[Lars-Verumdor] Cidade Ensandecida

Entrada da Cidade

Aventura 4 - Terceiro dia

Hellen Moritz

Depois que o demônio desapareceu, eles tomaram um tempo para se recompor. Não esperaram muito, pois o ideal era que realmente não demorassem. Seguiram seu caminho para Meriba.

O resto da viagem foi mais tranquila e nada de perigoso aconteceu. Havia a fadiga de estar andando há alguns dias e, especialmente, de estar andando dentro da Floresta Alta que estava surpreendentemente mais selvagem. Escoriações e suor cobriam o corpo de todos da pequena comitiva. Mas finalmente estavam chegando à Lars-Verumdor, a cidade da ladra. Ainda chegando nos arredores, já dava para escutar alguns sons estranhos. Berros, choros, lamúrias. John foi o primeiro a abrir a boca para comentar algo: - Esse lugar está nas garras do Lorde Demônio. - Zingner apenas gemeu em concordância. Ele havia visto a ação do Demon Lord expulsando seu povo.

Eles começaram a adentrar na cidade e não houve qualquer resistência, pois não havia mais guardas ou algo assim que controlasse quem entrava e saía da cidade. As ruas estavam praticamente desertas, se comparadas à última vez que Hellen havia estado ali. Eventualmente havia pessoas olhando na janela com olhares vidrados, ou indivíduos correndo e gritando. Alguns animais domésticos que haviam conquistado uma inexplicável liberdade caminhavam soltos.

Uma nuvem escura e que vez ou outra brilhava em raios estava sobre a torre da Universidade. Lars-Verumdor era o lar dos alquimistas da Universidade. Ao ver aquela torre, Hellen sabia que poderia esperar tudo de ruim saindo de lá.

Como passou um dia, Hellen pode curar uma vez a sua taxa de cura, então ela está com apenas 1 de dano.

Covil dos Ladrões

Aventura 4 - Terceiro dia

Hellen Moritz

Hellen foi guiando os dois companheiros nos caminhos já bastante conhecidos de Lars-Verumdor. Na verdade, por alguns momentos ela hesitou, pois construções estavam no chão e uma coisa ou outra que ela usava como referência para andar, já não estavam lá. Eles também paravam quando ouviam gritos e batidas muito fortes.

O covil de Hellen ficava no sul da cidade, a parte com casas mais amontoadas e onde as pessoas costumavam andar menos, a não ser que morassem ali. Entrar de volta naquelas ruelas foi nostálgico e ao mesmo tempo assustador. Elas nunca foram exatamente limpas, mas agora pareciam um esgoto a céu aberto. De qualquer forma não deixou de abrir um contido sorriso quando avistou, ainda de pé, aquilo que poderia chamar de 'lar'.

Zingner e John andavam atrás dela como sombras fiéis, não estavam afastado por mais que alguns centímetros. Quando chegaram diante da porta, a ladra bateu com o toque secreto que indicava que era ela. Cada um tinha um toque que lhe identificava de imediato. Porém, para sua surpresa, ninguém abriu. Ela bateu novamente. Uma voz abafada veio lá de dentro: - Quem é?

Covil dos Ladrões

Aventura 4 - Terceiro dia

Hellen Moritz

A ladra disse seu código verbal. Lá de dentro, ainda abafado, ela escutou um breve diálogo: - O que ela disse? - ... - - Algo sobre estradas douradas e veredas. - Um xingamento e o som de uma cadeira sendo empurrada para trás e então caindo seguido de passos rápidos, porém pesados, se aproximando da porta até que ela abriu. Os olhos de Hellen demoraram um pouco para subir até a altura do orc Eomon. Ele tinha uma cicatriz que começava na bochecha esquerda e passava pelo olho e seguia reta até a nuca. Eomon era um dos seus homens de confiança. - Hellen!?

