[Lars-Gaehlia] O Porto

Galpão de Ezra

Aventura 2 - Primeiro dia

Yaha Sooth

- Os carregadores devem estar chegando e logo mais chegará uma carga. Até lá pode descansar um pouco, depois fiscalize o desembarque. - O trabalho ali era um pouco intermitente mesmo. Havia momentos de grande movimentação e momentos de espera em que o melhor que se fazia era cochilar ou dar um passeio por aí. Mas perto, senão a carga chegava e Ezra sairia gritando louco por quem não estivesse à postos. Saiu enfim da sala. Para sua surpresa, o goblin dava risadinhas gulturais e saltitava na ponta da escada, esperando ele sair.  - Yaha queria a caixa porque quer ser um maldito mago. Hihihi... Eu estou de olho. Você não vai conseguir surrupiar as mercadorias de Ezra.

Desceu as escadas correndo se afastando de Yaha o máximo possível. Ele de fato havia assustado o goblin, mesmo que ele continuasse o importunando. Isso ficava claro a medida que Strirt tomava mais distância para importuná-lo. Lá embaixo, os carregadores de fato estavam chegando. Já haviam quatro dos sete que costumavam trabalhar ali todos os dias.

Galpão de Ezra

Aventura 2 - Primeiro dia

Yaha Sooth

Aproximou-se dos carregadores. Eram todos humanos e corpulentos. Não eram especialmente inteligentes, se é que me entende, porém eram amigáveis e afáveis se se levar em consideração que eram carregadores, que costumam ser brutalizados e profundamente imbecis. - Bom dia, Yaha. - Respondeu-lhe um dos carregadores. O mesmo escutou a pergunta e coçou o queixo como que se esforçando para lembrar. - Entrega especial? Er... Cephas, foi você que ficou de levar aquela caixinha pesada como o diabo?

Cephas era um outro carregador. Ele estava sentado fumando um charuto surrado. Essa era a riqueza de Lars-Gaehlia, mesmo um carregador poderia fumar um charuto. Quando ouviu seu nome, levantou a vista. - Fui eu mesmo... Saí carregando aquela encomenda de pedras até o Aihoa. Tive que parar umas duas vezes para respirar. - Aihoa é o bairro abastado de Lars-Gaehlia. Onde os palacetes e casarões se apinham, gerando a entrada mais formosa da cidade, a entrada Sudeste. Por lá chegam os visitantes importantes, que evitam a entrada Sudoeste e sua visão da parte mais comum da cidade. Os habitantes de Aihoa se ressentem apenas de que haja uma parte ínfima do Dédalo Mendicante às vistas na rua Principal.

Galpão de Ezra

Aventura 2 - Primeiro dia

Yaha Sooth

Yaha se assustava com a facilidade que conseguia informações com os carregadores. A verdade era que eram gente simples e que não estavam tentando ocultar informações ou querendo levar alguma vantagem. Ainda existia esse tipo de gente no mundo, embora nem todos fossem assim. - Pff, vai saber que que tinha naquela negócio... - O próprio Cephas respondeu o gracejo do estudante, mais como uma reclamação que propriamente uma piada. Pra ele que estivera carregando a caixa, era tudo, menos uma piada. - Rapaz... eu não sei de cor o endereço não, mas posso te levar lá. Indo, eu acho o caminho.

Mal havia terminado de falar isso, ouviram um grito vindo lá de fora. Era um grito conhecido, de quando um barco estava atracando para descarregar. Quase no mesmo momento, Ezra apareceu, dando tapinha nas costas dos empregados e os incitando ao trabalho. - Bora que vocês já estão sentados há muito tempo, daqui há pouco suas bundas vão se fundir com essas caixas e ninguém vai mais carregar nada! - Era hora do trabalho, e embora fosse amigável e acolhedor, Ezra não brincava na hora de trabalhar. Cephas levantou-se e foi até Yaha. - Depois do expediente posso te levar lá.

@Linkcronus se tiver algo mais que deseje fazer/com quem conversar, pode introduzir, senão, vamos avançar para o fim do expediente.

Galpão de Ezra

Aventura 2 - Primeiro dia

Yaha Sooth

Narração continuando aqui.

Zona Portuária

Aventura 2 - Segundo dia

Nadyne Creenbottle e Rax

O caminho até O Porto fora agradável. Decidiram fazê-lo por dentro de Aihoa, pois aquele bairro além de mais seguro era um deleite para os olhos e para a alma. O Centro era muito movimentado e tinha gritos por toda parte, o Dédalo Mendicante era pedir para ser furtado ou pior. Logo que chegaram aO Porto, ainda que estivessem há cerca de uma centena de metros do mar, sentiram o frescor da umidade e do sal no ar. Seguindo a pista que tinham, foram para o fim do bairro, bem a oeste, buscando a hospedaria que haviam lhes informado.

