The Sacred Quest

Haveria algo mais terrível do que conhecer o paraíso e ter de ir embora?

A luz do sol brilhava sob a cidade élfica. Sua luz iluminava as construções que se espalhavam pela Floresta Sem fim, mas sem ferir, sem macular a paz e beleza supremas que habitavam aquele lugar abençoado. Era tudo parte da floresta, a cidade, seus habitantes e sua magia. Algo capaz de fazer qualquer um cair em prantos, ao vislumbrar e depois ter de partir.

Algo parecido aconteceria com Alyshalee em breve.

O som de água corrente era a única coisa que se ouvia dentro do Templo de Glorthindel. O cheiro fresco das flores convidava a contemplação e a meditação. E sentada no chão de folhas secas estava uma elfa negra. Posição de lótus, os olhos semicerrados, em transe. Não demorou muito para que as visões chegassem.




Você não estava mais na Floresta Sem Fim. A paz e beleza desapareceram sendo substituídas por um cenário de horror. Era noite mas você não se sentia confortável, pelo contrário, havia uma sensação de urgência e um grande aperto em seu coração. O cheiro de fumaça atingiu suas narinas, acompanhado de gordura fétida em chamas, de sangue fervente. Pessoas estavam queimando, por todos os lugares, você logo se deu conta em choque. O fogo e o calor tomava tudo, consumia tudo. Você não pode evitar tossir em meio as cinzas.

No meio daquela desolação, uma luz brilha forte e parece que só você consegue enxergá-la. Você corre, desviando das chamas, das pessoas correndo aleatoriamente em desespero enquanto seus corpos queimavam. Eram muitas pessoas e você não pode ajudar a todas. E, de alguma forma, você SABE que precisa seguir a luz, como se impulsionada por uma força que dobra sua vontade sem que possa resistir.
Conforme se aproximava, você percebe que a luz vem de dentro de uma grande construção em chamas.

A contemplação e o pensamento harmônico dão lugar a preocupação e atenção. Glorthindel ... Meu senhor... o que em nome de tudo que é sagrado era isso? Ela não fica muito tempo no estupor da revelação e decide mover-se, embora não saiba se isso era realidade ... ainda e sai em direção a porta para ver melhor.

O mundo gira ao seu redor. Por mais que você soubesse que aquilo era uma visão, você ainda sentia o calor, o fogo, as pessoas em desespero gritando por uma ajuda que você não poderia conceder. Mas você continua, em direção á luz.

O lugar era uma grande templo, sua visão élfica pode discernir rapidamente as formas derretidas de diversos deuses, enquanto seus ídolos eram consumidos pelas chamas. A entrada principal era uma porta dourada, larga o suficiente para três pessoas passaram lado a lado.

Você percebe que, ao contrário do que esperava esta porta não havia sido tocada pelas chamas. Era decorada com diversos desenhos e você também reconhece todos rapidamente.

Os símbolos sagrados dos deuses. estava lá a balança de Daprhas, O cículo fechado negro e branco das gêmeas, a maça de Allura,  a pena e pergaminho de Arkhana, o tridente de Netuno, a raposa de Reiharth, a folha dourada de Glorthindel e as garras vermelhas de Destruição. Símbolos sagrados, um templo dedicado aos deuses. Todos eles.

Diferente do que você poderia esperar, a porta está fria ao toque. Ao abrí-la, você entra em um grande salão.

Lá dentro, mais horror. Corpos por toda a parte, carbonizados. Alguns eram claramente soldados, você pode ver que suas armas e armaduras estavam derretidas e fundidas ao que restava dos cadáveres.

A luz se intensifica. Ela vem do grande altar do outro lado do salão. Em meio as chamas, a seguinte cena:

Blasfêmia! O que estiver fazendo cessa agora. Essa profanação não pode continuar. Diz com sabre apontado e rolando o intimidate.

OOC::

gaijin386 efetuou 1 lançamento(s) de dados (d20.) :

19

+5 Intimidar.

Vou olhar melhor a figura, mas pelo que entendi é um tipo de oferenda sacrificial então não tenho muito que pensar nesse momento.

A figura encapuzada hesita por um momento ante ao brado da paladina. Levanta lentamente seu rosto afim de encarar aquela que proferira o desafio. Você percebe que não havia rosto por baixo do capuz, em seu lugar havia fogo. Chamas brilharam por baixo do capuz na forma de duas órbitas flamejantes.

O fogo consome benção e blasfêmia. O fogo consume vida. Consome morte. O fogo voltará.

Ele desce o braço que segura a adaga. Um golpe certeiro no altar. Você sente o calor aumentar, as chamas crecendo. Do nada o mundo lá fora silencia. Nem mesmo os gritos podem ser ouvidos.

Exceto:

Spoiler:

O chão treme com força e toda a estrutura do templo começa a vir abaixo. O que fará?