Demorou alguns minutos até eles poderem sentar e conversar. Eomon recebeu a antiga líder com uma animação pouco característica de orcs. O rapaz que atendeu a porta ainda não parecia estar entendendo nada. Talvez fora recrutado no tempo que a ladina esteve fora e nunca a havia visto. Logo ele foi mandado para arranjar uma medida e agora estavam todos sentados em volta de uma mesa redonda de madeira já acinzentada. - Tudo que aconteceu aqui foi muito louco. Sem nenhuma espécie de trocadilho. As coisas evoluíram rápido e em poucos dias a maior parte da população estava ensandecida. Muitos homens nossos também ficaram, outros tantos morreram em lutas sem sentido que começavam do nada. Achamos que você também tinha compartilhado de um destino semelhante... Faz tempo que não recebemos notícias de fora, porque ninguém mais vem aqui.

Covil dos Ladrões

Aventura 4 - Terceiro dia

Hellen Moritz

Quando Hellen perguntou do garoto, Eomon interviu. - Isso é culpa minha, com tudo que aconteceu, praticamente deixamos de dar as instruções básicas. Achamos... ou achávamos que a vida como vivíamos ficou para trás. - No seu rosto marcado era visível um certo desconforto embora, verdade fosse dita, Hellen não poderia cobrar esperança deles. De qualquer forma, a líder do bando sinalizou que deveriam descansar e jantar. Eomon tratou de organizar um quarto em que o sacerdote e o outro ladino pudessem descansar e Hellen voltou aos seus aposentos que há muito estavam fechados. O orc os deixou avisados que ao cair do sol o jantar estaria servido.

Quando retornaram para alimentar seus corpos, já havia na mesa pratos para todos, bem como um pedaço de pão. Ele estava um pouco queimado. Eomon trazia uma panela fumegante com um cozido. Apesar de bem preparado, era claro que faltavam alguns ingredientes outrora comuns. Nenhum dos convidados reclamou, quando algum falou, foi Zingner, tratando de outros assuntos: - Temos que agradecer pela hospitalidade, mas não podemos descansar muito tempo. Estamos a caminho de Meriba para impedir que o pior aconteça. - Eomon levantou a cabeça nessa hora. - Meriba? Hellen tinha dito que a Universidade está envolvida com tudo que tem acontecido. E ontem mesmo avistamos uma pequena caravana, que averiguamos vir de Meriba. Eles estão hospedados na Universidade. - Zingner, John e Hellen se entreolharam. Estaria aquela relíquia macabra, antes escondida em Meriba, em Lars-Verumdor?

Ruas de Lars-Verumdor

Aventura 4 - Terceiro dia

Hellen Moritz

Todos assentiram com a fala de Hellen de que comeriam e se preparariam. De certa forma, reinou um silêncio pesado depois daquilo. Meio que todos sentiam a responsabilidade e o perigo de tentar investir contra a Universidade. Mas Hellen já havia entrado duas vezes numa delas e saído viva. Não ilesa, mas viva. A verdade é que aquela fortuita coincidência facilitou a vida deles de forma incomensurável. Depois do jantar, juntaram os objetos pertinentes e com tudo pronto seguiram para as ruas.

Com a noite as ruas estavam ainda mais sombrias. Vez ou outra gritos ensandecidos quebravam o silêncio fazendo os corações saltarem desesperados dentro do peito. Eles caminhavam quase que em dois grupos: Eomon, Hellen e Zingner à frente, e John e o garoto um pouco mais atrás. - Precisamos traçar um plano do que fazer lá dentro. Tudo que precisamos é tirar o Cajado d'Ossos da mão desses salafrários. Mas seria ainda melhor se déssemos fim nele. - Dizia Zingner quase resmungando próximo de Hellen.

A torre da Universidade começava a surgir em silhueta macabra contra o estrelado da noite. Uma ou outra janela brilhava uma luz, provavelmente iluminando mesas de estudiosos de seja lá o que. - Psiiu, estamos chegando. - Eomon gesticulou para fazerem silêncio. A torre não era tão grande quanto a de Lars-Gaehlia e não contava com inúmeros muros. Pelo contrário, a entrada estava logo ali, bastava atravessar a praça que eles haviam acabado de entrar. Obviamente as portas estavam fechadas. John e o garoto se aproximaram. - Como faremos? - A torre era constituída de grandes blocos de pedra retangulares, formando um corpo cilíndrico. Eventualmente janelas perfuravam aquele corpo, umas maiores e outras menores, algumas até mesmo com pequenas sacadas.

