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    Livro um: Guerra - Capítulo dois

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    Mensagem por Guilix Ter Dez 04, 2018 1:53 pm






    Livro um: Guerra - Capítulo dois 2788

    LIVRO UM:
    GUERRA

    CAPITULO DOIS
    Klaus – Xeng Lù




    Dia 28 do nono mês.

    Eu acreditava que nós vivíamos bem. Claro que existia alguns problemas, mas comparado com hoje, vivíamos no paraíso. Eu fui separado de minha esposa e meus dois filhos. Quando o Exército do Fogo chegou e atacou nossa vila, mal tivemos tempo para tentar fugir. As crianças, as mulheres e os idosos foram levadas para um lugar. Não sei onde. Os homens adultos, ou foram mortos lutando ou foram colocados para trabalhar. Os dobradores foram levados para outro lugar, talvez alguma prisão.

    Eu e os outros não dobradores fomos levados até uma mina de ferro e carvão. Trabalhamos o dia todo e quem não aguentava o trabalho sofreu com os chicotes e labaredas.

    Não consigo entender porque essa guerra começou. Talvez egoísmo, a ganância, o orgulho... Mas foi muito triste saber que os Nômades do Ar foram extintos. Ouvi um deles alguns deles comentando. Nem todos estão de acordo com isso, mas parece que alguns comemoraram essa vitória. Isso é desumano. Não existe uma razão que justifique chamar essa atrocidade de vitória.

    Ainda não sei o que dói mais. As agressões físicas, a angústia da separação, a falta de esperança. Onde está o Avatar? Será que foi morto junto de seus compatriotas? Será que está fugindo com medo? Se não for ele, quem poderá nos ajudar?


    Livro um: Guerra - Capítulo dois Th?id=OIP

    Dia 28 do nono mês.

    - Andem logo. – Disse o soldado enquanto levantava pelo braço uma das crianças tropeçou. Com cerca de oito anos de idade, a indefesa criatura mal consegue ficar em pé, vendo isso, uma mulher que poderia ser sua mãe se contrapõe ao homem clamando por piedade e levantando a criança no colo.

    - Estamos com sede. Não bebemos nada desde hoje cedo. As crianças não vão aguentar.

    O homem sorri, e responde a mulher:

    - Onde estamos indo tem água. Poderão beber a vontade. Os que não aguentarem, não são dignos de sobreviver. Só os mais fortes serão úteis.

    - Mas senhor, até seus animais receberam água e ração. E nós não.

    - Eles estão puxando carroças...

    - Pare de falar com os prisioneiros, soldado.
    - A voz de um superior vindo de cima de um rinoceronte de komodo interrompe a fala daquele soldado chamando a atenção, que rapidamente ajeita a postura e passa a olhar firmemente para frente.

    - Sim senhor!

    Nenhuma gota de água entrou na boca daqueles prisioneiros nas próximas horas. Se alguém caísse receberia um puxão, um empurrão, um chute ou qualquer outra coisa para colocá-lo novamente na fila.

    Quando começou a anoitecer os prisioneiros foram todos amarrados com cordas. Foram colocados em volta de uma fogueira. Receberam um cantil de água e um pedaço de pão para cada três dividir. Parte dos soldados entraram em barracas para descansar. Parte deles ficou acordado para cuidar do acampamento e evitar que os prisioneiros fujam.

    Informações e recomendações:
    Soldados Vermelhos - Nação do Fogo:


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    Mensagem por Artorias Ter Dez 04, 2018 3:18 pm

    Não se passara muitos meses desde que Klaus, um respeitado e poderosíssimo guerreiro do Reino do Fogo, líder de um bravo exército de dobradores, conhecido como "O Incinerador", teria ameaçado o imperador com traição que colocaria um fim nessa tirania, entretanto seus planos foram vazados e todos seus soldados foram subjugados. O fracasso não chegou a abalar totalmente Klaus ao ponto de hesitar em enfrentar diretamente o rei, infelizmente sua raiva o desestabilizou e por ter sido precipitado teve seu braço direito cortado, sabendo que era destro, a batalha estava perdida. Apenas restou fugir.