Spoiler:

Sem esmorecer ela se aproxima Sem rodeios. Diga-me e quem é o fogo?

OOC::

Maldita falta do botão de editar...

Eu vou perguntar a ultima fala, mas claro que se o teto começar a cair na minha cabeça eu vou sair dali.

Toda a construção começa a desabar ao seu redor! O calor é insuportável e você já coemça a sentir seus efeitos. Você sabe que precisa sair daquele lugar o mais rápido possível...ou poderá ficar ali para sempre, se juntando aos corpos carbonizados!

O encapuzado não se mexe, permanecendo parado diante do altar destruído, mesmo diante de todo o pandemônio.

- O fogo é tudo! Vivo! HUAHAHAHAHAHAH!!! O FOGO É VIVO!!!!!

Uma parte do teto de vidro se quebra, caindo em cima do encapuzado. Seu corpo é atingido em cheio pelos cacos e soterrado pelos destroços.

O rugido é ouvido novamente. Ainda mais alto, ferindo seus tímpanos.

Spoiler:

Sem mais delongas ela se atira em direção a porta tentando sair de lá o mais rápido possível.

O som do rugido era alto demais que misturado com o calor, a fuligem e as cinzas do templo que caiam por toda a parte, confunde seus sentidos. Uma parte dos escombros cai nas suas costas durante sua fuga alucianda em direção a saída. Você sente muita dor, queimando demais.

Finalmente alcança a porta, de volta ao horror do lado de fora. Você se joga no chão a frente, no momento exato em que o templo desaba com um estrondo endurdecedor. Mais fogo e pedaços flamejantes preenchem o ar.

Você se levanta cambaleante e cansada, sem entender aquilo. Ainda não qualquer idéia sobre o que tudo aquilo significava. Mas os deuses ainda não haviam lhe mostrado tudo.

O chão começa a tremer. Primeiro um grande baque que te faz cair no chão, junto com várias das pessoas que corriam a sua volta. Depois uma série de tremores violentos que aumentavam de intensidade até mais um grande pico que abre um gigantesco buraco no solo à sua frente. Um buraco tão grande que é capaz de engolir as ruinas do templo por inteiro.

Uma coluna de fogo gigantesca sai de dentro da grande cratera em direção ao céu. De dentro da coluna de chamas, a shiloueta de uma figura de proporções titânicas parece olhar diretamente para você. A criatura abre uma bocarra capaz de engolir o mundo.

E sopra o inferno.

Você acorda. Estava de volta ao Templo de sua divindade. O transe havia terminado.

Ela abre os olhos e percebe que nunca fora a lugar algum e tudo que vira era então uma visão, mas então um vaticinio ou uma mensagem enviado pela divindade que queria manifestar um aviso e este era um bem chamativo. Glorthindel queria que eu visse isso então deve ser importante. O fogo tinha significados diferentes ... a destruição para uns a renovação para outros e ainda a purificação, mas não sabia de uma divindade voltada especificamente para isso ela pensou consigo mesma.

OCC::

Apesar de você saber que tudo aquilo se tratava de uma visão, um transe induzido pela fé e conexão com Glorthinvel através da oração e do clamor fervoroso, as sensações haviam sido muito reais. No exato momento em que desperta do transe, você sente suas costas doerem muito, no exato local os escombros haviam caído. Apesar de não ter sido nada grave, você precisa de alguns minutos em silêncio para absorver a intensidade da experiência e se acostumar com a dor.

Você repassa todas as imagens em sua cabeça, toda a cena pavorosa. Pensa por alguns minutos, vasculha seu conhecimento adquirido por todos os anos de estudo da sua fé, em busca de uma interpretação para os eventos que havia presensiado na visão.

As divindades com a maior proximidade com a renovação e purificação seriam Daprhas e as Gêmeas Ynis/Enis. Mas você sabe que nada naquele fogo se aproximava de algo renovador. Era pura destruição, algo maligno, longe dos propósitos dos deuses.

Você se lembra das frases ditas pelo encapuzado. De alguma forma você sabe que não eram aleatórias, não eram apenas frases de um louco. Elas vinham de algum lugar, mas você não pode dizer exatamente da onde.

Você também reconhece o lugar onde estava. Era o Grande Templo de Todos os Deuses. Era o maior templo conhecido, dedicado a todo o panteão como um todo, que fica em Samúria, na capital.

Seus pensamentos são interrompidos pelo leve barulho de passos suaves, que vinham em sua direção. Uma voz suave como a brisa da manhã lhe diz:

- Alyshalee, eu a ouvi gritar. Está tudo bem?

Spoiler:

Você a conhece, o nome da elfa é Heleonor. Sua amiga de infância e uma das sacerdotisas de Glorthindel que servem no templo.