Ruas de Lars-Verumdor

Aventura 4 - Terceiro dia

Hellen Moritz

Os companheiros de Hellen acenaram concordando com o plano da ladra. Zingner opinou: - Acho que convidar-nos para entrar será demais, é algo que o colocaria como traidor da Universidade talvez... Mas se você o distrair por tempo o bastante nós conseguimos entrar e daí, só você entrar é mais provável. - Eomon pareceu concordar com o gnomo.

Hellen foi contornando a torre em direção a entrada da cozinha. Ela era mais por trás, fora das vistas das pessoas comuns que passavam por ali. Os demais ficaram de londe observando e aguardando a verumdense resolver a situação. A cozinha não era o lugar mais agradável do mundo, era demasiado quente e o cheiro dos temperos impregnavam o ar de uma forma que não era exatamente agradável. Hellen espichou-se procurando ver o cozinheiro, mas ele só apareceu alguns momentos depois, trazendo uma panela agora já vazia.

Quando ele a viu, ficou visivelmente desconcertado, mas deixou a panela e depois se aproximou. - He... Hellen...?! Eu achei que você nunca mais voltaria a por os pés aqui!

Se você for enganar ele para distrair durante um tempo, role uma jogada de desafio de Intelecto, número-alvo 9. Se for tentar convencê-lo a passar com todos, role uma jogada de desafio de Vontade com 1 perdição, número-alvo 9 também.

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Aventura 4 - Terceiro dia

Hellen Moritz

O cozinheiro parecia confuso. - Não achei que você fosse voltar depois do que aconteceu a essa cidade. - Hellen o ia manipulando e afastando da entrada. Ele não resistia ou se o fazia, era quase imperceptível. Quando menos percebeu estava com a taça n mão e caminhando com a ladra em direção aos aposentos da criadagem.

- Ela foi uma das que enlouqueceu... - Ele falou cabisbaixo e foi quando bebericou do vinho. E então ele pareceu sentir uma súbita necessidade de álcool, pois virou a taça. - Isso que está acontecendo não é justo! Nãaum éé juuisto... - Hellen viu ele arregalando os olhos ao notar que algo estava fora do normal. Nem ela esperava que ele virasse o copo de uma vez. Se ela não o segurasse, ele teria caído de cara no chão.

Hellen tratou de colocá-lo sentado nalgum lugar tirando sua soneca e então voltou por onde veio. Encontrou Eomon, Zingner e John esperando-a encostados contra uma parede, antes de subir as numerosas escadas até seguir às alas sociais da torre.

- Precisamos saber para onde ir. - Era verdade, onde eles esconderiam uma relíquia profana?

Faça uma jogada de desafio de Inteligência, se rolar mais que 10, faça em seguida uma jogada de desafio de Agilidade. Se no na jogada de Inteligência tirar menos que 10, faça a jogada de Agilidade com 2 perdições. Isso é para escolher o melhor caminho a seguir e fazer o caminho sem chamar atenção. Pode rolar o dado e me avisar por MP que dou mais informações.

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Aventura 4 - Terceiro dia

Hellen Moritz

Uma vez deixado o cozinheiro para trás, Hellen liderou os demais ladinos Universidade à dentro. Ela de fato já havia estado em outras duas daquelas e os acadêmicos pareciam ser inusitadamente previsíveis. Subiram para os andares acima até chegar numa das bibliotecas, pois ali parecia ter algumas. Hellen ia à frente e com um gesto parou todos que vinham depois dela. Ouviu uma conversa: - É exatamente esse livro que precisamos e quando juntarmos o bezoar ao Cajado d'Ossos, teremos tudo que é preciso para finalmente trazer o Lorde Demônio. - Aquela voz lhe parecia conhecida. Sua imaginação voltou até Lars-Gaehlia e chegou ao homem que ela havia encontrado nos subsolos da Universidade e que lhe tinha mandado levar por um orc.

Ela se espichou para olhar para dentro da biblioteca, que estava com a porta levemente aberta. - Eu vou mostrar-lhe. - Ele começou então a andar, para o lado contrário da porta onde Hellen bisbilhotava. A biblioteca tinha duas entradas e eles estavam saindo pela outra, que ficava uma dezena de metros à frente. Num movimento rápido, os quatro entraram na biblioteca a fim de não ficarem expostos no corredor. John falou: - Esse cajado, esse livro e esse bezoar, são os objetos que precisamos dar fim. Ou pelo menos um deles. - A ladra fez um sinal de silêncio com o indicador diante da boca e olhou de novo pelo corredor, eles estavam dobrando.