    Durante esses meses foi necessário cautela para que pudesse se adaptar a perda de seu braço, passou a peregrinar as terras de povos diferentes como andarilho, ajudando com o que pudesse sem expor suas origens, pois seu nome e rosto são reconhecidos pelos povos atacados pelo Reino do Fogo, além de ser o traidor, valendo recompensa quem achar, pelos soldados de fogo.


    Ainda assim, carrega consigo um projeto de poder sabotar essa tirania e aí que Klaus se encontra ao lado dos prisioneiros nesse presente. Ele soube que na vila Xiao informações importantes sobre as próximas movimentações do exército jaziam ali e era necessário se misturar aos civis presos para ter mais facilidade de acesso.






    "Dez soldados estão dormindo e apenas cinco soldados ficaram de sentinela, hunf, será fácil neutralizá-los, apenas preciso de uma distração para não colocar em risco as pessoas daqui. Esses dois que estão comigo devem ajudar." Pensei enquanto esperava o melhor momento para agir.

    Notei que o garoto estava inseguro naquela situação e precisei acalmá-lo, falei mansamente com uma voz paterna acolhedora - Xeng Lù, não se preocupe, iremos sair deste lugar. - Minhas palavras poderiam acalentar momentaneamente, mas sabia que a minha impressão era de que não poderia ajudar em nada, apenas necessitava ascender as esperanças dele até que chegasse a hora certa.


    O Andarilho já conhecia Xeng Lù por ter ficado uns dias em Xiau ajudando as crianças e as senhoras, mas o garoto nada sabe sobre o passado do andarilho já que até então só se apresentara como um velho deficiente.




    (Passou-se um tempo, falamos um pouco sobre o Reino do Fogo, sobre a comida e o silêncio predominou novamente.)



    Percebi que o tempo que esperava já estava chegando, era necessário agir, então olhei para os dois e desfiz a expressão de um velho gentil e amável para um semblante sério e destemido, usei a minha voz natural, puramente grave e austera - Agora preciso da ajuda de vocês dois, não sei se estão dispostos, mas preciso saber se me ajudariam a distrair os soldados para que eu possa neutralizá-los.
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    Mensagem por Kaolio Qua Dez 05, 2018 12:29 am

    Eu... Eu... não sei o que acontece agora. Estou preso. Nos prenderam aqui e eu não sei o que pode acontecer em seguida. Ninguém quer estar aqui: nem os soldados querem. Sinto que nenhuma alma quer passar por essa situação. Porquê está tudo tão pesado? O ar, as respirações, a tristeza... "Porquê eles nos atacaram? Porquê!? Não há sentido tanta dor!" -pensava, enquanto Jao estava ao meu lado comendo a divisão. O senhor estrangeiro também parece estar... determinado, desprezo com os soldados. Sentia também culpa, o mesmo que sentia. Tento sorrir para todos, é o melhor que posso fazer nessa situação.

    - E-e-espere, senhor! Tenha calma! Sei que essa situação é desesperadora, mas não é necessário cometer loucuras. - sussurrava ao senhor. Não queria que ele se arriscasse nesse estado atual. Pode haver complicações e eu não sei como ajudaria nessa situação extrema. Mas o seu semblante... coragem, certeza de que pode lidar com a situação. Jao ao meu lado estava esperançoso, a maioria estava. Eu tenho que saber como ele tira tanta coragem, e para de choramingar.

    Passamos alguns momentos conversando e sentia que todos havia sorrido, pelo menos uma vez, com o que nós dissemos. Nós da vila ficamos sempre felizes com estrangeiros. Muitos traziam boas histórias, reflexões e eram bem gentis. Outras vezes eram bem diretos e duros, mas nunca fomos invadidos dessa maneira. O Andarilho, como o senhor disse que queria ser chamado, tem o semblante arrependido, a maior parte do tempo, mas, ás vezes, ele tornava-se mais sério, como se nós fossemos soldados. Parecia o meu pai, ás vezes. Esse era mais um desses momentos, e as palavra "neutralizá-los" me causava espanto. Eu me retorcia. Não quero matar ninguém. Mesmo que eles tenham feito mal conosco, se começar a ser como eles, agir da mesma forma, nós estaríamos tão errado quanto eles.

