com a presença dos dois, três se contassem Annita que permanecia num transe não natural.

- Acho que não vão querer perder tempo, devem subir a torre e desafiar os sete para vencer, eu sou o primeiro, vamos apenas com um teste bem simples para ver se estão preparados para me enfrentar, eu vou desafiá-los em três jogos, se vencerem apenas 1 eu os deixarei passar, mas vamos apenas começar com um teste a "brinca" não valendo nada, apenas para aquecer os ânimos, estão prontos??? Lá vai... Se você colocar em outra pessoa terá um compromisso que só a morte poderá remover,
se colocar em si mesmo sua vaidade não poderá esconder, o que é?

Donovan achou estranho aquilo, mas o ser veio com enigmas, então decidiu por experiência com o sobrenatural não deixar de jogar conforme as regras:

- Muito bem ser das trevas!!! Não sei quem é mas se temos que vencer-te com enigmas o faremos e resolveremos os sete desafios, Ian devemos jogar com ele, se ele não cumprir sua promessa tomaremos outras providências...

Donovan se mostrou sério, mas começou a pensar no enigma, depois olhou para Ian para ver se ele sabia o que fazer, felizmente aquele jogo ali era apenas um aquecimento.

Livingstone suspirou não estava pensando em tais contendas e sabe consigo mesmo que nunca foi muito bom em adivinhas, mas já que era o jeito deveria tentar.

- Muitas coisas estão em risco por aqui e o tempo urge, mas não há remédio então arriscarei um palpite ... Seria o casamento?

Dó a primeira melodia pegou seu bastão com a mão esquerda agora e colocou no ombro dando pequenas batidinhas nele, sem claro encostar o prego no corpo e sorriu:

- vejo que é um palpite bom, mas o casamento é algo abstrado que não pode ser colocado em alguém e nem em si mesmo...

Donovan ponderou:

- Me diga eu ainda não dei meu palpite, então eu posso...?

- Mas é claro, afinal estou jogando com cada um de vocês, todos os envolvidos devem tentar me vencer, esta é a regra, vamos dê seu palpite...

- Baseado no raciocínio de Ian consegui pensar no objeto do contrato de casamento, pela sua feição ele não estava muito longe da resposta né? Então eu respondo que é o anel, a aliança de casamento...

- Usando um anel como uma aliança ou pacto os casais humanos tendem a formar casamento, o anel colocado em outra pessoa simboliza o contrato, já o anel posto em si mesmo é apenas uma vaidade do homem, Hum... Você acertou... Mas não esqueça que este foi apenas um aquecimento. Vamos entrar na torre vocês ganharam o direito de me enfrentar.

Dó se virou de costas e foi até a grande porta de bronze da torre, ele abriu a porta e entrou, ainda com seu bastão apoiado no ombro dando as batidinhas ele o segurava firme com a mão esquerda...

Donovan olhou para Annita, a menininha começou a andar em direção a torre:

- Ian!!! Desta vez eu começarei o desafio, fique atento para que se eu falhar você possa resolver assim como agora a pouco, acho que não será nada impossível, basta prestar atenção, mas vamos ter cuidado.

Certo. Confesso que não sou fã das sutilezas da gramática, pois podem ser armadilhas, mas vamos ver o que ele tem em mente. Ele segue com os demais.

Então os três entraram no andar térreo da torre, ao chegar lá viram uma mesa disposta no meio de uma sala ampla, na mesa estavam 3 copos grandes do mesmo tamanho com um líquido dentro, e também um copo bem pequeno, este também com o um líquido.
O homem que se dizia se chamar Dó principiou a conversa:

- Bem estamos aqui para o próximo desafio, na mesa possuímos estas quantidades de copos, vamos por uma competição no beber, um de nós escolherá os três copos e o outro ficará com a dose pequena, aquele que beber primeiro vence. Mas haverá regras, não podemos mover a mesa e nem mesmo tocar no copo do adversário, os copos do adversário não devem ser danificados e nem movidos.

-Que tipo de jogo é esse? Me parece meio estúpido...

- Acalme-se existe ainda outras regras, quem ficar com os copos grandes deve primeiro beber seu primeiro copo, só assim depois de colocá-lo na mesa é que quem ficou com a dose pequena poderá pegar seu copo e assim beber. Essas são as regras, vamos quem vai participar primeiro.

-Como combinado lá fora eu vou primeiro Ian, tome conta de Annita pois ela ainda parece não estar em plenas faculdades perceptivas, uma espécie de transe a domina.

