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    [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc

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    Mensagem por Mellorienna Ter Jan 29, 2019 5:48 pm





    Apartamento Desconhecido


    7h
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    Eram exatamente 7h da manhã quando acordaram, todos ao mesmo tempo, de um sono sem sonhos.

    Sentiam-se leves, estranhos e maravilhosos - como uma criança que tivesse dormido embalada no colo da mãe após uma crise de choro. Esperavam olhar ao redor e ver o belo Jardim ao sol da manhã, talvez com um cheirinho de pão saindo do forno, preparados pelas mãos habilidosas de Irmã Graça...

    ... mas não havia nada.

    Perceberam-se, os quatro, acordando em uma sala pequena de um apartamento minúsculo, cujas paredes há muito não pintadas pareciam impregnadas do alcatrão de milhares de cigarros. Havia um banheiro de 1m x 1m, com um espelho pequeno e embaçado acima da pia, em um daqueles armários de plástico antigos, onde as vovós guardavam creme para dentadura. Mas, ali, muitos remédios - para dor, para ficar acordado, para dormir, para infecção, para tosse seca - e certo número de drogas ilícitas - LSD e cocaína, em grande parte.

    No pequeno quarto, uma cama de casal descoberta, cujo colchão tinha muitas marcas de sangue e provavelmente já tinha visto dias melhores, e um guarda-roupa simples, com algumas poucas mudas de roupa. Masculinas. Calças jeans e camisetas surradas de bandas de Heavy Metal. Um desodorante já no fim. Um par de coturnos gastos, com a aparência macia e confiável que apenas muitos anos de luta poderiam dar a um calçado como aquele. Tamanho 42.

    A sala e a cozinha eram um só cômodo, sem divisões. Não havia louças sujas nem lixo a recolher. Nos armários, poucos copos, todos sem par, alguns daqueles de requeijão. Poucos pratos, alguns lascados, alguns com flores - talvez herança de dias menos sombrios. Na geladeira, uma jarra de plástico com água, seis latas de cerveja popular e uma dúzia de ovos. Além de uma caixa de pizza, cuja nota fiscal - grampeada à tampa - indicava que era de dois dias atrás. Ainda restavam sete das doze fatias de pepperoni.

    O cheiro de cinzeiro era forte, apesar de não haver cinzas pelo lugar. O chão, as paredes, os móveis, tudo cheirava como um grande cigarro barato. Mas, na maior parede da sala, o dado mais impressionante sobre aquele pequeno apartamento desconhecido: um enorme esquema, estilo Mapa de Crime, com fotos e informações acerca de uma jovem - aparentando ter algo entre 16 e 21 anos, dependendo da foto - sob o nome de "Lucy D'Arc".

    "Noturna?" - a caligrafia masculina, apressada e angulosa, tecia a pergunta. E, em um dos registros, era possível ver que Lucy D'Arc foi fotografada enquanto observava uma mulher à distância. Uma mulher que Antônio, Doc e Mayane reconheceram como sendo a médica legista levada naquela noite: Ana Rita.


    Padre
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    [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc

    Mensagem por Padre Ter Jan 29, 2019 8:43 pm

    A NEW PATH

    Doc ia dormir aquela noite com um sentimento acre no estômago, por mais que não tivesse problemas pra cair no sono ou coisa do gênero, existia uma preocupação no que dizia respeito a missão e aos seus colegas. Mas o que poderia fazer?

    Eram 7h da manhã quando acordou e todos haviam acordado junto, a noite era como qualquer outra e a manhã também. Doc já era acostumada a dormir pouco, então seu humor estava nas alturas quando ela levantou, pelo menos era o que ela achava. Se alongava e então respirava fundo ainda com os olhos fechados, quando os abriu novamente percebia que não estavam mais no Jardim e o desespero aumentava.

    Dom, Mayane, Antônio, vocês se lembram de alguém mudar a gente de lugar ontem? Porque se não acho melhor a gente já ficar alerta.

    Doc se aproximava do banheiro ainda sem entender o que estava acontecendo, abria o armário e se deparava com um monte de remédios, remédios esses que conhecia muito bem, mexia e remexia espalhando tudo, então voltava para os companheiros ainda levemente perplexa.

    Esse lugar está cheio de remédios e drogas, seja lá quem vive aqui não tá brincando.

    Doc tentava se acalmar procurando por suas coisas, pensando melhor alguns palpites vinham na sua cabeça sobre o que teria acontecido, no fim do dia só torcia para não estar já no covio dos noturnos ou perdida na umbra. Enquanto procurava por suas coisas encontrava o colchão com marcas de sangue e algumas camisetas de banda, respirou fundo mais calma. Usando só a sua camiseta preta e calça jeans se dirigia até a cozinha. Encontrava os pedaços restantes de pizza e agradecia aos céus por aquilo. Pegava então, supondo que não teria problema e levava até os outros caçadores.

    Talvez esse apartamento seja... Do Ace? De qualquer jeito, tinha isso sobrando na geladeira, acho que não tem problema comer e vocês vão precisar estar cheios de energia também...

    Enquanto comia Doc aproveitava pra acender um cigarro, mesmo sendo um cheiro que parecia ser característico, procurava uma janela próxima para não incomodar seus companheiros, mas ainda assim não deixava de reparar no curioso mapa de crime que adornava a sala com informações relevantes para o que parecia ser o próximo passo de suas investigações.

    Mayane, Antônio, perceberam? Aquela é a... Dra. Rita. Mas não é só isso, eu achei que teriam mais noturnos atrás dela, é só uma? O que ela poderia querer com a legista? Eu vou pesquisar este nome no google e ver o que eu acho, meio improvável ter algo sobre noturnos na internet, mas nunca se sabe.

    Pegava então seu celular e conduzia sua pesquisa enquanto desfrutava de seu cigarro.
    Ryan Schatner
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    [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc

    Mensagem por Ryan Schatner Qui Jan 31, 2019 1:05 am



    Antônio dormira feito pedra. Quando despertou, como de costume, a primeira coisa que fez foi puxar o celular e conferir as horas. 7 em ponto! Sentiu-se satisfeito por um bom período de sono após os conturbados eventos de uma noite de parecia nunca acabar, mas ao reparar o local onde estava, uma sensação gélida de espanto e alerta lhe acometeu as entranhas.

    Ao ouvir a pergunta de Maria, outra série de indagações lhe percorreram a mente: Onde estavam? Que lugar era aquele? E como diabos haviam chegado ali?

