Darsan
População: 923.450
Capital: Wasta
Principais Cidades: Dateri, Sartyud
Etnias: Arsaiöu (80%), Garbaiöu(10%), Harsaiöu(10%)
“
Em Darsan caminhando pelos seus gelados planaltos e pastos, o que você mais vê é os pastores com as suas ovelhas andando pelos campos, mas não se deixe iludir. O reino sempre tem formas lindas e cruéis de te surpreender, quase como se houvesse um lobo em meio às ovelhas” Yaloth, loucura e genialidade, as duas faces do reino do inverno, As crônicas do por do sol.
As terras de Darsan foram umas das ultimas a serem colonizadas após o êxodo de Sayern. O general Marmes primeiro líder do povo do Norte foi uns dos últimos a deixar o destruído reino élfico. Ele foi bastante culpado e estigmatizado pela derrota que sofrera no fim da guerra com a Teocracia de Alates. Suas tropas tinham ficado sob o encargo de guardar a grande cidade em caso de avanço de hordas inimigas.
O que aconteceu foi que nos momentos finais da guerra, enquanto as tropas conjuntas de Sayern e Khor avançavam sobre o mar em direção a Lonar. Um exercito da Teocracia avançou rumo ao reino élfico. Os comandados por Marmes eram em sua maioria pastores que viviam nos planaltos altos e montanhas. Facilmente derrotados foram, pois não era realmente soldados experientes como as outras legiões do exercito de Sayern.
Em meio à desgraça ter sido a tropa a deixar os inimigos destruírem e pilharem a cidade élfica. Marmes e seus seguidores ficaram mais tempo que os outros elfos em Dorfalâr. Não sabe ao certo o porquê dessa atitude do general e futuro rei de Darsan. A lógica ditaria que eles fossem os primeiros a ir embora, justamente pra esquecer a vergonha da derrota, mas não foi isso que aconteceu.
Anos depois da partida dos seus outros compatriotas de Sayern pra Anfalâr, Marmes chegou ao continente novo. Ele e os seus seguidores ficaram com a terras que sobraram. Elas eram justamente os frios planaltos que se estendiam desde as margens do Arnen norte até as fronteiras de Golid.
Golid, alias, era o reino de onde tinha vindo a esposa de Marmes. Kara, filha de Solir, tinha uma conturbada relação com o pai. Sua mãe tinha morrido durante o seu parto, fato que nunca tinha sido assimilado direito por Solir, seu pai. A partir daí a relação só evoluiu pra pior, ao ponto dele, rei de Golid, entregar a filha praticamente ao seu primeiro pretende que surgisse.
Kara já nascera com serias tendências ao desequilíbrio emocional e a sua relação perturbada com o pai só piorara isso. Da rainha de Darsan praticamente podia se esperar tudo. Desde espetáculos de violência, a decisões sabias, e também ideias geniais. No entanto a atitude que lhe rendera o apelido de “A louca” foi durante a guerra contra os vampiros em Donute. Numa batalha aonde os exércitos comandados por ela e seu marido estavam sendo largamente derrotados, Marmes ordenou a retirada das tropas para salvar o seus números e poder no futuro subjulgar os sugadores de sangue, mas Kara não gostou da decisão. Ela insatisfeita com a postura “covarde” de seu cônjuge, fez nada mais nada menos que cortar a garganta do próprio marido e reordenar que suas tropas continuassem. No final eles acabaram vencendo, mas os custos foram absurdos. Desde então todos sejam de Darsan ou de outros reinos de Anfalâr passaram a chamar a soberana do norte de louca.
Este fora apenas o mais famoso episodio da infame rainha, talvez poucos conheçam a sua historia de rivalidade e raiva com o rei de Toriah. Kara nos seus anos anteriores ao seu casamento com Marmes tinha sido apaixonada por Tomark. O soberano do reino central de Anfalâr era conhecido pela sua beleza incomum e o seu apreço incomparável as leis. Isso de certa forma atraia a filha de Solir. Ela tentara de todas as formas se aproximar e conquista-lo mas sempre fora rejeitada. Isso fez crescer a raiva em seu interior e queria provar ao seu amor platônico o quanto tinha se enganado em não querê-la.
Foi assim que as brigas entre Darsan e Toriah começaram. Uns dos casos mais famosos foram os roubos de cabeças de gado nas fronteiras dos dois reinos. Esse acontecimento tinha total complacência de Kara, mas o reino do norte não era só impregnado com a loucura, tinha também a genialidade da sua rainha.
Uma das decisões geniais era a sua parceira com o reino dos Garbaiöu no leste. Caravanas vinham de Moriatroll para Dateri e Sartyud fazer comercio. Isso fazia Darsan um pouco independente do comercio com as ricas cidades do ocidente. Fato que ajudou a resistir a crise que se instalou nos reinos vizinhos depois que Donute passou a controlar o comercio com o ocidente.
Outra inovação feita pela rainha “louca” foi o revezamento entre a pecuária de ovelhas e a agricultura. As ovelhas soltas nas plantações durante os invernos e outonos, nas primaveras e verões elas eram recolhidas as suas próprias áreas. Isso fez com que a produção agrícola dobrasse, pois os animais acabavam adubando a terra com as suas fezes durante o período que não se poderia plantar.
Thelran não gostava de Kara, um dos motivos era justamente por ter feito o seu reino independente demais em relação aos outros. Darsan não tinha um dos melhores exércitos e nem um dos maiores, mas ele sabia que a rainha preferiria botar fogo em tudo do que entregar as suas terras. Era justamente por isso que o rei sempre pensava com cuidado em relação ao norte no seu plano de conquista de Anfalâr.