Maus Presságios

Os dois ataques acertaram o Antiestrategos, fazendo-o ser arrastado para trás. Um rastro no chão de terra batida deixava claro o quanto ele fora impulsionado. Ainda de pé, porém, ele ofegava. Sua armadura o protegia com sucesso dos ataques dos bronzeados. - Malditos... Vocês são como uma praga! Achei que deveriam ter dado sorte por terem vencido Thaddius, mas vejo que há algo de fibra em vocês. - Ele ainda ofegava enquanto dizia essas palavras. - É um desgosto para mim não tê-los vencido ainda. Mas será uma questão de tempo!

Fechou seu punho com força, de tal forma que ele tremia. - Ouçam bem, Cisne e Lobo. Eu, Ancaeus, voltarei para derrotá-los! - Ergueu mais uma vez sua espada curta, apontando diretamente para Cephyrus. - Especialmente você! Eu quebrarei seu gelo frágil como vidro.

A ponta de sua espada brilhou com um fulgor rubro, mas, inesperadamente, ele apontou-a para a casa vizinha de onde estavam. Um raio de cosmo foi lançado contra a construção que explodiu, criando uma nuvem de fumaça e lançando tijolos e madeira para todos os lados. Erik se protegeu com seus braços e Cephryus cobriu-se atrás de seu escudo. Quando a poeira baixou e eles puderam reagir, já não havia sinais de Ancaeus. - Ele fugiu?! Argh... - Mal falara e o Lobo levou a mão ao seu abdômen. O veneno corria ainda por suas veias. - Não se preocup...  comigo... Rohko ainda está lutando. - Tosses violentas interrompiam sua fala e seu semblante era de complexa exaustão. Mas ele estava certo, ao longe, o Cisne podia sentir o cosmo do Dragão e um outro cosmo agressivo como o de Thaddius e de Ancaeus se digladiando.

Fim do Combate!!! @Hylian Cephyrus ganha a complicação menor Inimigo e Ancaeus é o Inimigo . Vocês sentem Rohko lutando ainda, mas Erik está sofrendo com o golpe de Ancaeus. Decida o que irá fazer

Cephyrus pegou Erik nos braços e saiu levando-o, sem saber exatamente para onde. Vulpes que estava sumida, apareceu na esquina seguinte, espreitando. Ao ver o cavaleiro de Cisne, ela passou a segui-lo. Aquela cidade, porém, era muito simples e nada parecia ser nada mais do que um casebre. O semblante de Erik ficava cada vez mais pálido e preocupante. Cephryus andou de um lado para outro, sem nada encontrar. Até mesmo os moradores pareciam ser fugido e as ruas estavam praticamente desertas.

Quando chegou à praça onde tudo aquilo havia começado, parou. Ela estava vazia. Coisas quebradas e jogadas pelo chão faziam o cenário. Vestígios dos conflitos ensandecidos dos próprios moradores. Vulpes parou ao lado de sua perna, encostando-se em sua armadura. As ruas estavam vazias, mas Cephyrus sabia que pelas frestas das janelas e de dentro das casas, as pessoas observam-no passar carregando seu colega. Porta nenhuma havia se aberto, contudo, para receber os dois ou estender uma mão de ajuda.

Cephyrus se indignava com a falta de hospitalidade daquele povo. Será que eles haviam compreendido o que havia se passado? Que os cavaleiros de Athena os haviam salvos? Será que o fato de portar uma armadura não arremetia aos outros homens ruins e também trajados de armadura? Não sabia. Cephyrus continuou correndo com Erik em seus braços, cada vez mais se afastando de Rohko e se aproximando do porto onde eles haviam chegado. Ele corria ainda quando ouviu algo diferente: - Psiu! - Parou fazendo subir poeira com seu calcanhar. Olhou ao redor. Numa casa com um pano que cobria o portal de entrada, uma garota espiava por uma brecha do pano. - Venham aqui. - Ela pôs para fora a cabeça, olhou de um lado para outro e fez um gesto com a mão, chamando-os.

Entrar naquela casinha era uma experiência surreal. Cephyrus nunca foi acostumado com luxos ou coisas do tipo, mas a rusticidade e simplicidade daquela residência eram demasiados. As paredes, feitas de taipa e barro eram grossas e além da 'porta' feita de tecido, havia um outro, similar, que parecia servir como cama. Não somente a garota que os chamou estava ali, mas também um homem velho. Ambos eram negros, ele com cabelos já grisalhos. - Eu vi que vocês lutaram contra os homens que só queriam a destruição. - A garota falou, sem saber exatamente para onde olhar. Vulpes entrou na casa depois de Cephyrus e pareceu olhar intrigada para os dois moradores. - Acho que meu avô pode ajudar seu amigo. Não, pode, vovô? - O velho assentiu com a cabeça e com uma voz embargada e rouca perguntou: - Você sabe que o que causou isso a ele?

O velho indicou o tecido que serviria de cama e Cephyrus colocou Erik deitado ali. Vulpes estava parada perto dos pés do cavaleiro de Lobo, de alguma forma parecendo entender o que ali acontecia. - Sem sabermos qual o veneno será difícil tratarmos, mas faremos o melhor possível. - Disse o senhor enquanto enrolando um  pano, apoiava a cabeça do seu paciente. - Minha neta, traga água quente e a caixa de especiarias, rápido. - A garota correu e logo voltava com a caixa pedida e em seguida entrava para esquentar a água. Cephyrus parecia que respirava pela primeira vez desde que pegara Erik nos braços. Ao longe ele sentia o cosmo do Dragão cada vez mais fraco. Naquele momento ele havia explodido e então diminuído quase como se não existisse. O velho entendeu o semblante preocupado. - Tem mais alguém que está em perigo?

O velho acenou com a cabeça, parecendo tão consternado quanto Cephyrus. - Eu entendo sua preocupação. Desde que essas coisas começaram por aqui, tudo que tenho tido é medo. Por minha neta e por mim, e pelos poucos amigos que temos. - A garota voltou trazendo a água. O velho homem dobrou as mangas e colocou sobre si uma espécie de avental e começou então a misturas suas ervas em alguma água e pisá-las com um pilão. A menina embebia um pano na água quente e colocava sobre a testa de Erik.- Vá atrás de seu outro colega. Cuidaremos dele aqui. - Dizendo isso, não mais olhou para o Cisne, apenas se ocupou do homem ali deitado.

Fim da Aventura 'Maus Presságios'.