Todos decidem seguir para o portal bocejante, cada um com sua motivação pessoal. As ruas já movimentadas pelo festival agora estão ainda mais polvorosas – o que dificulta o movimento. Todos comentam sobre o ocorrido e alguns tentam ajudar aqueles ainda abalados demais para se controlarem. A guarda local esta agitada contendo ondas de vandalismo, loucura e bebedeira. As pessoas olham umas para as outras com receio e temor... definitivamente não é uma boa hora para se perambular sozinho.
Desmond, forçando sua massa cinzenta, consegue ligar alguns pontos: ele sabia que já tinha visto aquele rosto e após um comentário oportuno que ouviu na rua sobre “O mago louco embaixo de Águas Profundas” ele logo se lembra de uma breve história de Halaster que lera em um livro sobre arcanos famosos e distintos.
“Há muitos séculos atrás Halaster e seus aprendizes embarcaram em uma campanha enorme para preencher o calabouço, que outrora fora uma antiga fortaleza anã, com todos os tipos de monstros e tesouros. Por muitos séculos, a terra acima esqueceu-se dos calabouços sob a montanha e, em 889DR, a cidade de Águas Profundas foi estabelecida.
A metrópole rapidamente cresceu em tamanho e influência. No entanto, os longos séculos de crescimento populacional monstruoso levou a uma invasão na superfície em 1037 DR. Depois de repelir a invasão, os senhores de Águas Profundas chegaram a um acordo com Halaster, pedindo-lhe para manter os monstros da Montanha Subterrânea em cheque.
Em resposta às explorações de dois aventureiros famosos, o Portal Bocejante foi criado em 1306 DR para limitar o acesso a masmorra do Mago Louco e manter o seu monstros um pouco contidos. Este foi também o ano em que Águas Profundas começou a prática de exilar os piores dos seus criminosos para as profundezas da Montanha Subterrânea.”
Aurora ajuda como pode a manter o controle no interior da taberna, ela ainda não compreende o que aconteceu mas percebe que as pessoas estão atordoadas por algum tipo de magia não física, mas psicológica. O evento, demasiado recente, torna o lugar um caos com pessoas falando, gritando e chorando, alguns saem correndo, outros se quer conseguem falar ou se mexer.
Durnan continua atrás do balcão, parado, pensativo, seu rosto uma máscara incompreensível enquanto seus auxiliares reagem cada um à sua maneira. Aurora tenta se aproximar do taberneiro mas o amontoado de pessoas entre ela e o taberneiro é demasiado grande para que consiga de imediato.
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O tempo passa enquanto todos tentam se deslocar.
A cada passo que Aurora dá para próximo do balcão ela nota que outras pessoas também parecem ter a mesma idéia que ela, levantando-se de suas mesas ou adentrando ao recinto indo até o balcão atrás do taberneiro.
Quando o mesmo decide retornar ao mundo dos vivos para reagir já existe uma pequena multidão à sua frente. Com sua espada longa pendurada na parede atrás de si ele então grita para todos:
| ---SEM BAGUNÇA NO MEU ESTABELECIMENTO!
---A ENTRADA SÓ VAI FUNCIONAR PELA MANHÃ!
---ENTÃO QUEM QUISER COMER E BEBER PODE FICAR AQUI, QUEM NÃO QUISER PODE CAIR FORA OUVIRAM BEM?!? |
Apesar de ser um cara intimidador com todos os seus músculos e a fama de guerreiro que possui o tom de sua voz não deixa de ser respeitador, apesar de estar impondo ordens.
A multidão reclama, esperneia e aqueles que tentam insistir no assunto recebem um olhar tão mal encarado que se quer aguardam pela resposta à insistência.
Os demais aventureiros já começam a ver o letreiro da taberna ao longe em um espaço mais movimentado do que o resto da cidade, é perceptível que uma multidão tenta entrar enquanto outra tenta sair.
Aurora ainda possui a possibilidade de falar com Durnan enquanto os outros ainda tentam chegar.