    Levantou-se em um pulo colocou-se em prontidão. Primeiro, abriu apenas uma fresta da janela para observar o exterior do apartamento, e logo após, checou a porta de entrada na intenção de constatar se estavam trancadas ou para onde levavam.

    — Não Doc, a última coisa de que me lembro é de adormecer no quarto da casa onde estávamos.

    Começou a vistoriar o local minuciosamente, com a prática de sempre. Tentava acompanhar e ajudar a médica, investigando o conteúdo do banheiro, do guarda-roupas e dos demais ambientes da casa. De fato, parecia o tipo de lugar que Ace frequentaria.

    — Esse lugar tem mesmo a cara dele.

    Agradeceu pela pizza e se propôs a fritar alguns ovos para o grupo. Largou a panela no momento em que Doc citou o mapa criminal e o nome da legista. Se aproximou do mesmo e o analisou meticulosamente, com aquele raciocínio excepcional de que era dono, buscando fazer ligações que o autor daquele quadro não teria sido capaz de fazer. E ali permaneceu por vários minutos, silente, encarando o esquema de braços cruzados, com uma espátula na mão. Se a foto de “Lucy” estivesse em um bom ângulo, tiraria uma cópia da mesma em seu celular e entraria em contato com a agência.

    Intranet ABIN:

    Enquanto digitava a mensagem na intranet da ABIN, com a espátula pendurada pelo cabo entre os dedos mínimo e anelar de sua mão direita, Antônio perguntou a seus colegas:

    — Alguém de vocês já utilizou uma arma antes? Vou arrumar algumas coisas boas pra gente!

    E continuou em sua segunda mensagem.

    Intranet ABIN:

    Voltou-se novamente ao fogão e continuou a prepara os ovos. Um pensamento perturbador e de paranoia lhe ocorreu enquanto preparava a comida pensando na situação daquele local onde estavam, com toda aquela droga e anotações suspeitas. E se aquilo fosse uma armadilha para incriminá-los de tráfico e seja lá pelo o que tenha ocorrido com Ana Rita? Ergueu o fogo e acelerou seus afazeres. Não era segura ficar ali por muito tempo!

    — De qualquer forma, vamos comer logo e dar o fora daqui!

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    Mensagem por Mellorienna Qui Jan 31, 2019 4:13 pm







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    Doc: Lucy D'Arc não tinha um perfil nas redes sociais, mas Maria Ivri encontrou diversas menções à ela em posts relacionados à casa noturna Zhotique. A moça parecia não gostar muito de selfies com os amigos, mas aparecia em algumas fotos, meio de perfil, meio de surpresa. Como era de se esperar de publicações com o tema "balada", as legendas não informavam qualquer coisa útil.

    Não havia outras referências no Google à Lucy D'Arc, que teimava em corrigir a pesquisa para "Você quis dizer Joana D'Arc?" quando Doc atualizava a página. Os poucos registros e menções que encontrou datavam dos últimos 10 meses.

    Antônio:

    A porta estava trancada por dentro com uma daquelas travas de segurança de metal, que já não se usava mais há tempos, vez que o olho-mágico havia dispensado a necessidade de que se abrisse uma fresta da porta para ver quem batia. Porém, não estava chaveada e a trava era de facílimo manuseio.

    INTRANET ABIN:

    A vizinhança pela janela parecia ser a de um bairro de classe média-baixa, região simples, com algum comércio local (padaria, farmácia, boteco copo-sujo com um caça-níquel antiquado quase na porta, casa lotérica, jogo do bicho e açougue). O prédio em que estavam dava de frente para a rua, mas era possível ver que havia outros blocos, no que parecia um condomínio. Cada cortina de uma cor, pintura descascando e varais pendurados pela janela, ostentando de uniformes de trabalho até roupas íntimas.

    INTRANET ABIN:

    Todos na cena:

    APARÊNCIA DE LUCY D'ARC:


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    [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc

    Mensagem por Guilix Sex Fev 01, 2019 4:23 pm




    Padre Inácio
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    ORA ET LABORA

    Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos.
    2 Coríntios 5:7


    O padre acordou. A noite de sono tinha sido um bálsamo para a tensão do dia anterior. Finalmente aquele pesadelo tinha acabado, e Inácio tinha esperança de que aquele dia seria melhor que o outro.

    As palavras de Irmã Graça ainda ecoavam em seu coração quando ele abriu os olhos. "Anda serenamente o seu caminho por entre o barulho e a pressa, e lembra que o silêncio é paz". A Fé deveria ser seu guia, e nada mais. Naquele momento, ele parecia enxergar a realidade de uma forma diferente de antes, e ele tinha entendido a diferença que ele deveria ser naquele grupo.

    Sentou-se onde estava olhando ao seu redor, mas não sentiu medo por estar em um lugar estranho, a paz havia atingido seu coração. Fechou os olhos e fez uma rápida oração silenciosa pedindo a proteção de Deus para aquele dia. Apesar de rápida, aquela costumeira oração foi mais sincera do que muitas belas rezas que ele já havia efetuado.

    Levantou-se e saudou seus companheiros com simpatia paroquial. Ao ouvir Ana e Antônio conversando sobre o lugar, Inácio confirmou com a cabeça as suspeitas de que aquele lugar poderia ser um refúgio de Ace.

    Se dirigiu até a cozinha analisando o lugar. Procurou por uma cafeteira ou algo que pudesse preparar café para os outros, mas para beber só achou água e cerveja.

    - Acho improvável que corremos algum risco aqui. Estamos exatamente com o grupo que ficou decidido ontem a noite. Então não é por acaso. E se formos sair, vamos pra onde?

    Observou as anotações e fotos na parede, e teve mais certeza de que aquele lugar pertencia a Ace.

    - Nossa missão é encontrar Ana Rita, certo? Já temos nossa primeira pista.

    Ao ouvir a pergunta de Antônio sobre usar uma arma, o padre sorriu e respondeu tranquilamente:

    - Obrigado, Antônio, mas para mim não será necessário.

    O padre pegou o celular e conferiu no GPS onde estava. Procurou algum mercado ou padaria por perto.

    - Bom, eu não estou consagrado... então acho que não vou chamar tanta atenção. Vou comprar algo para beber. Alguém quer algo do mercado?

    Se não for impedido, o padre sairá do apartamento em direção ao mercado.




