The Sacred Quest

Afastando as mãos do tomo devagar ela balança a cabeça Eu teria triunfo onde tantos tentaram? Muitos devem ter procurado o livro, mas é uma agulha no palheiro e um mundo grande a vasculhar, mas por onde começar? Samuria? Achar o grande templo? Acho que seria um começo.

A elfa fica pensativa durante um tempo, antes de dar a sua amiga Drow, um olhar carinhoso e sorrir.

- Sim, muitos tentaram,Aly. Mas nenhum antes havia recebido o chamado como você. Você é a primeira de nosso povo a ter uma visão tão forte.  E a primeira elfa negra que nasceu depois da guerra. Então sim, acredito que de certa forma, seu destino esteja ligado ao do Livro de Azdrahiel.

Ela delicadamente coloca o livro de volta ao seu lugar.

- Mas lembre-se que o chamado dos elfos negros não é uma obrigação. Você é livre para fazer suas próprias escolhas. Olhe lá fora, para nosso vasto reino, longe dos perigos e provações dos humanos e seu mundo corrupto, que destrói e corrompe as belezas dos deuses. Que Glothirdel me perdoe, mas as vezes ouço as histórias que contam quando o Senhor Elenthil retorna daquelas terras. São terríveis!

Heleonor respira fundo, afastando o pensamento.

- É bom viver aqui, entenderei que se quiser ficar. Mas se for, pelo que você me disse sobre sua visão, acredito que Samúria seja um bom lugar para começar.

Com olhar resoluto e decido a paladina responde Então para Samuria eu irei só preciso da minha fé, um cavalo, saber como se chega lá e mantimentos.

Heleonor lhe dá um sorriso. Você ve orgulho por trás daqueles olhos mas também um misto de preocupação. Você sabia que era genuína. Os elfos raramente deixavam a Floresta Sem Fim. Apenas o representante Elenthil em assuntos oficiais do Rei. Os demais eram desasjustados, aventureiros ou mesmo criminosos da nação élfica. E mesmo todos esses desasjustados eram pouquíssimos.

Os preparativos para a viagem tomam por volta de dois dias. Você consegue um bom cavalo, mantimentos e um mapa para chegar até Samúria. Sua partida é celebrada com um misto de solenidade, orgulho e tristeza, tanto por parte de Heleonor e os demais sacerdotes do templo quanto pelos demais amigos e parentes que tinha e eram presentes em sua vida inteira.

A sua viagem é parcialmente tranquila, tendo em vista que pegou uma das estradas seguras. Após uma semana, você chega até um ponto importante em sua rota, um vilarejo onde várias rotas comerciais se encontravam, incluindo as que iam em direção a Samúria.

A grande placa com letras em dourado dizia: ARCHBALD, GRANDE PARADA DOS VIAJANTES.

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Ela arrumou o capuz sobre a cabeça e olhou a placa sabendo o que deveria fazer e isso significava adentrar a vila e coletar informação Glorthindel...Meu senhor. Devo me apressar, mas se também estiver escuro não será segura viajar a noite e ainda mais só. Ela diz e com isso adentra procurando um entreposto comercial a principio, mas dependendo da hora talvez uma estalagem fosse recomendado, embora ela soubesse que a noite ela opera melhor.

Era de manhã e o sol estava forte. Você sofria pelo calor, ao contrário da Floresta Sem Fim, o calor na terra dos homens machucava. Você sentia seus efeitos enfraquecedores e a noite viria com um frescor e alívio.

O vilarejo estava em polvorosa. Havia grande movimentação por todos os lados, principalmente de carroças e mercadores de todos os tipos. Você logo percebe que o vilerejo, como estava descrito na placa de madeira, é um lugar viajantes.

Você percorre as ruas, desviando das pessoas apressadas. Uma construção peculiar lhe chama a atenção: A Taverna Sonho Dourado, com sua reluzente placa pintada de ouro.

Enquanto caminha até a porta, você vê ela se abrir e dois homens vestidos de preto e caras muito amarradas saem bufando. Lhe dão um olhar esquisito, como se nunca tivessem visto um elfo na vida (e provavelmente nunca viram mesmo), mas havia um que de pressa e elas continuam seu caminho para onde quer que fossem. Não muito tempo depois, também de dentro da estalagem, você vê saindo um grande meio-orc que, com os olhos vidrados nos dois homens. Como se os seguisse.