    - Xeng! Sei que você não gosta de machucar ninguém, mas... você é o único que pode nos ajudar. Ajude o senhor andarilho, por favor. Nós iremos ficar bem. - Jao falava bem perto de mim. Sei que sou o único dobrador aqui e que era uma responsabilidade tenta ajudá-los, mas me acovardei tanto, querendo uma intervenção divina, que nem pude sequer ajudá-los melhor. Secava minhas lágrimas, aprumava mais e então olhava para Jao e depois para o senhor andarilho.

    - E-estou te o-ouvindo, senhor. O que p-preciso fazer?
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    Mensagem por Guilix Qua Dez 05, 2018 8:52 am

    OFF: Ganchos narrativos e pontos de destino

    Ambos os personagens podem usar um de seus aspectos no próximo DE FORMA A PREJUDICAR SEU PERSONAGEM post para ganhar um ponto de destino. Não é obrigatório.
    - Klaus. Por ser um ex soldado da nação do fogo, você pode ser reconhecido. Isso poderá dificultar sua fuga.
    - Xeng Lù. Por ser gentil, você pode não aceitar machucar algum dos soldados do fogo. Isso dificultará sua fuga.

    Caso tenham outra ideia, basta destacá-la no OFF do próximo post, se eu achar justo, fornecerei mais um Ponto de Destino.
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    Mensagem por Artorias Qua Dez 05, 2018 5:43 pm

    - Xeng Lú e Jao, eu preciso que vocês chamem a atenção dos guardas para aquela direção - Eu aponto com os olhos um canto mais iluminado -, enquanto isso irei para a direção oposta misturar-me nas sombras no canto mais escuro, tentarei passar despercebido para pegá-los de surpresa por trás.

    Então questionaram a mim como sairiam das amarras, nesse instante, usei sutilmente o calor de minha mão para arrebentar a corda sem que pudessem perceber que dobrei o fogo, discretamente desatei os nós das amarras neles e então disse - Não tenham medo, se alguma coisa sair do controle apenas fujam, não coloquem suas vidas em risco, somente preciso que chamem a atenção deles!

    Afastei-me deles, passo a contornar silenciosamente tentando me camuflar na escuridão, vejo que nenhum dos guardas que dormem estão perto o suficiente para acordarem caso acontecesse algum leve tumulto.

    OFF - Quero usar a Façanha "Disfarçado" para descobrir se serei eficiente no plano inicial ou não, como proceder?
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    Mensagem por Artorias Qua Dez 05, 2018 7:54 pm

    OFF - Fui bem sucedido no teste.

    ON -

    Consigo passar pelos guardas sem me notarem, agora fico parado atrás de uma caixa grande a espera dos guardas se distraírem.
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    Mensagem por Guilix Qui Dez 13, 2018 10:42 am






    Livro um: Guerra - Capítulo dois 2788



    Klaus estava em frente a Xeng Lù e Jao. "... apenas preciso que chamem a atenção deles". Depois que terminou a frase sua silhueta se misturou com as sombras. Os meninos ficaram impressionados com o sumiço daquele senhor. "como será que ele consegue fazer isso tão facilmente?". Ambos achavam aquele velho misterioso, mas o ver mudar de atitude e falar com tanta segurança, e logo em seguida desaparecer nas sombras fizeram suas mentes fervilhar em teorias. Mas agora não era tempo disso.

    É noite de lua nova, e o céu está pouco estrelado devido algumas nuvens. A maioria dos prisioneiros estavam dormindo próximos a uma fogueira no centro do acampamento. Dois ou três que ofereceram resistência a prisão ficaram em um lugar diferente, presos dentro de celas improvisadas nas carroças em uma região menos iluminada. Em frente a barraca dos soldados que estavam dormindo também tinha uma fogueira. Dois soldados estão conversando enquanto se aquecem junto ao fogo. Outros três soldados estão dando voltas no acampamento com uma tocha na mão para ajudar na iluminação.

    Xeng Lù e Jao perceberam que agora era hora de agir, mas o que eles iriam fazer? Jao apontou com os olhos para a fogueira onde estavam os soldados. "O que será que ele quer dizer com isso?" O garoto não teve muitas ideias e tentou algo um tanto inusitado. Com a palma da mão direita, deu um tapa no chão. Uma onda de terra imergiu do chão indo em direção a fogueira, jogando as toras de madeira flamejantes para cima. Os soldados ficaram surpresos ao ver que ainda havia um dobrador de terra por ali, mas aquela fogueira voava no ar como um pequeno sol, com certeza era um espetáculo bonito de se ver que os deixou distraídos.