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    [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc

    Mensagem por Nazamura Dom Fev 03, 2019 8:37 pm

    Mayane acorda então no apartamento, que parece muito com o seriado que ela tinha acabado de assistir na NETFLIX do Mecanismo, todo descuidado com varios pins na parede, uma casa de homem, talvez solteiro, mas logo reconhecera no board que ele estava procurando por Ana Rita.
    Estava ainda meio sonolenta, um pouco desorientada por ter acordado cedo, perdeu a noção de onde estava por um tempo, até ser questionada por Doc
    Maria escreveu:― Dom, Mayane, Antônio, vocês se lembram de alguém mudar a gente de lugar ontem? Porque se não acho melhor a gente já ficar alerta.
    - Tanta coisa aconteceu de estranho desde a reunião no pet que até lapso de memória nem ta me surpreendendo mais - disse entrerisos tentando disfarçar um pouco o nervosismo
    Maria escreveu:― Esse lugar está cheio de remédios e drogas, seja lá quem vive aqui não tá brincando.
    - Ou nos drogando... Isso explicaria o lapso de memória
    Maria escreveu:― Talvez esse apartamento seja... Do Ace? De qualquer jeito, tinha isso sobrando na geladeira, acho que não tem problema comer e vocês vão precisar estar cheios de energia também...
    - Eu tambem reparei que provavelmente é uma kitnet de alguem solteiro, de um homem. - mantinha-se de braços cruzados olhando o pequeno comodo
    Maria escreveu:― Mayane, Antônio, perceberam? Aquela é a... Dra. Rita.
    - Reparei, e o quadro está montando igual no seriado do Mecanismo - sorria denovo, vendo sua companheira indo fumar um cigarro, não estranhou muito, já que todo o ambiente já estava impregnado

    Tony escreveu:— Alguém de vocês já utilizou uma arma antes? Vou arrumar algumas coisas boas pra gente!
    - Eu não uso armas, nem sei atirar com uma pra falar a verdade
    Notou que havia restos de uma pizza-de-ontem disponivel e começou a andar na direção da despensa pra verificar se tinha algo que poderia ser preparado ou cozinhado. No que Tony já estava a fritar ovos
    Tony escreveu:— De qualquer forma, vamos comer logo e dar o fora daqui!
    Padre escreveu:- Acho improvável que corremos algum risco aqui. Estamos exatamente com o grupo que ficou decidido ontem a noite. Então não é por acaso. E se formos sair, vamos pra onde?
    - Ir pra onde? pra Umbra? pro Sonhar? existe algum caminho que leva até la?

    Padre escreveu:- Bom, eu não estou consagrado... então acho que não vou chamar tanta atenção. Vou comprar algo para beber. Alguém quer algo do mercado?
    - Eu queria algumas frutas e verduras, não parece ter nada na despensa, se quiser vou com você - sorria fungando o nariz de leve um pouco incomodada com o cigarro, mas não só com isso sentia toda a vibração colocada no quadro com as referencias atrás da garota

    tudo aquilo que você coloca paixão (seja boa ou ruim) deixa uma assinatura que a mediunidade de psicometria é capaz de ler, ver formas-pensamentos, residuos densos e mesmo que não se concentrasse, a propria vibração do lugar já estava deixando Mayane um pouco incomodada, como se estivesse ligeiramente abafada.
    Seria esse o board?:
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    Mensagem por Mellorienna Seg Fev 04, 2019 3:13 pm





    Salão das Estátuas


    12h
    - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -



    Comiam. Bebiam. Perdiam tempo, talvez por não se sentirem preparados, talvez para evitar o que viria.

    Doc e Antônio sabiam que invadir um covil de Noturnos seria como estar nas visões de Mel da Paixão - sangue, pólvora, gritos. Mas, dessa vez, estariam por conta própria. Será que a Umbra teria sido mais segura? Haveria algum lugar realmente seguro?

    Mayane e Dom Inácio foram às compras. Aquele era um bairro periférico, simples, com a violência perimetral que sempre acompanhava aqueles cenários: drogas, adolescentes armados, crianças apanhando, um grito de mulher, cachorros esquálidos para todo lado. Muitas das casas nas ruas de trás - onde ficava uma pequena mercearia que visitaram - não tinham reboco ou qualquer pintura. Tijolos à mostra, reboco descascado e pichações. O apartamento ao menos ficava em uma rua asfaltada, onde não chegaram a ver esgoto a céu aberto.

    Ainda era bem cedo quando Antônio saiu, retornando com armamento para todos. Mayane não sabia atirar, Dom Inácio havia se negado a armar-se com mais que sua fé e Doc era alguém que curava, até então, não alguém que feria. Olhando o grupo, talvez Antônio começasse a entender que faltavam alguns músculos. Truculência teria sido bem vinda nessa hora, mas o agente havia ficado com duas moças e um padre. O mais provável era que tivesse que coordenar ataques e agir muitas vezes sozinho.

    Munidos de todos os dados que a parede cheia de pistas poderia fornecer, saíram os Caçadores rumo ao bairro da Campina, onde o endereço obtido os conduziu até Biblioteca Municipal Rachel de Queiroz. Àquela hora da manhã, o grandioso edifício estava quase deserto, emanando um ar de suspense a cada passo do quarteto a ecoar pelo chão de porcelanato. A indicação era bastante precisa: corredor 66, entre as estantes 5 e 7. Depararam-se com a réplica da estátua de um grifo, asas semi-abertas, guardando o espaço que ficava de frente para a estante 6, do outro lado do corredor. Vermelho, preto, branco, branco, vermelho - dizia a última instrução que angariaram no apartamento. Até aquele momento, não haviam entendido, mas parecia haver uma espécie de enigma ali: o grifo estava sentado com as patas dianteiras sobre blocos coloridos (vermelho, branco e preto) que simulavam livros. Concordaram em tentar a sequência proposta. Silenciosamente, girando em seu próprio eixo, a estátua deu lugar a uma escada em espiral, que descia rumo ao subsolo inexplorado da Biblioteca Municipal.

    As pistas no apartamento só iam até ali, e os Caçadores desceram as escadas completamente alheios ao que poderia esperar por eles no fim dos degraus. Com coragem e Fé, desceram até atingir um enorme salão de mármore. A estátua do grifo recuou silenciosamente de volta para cima, girando em seu próprio eixo, e impedindo que o grupo pudesse tomar aquele caminho de volta. Só restava seguir em frente.