Indo de encontro a sua amiga Alyshalee pega a mão de sua amiga e diz em um tom mais baixo e preocupado Heleonor ... Eu vi algo ... Algo que Glorthindel queria que me mostrar. Eu vi fogo. Eu vi destruição Um lugar com todos os símbolos religiosos e uma figura encapuzada que profetizava a destruição pelo fogo e tudo queimou... Construções, plantas ... pessoas. Foi horrível. E não sei o que dizer sobre isso. Exceto que parecia Samúria e as palavras que ele disse parecia vir de algum texto maior, mas a mim desconhecido.

Heleonor segura fortemente suas mãos em choque. Era um constraste terrível que tanto horror tenha sido visto naquele templo onde tudo emanava paz, harmonia e divindade com intensidade. Haviam, poucos lugares assim no mundo desde a partida dos deuses. Era um dos motivos para os elfos serem tão reservados com relação aos seus lares.

Ela pensa por algums momentos. Você ve uma luz de compreensão passar por seus olhos.

- Venha comigo, Aly.

Você a acompanha pelo interior do templo. Seus pés descalços sentem o toque das folhas secas, o chão úmido e fresco conforme caminham por longos corredores construídos naturalmente dentro da floresta. Assim eram os santuários do senhor da beleza e da natureza. Em comunhão com a floresta a sua volta, parte do todo. Diferente dos humanos e dos anões, que precisavam machucar o mundo para construir seus lugaes de adoração, o que era contra sua fé.

O corredor termina quando vocês chegam até uma clareira, banhada pelo sol. Você sente conforto, mesmo sabendo que normalmente aquilo não seria possível para uma elfa negra. Diz a lenda, que os elfos negros são os filhos de Glorthindel e seu amor pela Senhora Lua, por isso tinham a cor da noite.

Mas Glothindel acolhe seus filhos, todos eles. Ali, pelo menos ali, o sol não era autorizado a te machucar. Somente acolher.

Havia um altar, esculpido delicadamente em uma rocha. Heleonor com toda a cautela retira de cima dele um livro.

- Com cuidado Aly, é muito antigo e pode se desfazer. - ela diz depositando o livro em suas mãos.

Sua capa era feita de madeira e suas páginas eram grandes folhas amareladas, como pergaminhos. Com tinta vermelha, escrito com uma caligrafia delicada, estava em élfico: LIVRO DE AZDRAHIEL

Em nome do sagrado o que é isso... E bem vou ler com a maior cautela deste mundo.

Heleonor responde enquanto abre algumas página do livro junto com você:

- O Livro de Azdrahiel é uma das relíquias mais sagradas que existem. Para todas as fés. Cada divindade tem o seu. Foram escritos pelos próprios deuses. São suas palavras diretas, principalmente referentes ao tempo antes da guerra contra o devorador.

Ela continua folhando o Livro com extremo cuidado.

- Mas veja bem, Aly. Este livro não é o original. O Azdrahiel de Glorthindel foi perdido há muitos séculos, logo depois da partida dos deuses. O que temos em mão é apenas uma cópia e está incompleta.

Em todos esses anos é a primeira vez que ouço falar disso, mas existe algo relacionado ou similar com o que eu vi? Talvez alguma passagem? Diz cautelosa.

- Talvez. Essa é a segunda vez que estou folhando este tomo. Mas lembro que vi em algum lugar. Vejamos...

Você acompanha enquanto a Elfa analisa com cuidado. É uma tarefa que exige muita delicadeza devido ao estado do documento. Você percebe, ao analisar rapidamente as páginas que vão passando, que várias passagens estão em uma forma um pouco diferente do élfico que você fala. Algo mais antigo que o próprio dialeto falado pela família real, os elfos mais velhos da Floresta Sem Fim.

Finalmente Heleonor para em uma página específica. Sua expressão muda para intensa procupação.

Ela extende a página.

- Aly...foi isso que viu em seu sonho?

A página extendida estava quase virando poeira em suas mãos. Muito estava apagado, você não conseguia mais ler as incrições nela contidas. Mas havia um desenho pequeno e meio apagado, mas ainda nítido o suficiente para ser inconfundível.

Uma coluna de fogo na escuridão, subindo do abismo até os céus. Dentro da coluna, uma forma titânica que despejava o inferno de sua bocarra aberta.

As olhos da elfa fitam a figura e com um assombro que pode ser notado ela responde Sim... Foi isso que eu vi e agora estou mais perplexa que antes, infelizmente o texto torna-se ilegível e não consigo compreender, mas a figura esclarece e aterroriza ao mesmo tempo. Você já tinha lido essa parte?

- Somente uma vez, mas também não acredito que tenha conseguido compreender as incrições... pelo menos não até agora.

Ela suspira com um certo pesar.

- talvez seja esta a sua missão. Encontrar o livro verdadeiro. Talvez por isso, Glorthindel lhe mostrou essas imagens.