- Pronta para servir de isca?
Vana lança um olhar incredulo e zombeteiro, como se Argus fosse um debil mental. “Voce só pode estar de brincadeira, não é? Meu, vai se fuder!”, diz, sem papas na língua, e já saindo da taverna indignado.
Argus vai atrás dela, e já sabia que ia encontra-la no meio da rua, pois a ligação que mantinha os dois juntos era forte. A garota-demonio xingou o caçador de palavrões nunca ouvidos antes, que fizeram todos os transeuntes que passavam por ali se afastarem, horrorizados com as péssimas maneiras daquela bela jovem.
Mas Argus conhecia bem o corpo feminino em que o demônio estava alojado, e tirando proveito disto, dentro de quatro paredes fez com que Vanamon-Verena mudasse de ideia. “OK, concordo com a ideia, mas enfia logo essa porra”, diz delicadamente a jovem demônio.
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Seguindo o plano de Argus, informações de que a jovem sequestrada havia se recuperado rodaram pela cidade, e não demorou muito para que alguns interessados em conversar com a garota entrassem em contato com a guarda para agendar uma visita.
Kaily, a chefe da guarda, estava na base da torre onde Vana estava confinada, junto com Argus. A morena de olhos azuis estava visivelmente satisfeita ao ver como o caçador tinha avançado nas investigações, e demonstrava isto constantemente alisando o corpo de seu subordinado. Será que Kaily somente se excitava quando estava prestes a premiar alguém?
Ela para em frente do caçador e o encara. E de repente seu olhar de desejo muda para o de reconhecimento. “Engraçado... Parece que eu já te conheço há muito, muito tempo atrás... Como isto sera possível?”, comenta. Mas então ela da de ombros e continua:
- Hmm, muito bem Argus, excelente ideia que voce teve... Temos 3 pessoas que pediram uma visita... O pai de Verena; o alto-sacerdote de Mitz, bispo Frau e um ex-namorado - diz, passando a mão pelos ombros largos de Argus - o que sugere?