    [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc SOtaMvE



    Dos dois lados do salão, imensas estátuas de homens estavam posicionadas de modo a dar a sensação de que carregavam o teto nas costas curvadas (marcadas com estrelas, de 1 a 6). Era possível ver que o trabalho em mármore havia sido feito de tal forma que os veios da pedra fizessem pensar em cicatrizes deixadas por chibatadas. O sofrimento no rosto esculpido de cada estátua era terrível. Com exceção das estátuas #1 e #4, todas tinham a órbita esquerda vazia, oca, como um buraco de escuridão que aumentasse a agonia de encarar aqueles rostos em pedra. Nas estátuas #1 e #4 havia o que parecia ser uma pedra circular, do tamanho aproximado de uma bola de tênis, de aparência lisa e polida. Todas as estátuas eram de homens.

    Aos pés de cada uma delas, havia uma estrela incrustada em uma placa de metal, cada uma com um número diferente de pontas, conforme relação a seguir:

    #1 : 4 pontas
    #2 : 8 pontas
    #3 : 5 pontas
    #4 : 9 pontas
    #5 : 13 pontas
    #6 : 6 pontas

    Bem no meio do grande salão, uma piscina cristalina, onde uma luz azul confortável ondulava, dando às paredes um ar místico, como se o salão inteiro estivesse em um palácio no fundo do mar. Olhando da borda, era possível ter a noção aproximada de que a piscina deveria ser funda - em que pese os fluídos mais densos que o ar muitas vezes distorcerem a capacidade humana de medir coisas assim. Lá em baixo, no fundo da piscina, uma pilha de ossos humanos se avolumava de modo surreal, em contraste com o bastão metálico que emitia a luz azul e parecia tornar o ambiente tão reconfortante. Entre os ossos, brancos e limpos, era possível ver uma chave preta, do tamanho da palma de uma mão, com aparência rebuscada e antiga.

    O amplo saguão estreitava-se então por alguns metros, voltando a abrir-se diante de uma estátua ainda mais desconcertante que as seis primeiras. Ela representava um homem vestido na batina típica dos padres, com a cabeça voltada para trás, encarando o teto, as mãos agarradas aos cabelos e a boca aberta em um grito de profunda agonia. De suas órbitas vazias, lágrimas contínuas escorriam - como uma fonte - singrando o pequeno corredor e atingindo o grande salão, onde alimentavam a piscina. Esse caminho de lágrimas era escavado no mármore, de modo que não havia respingos ou curvas que impedissem a perfeita alimentação da piscina.

    Dos lados esquerdo e direito desta última estátua, havia portas.

    A direita da estátua, um grande bloco de mármore maciço, com entalhes em baixo relevo que talvez constituíssem algum tipo de linguagem antiga, em forma de cunas. Não havia dobradiças, maçanetas, fechaduras ou qualquer mecanismo que pudesse ser usado para abrir tal porta.

    A esquerda da estátua, uma porta de ferro negro com uma fechadura antiga.

    Não havia nenhuma outra porta ou janela no local. Cada uma das estátuas da primeira sala mede cerca de seis metros (altura aproximada do teto). A estátua que chora mede cerca de quatro metros e meio. A luz azul que ilumina tudo é confortável, um pouco mais forte que a meia-luz, mas para ler algo escrito em um papel seria melhor usar a lanterna do celular. Não há sons além do levíssimo ruído que as lágrimas da estátua produzem em seu caminho até a piscina.


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    [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc

    Mensagem por Nazamura Qua Fev 06, 2019 11:49 am




    Mayane aproveitou um momento de distração com Dom Inacio, e enquanto comprava legumes mentalmente se distraia e deixou-se relaxar no momento, o dia foi muito tenso e o novo dia que começava estava mais light embora ainda do misterio de ter acordado sem saber como chegou la. Olhou a vizinhança, que podia ser considerada um sub-mundo, com esperança perdida e sentiu compaixão daqueles espiritos em provas mais dificies do que a sua e rezou

    "Joana, eles não estão enfrentando vampiros, nem tentando salvar o mundo, nem conhecem a umbra ou monstros, pra cada um deles " - e olhou para a direção onde provavelmente ouvira um grito de mulher seguido de crianças apanhando, sentiu uma lagrima que teimava em escorrer de seus olhos mas sabia que melodrama demais não é ajuda e que ser fria demais não é ser humano, fez a unica coisa que podia no momento que era continuar sua oração " Cada um deles tem sua luta diaria, tem seus desafios, dores e sofrimentos para aguentar, resgates a fazer e cada um vai evoluir a sua maneira, olhe por todos eles minha anja, alivie os que sofrem como meu coração tanto deseja e no momento não pode, amem "

    Logo o grupo saiu em direção ao endereço marcado onde com uma combinação estranha a estatua mostrou acesso a uma sala antiga da biblioteca, o grifo voltou a posição trancando os caçadores. O coração de Mayane palpitava no pescoço a escadaria levou a um grande salão com diversas estatuas e uma meia luz onde ela instintivamente pegou o celular e colocou no modo lanterna pra poder enchergar melhor.

    Sentiu-se arrepiada da espinha ate a nuca, quando viu as estatuas, estando em um ambiente assim sem acesso e oculto por muito tempo costuma ser tambem lar de espiritos de baixa vibração e não demoraria muito pra eles perceberem que há uma medium ali entre eles.

    "Ilumine nossa caminhada Joana, fique comigo, proteja o grupo e oriente nossa jornada, estou com medo, meus 3 amigos que me acompanham, por favor dêem uma olhada pra mim nesse lugar, digam-me o que nos espera e quem aqui está se puder, eu não poderei ajudar o grupo senão com informações de qualquer natureza, obrigada." - tentou rezar pra se acalmar, mantendo-se perto da escada em B7, depois caminhou ate E7 atraida pela luz que parecia reconforta-la enquanto olhava para o fundo vendo a pilha de ossos e a mão segurando a estranha chave que lhe chamava a atenção

    - Esse lugar me lembra aquele filme da Lara Croft, exceto que eu não tenho treinamento nenhum no que ela faz - tentou puxar uma conversa com Maria embora sua voz saisse um pouco tremula, demonstrando estar assustada enquanto olhava para a agua e aos arredores

    como ela vê o interior da biblioteca estilo tomb raider:

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    Padre
    Cavaleiro Jedi

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    [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc

    Mensagem por Padre Qua Fev 06, 2019 9:20 pm

    A NEW PATH

    A pergunta de Antônio e sua recente atitude de acreditar que estavam sendo incriminados assustavam Doc, por sorte ela era uma pessoa calma e resolvia pensar melhor antes de tomar qualquer tipo de atitude, ainda com o cigarro em mãos se aproximava do companheiro mas continuava a analisar o quadro ainda de pé.