Com pressa eles voltaram ao corredor e seguiram no caminho da dupla, pois eram dois. O corredor dobrava, numa série de portas de ambos os lados e terminava numa porta grande, com vitrais de ambos os lados. Se Hellen bem lembrava, ali era uma grande sala para palestras magnas.

- Você primeiro, Professor. - O homem com a voz conhecida pela ladra abriu a porta, dando espaço para o outro entrar. O outro era um professor da cidade, que Hellen conhecia, Saeldrus. John a cutucou novamente: - Ele estava em Iv-Mael a mando da Universidade daqui. - E então Saeldrus respondeu à cortesia do outro homem: - Por favor, Dohr Jaereo, à vontade! - Ambos entraram na sala, fechando atrás de si a porta.

Bom post @shamps e bela jogada, acho que estamos chegando na última cena do jogo!

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Aventura 4 - Terceiro dia

Hellen Moritz

O plano era ousado. Mas aquilo ali era possivelmente o fim do mundo adiantado por alguns maníacos que acham que terão lugar no reino do Lorde Demônio. Quando Hellen sugere que entrem com tudo, Eomon concordou animado. Zingner ficou calado, mas ela sabia que ele preferia outra idéia. John bateu no peito e parecia estar quase num transe místico antes de dizer: - Vamos!

Eles se aproximaram devagar. Hellen girou com cuidado a maçaneta da porta. Estava aberta. Talvez os professores nem imaginassem que ainda existia gente sã fora da Universidade. Ela abriu devagar a porta e espreitou. Um dos homens, que parecia mais condecorado e mais velho, que tinha a voz que ela conhecia, estava no baixo palco daquela sala. Nesse palco havia uma mesa e sobre ela, numa espécie de pedestal, um cajado feito de ossos e cravejado de pedras. O homem estava detrás dele, mostrando-o com ambos os braços abertos para o outro professor, aquele que John disse estar em Iv-Mael.

Mas não havia muito tempo a pensar, já que a porta estava aberta, entraram os quatro. Os dois homens voltaram os olhos para eles e foi, Dohr Jaereo, o que estava sobre o palco quem falou: - Mas o que diabos vocês estão fazendo aqui? Quem lhes permitiu a entrada? - O outro já se virava e apontava a porta enquanto com a outra mão fazia um gesto para que saíssem: - Essa área é privativa do corpo docente, com licença.

Foi então que ele viu o sacerdote, que agora tinha os olhos de um tom amarelado e brilhante. Ele estacou por um momento hesitante sobre o que estava acontecendo e John falou em alta voz, que retumbou: - AGORA VOCÊ PAGARÁ PELO MAU QUE CAUSOU AOS SERES DA FLORESTA ALTA E AO POVO DE IV-MAEL!

@shamps faz uma rolagem de desafio de Vontade ao ver o Cajado C tem mais um post para fazer algo e então acho que vai se iniciar um combate, porém, o objetivo maior é pegar o livro e o cajado e destrui-los.

Ruas de Lars-Verumdor

Aventura 4 - Terceiro dia

Hellen Moritz

Os professores parecem ter ficado um momento atônitos com tudo aquilo. O grito de John ecoou e o homem olhava para ele por um tempo até finalmente parecer entender. Nesse meio tempo os companheiros de Hellen já avançavam como que tentando encurralar os dois docentes. - Então era você? Eu vou terminar o que comecei ali!

Dohr Jaereo foi mais diplomático: - Darei a vocês a última chance de retornarem pelo lugar de onde vieram e se afastarem definitivamente da Universidade. - Mas Hellen sabia que aquilo não era diplomacia, era o puro suco de intimidação. Ela estava numa distância agora plausível para investir em direção do Cajado. A questão era, ela conseguiria?

@shamps faz uma rolagem de desafio de Agilidade para tentar fintar todos e chegar ao cajado. Você tem duas perdições nesse teste, como c tem a trapaça que dá uma bênção, fica com uma perdição só. Daí quando rolar me manda MP que te digo o que fazer.