Quebec, Quebec, Canadá
Molly's - 7 de Janeiro de 1920, 5:25am
O francês dá sua opinião sobre se dividirem para realizarem mais tarefas em menos tempo, dividindo o grupo de acordo com seus conhecimentos e especialidades. Harmon ainda faz uma pirraça direcionada a Ludovic, mas este se esquiva de maneira elegante; inclusive pagando pelo café da manhã do senhor negro. Molly agradece a gorjeta e pede para que eles retornem para o almoço, se puderem, novamente sorrindo diretamente para o senhor francês.
Depois de Harmon voltar do banheiro, o detetive McCam já estava ciente da decisão do grupo, visto que Allan também concordara com a abordagem de Ludovic. O canadense coça o queixo relaxadamente sobre o problema do transporte. Depois de um instante ele parece ter um estalo mental, sorrindo de soslaio.
- Vou conseguir um transporte para vocês dois. - disse se referindo a Ludovic e Allan. - O carro é necessário para se atravessar a estrada com neve mais rapidamente. Mas aqui na cidade tenho certeza que conseguirão transitar bem com uma charrete.
Ludovic Bardin
Quase meia hora depois, Ludovic e Allan estavam sentados sobre uma charrete puxada por um grande pônei de tração. Sua pelagem era de um marrom profundo e as patas tão brancas que se confundiam com a neve por onde pisava. A charrete tinha uma cobertura côncava que protegia a parte de cima dos acentos, mas não a parte frontal. Enquanto não chovesse, ela serviria muito bem. Além da charrete, eles receberam um mapa baixo da cidade, com os pontos relevantes marcados nele, para ajudá-los a guiar-se.
- Sempre que possível, deem de beber para o pônei. Marquemos de nos encontrar de volta na Molly`s às 12h, sim? - disse McCam se despedindo.
O pônei era do irmão mais novo de McCam, que por sinal trabalhava na colcheira central da cidade. Ele havia alugado por dois dólares o dia. Talvez Ludovic preferisse aquele transporte dali em diante, pelo menos enquanto estivesse naquela cidade cuidando daquele caso. Agora a dupla deveria decidir para onde seguir efetivamente. Caso quisessem traçar outros planos, estavam livres para aquilo. Mas se o plano continuava o mesmo, certamente seguiriam para a moradia de Happer.
John Harmon
Depois de pegarem a charrete para os dois outros estranheiros, McCam ofereceu estadia para o cavalo de Harmon, de forma que eles pudessem transitar mais rapidamente com o carro. Não forçaria a situação, mas tentou convencer o negro de que era a melhor abordagem, além de que na colcheira o cavalo estaria seguro e bem tratado - McCam encarregaria o próprio irmão daquela tarefa, inclusive sob uma afetiva ameaça de morte caso algo acontecesse ao equino.
Com ou sem cavalo, McCam seguiu junto de Harmon até a residencia do engenheiro elétrico. Este era um homem alto, magro e ruivo, já com poucos cabelos na cabeça, o que contrastava com sua farta barma que crescia abaixo do queixo. Harmon entendeu que as notícias corriam rápido naquela cidade, pois mesmo estando ainda muito cedo, o homem já estava à par da situação, sabendo para onde iriam e o que tinham de fazer. Ele carregava consigo uma grande caixa de ferramentas, feita de metal, além de um capacete de proteção que trazia embaixo do braço.
Foram conversando amenidades por todo o caminho. Iam avançando para o norte, rumo à saída da cidade. O frio apertava, mas Harmon podia sentir que ele ia diminuindo à medida que a luz do sol ia preenchendo o dia. Passaram por vários bairros, com casas, lojas, escola e pela brigada de incêndio. Por fim os limites da cidade ficaram para trás, e se viam numa estrada ladeada por arvores cobertas de neve, e uma linha de postes de transmissão de energia que se alinhavam pelo lado direito da estrada.
Antes de chegar à subestação de energia, encontraram a fonte do problema de distribuição. Um poste havia caído sobre a estrada, causando o rompimento dos fios de tensão. O carro parou onde a estrava estava bloqueada. Do lado oposto já havia um caminhão e um carro parados. Quatro homens pareciam avaliar a situação de como remover aquele obstáculo da pista. Ao se juntar a eles, McCam e o engenheiro, de nome Robert Follen, conversaram sobre o ocorrido. Instantes depois McCam pediu que Harmon se aproximasse da base onde o poste havia se quebrado.
- Dê uma olhada. O que acha?
O detetive se referia a claras marcas de corte contra a madeira do poste. Muito provavelmente alguém havia derrubado aquela peça. Mas havia algo estranho no padrão das marcas, como se tivessem usado um objeto de quatro lâminas para romper a madeira.
- Off:
- Preciso que faça 3 testes:
- Observação;
- Carpintaria;
- Criminologia;
Pode rolar lá no tópico de rolagens. Mas pode fazer a interação da cena normalmente até o ponto de avaliar o poste caído. No próximo post eu dou o resultado dos testes.