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    Mensagem por Artorias Seg Dez 17, 2018 1:22 am

    Eu observava atentamente os movimentos do dobrador de terra, já sabia que ele tinha essa habilidade e, por isso, acreditei ser possível contar com apoio dele. Os guardas ficariam estáticos pela surpresa que foi feita e então meu momento de agir era AGORA.

    Avancei rapidamente com passos leves, como se flutuasse, e preparei uma concentração de energia bem sutil do elemento fogo em meu braço e pernas para que pudesse nocauteá-los instantaneamente sem que as crianças notassem minha dobra.

    "Tomara que dê certo!" pensei, desde que perdi o braço não me envolvia em combates.

    OFF - Como será o teste para derrubar esses guardas?
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    Mensagem por Guilix Seg Dez 17, 2018 3:21 pm

    OFF:
    @Artorias

    Os combates contra NPCs vão ser simplificados. Basta você fazer a rolagem de ataque (4 dados fate, +abordagem, +façanhas, +algum aspecto ativo) e descrever o que você quer fazer. Eu vou estabelecer uma dificuldade. A dificuldade padrão adotada é +2. Se você quiser atacar mais de um inimigo simultaneamente, você teria dificuldade de +4.
    Nesse caso eles tem uma desvantagem de -2 pelo aspecto de situação "Distraídos".
    Pelo que eu pude entender, você está atacando os guardas que estavam perto da fogueira, certo?

    Então:

    Para atacar soldado 1 = Dif +0
    Para atacar soldado 1 e 2 = Dif +2
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    Mensagem por Artorias Ter Dez 18, 2018 12:59 am

    OFF - Como eu estou atacando com dobra eu uso o valor do Poderoso, mas sem considerar minha façanha de Incinerador por estar regulando muito para não exibir sua dobra, certo? Se for tenho 3 de valor, tomara que não dê só negativo kkkkk


    Artorias efetuou 4 lançamento(s) de dados fate :
    Livro um: Guerra - Capítulo dois Positi10 , Livro um: Guerra - Capítulo dois Neutro10 , Livro um: Guerra - Capítulo dois Positi10 , Livro um: Guerra - Capítulo dois Positi10


    ON -

    Salto sobre os guardas e dou um golpe com as duas pernas sobre o rosto de um deles e, em seguida, antes do outro soldado reagir enfio meu punho em seu estômago, ele curva-se de dor e falta de ar, então dou uma cotovelada para apaga-lo.
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    Mensagem por Guilix Ter Dez 18, 2018 3:26 pm






    Livro um: Guerra - Capítulo dois 2788



    Klaus era experiente. Conseguiu se esconder nas sombras e se aproximou dos guardas sem que eles notassem. Depois que o jovem Xeng Lù conseguiu distrair os soldados, o ex general usou uma combustão para chegar com um salto até os adversários. Seu timing foi perfeito, primeiro acertando um dos soldados com um chute forte, e um segundo depois de tocar o chão, já havia rolado e acertado um soco no outro. Seus golpes não eram comuns. Cada golpe vinha junto de uma pequena explosão de fogo, que jogou os soldados longe. Antes mesmo da fogueira cair no chão, ambos os soldados já estavam derrotados.

    Os prisioneiros ao verem aquele velho deficiente derrubar dois soldados com tamanha facilidade ficaram surpresos e se levantaram. Eles estavam amarrados em trios e ficaram a espera da ordem daquele que parecia agora ser o líder deles.

    - Quem está ai?

    - Estamos sendo atacados!

    Pode se ouvir o barulho vindo dos guardas que estavam fazendo ronda no acampamento, e dentro das barracas, percebia que os guardas tinham acordado. Se não fossem rápidos, os prisioneiros poderiam se complicar e a tentativa de fuga poderia se transformar em uma carnificina.

    Aquela noite parecia estar longe de acabar, e cada decisão agora poderia custar uma vida. Klaus estava acostumado com isso e conhecia muito bem as estratégias do Exército Vermelho, mas dessa vez, ele estava do outro lado, sem seus soldados e sem seu braço direito. Não era a primeira vez que o ex general estava em um situação tão complicada, e provavelmente não seria a última.

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