Como era dia, O Porto estava bastante movimentado. De pessoas que chegavam de viagem e de carregadores que iam para lá e para cá principalmente. A hospedaria que haviam dito ter visto Yaha ficava no pequeno cul-de-sac que formava como que um pátio dentro de um quarteirão. Era estreita e alta. Havia uma porta, que estava fechada - embora isso não quisesse dizer que o estabelecimento estava fechado - e a fachada continuava por apenas três metros. Em compensação, havia três ou quatro andares acima. A hafling e o orc pararam diante da porta. Provavelmente fora ali que Yaha dormira esses dias.

@zignon e @Akugam voltamos com o jogo de vocês segue abaixo a pista que vocês tiveram, se não se lembram.

"Creio que vi alguém como você descreveu numa hospedaria aqui perto. Tenho o visto pelos últimos dias, deve estar fixado lá. A hospedaria fica perto da última doca, numa ruela.  Ele passa o dia fora".

Zona Portuária

Aventura 2 - Segundo dia

Nadyne Creenbottle e Rax

Chegaram até a hospedaria e Nadyne começou batendo palmas e à porta. Não houve muita movimentação. Ela incumbiu então Rax de fazer aquela porta abrir. Enquanto isso, ela caminhou ao redor do edifício. Ele ficava, de certa forma, na esquina. Sua fachada principal se virava para ruela que dava acesso ao local e uma de suas fachadas laterais se voltava para o pequeno largo interno daquele quarteirão. Nadyne pôde ver que havia algumas trepadeiras suficientemente velhas para serem firmes que subiam quase ate o topo daquela fachada. Estava numa distância segura das janelas. Sendo, portanto, uma possível rota de fuga se tivessem que sair de algum dos andares superiores e chegar diretamente à rua.

O orc por sua vez achou uma completa falta de senso ficar batendo palmas pra ver se a porta abria. Meteu a mão na maçaneta e a girou sem cerimônias. A porta abriu, dando visão a um minúsculo salão que tinha apenas três mesas de duas pessoas, postas linearmente. Ao fundo, o balcão e ao lado do balcão a escada que dava acesso aos vários andares superiores. Havia pouca luz, já que as janelas da fachada principal estavam fechadas, mas duas lâmpadas alquímicas iluminavam fracamente o ambiente. Uma entre as mesas, e outra ao pé da escada. No momento que abriu a porta, um homenzarrão aparecia atrás do balcão. Embora fosse tão alto quanto Rax, ele pareceu sobressaltado ao vê-lo. Rax estava acostumado com esse tipo de reação. - O que você quer aqui? Você não é bem-vindo.

Zona Portuária

Aventura 2 - Segundo dia

Nadyne Creenbottle e Rax

O homem surpreendeu-se com a halfling puxando-lhe a perna da calça. Aqueles dois constituíam uma dupla exótica. - Sim, um estudante com esse nome esteve por aqui nas últimas noites. Porém ele não apareceu na noite passada. Chegou aqui semi-morto. O que vocês querem com ele? - Ele pareceu arrepender-se de falar assim aquelas informações. O estudante estava aos farrapos. Se fossem aqueles dois que foram os responsáveis por isso? Por sorte, ele não estava ali, talvez devesse ter fugido ao notar a aproximação dos seus algozes. Quando Rax falou que era o guarda costas, o dono da hospedaria arregalou os olhos.

Zona Portuária

Aventura 2 - Segundo dia

Nadyne Creenbottle e Rax

Enquanto Nadyne o fulminava com perguntas e comentários o homem pareceu ligeiramente desnorteado. Ele coçou a cabeça. - Ok, vou pegar uma bebida. - Afastou-se, indo atrás do balcão e entrando por uma porta, logo voltou com três canecas. Indicou uma mesa e sentou-se. - Ele chegou aqui uns quatro dias atrás, já de noite. O Porto é perigoso de noite, quase não abro para ele, mas vendo seu estado resolvi abrir. No primeiro dia passou-o todo deitado e descansando. Também pudera. - Tomou um longo gole da cerveja que havia trazido. Aquela cerveja era bem mais forte e amarga que as que se bebiam no Bairro Velho, onde a dupla estivera hospedada nos últimos dias. - No outro dia saiu cedo e passou a só voltar no fim da tarde. Disse que conseguira um bico lendo e conferindo mercadorias com um dos donos de barcos e transportadores. Ele falou algo sobre ser quase na outra ponta dO Porto. - Seu olhar ficou vazio, como que fitando o nada. Pouco depois voltou. - Como falei, ele não apareceu noite passada.

@Akugam faça uma jogada de desafio de percepção.