    Não acho que seja isso, que tenha alguém tentando nos incriminar. Eu não acho que Lucy seja uma das meninas que sumiu, ela está mais é com cara de responsável. Se o objetivo de quem nos colocou aqui fosse esse, já estaríamos cercados, afinal, estávamos dormindo. E também não, nunca usei uma arma, não tenho a menor destreza pra isso, quer dizer... A menos que você precise de um transplante.

    Ria para o rapaz e então afastava-se novamente para perto da janela.

    Apesar disso acho que vocês vão achar interessante as informações que eu achei. Essa menina, Lucy, não tem perfis nas redes sociais, mas ela está relacionada a boate Zhotique, existem diversas menções a ela por aqui em postagens. Talvez Gerson saiba de alguma coisa, mas com eles estando no Sonhar, duvido que tenhamos alguma resposta.

    Ao ouvir que o Padre iria as compras e que Mayane iria junto não questionava, mas não conseguia evitar de pensar que poderia estar fazendo algo mais produtivo e nessa equação, ela mesma se colocava. Era boa em não torcer o nariz, mas estava ficando mais difícil. As lembranças sobre as visões da Mel vinham a tona hora ou outra e nesses momento ela encarava Antônio que talvez soubesse o que ela estava pensando. O que estavam fazendo talvez fosse suicídio, ainda mais sem o poder de fogo necessário, mas, qual outra opção teriam?

    Enquanto ainda estava sozinha com Antônio, resolveu soltar o verbo.

    Você se lembra... Não lembra? Se aquilo é o que nos espera, eu não acho que simples armas vão nos trazer a vitória nessa noite, mas mesmo assim, me dê uma. ― Os olhos da médica encontravam os do rapaz. ― Espero não precisar usar, mas se chegar a isso...

    O tempo passava e com as informações que tinham, seguia rumo ao bairro da Campina, até a Biblioteca Municipal, um localidade estranha, mas talvez fosse a primeira resposta palpável que conseguir naquele dia. Ao chegar no local indicado encarava as estátuas com duvida nos olhos, os outros tomavam a atitude de resolver aquele enigma tirando o peso das costas de Doc que provavelmente passaria horas resolvendo aquilo. Ao encontrar o caminho que se abria, sabia que as coisas poderiam dar muito errado lá embaixo.

    Antônio...

    Era tudo o que a mulher dizia com um olhar sério indicando que era para o rapaz se preparar para o pior. Só não ficou surpresa pela porta fechando atrás porque já havia visto mais de trezentos filmes de terror e estava calejada com aquilo, mas isso não significa que não sentia um leve temor sobre o que encontrariam lá embaixo. O salão era gigantesco e aquilo era magnífico, mas o que realmente chamava a atenção de Doc eram as estátuas.

    Escravos?

    Perguntava para quem tivesse o ânimo de responder, apesar de saber que saber daquilo não faria a menor diferença. Se aproximando, olhava cada uma mais de perto instigada pelas estrelas que carregavam, passava o dedo por elas enquanto hora ou outra olhava pra cima contemplando mais uma vez a grandiosidade das estátuas.

    Alguém sabe dizer se estrelas com esses números de pontas representam algo?

    Doc forçava a mente tentando lembrar-se de qualquer coisa que pudesse vir a ajudar. Em seguida levantava-se e continuava a se aventurar salão adentro. Se aproximou então com certo receio da água enquanto observava o que havia dentro. A profundidade de fato não era algo que chamava a atenção da jovem médica, mas os corpos com certeza eram o charme do local e o que cativavam sua atenção. Visivelmente tensa, chamava os outros.

    O fundo está repleto de corpos e tem uma chave lá embaixo e... Eu realmente acho que não deveríamos tentar pega-la, aquela pilha de corpos está lá por algum motivo. Talvez se fizermos algo aqui na superfície a água desce e a gente consiga, mas do jeito que está, acho meio impossível.

    Novamente então Doc se levantava e encarava a grande estátua do "padre" e as duas portas que o cercavam, estavam presos e sem saber o que fazer. Enquanto levava uma das mãos ao queixo tentava descobrir como tira-los daquele lugar.
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    [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc

    Mensagem por Mellorienna Qui Fev 07, 2019 3:52 pm









    Na porta à direita da estátua que chora, Doc nota que existem estrelas de metal dourado incrustadas: iguais àquelas achadas na base das estátuas da primeira parte da sala.

    As estrelas estão no meio da porta, uma ao lado da outra, horizontalmente, e têm um buraco no meio, do tamanho de uma bola de gude. Elas têm da esquerda para a direita, TREZE, SETE e DEZESSEIS pontas.


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    [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc

    Mensagem por Mellorienna Sáb Fev 09, 2019 5:46 pm





    Salão das Estátuas


    12h20min
    - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -



    Presos naquele grande salão subterrâneo, os Caçadores observavam a sala, não deixando de notar a ausência de qualquer luz solar naqueles amplos salões. Talvez fosse algo a se esperar do covil de Noturnos, mas uma inquietação crescente se avizinhava do quarteto, que sentia que estar longe das bênçãos do Sol poderia ser um fator determinante naquela empreitada.

    Parada diante da porta entalhada, que trazia três novas estrelas à equação misteriosa que se desenhava ali, Doc quase podia ver girarem as engrenagens de sua mente. Duas das seis estátuas no salão principal, sustentado o teto nas costas, tinham a órbita preenchida por pedras lisas, redondas. Porém, elas eram grande demais para caber ali. Devia haver uma terceira pedra redonda, menor, com as mesmas características lisas e uniformes das duas primeiras. Mas onde estaria?

    Ao mesmo tempo, o número de pontas das estrelas claramente não era aleatório. Por que aquelas estátuas tinham as pedras redondas, e não alguma das demais? Havia uma relação entre o número de pontas, isso era fato. Descobrir qual era essa relação e qual seria o próximo número na sequência poderia tira-los dali. A médica ainda divagava sobre essas questões quando ouviu passos no salão principal.

