Maus Presságios

A pesada porta do Salão do Grande Mestre se abriu. Um homem vestido com uma armadura prateada com uma grande insígnia no peito de aproxima. Ele é Isaeos de Altar. O assistente do Grande Papa, o homem, que de certa forma, é a segunda voz dentro do Santuário. Seus passos ecoam apressados pois ele estava ali devido a um imperativo emitido pelo Grande Mestre em pessoa. Logo ele estava ajoelhado diante do trono reservado ao representante de Athena.

- Eu estive os últimos dias no Star Hill, o Monte das Estrelas... - A voz do Mestre saia de seu elmo que lhe cobria inteiramente o rosto. - ... um grande mau se aproxima, Isaeos. Não soube precisar o que seria através das estrelas. Mas ele veio mais rápido do que pude imaginar. Mal havia voltado aos meus aposentos e já fui informado de uma das consequências de sua vinda.

O prateado pigarreou, ciente do peso daquelas palavras. Não só era um mau efetivo, como era um mau já presente e atuante. - Do que se trata, Grande Mestre? - Um silêncio perdurou naquele Salão enorme.

- Um antigo inimigo. O mais aguerrido deles.

...

O jovem Rohko se dirigia até a entrada do Santuário onde avista o Santo de Altar, e mais alguém que se mostrava agachado, deveria ser um santo, presumia. Ao longe, o japonês escutava ruídos e gritos de batalha, isto deveria ser fruto da Arena, que era enorme e acústica, o som dos treinos e duelos reverberavam pelo Santuário. Ao se aproximar, fez um gesto respeitoso de sua cultura, curvando de leve o rosto, e estendeu o braço esquerdo para pegar um item de papel, um pergaminho com algo relacionado a um dever especial...

As primeiras informações foram passadas aos jovens Cavaleiros de Bronze. Ali, os três diante de Isaeos, imaginavam que tipo de perigos poderiam haver naquela empreitada. A verdade é que não havia uma resposta precisa para aquela pergunta. As lufadas de vento quente da Grécia soprava sobre eles e talvez, até que chegassem a Eritréia, aquele momento seria o mais pacífico que teriam.

- Temos apenas uma suposição de quem seja nosso verdadeiro inimigo. Mas, por prudência, o Grande Mestre pretende primeiro averiguar antes de efetivar seu palpite. Outros Cavaleiros estão sendo mandados para outras partes do mundo. Não sabemos precisar o nível de perigo que poderão encontrar. - O que lhe olhasse nos olhos veria o olhar duro que tinha aquele Cavaleiro de Prata. Ele sabia exatamente o peso que colocava nos ombros daqueles jovens. Poderiam sequer voltar vivos. Porém, confiava neles como confiava na força do seu próprio punho. - As rebeliões são principalmente civis. Contudo, cremos que estão sendo influenciados por um cosmo maligno. É isso que vocês devem averiguar.

Dizendo aquilo, Isaeos virou-se de costas. Tudo já havia sido informado. Não havia mais tempo a ser perdido. - A deusa Athena conta com vocês. - Nos pergaminhos que receberam, os jovens encontravam as informações que o Cavaleiro de Prata já havia passado e a data e horário do navio que pegariam até ao nordeste da África. Ele partia em pouco mais de duas horas.

Próximo post podem se dirigir ao navio e conversar entre si. Podem inclusive postar já subindo à bordo e conversando dentro do próprio navio. Próxima vez que eu postar já será aportando na Eritréia.

Os fios de cabelo escuros do asiático balançavam para os lados conforme os ventos gregos avançam pelo local de pronunciamento. O único peso nos ombros que Rohko iria sentir naquele momento seria o de sua urna. A confiança delegada por Altar deveria lhe bastar, a ordem foi clara, o Grande Mestre e Athena contavam com o sucesso do jovens. Civis influenciados por um cosmo vil? Não havia mais o que ser dito, ele levou a mão até o peito fazendo uma saudação respeitosa, ainda sem se curvar. - Considere feito mestre Altar.


Após pegar o pergaminho, Rohko iria se dirigir com sua urna de bronze junto dos demais convocados. A principio indo para o cais, ele encararia a enorme estrutura do navio, provavelmente haveria uma rampa para que a tripulação subisse, mas o Cavaleiro usa a força das pernas para dar um salto que lhe deixaria dentro da proa da embarcação, pelos preparativos, não parecem que iam se demorar muito a zarpar.


E quanto aos outros? Que tipo de pessoas será que seriam? Dragão não pode le-los a principio, mas quem sabem quando chegarem ao local, possa descobrir um pouco mais sobre eles...