Donovan foi até a mesa, o seu adversário ainda tinha outras considerações:

- Escolha qual você vai usar, os três copos, ou a pequena dose o copo menor?

- Como é uma competição de quem bebe mais rápido vou ficar com a dose pequena...

- Pois bem!!! Que o jogo comece...

Donovan segundo as regras deveria esperar que Dó bebesse de seu primeiro copo para poder pegar o seu copinho, então o guardião da torre pegou seu copo grande e bebeu todo o conteúdo, logo o vigarista mostrou suas “garras” colocou o copo invertido por cima do copinho de Donovan, de modo que o guerreiro não pudesse tocar no seu copo.

- Hahahaha!!! A vitória é minha...

- Maldição que truque sujo... Eu não posso tocar ou mover seu copo e nem mesmo a mesa como vou...?

- Os outros jogadores não podem intervir então vou continuar a beber...

Donovan apenas podia olhar, caiu no truque do homem e fora derrotado naquele jogo, bastava agora contar com Ian...

- Me desculpe Ian eu acabei caindo no truque, mas fique esperto já da pra ver que este cara tem truques, mas não é impossível vencê-lo, lembre-se que ele me deixou escolher os copos, então há uma maneira de derrotá-lo.

Dó a melodia primeira bebia seu segundo copo, e depois o terceiro.

- Eu venci, vamos a próxima rodada venha jogador... Tenho um enigma para esta tarefa agora, posicione-se a frente da mesa.

Mas que patife pensou o inglês, devo manter-me alerta... Ele olhou Donavan e depois Anita e dirigiu-se a mesa e sentou-se na cadeira de frente a Dó e disse - Então?

A melodia girava seu bastão de pregos no ombro, com a mão direita na cintura, ele sorriu, segurava com pouca força a arma na mão esquerda...

- Vamos começar então, será um novo enigma, pense bem e me responda, só terá uma chance, lá vai... Qual era o objeto que eu segurava na mão esquerda quando nos encontramos?

Donovan ficou boquiaberto, o objeto que segurava na mão esquerda? Ele então havia percebido que o jogo começara desde que se encontraram. Tinha aquele enorme bastão, mas seria esta a resposta?

- Eu estava segurando algo na mão esquerda quando nos encontramos, e então o que era?

- que estupidez, como poderíamos saber disso, esse jogo não é justo... Seu...

Donovan então respirou fundo, havia uma pegadinha ali com certeza, os jogos propostos tinham solução, qual seria a resposta, Annita emitia ainda uma aura estranha, mas ela reagiu a exaltação de Donovan, talvez estivesse mais consciente do que imaginavam.

- Estou jogando contra seu aliado, portanto espero a resposta dele não importa o quanto se sinta indignado...

- Ian se acalme, sei que vamos sair dessa, manda a ver...

O que tinha na sua mão esquerda? ... Bem seja o que for está no seu bolso agora e não dava pra ver afinal o punho estava fechado.

Ian pensa enquanto observa a criatura e depois de dar sua resposta afinal não havia como saber o que ele tinha na mão a pergunta em si era por demais capciosa o mesmo poderia dizer qualquer coisa afinal como poderia comprovar que o mesmo mentia...

Dó sorriu maliciosamente, parecia que Ian havia acertado, o objeto estava mesmo em seu bolso, teria então de ser algo pequeno, que coubesse em tal. Mas como saber?

- Isso é um absurdo, você está roubando, como vamos adivinhar tal cousa? Não temos como saber esta adivinhação... -Explodiu Donovan com ferocidade.

Dó apenas levantou uma das mãos:

- Vocês são tolos? É claro que é possível adivinhar, pois em todo o momento em que estivemos aqui, estávamos jogando, desde o começo até agora e ainda continua o jogo, vamos deem sua resposta. Qual era o objeto...?

Donovan mesmo indignado começou a pensar, se Dó estivesse jogando sem roubar, o que poderia ser o objeto em seu bolso, algo que eles tivessem visto? Se estavam jogando desde o aquecimento que a melodia propôs então...

Annita começou a remexer, estava tentando dizer algo, a princípio Donovan sequer percebeu, a menininha ficava inquieta e tentava falar, mas a voz lhe fugia:

- O... 1º ... Enig... Enigma... a... resp... respos...

Anitta tentava, mas não conseguiu falar mais que isso...

Donovan ouviu o sussurro da menina:

- Ian a Annita, ela...? Ela sabe você ouviu, eu acho que ela está certa... O aquecimento não era só um aquecimento, era a charada final...