    Junto à piscina, Mayane orava. A ansiedade ameaçava dominar a psicóloga a cada instante sem notícias de Joana e seus companheiros espirituais. Lembrava-se da fala de sua protetora, ainda na casa no Jardim, no dia anterior. Havia algo de errado na Umbra. Joana estava preocupada quando se despediu de Mayane e a moça temeu pelo espírito iluminado da amiga.

    Até que sentiu um toque em seu ombro.

    Ao virar-se, a moça estava diante de um homem que nunca havia visto. Mas para quem queria sorrir, instintivamente. Ele era alto, com cabelos castanhos onde se viam os primeiros fios brancos junto às têmporas, o queixo quadrado exibindo uma barba por fazer que dava um ar despojado á expressão amigável que tinha. Amigável, porém preocupado. Em suas roupas inteiramente pretas, o homem desconhecido demonstrava em sua postura estar atento, os olhos castanhos bem escuros correndo de um ponto ao outro da sala antes de pararem sobre o olhar de Mayane, de quem ele tomou as mãos:

    - Joana disse-me que viesse. E saí de Estígia para ver-te. A boa freira restou detida pelo Sexto Maelstrom. A Cidade está perdida e os Espíritos que outrora a acompanhavam estão agora além da memória e do tempo, tendo sido consumidos no Oblivion. Contudo, aqui estou, pequena. Foi-me dito que agora atendes por Mayane. - o homem sorriu e apertou suavemente as mãos da psicóloga - Prepara-te, Mayane. Há assassinos a solta. E aqui não poderei estar mais contigo. Na próxima sala, nosso encontro será definitivo. Viva e venha até mim, pequena.

    Antes que pudesse responder qualquer coisa, Mayane ouviu passos vindo de trás de duas das estátuas. E, naquele instante, o homem que segurava suas mãos sumiu, demonstrando sua natureza espectral.

    Enquanto isso, emboscando o grupo, dois rapazes saídos de trás de duas das estátuas miraram suas armas para Dom Inácio, Antônio e Mayane:

    - Quem enviou vocês até aqui?! Para quem vocês trabalham?!

    Doc, na outra sala, estava fora da mira dos sujeitos.




    OFF: A posição dos indivíduos armado é um em 3C e o outro em 8K.


    Ryan Schatner
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    [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc

    Mensagem por Ryan Schatner Dom Fev 10, 2019 2:59 am



    Apartamento Desconhecido
    07h30min


    Antônio estreitava o olhar ao ler as mensagens recebidas na intranet da ABIN. “Definitivamente, uma noturna” – pensou ao ver que a garota em questão falecera em 2017. Mas pensando por outro lado, já vira muita gente “morta” aprontando por aí, e não poderia precisar quando aquelas fotos foram tiradas. Falta de informação precisa era uma das coisas que mais incomodava o agente em toda a sua vida; fazia com que se sentisse despreparado.

    Quando Inácio o respondeu em negativa à sua oferta de armamento, não se ofendeu. Já imaginava que de uma forma ou de outra, o serviço sujo sobraria para si. Resumiu-se a comentar a resposta do padre:

    — Eu compreendo, Inácio. Mas pense por outro lado, o senhor com um rifle na mão seria como um templário moderno! Um guerreiro da fé na defesa dos oprimidos pelas trevas!

    Aos poucos, juntavam peças daquele caso e a menção de Doc sobre a boate Zhotique confirmava a teoria de Lucy ser uma noturna. Assim que Maria concluiu, compartilhou com os presentes as informações que conseguira:

    — Maria Lúcia da Silva Ferreira, nascida em março de 2000, falecida em outubro de 2017. Vocês lembram daquele vazamento do gasoduto em Nova Esperança? Pois é, foi lá que a nossa garota das fotos “morreu” – simulando as aspas com os dedos.

    Quando o Inácio e Mayane saíram, Antônio via nos olhos de Doc que algo a incomodava. Quando ela começou a falar, se lembrou em flashes de todo aquele show de horrores que foram as memórias de Mel. Fechou os olhos e tentou afastar de sua mente aquelas imagens.

    — Sim, Maria. Eu me lembro... Só tento não pensar nisso, quando posso. Tudo aconteceu tão rápido de ontem para hoje, que... – suspirou, claramente incomodado, e sorriu nervosamente – Mas enfim, desta vez não vamos encará-los com armas simples, vamos com tudo pra cima deles! Se o fogo é tão prejudicial assim para os noturnos como disseram, imagina só o que isso vai fazer com eles?

    Antônio sacou seu celular do bolso e mostrou a Doc o trecho de um vídeo onde um homem atirava em um manequim.


    — Fique tranquila, Doc. Você salvou minha vida mais de uma vez, vou fazer o impossível para protege-la, para proteger a todos nós! E além do mais, agora temos a marca dos superpoderes de Mel e Ace – disse num rindo, apontando para a própria testa, numa tentativa de quebrar a tensão da conversa – Seja lá o que isso faça ou como se “usa”.

    Quando voltou com o armamento, deu uma instrução básica para Doc sobre o uso do equipamento. Não tinha segredos em operar uma espingarda semiautomática, era soltar a trava, apontar e disparar. Não era necessário nem mirar com uma calibre 12, uma vez que o tiro era capaz de cobrir uma grande área.

    Salão das Estátuas
    12h00min


    Ao passo que o grifo revelava a passagem da qual era o guardião, Antônio armara-se com o fuzil que trouxera em uma grande mala nas costas, junto com as demais armas. Passou a espingarda para Doc e lhe dirigiu um olhar confiante, com um leve aceno de cabeça. Voltou-se para a escada, acendeu a lanterna atrelada ao cano da arma e desceu fazendo uma cautelosa varredura do local.

    — O lugar está limpo!

    Na primeira ronda, mal reparara nos detalhes do grandioso ambiente, buscando identificar apenas possíveis ameaças para o grupo, retornando aos pés da escada em seguida. Enquanto Doc e Mayane teciam seus comentários e perguntas, aproveitou para examinar as grandiosas estátuas que sustentavam a laje do salão.

    — Essas estrelas devem formar algum tipo de enigma matemático, um triângulo mágico, algum jogo de somas e subtrações, algo do tipo. E se for reparar, só estas duas – apontando para as estátuas #1 e #4possuem o olho esquerdo.

