[JOGO] Introdução: Sidequest B: buscando cerveja

Dycleal = Arthur Bornmoon, humano
Carolus = Godric Osberht, humano

Godric sai empurrando Arthur pelos ombros. O velho inebriado está muito feliz e convicto da sua tarefa. Godric se lembra do sabor ácido e levemente adocicado da cerveja de beterraba que Cervejin produz. É ideal para quem bebe pouco e melhor ainda para acompanhar a cerveja amarga com gosto de mijo que servem na maioria das tavernas.

Conforme saem da área central de Stonebridge, vão se afastando da movimentação fervilhante da preparação da caravana. A jornada pelas ruas da cidade anã é bem tranquila. Apesar das lendas das cidadelas anãs serem encravadas em montanhas e colinas ou no subterrâneo do mundo, Stonebridge fora construída no leito de um rio e ali cresceu com suas edificações características.

Godric parece estar em um labirinto. Entra em ruela, volta por becos, passa por vias estreitas. Para Arthur, ele parece perdido. Então, eis que ao passarem por um arco de pedra, Godric pára, pensativo.

Então uma construção com uma placa no formato de um barril com letras anãs parcialmente apagadas -que Arthur não consegue ler- após uma plantação de beterrabas lhes chama a atenção.

Godric:

-Hahahahaha, meu amigo Arthur, em algum momento você duvidou que eu acharia a cervejaria? Posso ficar cego, surdo e mudo que acharia esse lugar, até mesmo com os pés nas costas...

Godric continua puxando Arthur para dentro do estabelecimento, desta vez com um sorriso ainda maior no rosto.

-Te digo mais, não se sinta acanhado com esse lugar requintado, alguns podem te olhar de lado, mas Cervejin é uma boa pessoa. A não ser que você faça algo que os tire do sério.

Arthur sorri e pergunta: - E o que tira o seu bom amigo do sério?

-Bem, comigo ele sempre foi muito cordial, pois sou um cliente antigo. Mas já o vi tendo que expulsar uns forasteiros que mais queriam fazer baderna. Não se preocupe com isso, você estando comigo terá acesso a melhor parte da sociedade. Godric diz isso enquanto dá um sorriso para uma mulher que se encontrava ao lado da cervejaria.

Arthur sorri da auto-confiança do colega e pergunta: - Mas, cadê esse seu amigo? E quem é essa moça?

Godric gesticulando para o amigo diz:- Cervejin? Está lá dentro, ora. E essa moça.... será minha companhia pra essa noite de despedida. E pisca com malícia para Arthur.

Arthur coça a cabeça e pergunta: - Ela não teria uma amiga disponível? Sorri e continua: - Mas vamos logo resolver esse problema da cerveja. Dá uma pausa e fala: - Mas não esqueça da amiga para mais tarde.

Vocês andam em direção à construção, cruzando a plantação de beterrabas.
Por um momento, Arthur se esquecera que estão em uma cidade anã, pois ao se aproximarem mais da cervejaria, Arthur percebe a mulher que Godric flertava: uma anã, ela é até alta pros padrões anões, mas de aparência rústica, e barba rala, quase imperceptível à distância. Arthur se lembra que a bebida em excesso pode fazer o estranho se tornar belo. E Godric já passou desse ponto faz tempo.

Chegam à porta da cervejaria e descobrem que ela está trancada. Arriscam umas batidas, quando a anã ao lado, que regava a plantação, diz:
-"Estamos fechados, senhores! Mestre Cervejin está do outro lado, nos fundos! Se precisarem de algo mais, me procurem...", e a anã dá uma piscadela e um sorriso para ambos.

Arthur puxa Godric pelo ombro e fala: - Diversão fica para mais tarde, vamos dar a volta e achar seu amigo lá nos fundos. Olha para o bêbado e continua: - Você não acha estranho ele ter um carregamento para entregar e estar fechado?

Talvez seja por esse motivo. Deve estar empenhado em entregar tudo corretamente. Cervejin não erraria um serviço com essa grandeza. Godric diz isso enquanto faz um gesto para a anã, como se marcasse um encontro para mais tarde.

Arthur balança a cabeça e pensa "- Ele deve saber como age os anões" - E continua indo para os fundos e pergunta para o Godric: - Tem alguma porta por aqui?

-Porta? Não me recordo, sempre entro pela entrada principal. Mas vamos ver como são "os fundos" do Cervejin... Então Godric começa a gargalhar.

Nefi segue em frente rodeando a lateral para chegar aos fundos e sorri com o bom humor do Godric

Vocês circundam a cervejaria. No caminho vêem alguns ratos fugindo de vocês, mas nada com o que se preocupar. Estranho é o silêncio vindo do local. Tem um ar de abandonado. Ao chegarem aos "fundos do Cervejin" vêem uma pequena varanda com uma porta pequena - padrão anão -, que está fechada. em frente um pátio curto de terra batida que leva a uma pequena construção de madeira. Na varanda, barris empilhados, frascos abandonados, beterrabas espalhadas. Na varanda, sentado sobre um barril pequeno, está um anão parrudo, sem camisa, com uma barba castanha longa e suja que se confunde com os pelos do peito. Ele está enfaixando uma das canelas com uma faixa já suja pelo sangue que escorre do grande ferimento. Apesar de estar sem seu peculiar avental e bandana na cabeça, Godric reconhece o mestre Cervejin.

Arthur Vê o anão machucado, olha ao redor e pergunta para Godric: - É seu amigo? O que aconteceu aqui?

Godric se assusta com aquela cena, nunca tinha visto Cervejin daquele jeito, machucado e desolado.

Se apressa em direção à ele e diz:

Mestre Cervejin, o que aconteceu aqui?

Então toma a iniciativa de cuidar de seus ferimentos e dar um alivio para o antigo amigo.

Arthur também não espera uma resposta, assim que Godric confirma que aquele é seu amigo, corre para aparar o anão e ajuda a apertar as ataduras visando estancar o sangue com sua força.

Cervejin arregala os olhos ao ver ambos e aproximando! Ele apenas sussurra -"Godric? Não o vejo faz dias... EI EI! Querem piorar tudo?" e o anão começa a reclamar quando que por impulso ambos vão ao mesmo tempo cuidar dos seus ferimentos e acabam um atrapalhando o outro.

-"Isso, assim está melhor, se afastem da minha perna!", Cervejin fica mais aliviado quando ambos se afastam devido a cadeira que ele usa para empurrar ambos para trás.

-"Godric, você sumiu! Achei que tinha trocado minha cerveja por aquele mijo de orc do porto... e você? Quem é?", pergunta a Arthur.

Arthur nota que o Cervejeiro parece ter a situação sob controle e se afasta um pouco dando espaço para o anão e questionado sobre quem é, se apresenta: - Sou Arthur e estou acompanhando o Godric numa tarefa que nosso contratante nos confiou.