Job 04

Ao ouvir o trinco da porta ceder, Sayuri verificou a localização do GPS de Aberrant. Não era ele que abria a porta. Quem mais seria? Saltou de onde estava e procurou onde se esconder. Aquele escritório era demasiado clean. Era como os filhos da puta dos decoradores gostavam de dizer. A mobília no centro da sala era praticamente tudo que havia dentro daquele ambiente.

Aproximou-se então da porta, estreitando seu corpo contra a parede. Atrás do material simulando madeira ela escutava a aproximação cautelosa do estranho. - Porta direita, verificar. - Escutou o comando e prendeu a respiração. A porta foi abrindo devagar. Uma sutil sombra se desenhou no chão. O dono dela parecia estar bem equipado. - Limpo! - Disse uma segunda voz, fazendo a sombra se afastar lentamente, voltando ao corredor. Ela tinha pelo menos dois companheiros naquele apartamento.

Sair do escritório pela porta vai exigir um novo teste de Furtividade, se pretender fazer isso sem ser vista.
Status: 1 Ferimento - 0/3 benes

Sayuri enviou a mensagem e aguardou para fazer alguma coisa. Seu coração ainda batia rápido enquanto ela esperava uma resposta. O primeiro check indicava que a mensagem havia chegado ao destinatário. Os segundos que demoraram para que o segundo check surgisse pareceram horas. Mas enfim apareceu. Ela havia conseguido estabelecer algum contato!

O status 'Digitando...' surgiu. Então desapareceu. Demorou mais algum tempo e surgiu uma outra vez. Ao longe, ela escutou a voz dos homens que haviam entrado: - Nada? Impossível, há alguém aqui. Vasculhamos uma segunda vez. - O que Aberrant tanto digitava? O status sumiu outra vez. - Dessa vez, verificação minuciosa. - Puta merda! Ele nunca vai responder?!

Mais uma vez 'Digitando...' Os passos vem se aproximando no corredor. Um toque, uma mensagem havia chegado: Mensagem de 5iLv4r: "Saia daí! Não me contacte mais. S13Q8E3t 1445."

dream inscriptio: @Shmul puxe uma carta de iniciativa, Sayuri continua escondida.
Status: 1 Ferimento - 0/3 benes

Bravos efetuou 1 lançamento(s) de dados (carta.) :

Tão logo que havia feito contato com Aberrant, o objetivo do seu job mudou ligeiramente. Viu isso de canto de olho pois estava mais preocupada com se preparar para o chumbo que ia inevitavelmente levar. Com um breve momento de concentração, Sayuri fez cair sobre si uma energia translúcida que a protegeria contra os ataques inimigos.

E então ela esperou. Os passos logo chegaram, preludiados por uma sombra que se projetava no corredor. Um homem bem armado e protegido entrou naquele escritório. Ela ainda estava devidamente escondida e ele entrou sem a perceber. Novamente pelo canto de olho ela observou que Aberrant havia recebido sua mensagem e não respondeu coisa alguma. Aquela era a chance de derrubar aquele cara, pois do contrário, ele já estava com uma pistola bem posicionada, pronta para atirar sobre ela sem pena nem dó. Aquele tipo de cara não parecia ser daqueles que costumavam errar tiros tão de perto.

dream inscriptio: @Shmul Faz seu ataque haha não esqueça que c tem 1 ferimento, então seus testes tem -1. Ele vai agir depois de você, já rodei os dados dele, então se você não o Abalar, pelo menos, ele te acertará com um tiro, causando 8 de dano, te deixando Abalada.
Status: 1 Ferimento - 0/3 benes

Aquela era sua chance de sair dali ilesa, mas quando tentou concentrar-se para atirar pelas mãos um raio, sua cabeça latejou de forma violenta, a lembrando que já não estava 100% como no começo daquela noite. Aquela dor azucrinante nas têmporas e proteção que havia colocado sobre si a sobrecarregaram e a fizeram gemer.