    Caminhou novamente até a piscina, onde viu no fundo, junto aos ossos, a tal chave negra. Pensou que conseguiria pular lá e apanhá-la facilmente, mas logo julgou ser aquela, mais uma de suas ideias temerariamente estúpidas. “Estariam aqueles ossos ali como um espantalho para afugentar curiosos ou pertenciam realmente aos que morreram tentando?”.

    Em seguida, foi até a estátua do padre e averiguou o bloco de mármore onde algo estava inscrito em uma língua que não conhecia.

    — Essa aqui é a única sem uma estrela...

    Retornou até a estátua próxima à escada (C9) e pôs-se a observar melhor a estrela que jazia aos pés da arte, tentando mexer a mesma com a mão, fosse girando-a ou apertando-a, tentando entender como aquele enigma funcionava.

    Off¹:

    Foi quando ouviu as vozes dos dois homens armados que surgiram do nada. De arma em punho e joelhos semi flexionados, caminhou como um gato na direção do homem que estava no lado oposto de sua posição (C3), efetuando dois disparos no indivíduo.

    Padre
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    [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc

    Mensagem por Padre Ter Fev 12, 2019 12:09 am

    A NEW PATH

    Maria Lúcia... Doc ficava um pouco pensativa ao ouvir o nome dito pela boca de Antônio, tinham o mesmo nome e talvez pudessem ter o mesmo destino se a mesma não tivesse sido salva por Mel da Paixão tempos atrás. Era uma informação de certa forma irrelevante, mas que mexia com a mulher.

    Não adianta eu procurar algo sobre ela, agora que ela está morta não vamos encontrar nada útil na internet.

    Em seguida, após ver o funcionamento da arma que lhe era entregue ficava mais tranquila, parecia fácil de usar, mas ainda torcia para que não precisasse. Diante da honestidade do homem, também baixava a guarda brevemente.

    Juntos nós conseguiremos, você vai ver, nós já passamos por tanta coisa em pouco tempo e eu já te considero mais do que eu considerei qualquer um em toda minha vida... Eu acho, pelo menos. Minhas memórias estão meio bagunçadas desde o desmaio de todos. Enfim, a minha marca eu acho que talvez eu consiga fazer funcionar se eu repetir o que eu e Mel fizemos com você no hospital, mas a sua eu não faço a menor ideia... Bom, na hora que tudo for pelos ares, descobriremos.

    De volta ao subterrâneo, aos poucos as informações atingiam Doc com uma lógica que ela não esperava que pudesse ter. Seus olhos passavam novamente pelas seis estátuas do salão principal, enquanto aos poucos percebia o que estava faltando para que pudessem continuar adiante.

    Deve haver uma terceira pedra redonda faltando. ― Dizia em voz baixa enquanto pensava consigo mesma.

    Foi quando se tocou que tinha que dividir o que tinha descoberto com os outros, sua cabeça maquinava sem parar e talvez com os outros não ficariam presos por ali por muito tempo e foi aí que ouviu o que acontecia na sala de trás. Agradecia por ter pedido a arma para Antônio mais cedo, porque por mais que não soubesse atirar, após ver muitas séries e filmes, pelo menos mirar e ameaçar era uma boa opção. Levantava a arma e tentava fazer do jeito que Antônio havia lhe ensinado mais cedo, apontava para o outro que NÃO havia sido alvejado pelos tiros do caçador.

    Eu não sei o que vocês tem na cabeça de saírem apontando armas pros outros desse jeito, mas, armas por armas, nós também temos.
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    Mensagem por Nazamura Ter Fev 12, 2019 8:56 am




    Mayane sentiu o toque de alguem em seu ombro, era alguem familiar embora nunca tivesse visto ele antes, seu coração o conhecia quando ele segurou suas mãos

    - Espere, a freira foi detida pelo Maelstrom? a Cidade se perdeu? meus companheiros espirituais consumidos pelo Oblivion? espera eu tenho tantas perguntas

    Disse Mayane como se estivesse falando com o vazio frente a piscina

    Espirito escreveu:Foi-me dito que agora atendes por Mayane
    Mayane sorriu emocionada e deixou uma lagrima escorrer do rosto, aquilo era a prova de que ele a conhecia de outras vidas, e que ela embora reencarnada com outro nome, seus espiritos ainda continuavam trabalhando em ambos os planos.

    Assassinos escreveu:- Quem enviou vocês até aqui?! Para quem vocês trabalham?!

    Quando deu por si o aviso cumpriu-se, foram surpreendidos por 2 assassinos e Tony reagiu rapidamente
    Tony escreveu:Foi quando ouviu as vozes dos dois homens armados que surgiram do nada. De arma em punho e joelhos semi flexionados, caminhou como um gato na direção do homem que estava no lado oposto de sua posição (C3), efetuando dois disparos no indivíduo.

    Maria aponta a arma para o outro que provavelmente atiraria nela, já q seu amigo iniciou o disparo. Desesperada, se sentia um pouco inutil, sentiu o impulso de correr até a outra sala para reencontrar seu amigo espiritual de outras vidas, mas um breve pensamento rapido lhe veio a mente "Outra sala! e se estiver trancada?"

    Olhou para a psicina e agiu por impulso, durante o tiroteiro mergulhou na psicina em direção ao fundo tentando alcancar a chave indo em direção ao bastão metalico que era a unica referencia de luz para guia-la até la.

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    Mensagem por Mellorienna Ter Fev 12, 2019 2:12 pm





    Salão das Estátuas


    12h40min
    - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -



    As estrelas não se moviam ao toque de Antônio, incrustadas de forma firme à base das estátuas. Mas a mente do Caçador trabalhava envolta em uma nuvem de frieza lógica, que o tornava bastante centrado em situações como aquela. As duas estátuas que possuíam as pedras lisas e redondas no globo ocular eram marcadas por quatro e nove pontas nas estrelas, respectivamente.

    Se o primeiro número em uma sequência era o 4, e o seguinte era o 9, qual seria o terceiro número? Antônio sabia que essa era a resposta. Um enigma matemático. Entretanto, apesar de que algo o avisava de que um Noturno poderia levar séculos pensando numa resposta, aquele enigma não parecia ser intencionalmente complicado. Normalmente, as soluções mais simples eram as corretas, em casos como aquele. A porta gravada com entalhes, ao lado da estátua que chora, tinha uma nova série de estrelas: treze, sete e dezesseis pontas. Um daqueles números tinha que ser a resposta, isso era claro. Só precisavam descobrir qual deles se encaixava na sequência iniciada por quatro e nove.