A viagem não era apenas por navio. Seguiram pelo mar Mediterrâneo até chegar ao norte de África. Dali, acompanharam uma caravana através do Egito até chegarem ao mar Vermelho. Lá tomaram um segundo barco e quando finalmente aportaram na Eritreia já fazia quase quatro dias que haviam saído da Grécia. O calor daquelas terras era semelhante ao calor grego, sem entretanto dispor do mesmo vento que ajudava a amenizá-lo. Enquanto desciam do barco, notavam que muitos se vestiam com túnicas e roupas largas, lhes cobrindo praticamente todo o corpo. Ao fundo, viam a escarpa do maciço Étiopia que dominava o horizonte da paisagem.

Começaram a andar pelo porto de Massawa, a cidade onde estavam. Atualmente ela era ocupada pelo Império Otomano. Tudo corria com tranquilidade. Pessoas iam e vinham trazendo cestos ou com crianças. Outros descarregam os navios. Os gritos dos carregadores uns para os outros faziam parte de um pano de fundo de conversas informais pelas ruas de terra batida. À primeira vista, diriam que haviam sido mandados para o lugar errado. Na Eritreia parecia reinar a paz.

Podem trocar conversas entre si, vcs tão meio tímidos depois de postar as impressões de chegada, quero que joguem um teste de Espírito. Vocês devem jogar o dado de Espírito + o Dado Selvagem (1d6). Quaisquer dúvidas, deem uma olhada na Arena do Santuário

Erik trazia informações sobre o povo africano e Cephyrus parecia um tanto quanto incomodado com a abertura que o Cavaleiro de Lobo tinha para com o Santuário. O Cisne tinha suas próprias motivações e encontrar a si mesmo, a quem ele havia perdido, era para ele mais importante que ser fiel às ordens do Grande Mestre.

O trio caminhava pelas ruas de terra batida de Massawa. A pequena raposa que seguia Cephyrus por todo lado ia ao lado deles, mais próximo do 'seu dono'. Andavam sem pressa pois não sabiam exatamente qual atitude tomar. Tudo parecia tranquilo e em paz. Mas aquela calmaria durou pouco. O Lobo e o Cisne sentiram um cosmo negro crescer rapidamente. Ele vinha de um lugar próximo dali. Logo eles passaram a ouvir gritos e tumulto. Vulpes se aproximou de Cephyrus como que buscando proteção. Os olhares dos bronzeados se entrecruzaram e eles já estavam de acordo com o que fazer. Ainda levando suas armaduras nas costas, eles correram em direção de onde vinha o cosmo ameaçador.

Seguiram na rua que vinham até chegarem numa espécie de praça central. Ali o chão era de pedra e construções de lojas e tendas delimitavam um espaço quadrado e central. Um obelisco marcava o centro da praça, como um marco zero. Aparentemente ali estava acontecendo uma feira até momentos antes. Momentos antes pois agora parecia um cenário de guerra. Os moradores lutavam entre si, atiravam objetos, havia correria e gritos. Alguns puxavam espadas e se confrontavam entre si. Já havia sangue no chão e, eventualmente, no ar. Os três ficaram atônitos diante daquele palco de batalha que surgira aparentemente do nada. O cosmo negro parecia influenciar aquele local. Cephyrus, contudo, que tinha um domínio e sensibilidade maior do cosmo, pôde sentir que havia um cosmo pontual e forte se aproximando pelo lado oposto da praça. Seria ele responsável por aquele pandemônio?

A viagem realmente não era facil, dias já se passaram após os Cavaleiros terem saído do Santuário, o calor era ligeiramente incomodo, diferente do clima da Grécia, após aportar todos já perceberiam a diferença de trajes usados pelos locais. Rohko caminha pelo porto de Massawa junto de Cisne e Lobo. Não precisou trocar uma palavra com eles naquele momento, o japones encarou eles e a frustração do trio foi notória: não havia confrontos lá, pelo menos, nada que fosse tão evidente e escancarado como pensaram.


- A calmaria vem antes da tempestade. O mestre Altar nos avisou que algo pessimo estaria para ocorrer assim que chegassemos. - Disse o dragão acompanhando os jovens santos, não podendo deixar de percever um tipo de animal de estimação parecido com uma raposa seguindo eles... no momento Cephyrus perguntava onde eles deveriam ir, todos poderiam sentir uma presença estranha e nociva, algo que o atrairia como um imã, ele correu até a praça central e seus olhos não conseguem acreditar no que presenciam... o que deveria ser uma praça com vendedores agora se tornou um local de abate e matança sem sentido. - Parem, malditos!


Berrou Rohko mas sem aparente sucesso, as pessoas pareciam guiadas por uma sede de sangue, um transe enloquecido, tal atitude vil fazia o rapaz apertar a alça de sua urna do ombro. Parecia que havia uma força bem nociva por ali, mas de onde estava vindo exatamente... - Algum de vocês possui um poder de rastreamento mais apurado?