LIVRO UM:
GUERRA
CAPITULO DOIS
Klaus – Xeng Lù
Dia 28 do nono mês.
Eu acreditava que nós vivíamos bem. Claro que existia alguns problemas, mas comparado com hoje, vivíamos no paraíso. Eu fui separado de minha esposa e meus dois filhos. Quando o Exército do Fogo chegou e atacou nossa vila, mal tivemos tempo para tentar fugir. As crianças, as mulheres e os idosos foram levadas para um lugar. Não sei onde. Os homens adultos, ou foram mortos lutando ou foram colocados para trabalhar. Os dobradores foram levados para outro lugar, talvez alguma prisão.
Eu e os outros não dobradores fomos levados até uma mina de ferro e carvão. Trabalhamos o dia todo e quem não aguentava o trabalho sofreu com os chicotes e labaredas.
Não consigo entender porque essa guerra começou. Talvez egoísmo, a ganância, o orgulho... Mas foi muito triste saber que os Nômades do Ar foram extintos. Ouvi um deles alguns deles comentando. Nem todos estão de acordo com isso, mas parece que alguns comemoraram essa vitória. Isso é desumano. Não existe uma razão que justifique chamar essa atrocidade de vitória.
Ainda não sei o que dói mais. As agressões físicas, a angústia da separação, a falta de esperança. Onde está o Avatar? Será que foi morto junto de seus compatriotas? Será que está fugindo com medo? Se não for ele, quem poderá nos ajudar?
Dia 28 do nono mês.
- Andem logo. – Disse o soldado enquanto levantava pelo braço uma das crianças tropeçou. Com cerca de oito anos de idade, a indefesa criatura mal consegue ficar em pé, vendo isso, uma mulher que poderia ser sua mãe se contrapõe ao homem clamando por piedade e levantando a criança no colo.
- Estamos com sede. Não bebemos nada desde hoje cedo. As crianças não vão aguentar.
O homem sorri, e responde a mulher:
- Onde estamos indo tem água. Poderão beber a vontade. Os que não aguentarem, não são dignos de sobreviver. Só os mais fortes serão úteis.
- Mas senhor, até seus animais receberam água e ração. E nós não.
- Eles estão puxando carroças...
- Pare de falar com os prisioneiros, soldado. - A voz de um superior vindo de cima de um rinoceronte de komodo interrompe a fala daquele soldado chamando a atenção, que rapidamente ajeita a postura e passa a olhar firmemente para frente.
- Sim senhor!
Nenhuma gota de água entrou na boca daqueles prisioneiros nas próximas horas. Se alguém caísse receberia um puxão, um empurrão, um chute ou qualquer outra coisa para colocá-lo novamente na fila.
Quando começou a anoitecer os prisioneiros foram todos amarrados com cordas. Foram colocados em volta de uma fogueira. Receberam um cantil de água e um pedaço de pão para cada três dividir. Parte dos soldados entraram em barracas para descansar. Parte deles ficou acordado para cuidar do acampamento e evitar que os prisioneiros fujam.
- Informações e recomendações:
- No porto estão:
O grupo deve ter cerca de 50 prisioneiros.
15 soldados os acompanham. (10 deles estão dormindo, 5 estão acordados em ronda).
5 rinocerontes de komodo.
- Klaus está entre os prisioneiros. Por não ter um braço, e não saberem que você é um dobrador, você foi colocado junto do grupo das mulheres, crianças e idosos. Você estava na vila Xiao quando ela foi atacada pelo Exército de Fogo. Por enquanto, eles não te reconheceram e ninguém da vila sabe quem você foi. Você pode descrever o que eles pensam de você, como te chamam, etc.
Por algum motivo, você não atacou nem tentou fugir ainda. Talvez esteja esperando algo.
- Xeng Lù tinha crescido nessa vila Xiao. No ataque, seus pais que eram dobradores foram levados para um lugar que você desconhece. Você não sabe se quer se ainda estão vivos. Você tentou fugir, mas depois de correr por alguns minutos um soldado montado em um Lagarto Caçador te alcançou e te colocou junto com o grupo de prisioneiros formado por crianças, mulheres e idosos.
- Ambos: quando a comida foi distribuída, vocês ficaram no mesmo trio que dividiu a porção. Outra pessoa dividiu com vocês. Vocês são livres para usar esse personagem em suas narrações (ele precisa ter um motivo para estar nesse grupo. E claro usando o bom senso). Os personagens de vocês já podem se conhecer, ou não. Vocês decidem. Lembrem que vocês estão amarrados com cordas.
- Todos vocês estão livres para descrever os acontecimentos antes, durante e após o ataque do ponto de vista dos personagens de vocês. Dialogar com os outros personagens na cena também é “livre”. (vocês estão presos) Caso seja necessário, vocês podem também criar NPCs para enriquecer a história, claro, com bom senso.
Vocês também deverão, não necessariamente no primeiro post, determinar o que farão agora.
- Soldados Vermelhos - Nação do Fogo: