A Flor de Nek'Mani - A busca

O artífice observa o combate caminhando para um fim rápido e age. Kss apanha outro frasco da sua bolsa de alquimia e lança novamente, descrevendo outro arco por cima das cabeças de seus colegas até as costas do último adversário.

Spoiler:

Apenas tardiamente o especialista nota os ferimentos da colega élfica, mas não há preocupação uma vez que o atencioso Liadrys cuida rapidamente de atender a ferida da caçadora. Assim, o alquimista caminha tensionando os corpos caídos, e é quando a clériga Godi lhe dirige a palavra.

Sunna escreveu:- Conseguiste os dentes dele para mim?

Sem fitar a face da companheira, mas já encarando o corpo do worg caído, enquanto se aproxima, Kss faz um sinal de positivo para Sunna. Então, ele chega junto ao corpo e arrasta o cadáver do goblinóide de onde estava selado sobre a besta. O estudioso se acocora sobre o defunto e começa a examina-lo em silêncio metódico: ele procura a causa mortis investigando possíveis ferimentos e o estado restante do humanoide.

A primeira vista, Kss julga os trajes do goblinoíde e os apetrechos que leva consigo:

- Saudável, mas não forte para o combate. De compostura leve. Trajes sem armadura. Nada pesado demais. Uma adaga de boa qualidade, mas nenhuma outra arma. Também levava uma bolsa de couro com papeis. É um mensageiro do exército estrangeiro sem dúvida, diz ele em voz alta para ninguém em especial, como se pensasse alto.

O alquimista apanha uma das notas e a cheira, puxa uma luva e a toca com as pontas dos dedos sobre as assinaturas. Ele passa a língua provando. Em seguida diz:

- A correspondência é nova, deve estar trazendo uma resposta não escrita a muito tempo. Ele leva uma resposta, talvez um relatório ou um pedido, divaga o alquimista colocando tudo junto de volta e arremessando para o mago do grupo com força, sem explicar muito além de:

- Está escrito num misto de orc e goblinoíde que eu não consigo entender. Use o truque arcano para idiomas, se puder, e nós diga o que descobre, então, ele volta a examinar os quatro corpos.

O especialista desenha o olhar sobre o worg e o par de lobos, como se os comparasse de alguma forma. Após um pouco ele declara:

- Este worg é domesticado, mas... esses outros dois não, e se volta para a trilha que os animais faziam antes, fitando as plantas quebradas e o caminho de que vinham. Ele fala, enquanto tira algumas folhagens do worg executado pelo grupo:

- A montaria veio de lá, para onde nos dirigimos, onde está o acampamento inimigo, mas estava fugindo, sendo perseguido aliás, diz ele apontando dois dedos na direção e refletindo enquanto coça o queixo com a luva que havia tirado. Ele se acocora novamente sobre o corpo do goblinoíde.

Kss abre a boca do defunto e examina a saliva. Ele se volta para a face e abre as pálpebras. Ainda checa os ouvidos e encontra algo ali que se espalha pelo pescoço do falecido. Segue, o estudioso apalpa os braços e cochas  do morto. Então, ele vira o corpo de um lado para o outro verificando os ferimentos. Assim que os encontra, ele: cheira, toca com a faca que encontrou, abre algum e examina a profundidade.    

- Não há parasitas importantes ainda, ele não morreu nem a um dia inteiro. Todavia, há sinais de putrefação e um fungo no ouvido cresceu de forma ligeira, o que denota uso de magia de origem clerical ou necromântica, como infligir ferimentos ou pura energia negativa, ele conta balançando a luva em gestos desimportantes.

- Tudo aponta para que o corpo parece ter sofrido de dano inatural, provavelmente magia de algum tipo, mas também há lesões que podem ter sido causadas objetos contundentes, como paus e pedras, além de dois cortes profundos de adaga, fala Kss que passa a puxar o corpo numa posição mais reta, deitado sob o terreno.

O alquimista mede a altura do defunto, logo fazendo uma comparação com a sua própria altura. Então, ele parece fazer algum tipo estranho de mimica, como se estivesse atacando alguém da altura do goblin. Tudo muito estranho. Quando acaba, ele volta a encarar o cadáver e prossegue dizendo:

- Ele morreu em cima da montaria pouco após montar, mas os traumas foram causados com ele em pé. A mensagem era muito importante para entregar, ou estava muito apavorado e fugiu enquanto morria. Ele não morreu por nenhum dos ferimentos em especial, mas pelo conjunto de todos. Só que... os ferimentos que podem ser arcanos olham como se foram causados nem a duas horas, ele termina e se volta para Liadrys para dar a sua conclusão tecnicista.

- O acampamento já sofreu ou está sob ataque. Quem quer que seja possui: um mago ou clérigo, ou até os dois, e se gastou o seu tempo para perseguir este mensageiro vira através desta trilha e até nós. Então, ou seguimos adiante, de forma atenta, ou ficamos aqui e aguardamos ser emboscados. Esse é o meu exame, diz ele para o draconato.

Kenko escreveu:

— Acha mesmo que já foram atacados? Volta os olhos para Lyadris. — Isso altera nossos planos?

- O worg fugia, se eu não tivesse atacado maliciosamente poderíamos saber mais com as habilidades de Liadrys; isso foi minha culpa, responde o alquimista ao rapaz feérico, entregando a faca para o mesmo, mas sem expressar na voz verdadeiro sentimento de arrependimento pela própria escolha, e seguindo com o druida draconato logo depois.

OFF: Kss entrega a faca do goblin para Kenko.

Kss para e atenta ao comando. No entanto, aquilo não parecia certo.Assim, ele foi ter com Liadrys. Quando se aproximou o suficiente para que sua voz moderada fosse ouvida por ele, disse:

- Tu pareces muito tranquilo. A uma distância dessas podemos facilmente ser detectados pelos goblinóides e surpreendidos enquanto descansamos tão tranquilamente, mesmo que a nossa caçadora tenha ido a frente verificar perigos. Ou... por um acaso espera que já estejam todos mortos ou quer apenas atrair atenção de quem chegou antes de nós?, falou o alquimista ao druida, aguardando uma resposta.

- Quando o perseguidor descobrir que não conseguiu apanhar a presa irá seguir o rastro. Nós podemos nos adiantar e aguardar nos escondendo atrás de uma falsa tranquilidade. Para tanto, nós devemos confiar nos nosso colegas mais furtivos e naqueles do nosso grupo com acesso a magias de detecção e adivinhação para ficarmos cientes da proximidade destas pessoas, que até aqui não sabemos se possuem os mesmos interesses que nós, Kss expõem a ideia ao draco druida e a Kenko.

Kss não sabe muito bem o que esperar, mas imagina que as chances são para um outro grupo independente cujos membros contariam com algum conjurador. Assim, ao invés de cuidar do tempo preparando alguma outra substância, como seria do seu costume, ele opta por fingir repousar. Todavia, como os seus sentidos não eram dos melhores, ele se mantém vigilando Liadrys, de forma que este pudesse indica-lo com alguma reação abrupta o perigo. De resto, o alquimista fingi brincar com um frasco em mãos, mas se trata de um exemplar tirado da bolsa alquímica: um ácido.