Os olhos de Donovan brilharam.

A nelodia endureceu seu semblante, e ficou bravo:

- Me de a resposta, vamos...

Ah que diabos você tem um anel no bolso é isso? Lembrando que a primeira resposta era aliança, ou seja, um anel.

- Maldição!!! Vocês conseguiram, esta menina é... Muito bem, não tenho outra escolha a não ser deixar vocês passarem, devem seguir aquela escada e ir para o próximo andar, vocês derrotaram apenas a primeira melodia, vão ao primeiro andar.

DÓ A primeira melodia abre passagem e mostra a escadaria que os levaria acima, teriam subir para o próximo desafio, quando vencessem todos estariam de posse do objeto que vieram procurar. Ele também pega o objeto do bolso e joga para Ian.

- Fique com ele, isto o ajudará na sua peleja, faça bom uso dele.

Objeto dado por (DÓ):

Donovan olhou Annita e percebeu que a energia em volta dela estava menor, ia se dissipando aos poucos.

- Ian devemos tomar este fato por uma lição, no momento que pisamos aqui os jogos começaram, devemos prestar atenção em cada detalhe, não devemos deixar sequer um inseto passar despercebido. E lembrarmos que Annita também está jogando conosco, ela é um membro de nosso time.

Donovan sentiu a mão da menina tocar na sua, a energia em volta dela não era mais repulsora, estava estabilizada, pelo menos por agora.

Então subiam a escada conversando.

Pelo visto é isso que teremos que fazer e bem esperar que ao menos os demais testes não sejam tão sutis assim. E essa menina realmente é especial. Diz pegando o anel e bem colocando o mesmo no bolso pelo momento antes de subir a escada e respondendo a Donavan.

Então os três herois subiram as escadas para o próximo andar e ao chegar nele havia algo de estranho no ar, como sempre desde que entraram naquele "Mundo" o andar estava adornado de uma maneira bem peculiar, havia pilares de sustentação por todos os lugares e o chão era de ladrilhos quadrados, que mediam aproximadamente um metro.

No final da sala havia uma pessoa, sentada em uma espécie de trono, no trono uma garota sentada, e em sua mão uma taça, mas não era uma taça de vinho ou alguma bebida, era uma taça de sorvete, a voz da garota ecoou pelo salão até os três desafiantes:

- Sejam Bem vindos ao Primeiro andar, aqui enfrentarão a segunda Melodia, eu sou "Ré"! Espero que estejam preparados para este desafio, não será nada fácil pois se perderem aqui, eu ficarei com um de vocês, Hehehe!!!

Donovan ficou apreensivo, não focou na menina, mas sim no que havia por de trás dela, mais especificamente atrás do trono, era uma sombra bem grande, com certeza não era humano.


- Aqui vocês enfrentarão,  meu guerreiro campeão, um de vocês poderá enfrentá-lo em combate, ou até mesmo os dois juntos, mas caso não consigam vencer, eu ficarei com seus corpos, e tornarei vocês meus guerreiros pessoais Hehehe!!!

Donovan ficou preocupado com aquilo de ficar como guerreiros da garota, mas se o desafio era um combate, menos mau, ele havia testado a Ian e sabia que era forte, os poderes do monge espadachim também não eram de se jogar fora, se lutassem juntos seriam imbatíveis.

- Vamos Ian se é um combate que ela quer é o que ela terá!!! Me diga uma coisa, faz alguma objeção que lutemos juntos, ou quer que um de nós fique apenas a observar...?

Donovan apenas preocupou-se se haveria mais um truque neste combate.

Não me farei de rogado a uma contenda, mas se há regras que as deixe claro por gentileza. Responde Ian lacônico.

A garota no trono fica brava com os dois:

- Muita conversa, vamos logo, a única regra é a seguinte...... Ela arremessa a taça de sorvete no chão no meio do salão, a taça se espatifa e o sorvete se espalha pelo chão... - ... Devem derrotar meu campeão só isso, venha Victor...

A sombra sai de trás da garota e agora diante de Ian está uma figura bem exótica...


O gigante sai das sombras ficando diante de ian, se aproximando devagar, o corpo da criatura emanava alguns pequenos raios elétricos, o olhar do monstro estava vazio, mas seus punhos pareciam extremamente pesados.

- Vamos Victor, acabe logo com eles todos, vai ser divertido, pois o que me adora mais que doce é o sangue derramado Hahehehehe!!!