Ela prendera seu cavalo para que o mesmo não fugisse e descera presenciando a cena descrita. Ela já viu essas pessoas e por um instante sua curiosidade foi despertada e ainda mais quando saiu o meio orc e pensou consigo mesmo que talvez eles tivessem criado uma confusão lá dentro e o meio orc fosse apenas o leão de chácara do estabelecimento, seja como for não era um problema a qual devia interferir ao menos por hora e ela entrou na taverna onde procurou uma mesa vazia para sentar-se e onde pudesse obter uma refeição e a partir dai começar a obter informações úteis.

Você sente um certo clima de tensão ao entrar na taverna, era como se alguma coisa tivesse acontecido há poucos segundos. Você se sente aliviada pois está longe do sol quente e não precisa usar o capuz.

Ainda era cedo então haviam poucas mesas ocupadas, de modo que você pode escolher o lugar que melhor interessava. Em poucos minutos, um velho anão com barba grilhada vem lhe atender. Você não pode deixar de notar o olhar de surpresa que ele lhe dá.

- Bom dia, mestra elfa. Bem vinda ao Sonho Dourado. Em que posso ajudar?

Ela olha para o anão e até pensa que tenha sido bom, pois anões são quase tão longevos quantos os elfos e isso talvez lhe seja benéfico para conversar em contrapartida da brevidade da vida humana -Saudações ao senhor, nobre taverneiro o que busco aqui é simples, embora não menos importante do que eu tenho que fazer adiante. Nesse momento eu gostaria do prato do dia e hidromel. Poderia questiona-lo se o senhor sabe de alguma caravana partindo para Samuria?

O velho anão faz uma reverência em resposta à sua boa educação. Uma reaçao curiosa, levando-se em conta que elfos não são conhecidos como os seres mais educados rondando os reinos.

- Mas é claro, mestra elfa. Viajante também, não? É costumeiro ter muitos por aqui essa época do ano, principalmente. Na verdade, há várias caravanas comerciais que sairão em breve para Samúria. Mas depende do quão apressada esteja em chegar até a capital. A mais próxima sairá amanhã, a caravana do Senhor Aberteen.

Ele faz um gesto dizendo que já voltava. Ele vai até o balcão e retorna com um copo limpo e uma garrafa fechada de hidromel. Os olhos do anão passam rapidamente pela sua espada com curiosidade.

- A estrada que ele vai pegar não é a mais comum mas parece ser a mais rápida. Então tenho certeza que o Aberteen não recusaria a presença de mais uma boa guerreira no grupo.

Ela aguarda o retorno do anão e ao ver a garrafa concorda em silêncio apenas com um gesto de cabeça demonstrando que havia gostado do que estava vendo. -Senhor Aberteen? Se ele parte imediatamente então é essa pessoa quem eu devo procurar. Onde o mesmo se encontra? Devo falar com ele o mais rápido possível para garantir um lugar nessa caravana. Enquanto aguardava as resposta as suas perguntas ela se serve do Hidromel para apreciar o gosto.

- Bem, eu acredito que a essa hora ele já deva estar na prça central. - diz o velho anão, coçando a barba com um olhar pensativo. [/b] - É lá que a maior parte das caravanas estão aglomeradas.[/b]~

Quando você termina sua refeição, ele recolhe os pratos e talheres, questiona se deseja mais alguma coisa, talvez um quarto para descansar até amanhã.

- Eu ainda tenho um disponível, fica ao lado de um dos guarda-costas do que o Aberteen contratou. Acho que deve ter esbarrado com ele quando entrou, um meio-orc grande.

Alyshalee Maet'tar, paladina de Glorthindel apenas abre um carismático sorriso e responde - Sim. Eu creio tê-lo visto e parecia estar zangado com outros dois que saíram antes dele. Então o senhor Aberteen encontra-se na praça então para lá devo ir e ver se consigo convence-lo a deixar-me ir com eles. Sobre o quarto existe o interesse dependendo do que Aberteen diga se ele viajar amanhã e deixar-me ir com a companhia então sim eu fico com o quarto e claro acomodar meu cavalo no estábulo.

