Depois de quatro décadas de relativa paz, o Império de Värld foi lançado em uma profunda crise política. Com o Imperador Justiniano III acamado por uma misteriosa doença, o controle da nação recaiu sobre as mãos de um dividido e fragilizado Conselho de Estado. O poder de facto é concentrado na figura do General Lamarque, comandante das forças imperiais, cuja brutalidade e autoritarismo desagradam cada vez mais a nobreza.
A instabilidade também atraiu velhos inimigos, e pequenas incursões de orcs e goblins começam a ser novamente relatadas a leste. Uma má colheita e um inverno particularmente rigoroso trouxeram consigo a fome, que por sua vez tem incitado revoltas populares no Distrito Comum de Vattendrag, a capital do Império. A criminalidade cresce exponencialmente, e anseios de independência voltam a rondar as conversas de nortistas. O General e seus aliados parecem incapazes de conter os vindouros tempos sombrios – ou, dizem as más línguas, não desejam fazê-lo.
Os opositores do General apostam suas esperanças na melhora do Imperador, mas nada parece capaz de curar a mácula que se apoderou de seu corpo – nem os mais hábeis curandeiros, nem os mais poderosos mestres arcanos, nem os mais respeitados clérigos da Ecclesia, nem o mais sábio dos elfos.
Em uma última tentativa desesperada, os justianianistas voltam seus olhos para Taptoy: a mística ilha onde o limiar entre os planos material e imaterial é tênue. Depois do Expurgo, os sacerdotes sobreviventes da Fé Antiga recolheram-se à ilha e selaram-na magicamente, ocultando-a entre a névoa; desde então não se teve notícia de nenhum ser que tenha tentado alcançá-la e voltado com vida.
Quando, porém, o possível mostra-se ineficaz, o impossível é a única alternativa. Notícias percorreram o continente sobre um recrutamento de hábeis aventureiros dispostos a arriscarem suas vidas na jornada possivelmente sem volta à Ilha Perdida. Ao menos, a recompensa é bastante generosa.
Seja por amor ao Império, pelo ouro, pelo desejo de alcançar o local sagrado da Fé Antiga ou pelo simples deleite na aventura, seres de diversas regiões do continente fazem sua peregrinação até Fyrtorn, o pequeno vilarejo litorâneo marcado como ponto de encontro dos interessados. Dentre eles, um grupo seleto de célebres aventureiros é convocado para uma reunião na taverna Boca de Peixe, onde esperam receber instruções mais detalhadas sobre a odisseia que lhes aguarda.
O universo de Värld foi criado por mim há um tempo, e resolvi desenterrá-lo com alguns ajustes para montar uma mesa. É um cenário de alta fantasia medieval clássica, que mistura elementos de obras fictícias (principalmente Senhor dos Anéis, Dragon Age e As Brumas de Avalon) e de povos históricos (em especial os romanos, os nórdicos e os celtas).
O mundo conhecido resume-se a um único continente, cuja parte oeste é hoje inteiramente dominada pelo Império de Värld, de população predominantemente humana. A leste, e depois de uma grande cordilheira que abriga as cidades dos anões, desertos nunca mapeados estendem-se a perder de vista, onde residem orcs, goblins e outras criaturas sombrias. A sudoeste, a ilha de Elvenön, onde ainda habitam os elfos mais reclusos, voltados aos seus costumes milenares. A noroeste, Taptoy, ou Ilha Perdida, o destino dos personagens.
Aos poucos vou alimentar vocês com mais informações sobre o cenário. Por enquanto, acho que essas informações básicas são o suficiente rs Quaisquer dúvidas é só gritar.
A princípio, estarei usando a 5ª edição de Dungeons & Dragons. Fiquei muito dividido entre esse ou o Fantasy AGE, uma versão de cenário genérico derivado do sistema de Dragon Age RPG, com o qual estou bem mais familiarizado. Só que como criei o cenário pensando em elementos de D&D, e algumas coisas teriam que ser adaptadas para usar o Fantasy AGE, resolvi me arriscar mestrando D&D pela primeira vez. Seja o que a Deusa quiser
Mas ATENÇÃO: jogadores não experientes com D&D ou sequer com RPGs no geral são muito bem-vindos! As mecânicas servem para manter realista a interpretação, mas jamais para se sobreporem a ela. Venham com disposição e imaginação que o resto a gente se vira.
Eu tenho o hábito de escrever posts longos e descritivos. Não que eu ache que isso seja melhor ou pior que jogar por posts curtos, é simplesmente meu estilo. Claro que no meio de batalhas ou cenas mais dinâmicas os posts serão mais curtos, mas no início de tópicos ou na introdução de novos lugares, preparem-se para parágrafos atrás de parágrafos
Fiquem tranquilos que eu não vou exigir que vocês façam posts grandes também, fiquem à vontade para jogar como preferirem. Só estou falando para vocês saberem onde estão se metendo, e se é esse o tipo de mesa que vocês curtem.
E digo mais: roleplay acima de mecânicas SEMPRE! Então não quero ninguém fazendo personagem para ser forte sem privilegiar a personalidade e a história de cada um. Deixe voar sua imaginação, e ajuste às regras depois <3
Estou pensando em um grupo inicial de 3 a 6 jogadores. Manifestem interesse por aqui ou por MP pra eu separar sua vaguinha, e depois que a mesa estiver criada nós vemos a parte de criação de personagens.
Já adiantando que, a princípio, ficamos restritos às opções do Livro do Jogador. Mas não é nada rígido, se você quiser pegar algo de outras fontes só fala comigo pra eu ver se é compatível com o cenário.
Quaisquer outras dúvidas, só gritar