Constantinopla maio 1097

Jean te interrompe:
- 2 pessoas para manter uma edificação? nem em 10 conseguiríamos, os infieis aqui são selvagens

quando você fala em voluntários Luke continua
-Existem fieis por aqui irmão (pausa) nem sempre católicos apostólicos romanos, mas prefiro lidar por enquanto com ortodoxos gregos e armênios do que lutar com todos

- Quando falei sobre manter, seria manter os lugares limpos e organizados. Para defender precisaríamos bem mais. - Respondeu ao irmão. - Se podemos contar com alguém, será com eles. Católicos romanos somos realmente poucos, mas talvez consigamos uma colaboração pelo menos temporária. - Fingiu que se limpava das migalhas com o guardanapo, limpando também a boca. Pediu permissão e levantou-se. - Deixe-me encontrar uma edificação adequada para começarmos nossa missão. Depois podemos pedir o auxílio dos ortodoxos.

-fora da cidade irmão?
você vê que todos se espantam com a sua vontade de sair sozinho para fora da muralha novamente

Ao ouvir a exclamação dos irmãos, ficou alarmado. Isso não chegou até seu rosto, porém. Zaniel manteve o semblante sereno. - Amanhã, claro... Hoje vamos rezar e descansar. - Tentou dar um sorriso gentil. - Não podemos esmorecer. Mil cairão à tua direita, dez mil à tua esquerda, mas tu não serás atingido. - Tocou o ombro do religioso mais próximo dele, como num gesto de incentivo. Tinha que tomar muito cuidado para não escandalizar os beneditinos e por no ralo sua missão ali. - Vamos rezar as vésperas.

Off:

(eu fiquei de fazer um post sobre os horários e não fiz... obrigado por pesquisar por conta- mas as vésperas é um "bom chute")

eles acentem com a cabeça e terminam de comer o pão duro e rezam antes de se recolher, nem mesmo uma vela de sebo é gasta para manter a luz acesa

depois de muito pouco tempo você escuta os ja familiares sons de ressonar e roncos ocasionais de seus companheiros mortais

Quando o sono caiu sobre os religiosos, Zaniel levantou-se, pegou sua segunda túnica e em silêncio foi até o lado de fora do pequeníssimo convento, verificando sempre se ninguém havia levantado ou o seguido ou mesmo observava nas redondezas. Canalizando a força interior que tinha materializou uma cópia de si, que na verdade era ele próprio duplicado. Ele surgiu despido. Não tinha vergonhas para serem vistas, mas tampouco poderia ficar assim. Entregou para si mesmo a túnica, vestiu-a e subiu para voltar para cama e "dormir".

O Zaniel 'original', por assim dizer, já que ambos eram ele mesmo, tomou seu bastão e rumou em direção da estrada que deveriam proteger. Havia sentido mais cedo na sinfonia o som de um demônio. Não poderia expor os religiosos a esse perigo. Avaliaria as construções possíveis de serem ocupadas pelos beneditinos e verificaria se nenhuma delas tinha sons semelhantes aos da entrada da cidade.

OFF


Você chega ao Porto de Julianoja anoitecendo, o porto se situa entre 2 grandes igrejas e protegido por correntes e muralhas contra invasões da Ásia, um continente gigante á sua frente, você consegue ver as casas de Calceón como se fossem uma continuação da cidade e o braço de água da sua frente pareceria um rio se não tivesse o cheiro de sal e de porto marítimo

Mesmo no ceu noturno você consegue ver se aproximando pelo mar a sua direita uma imensa tempestade negra e suas descargas de luz ainda sem som. Mas o que te impressiona é a quantidade de soldados a postos no porto, como se uma guerra fosse iniciar, mesmo os trabalhadores ali estão limpando e calafetando vários barcos na região portuária.

Caminhou até o porto, pois a estrada que o bispo os havia incumbido de proteger ficavam na Ásia, depois do estreito. Ao chegar ali deparou-se não só com uma tempestade que se formava poderosa, mas também com inúmeros soldados preparando-se para batalha. O que queria dizer aquilo? Logo mais alguém chegaria para atacar? Seria uma prevenção depois dos ataques sofridos recentemente? Decidiu averiguar mais de perto. Não queria chamar atenção para si, afinal de contas, o que diabos estava fazendo um beneditino no meio da rua àquela hora da noite? Por sorte, seu hábito era preto e à noite isso era mais uma vantagem. Pensava em se aproximar das muralhas e talvez ver se havia alguma formação de batalha, ou se eles estavam simplesmente a postos. Enquanto se encaminhava, tentando não chamar atenção, elevou sua mente até a sinfonia que tocava ali, buscando compreender se havia outras interferências, como nas muralhas que visitara pela manhã.

Off:

Jogue uma PER

A melodia que toca ali é uma mistura de um crescendo de esperança e uma escala menor de medo, de tempos rápidos combinando com a batida do coração dos guardas, eles olham com esperança para o mar e com receio para a tempestade.

Ouviu a melodia do lugar e ela parecia indicar esperança e medo nos guardas que olhavam para a tempestade e para o mar. Iriam cruzar até a Ásia? Talvez... Por que fazê-lo a noite? Um ataque furtivo? Não saberia. Decidiu então lançar-se com aqueles homens. Tentando não chamar muita atenção, buscou se esgueirar em direção a algum dos barcos. Chegando perto de um deles, fala ao soldado mais próximo, ou a um superior, se algum deles parecer o ser. - O Senhor os chama para a Ásia? Quereis a bênção do Senhor?

-um... frei? err... sim padre, obrigado! - ele faz uma meia mesura - estamos preocupados com a tempestade, alguns navios milaneses devem estar a caminho de nosso porto

- O Senhor vos abençoe e vos guarde! Vos mostre sua face e tenha piedade de vós! Volva para vós o Seu rosto e vos dê a paz! - Proferiu aquela bênção sinalizando com a mão a cruz. Enquanto fazia isso pensava o que viria fazer os barcos do reino de Milão logo ali. - O que trazem esses navios para que sejam tão esperados?

-Guerreiros... o papa enviou um exército pra nos salvar dos infiéis, se eles sobreviverem ao mar

Acenou afirmativamente com a cabeça. De certa forma, a vinda de guerreiros facilitaria a ação dos beneditinos sobre as estradas que o bispo desejava que eles zelassem.- Eles vão para as estradas do outro lado estreito? Na Gálata? - Queria saber como chegar até lá, sem entretanto dizer tudo àquele soldado. Não precisava de boatos.

Como se o soldado tivesse adivinhado seu pensamento ele comenta
-Um exército papal, pronto para marchar até Jerusalém e tomar todas as terras dos infiéis

Zaniel acenou afirmativamente com a cabeça e sussurrou um 'Amém'. Esperaria e velaria ali com os soldados a chegada dos barcos. Quando chegassem, procuraria algum religioso que estivesse pregando e conduzindo espiritualmente aqueles guerreiros. Se não houvesse isso, procuraria saber entre os cavaleiros mesmo quais os planos para avançar em direção a Jerusalém.

Você vê durante a noite o humor das pessoas ir piorando gradativamente conforme a chuva se aproxima, quando a noite se torna escura demais a chuva cai intensa e os soldados se abrigam como podem próximos ao muro sendo fustigados pela água do mar e da chuva.
As lanternas todas se apagam e apenas alguns relâmpagos iluminam os soldados tremendo miseravelmente de frio