O velho anão promete tomar conta de seu cavalo e reservar o quarto, mas se surpreende ao ouvir você dizer sobre os dois homens de preto.

- Deuses! Espero que o rapaz não pense em fazer nenhuma besteira, aqueles eram os homens do Carlai! Não seria sábio arrumar confusão gratuita com eles.

Vendo o temor do outro a menção dos homens de preto e ainda mais quando este menciona um nome ela levanta-se e Alyshalee Maet'tar pergunta.- Quem é Carlai que parece incutir-lhe tanto receio? Esses homens que saíram eram malfeitores?

O velho anão olha para os lados para verificar se ninguém estava olhando e puxa uma cadeira. Fala em um baixo, para não ser ouvido.

- Carlai é o homem que está tomando conta dos negócios por aqui. Da maioria, pelo menos. Compra os guardas e tudo o que for negócio lucrativo. os homens que você viu sair eram o cães dele, gente que eu costumava conhecer. Mas não importa o que digam, não vou vender meu ganha pão. O Aberteen também anda tendo problemas com ele, por isso vai tentar uma rota alternativa para Samúria.

Já estava de pé e agora com breve movimento recolhia o que devia e entregava ao bom taverneiro - Se eu soubesse talvez tivesse me intrometido naquela hora quando vi os três, mas agora a chance se foi e não imagino para onde foram. Devo então encontrar Aberteen falar com ele. Devo retornar para o fim do dia e bem espero que não ocorram confusões. Ela se despede do anão para ir encontrar Aberteen onde o anão indicara na praça central.

O anão esboça um sorriso, não duvidava das suas boas intenções. Mas havia um certo de ar resignação.

- Eu resistirei enquanto puder, mestra elfa. Ergui esse lugar do nada quando e trabalhei muito para tranformá-lo no que é hoje. E sou tão teimoso quanto qualquer anão. Só deixo meu estabelecimento morto.

Ele promete deixar o quarto pronto para quando você voltar.

Saindo do conforto da taverna, de volta ao sol incômodo das ruas. Não demora muito e você chega até a praça central. E estava cheia, como você esperava. Comerciantes de todos os tipos lotavam o espaço, que era razoável em tamanho apesar de não ser uma grande cidade. As rotas comerciais que passavam por ali faziam o comercio fervilhar. Grandes barracas de frutas à venda, animais de vários tipos e muitas pessoas apressadas.

Perdida no meio daquela multidão de pessoas, animais, carroças e comida, você se da conta de que não havia perguntado como se parecia o tal Aberteen.

Spoiler:

De fato ela não questionara sobre Aberteen então terá que ir perguntar sobre ele ao comerciante mais próximo - Com licença. Saberia onde posso encontrar o senhor Aberteen? Ouvi dizer que ele estaria por aqui.

Você percorre aquele aglomerado de pessoas que andavam de um lado para o outro apressadas. Era imóssível não esbarrar em ninguém. Você logo percebe que recebe alguns olhares estranhos, alguns até assustados. Nem todos ali eram tão mente aberta  quando o velho taverneiro. Não havia nenhuma hostilidade abertamente contra você, mas não podia, desde que chegou ao vilarejo, deixar de notar o clima de estranheza. Você sabia que elfos não eram comuns nos reinos humanos e que também não tinham fama de serem especialmente queridos nestas terras. A presença de uma elfa negra como você deveria despertar um sentimento de surpresa, no mínimo.

Você decide não ligar para isso e aborda o primeiro comerciante que, entre muitos, não parece particularmente ocupado. Um homem de pele escura, aparência jovem mas o semblante claramente exausto. Carregava um enorme cesto de frutas para uma barraca que provavelmente era de sua propriedade.

- Com licença. Saberia onde posso encontrar o senhor Aberteen? Ouvi dizer que ele estaria por aqui.

Você nota o olhar de surpresa do homem ao ver seu rosto e ele quase deixa cair o cesto mas seus reflexos são bons e ele evita. Ele se recompõe, lhe da um sorriso sem graça e responde cordialmente:

- As caravanas estão aglomeradas naquele lado ali. A do Aberteen é a primeira da fila. Procure um gordo, careca e mal-humorado. Não gostaria de comprar uma maçã, mestra elfa?