O homem virou-se para onde ela estava, sua reação contudo, ainda foi mais rápida e, uma segunda vez concentrou-se. Dessa vez, livre da interferência de outro poder, Sayuri fez sair de sua mão um raio que dificilmente alguém saberia descrever do que era. Aquele impacto eletroencefálico, ou fosse lá o que fosse, atingiu em cheio o tórax do segurança, deixando-o por alguns momentos desorientado. Ela ouviu quando o ar saltou fora de seus pulmões. Porém, aquele era um homem preparado para esse tipo de coisa, e Sayuri o sabia. Antes que ela pudesse esboçar nova reação, ele atirou com sua pistola. O tiro pegou de raspão no seu braço, fazendo uma onda de dor se espalhar dali pro resto do corpo. Do outro cômodo o companheiro gritou: - Que porra foi essa? - E seu colega, armado, bem na frente dela respondeu gritando. - É uma zeek imunda!

dream inscription:
Status: Abalada - 1 Ferimento - 0/3 benes

Fazer mais uma vez a deflexão sobre si seria talvez a chance de sobrevivência de Sayuri. Porém, as dores e o zumbido do tiro em seu ouvido a atrapalharam mais uma vez. Sem conseguir se proteger, apenas se afastar como podia, ouviu um segundo tiro estourando poucos centímetros da sua cabeça, na parede. O gesso acartonado espirrou em seu rosto e ela seguiu cambaleando em direção a porta.

Enquanto seguia para sua única saída, notou quase que por instinto a aproximação muito rápida de outra pessoa. Putaquepariu! O outro segurança. A verdade é que Sayuri nem escutou o tiro de pistola que ele atirou contra ela. Sentiu a perna arder e algo quente escorrer-lhe pela perna. Mas naquela altura, ela já tinha rodado a maçaneta da porta. - Parada aí, senão eu atiro! - Aquelas palavras não faziam sentido nenhum na sua cabeça. - PARADA AÍ! - Ela girou o corpo sobre a perna ferida, a dor fez o corpo ceder, o peso a puxou para trás, enquanto ela girava no eixo da perna. A física fez o resto do papel e a porta se fechou detrás dela.

dream inscription:
Status: Abalada - 3 Ferimentos - 0/3 benes

Ela ouvia os passos dos homens dentro do apartamento e cambaleando ela se afastava enquanto tentava hackear o SysOp a fim de trancar a porta. Com a cabeça confusa, Sayuri enviava um código sobre a porta sem muita certeza do que estava escrevendo. A tentativa foi em vão.

Mas aí a zeek já estava com o dedo sobre a tela touch do elevador. Sayuri tocava freneticamente como se aquilo fosse abrir mais rápido a porta. Na realidade ela nem havia entendido como cambaleara tão rápido por aquele corredor. Ela viu a porta do apartamento se abrindo e  os dois homens saindo já de armas em punho. Um cobria o outro de uma forma muito técnica. A porta do elevador não abria. As armas apontaram na direção dela. Era agora que ela veria a sua vida passando diante dos seus olhos? A porta abriu. Ela havia se apoiado nela e com a abertura, seu corpo foi caindo para trás. Ela viu quando o primeiro tiro passou apenas alguns centímetros daonde estava sua cabeça. Ela sentiu quando o outro tiro entrou-lhe pelo ombro. A última coisa que seus olhos vislumbraram foi os dois homens correndo pelo corredor e a porta fechando.

dream inscription: @Shmul o primeiro tiro deu sorte, mas não no segundo. Role um teste de vigor, se vc tirar 1 ou menos, Sayuri morreu. Se ela não morrer, sofrerá uma lesão, role 2d6 para vermos o que vai dar na tabela. Depois das suas rolagens, vou postar de novo.
Status: Incapacitada - 0/3 benes

Quando seus olhos se abriram, Sayuri notou que não estava mais no elevador. Ela tossiu sentindo um pouco de sangue na garganta. O local parecia uma dessas clínicas médicas onde as pessoas vão se remendar quando são trucidadas. Talvez aquele fosse o caso dela, para falar a verdade.

O doutor era um replicante. Ele tinha a pele muito negra. E algumas tatuagens que iam até o rosto. Quando ele notou que Sayuri havia voltado a si, falou num tom monótono e profissional: - Trazer você de volta foi sem custos, porque fazia parte do job. Agora, se quiser que eu cuide de suas feridas, vai lhe custar 3000$. - Disse isso tirando a touca que prendia seus cabelos. Eles eram baixos, na realidade, bastante encaracolados. Ele se levantou, estalando os dedos e tirando as luvas. - Espero que não seja canhota, pois o último tiro que você levou perfurou seu ombro e deixou seu braço inutilizado. Se isso sarar mal é capaz de nunca mais prestar.

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Status: 3 ferimentos - Complicação Um Braço Só - 0/3 benes