(Aventura Capítulo 1 Eu vou mudar o mundo) [!ON!]

Estamos no primeiro dia do ano 103 após a fundação de Menione, hoje vento e as ondas parecem carregar o Yell de volta pra casa, o céu está um azul bem claro e o sol que nasce imponente no horizonte, fazendo as nuvens brilharem em um tom amarelo ouro, Anárion interpreta isso como um bom presságio, ele está mais decidido do que nunca sobre seu destino, nos últimos 6 meses ele trabalhou como aprendiz no navio Yell e viu muito da desordem presente no continente, a missão da frota era ir até Riou e dar reforço contra o ataque de Luca, o grupo chegou atrasado, mas permaneceu em Riou por 5 meses ajudando na reconstrução, o que Anárion pode ver a distância foi o terror dos feitos Vinorien em Edrengrond a tempos e até mesmo a loucura deixada pra trás pelo exército do Luca sacrificando 5000 soldados suicidas para matar 10000 habitantes de Riou, quase apagando o país do mapa incumbiu a si mesmo então o dever de assumir um papel heroico e a ambição de implementar ordem para todos ao seu alcance, combatendo tudo o que considera mau, levando a todos o caminho do perdão e que para isso necessitaria de poder a ser alcançado através de sua fé no divino, tendo como principal alvo adoração o deus Tyr, tornando-se assim um paladino ou pensando ser um, distanciado agora de tudo o que conhecia, abandonando o mundo dos negócios e as tradições familiares, guiando o próprio destino.
Agora de volta pra casa a poucos metros do porto Brandon Colber diz:

Como vc pode não gostar desse lugar Anárion, o páis Atreides parece lindo!

Antes que Anárion pudesse responder o capitão Xia Tian aparece e pergunta:

E então Anárion, você realmente pretende dizer ao senhor seu pai que você vai voltar pra Riou?

(A partir desse momento está liberado o jogo, divirta-se Gustavo)

Com o olhar ao horizonte fitando os portos de Atreides e debruçado sobre a proa, dei um longo suspiro antes de emanar qualquer resposta convincente para o Capitão Xin(seu apelido entre os marinheiros): - Estou muito apreensivo Capitão, admito que não estou nem um pouco confiante ou calmo, pois minha família é muito orgulhosa para aceitar um rebelde que pode acabar com o legado deles principalmente me..... fiquei então quieto por algum segundos...principalmente meu pai! Provavelmente ele tentara impedir ou até mesmo me matar caso essa for a unica maneira de manter o nome nobre dos Vanyar, mesmo que eu seja seu único filho e talvez o último da minha casa. Mas é preciso, mesmo custando minha nobreza eu já estou decidido quanto ao meu destino senhor.

E logo após responder ao capitão me viro para lado tocando o ombro de Brandon, respondendo-o: - E realmente concordo com você Colb, Atreides é linda mas que já está sobre a justiça de Tyr, as leis aqui funcionam e quase não existe desigualdade ou maldade para purificar. Preciso cumprir meu destino que nosso deus revelou a mim, nem que para isso eu viva sobre migalhas e ruínas ou vagueie sobre os ermos até que eu esteja cara a cara com a morte.

Quando embarcávamos no bote, de maneira muito espontânea falei a Colb : - Eu só queria agradecer por tudo meu amigo, nessa jornada eu não sei o que seria de mim sem você, por isso estou lhe devendo e sendo assim, aceito seu conselho, depois de terminarmos nossos objetivos e deveres irei te levar para a melhor taverna que jaz em Atreides, o Dragão-Cevada. E antes de mais nada eu juro por Tyr que vou me divertir como nunca e honrar meus ancestrais.

Conforme chegávamos perto de atracar, uma angustia abateu-se sobre mim junto com uma dor de barriga, sentimentos esses semelhantes e ao mesmo tempo familiares de quando eu estava pronto para batalhar pela primeira vez, uma batalha no qual não existia a opção de evita-lá e que ela seria terrível.

Enfim quando cheguei a margem, nos meus mais profundos pensamentos refleti sobre aquele momento que estava prestes a começar: * - Enfim chegou a hora de enfrentar meu destino, estou pronto ? Acho que sim, um homem que sempre foge do seu medo, no final descobrirá somente que traçou um atalho para seu encontro. Estou Pronto*

Olhando para a cidade e perdido em meus pensamentos, me atentei para a pergunta de Colb: - Me desculpe Colb, estava pensando um pouco, mas então, o que fazer primeiro ? Creio que a melhor opção seria vender alguns de nossos achados, objetos e coisas que podem valer algo e depois iremos entregar essas encomendas para os comerciantes a mando do capitão, ou será deveríamos fazer o contrário ? Analisando melhor a situação, essas encomendas são pesadas e uma bagagem grande, vamos pela segunda opção então, iremos primeiro para o sul (zona 1), precisamos entregar coisas para os ferreiros, depois para o norte(zona 5), temos encomendas do quartel e depois vamos para o leste nas fazendas( zona 2 ), esses fertilizantes do extremo oeste são essenciais para plantações. Caso esqueci de algo, avise me.

Procuro observar alguém que poderia ajudar-nos para descarregar o bote e carregar a carga, mas quem poderia ? Começo então a pedir formalmente para todos presentes ali por perto, esperando uma pessoa de boa vontade suficiente para auxiliar dois marinheiros exaustos e famintos.

- Que maravilha, não poderia existir ajuda melhor e mais honesta, ficarei muito grato pelo apoio futuro marinheiro. Respondi em um tom alegre, buscando aumentar a auto estima do garoto.

Preparei então para começar descarregar as cargas e ir para os pontos de entrega. Os meninos serão muito úteis, penso comigo, pois naquela situação o cansaço pós-viajem era gritante, tomar conta de assuntos diplomáticos e princialmente de uma fragata eram coisas que somente os mais bravos homens suportavam.

Fiquei muito surpreendido, tentando recordar quem seria essa bela mulher : - Ora ora, eu poderia saber quem é essa bela senhorita que se dirige a mim ? Peço-lhe perdão por não me lembrar quem é você por agora, estou muito cansado e com muio trabalho pela frente, mas posso lhe dar uma atenção.

Com um olhar dengoso comecei a encarar a garota, procurando qualquer traço do qual poderia lembrar-se.

Muito perplexo e sem jeito, acabei-me gaguejando em resposta : - Minha La... Lady! É você mesmo ? Quanto tempo, e como você está tão linda, não mudou quase nada, estava até me esquecendo das pessoas no qual tinha contato, sou outro garoto agora, na verdade me tornei um homem. E mesmo que eu tenha mudado e esquecido seu nome minha lady, não poderia esquecer seus olhos e sua personalidade forte.

- Enfim, como andam as coisas por aqui ? Faz tanto tempo que nada disso parece familiar.

* - Ela ficou ainda mais bonita, em meus sonhos jamais havia esquecido seu rosto Lana, hoje aqui e agora nesse reencontro, percebo o quanto sou apaixonado por você. *

- As coisas andam complicadas ultimamente, mas enfim, aprendi como ser um homem por lá, enfrentei meus medos e coisas terríveis. Infelizmente por lá encontrei também a escória da humanidade, vi a desgraça e um mundo fadado ao fracasso do caos, caso alguma coisa não seja feito com urgência, nos próximos anos tenho temor de que não existirá mais qualquer ordem nesse mundo, até mesmo em Atreides. Respondi de maneira muito convicta, tentando desviar meu olhar de seus lindos olhos azuis.

- Bem, me desculpe minha lady, adorei rever-lá e conversarmos como conversávamos nos velhos tempos, mas preciso ir logo pois não posso ficar bastante tempo em terra, terei de partir novamente e tenho deveres a realizar antes como pode ver, muitos deveres mesmo e apesar disso, eu gostaria de continuar o papo, porém realmente estou muito ocupado e ainda tenho que falar com papai assuntos muito importantes, espero que nos vejamos ainda antes de eu partir. Adeus mi lady !

E assim procurei continuar meu percurso para entregar as mercadorias no qual me responsabilizei, e com um pesar no meu coração parti para meu destino, mesmo desejando totalmente o contrário, pois ficar ali com Blight era uma benção maior do que qualquer outra, mas ainda sim eu não poderia desviar de meus objetivos, não por enquanto.

- Muito obrigado minha senhora, agradeço muito por você e o Colb se encarregarem por um trabalho tão árduo. Enfim, vou para meu pai então, encontro ambos na taverna como combinamos Colb, e estou lhe convidando Blight, caso queira ir. Respondi de maneira ansiosa e rápida, pois estava com pressa.

- Quanto tempo meu jovem, como você já está crescido ! - Respondo surpreso - E ainda mais portando uma espada ? Estou realmente longe de casa hahahahaha- Dou uma gargalhada saudosa.

- Enfim, pode me ajudar informando a todos sobre minha chegada, quero rever a todos o quanto antes, tenho noticias importantes a dar. - Com a mão em seu ombro, dou a ordem com um tom risonho e alegre.

Evan sorri de volta para Anárion, mas o sorriso parece forçado, aparentemente o garoto tem herdado a aspereza do lorde da casa junto com o estilo de luta, pois Anárion sabe que o pai também luta com uma espada grande. Mas educadamente o garoto responde:

Sua mãe não está em casa, mas avisarei o seu pai imediatamente! Com sua licença meu senhor!

O garoto faz uma leve reverência com a cabeça antes de partir e vai para o escritório do pai de Anárion, passados poucos minutos ele retorna dizendo:

Seu pai o aguarda no escritório meu senhor, vou até a cidade procurar pela sua mãe para avisa-la de sua chegada! Boa sorte!

Eu imediatamente fico sem graça com a atitude do garoto( meu pai o havia manipulado muito bem pensei eu), mas tento manter a minha feição alegre para que ele não note minha insatisfação.

- Obrigado Evan! - Respondo o garoto com uma reverência nobre e fui de encontro a meu pai, que me aguardava em seu escritório.