    Ao mesmo tempo, as órbitas das estátuas eram grandes demais para encaixar nas estrelas da porta entalhada. Tinha que haver uma terceira esfera, menor, em algum lugar da sala. Ou talvez guardada na outra porta, a que ficava trancada.

    Doc, próxima à porta entalhada, chegava à mesma conclusão. Além de achar o próximo número na sequência, era preciso encontrar uma esfera menor, que servisse como chave para a estrela correta. Os três buracos tinham o mesmo diâmetro, pelo que a médica podia perceber, de forma que só saberiam que estavam certos (ou errados) ao arriscar uma resposta. Mas onde estaria a terceira esfera?

    Mayane ainda sentia a lágrima em sua pele quando ouviu os passos estranhos na sala, que tiraram a todos de seus estados contemplativos. Bem treinado e sempre alerta, Antônio decidiu não arriscar uma troca de palavras com os recém-chegados: acertou logo três tiros no primeiro deles, que foi ao chão como uma boneca de pano amolecida. Doc, concentrada, aproximou-se do segundo invasor (ou seriam eles os invasores?), empunhando ameaçadoramente sua nova arma, com a qual parecia muito disposta a se familiarizar.

    O rapaz no qual a médica mirava largou sua arma, com os olhos arregalados de medo, e se jogou ao chão quando ouviu o barulho de Mayane pulando na piscina.

    Aquilo não era água - a psicóloga soube assim que submergiu. O corpo humano era mesmo uma máquina maravilhosa. Normalmente, buscando alcançar uma chave no fundo de uma piscina, a pessoa iria de olhos abertos, estendendo a mão à frente, para pegar o objeto. Mas assim que o líquido incolor, inodoro e insípido tocou a pele de Mayane, seus olhos se fecharam. E ela estava mergulhada em fogo e escuridão. O líquido coçava e queimava, QUEIMAVA! Como uma alergia intensa, como pimenta, como folhas de urtiga. A moça sentia seus cílios arderem e sabia, instintivamente, que se abrisse os olhos corria o risco de ficar cega. Era nítido para Doc e Antônio que Mayane sofria, debatendo-se como se fosse se afogar. Tudo corria muito rápido, muito rápido!

    Dom Inácio sequer tivera a oportunidade de intervir, e via a companheira Profetisa sentir o que deveria ser água como se na verdade fosse fogo.

    Ainda de olhos bem fechados, Mayane ouviu um sussurro masculino: "direita, para frente, mais... isso!". Era a voz do espírito que havia estado ali instantes antes, ela sabia que sim. Alcançou a borda da piscina e içou-se com a força da adrenalina, caindo no piso de mármore frio, onde o líquido que a envolvia começava a se empoçar sob o seu corpo encharcado.

    Todos na sala podiam ver, com assombro, o estado da psicóloga. As roupas de frio estavam em farrapos, várias partes tendo simplesmente sumido, e as que restaram estavam derretidas, irreconhecíveis. Em alguns pontos, o tecido derretido havia se colado à pele da moça, que estava avermelhada dos pés à cabeça. Os cabelos de Mayane, antes vastos e bonitos, agora estavam com comprimento desigual, mas bem curtos, colados à cabeça. Tão derretidos quanto as roupas de frio. As mãos da jovem mulher estavam cobertas de bolhas, assim como seu rosto, antes tão bonito. A dor era imensa! Apenas pequenas faixas de tecido separavam Mayane da nudez total, dando à Doc - em especial, por ser médica - ampla visão das queimaduras no corpo e no rosto da amiga, que parecia ter desmaiado.

    Enquanto isso, o homem sob a mira da médica, aproveitando-se do espetáculo funesto que era a visão de Mayane após mergulhar em uma piscina de ácido, arrastou-se em grande velocidade para a sombra mais próxima. Antônio, também abalado pela visão da psicóloga, mas dono de um treinamento rígido de combate, obteve sucesso em novo disparo contra o inimigo. Mas não conseguiu impedi-lo. Ao atingir a sombra atrás da estátua, o homem desapareceu, engolfado pela escuridão, deixando um rastro de sangue (do disparo que o atingiu na perna) para trás.




    Mayane sabia que quando o corpo físico passa por dores excruciantes, a alma desliga-se da matéria, para que aquela impressão de sofrimento não se grave permanentemente ao perispírito. A psicóloga lembrava-se distintamente da dor do líquido corroendo sua pele - sabia agora que era um ácido. Mas havia acordado em um campo ensolarado, à sombra de uma árvore frondosa, de onde podia ver as muralhas de um imponente castelo, com bandeiras que tremulavam ao vento.

    - Pequena, grande é o meu pesar. E maior meu crime. Fraco demais que sou para estar ao teu lado e ineficiente em defender-te dos males do mundo. Deixei-te sozinha, para o tormento e a morte.

    Era ele. O homem que havia visto no salão das estátuas. Ele estava ajoelhado diante dela, usando uma armadura, com uma espada na cintura, e uma capa verde que ondulava ao vento. Fora os trajes medievais, tinha a mesma aparência com que se apresentou para ela instantes antes. Os mesmos olhos negros, penetrantes e vívidos.

    Mayane estava sentada na relva, recostada a árvore. E não sentia qualquer dor. Viu que usava um longo vestido verde bem claro, bordado com flores brancas delicadas e enfeitado com rendas. O cavaleiro ficou ali, em silêncio, por um longo tempo, com a brisa agitando sua capa e despenteando seus cabelos castanhos.

    Então começou a falar.

    Estavam em Tel'aran'rhiod, o Quarto Reino, uma dimensão entre a Umbra e o Sonhar. Era inacessível para a maior parte das criaturas que existiam, vivos ou mortos, a não ser por breves flashes durante alguns sonhos. Porém, havia quem habitasse Tel'aran'rhiod, e quem conseguisse ir e vir naqueles domínios: alguns do Povo Lobo, que eram chamados Theurges, mas apenas os mais hábeis e após grande treinamento; alguns Mortais, ainda mais raros, que fossem encarnações de grande poder; e alguns Espíritos. Ele não deu maior explicação sobre a natureza dos Espíritos que poderiam acessar o Quarto Reino, mas Mayane podia imaginar: era necessário ser alguém extraordinário para estar ali. Talvez ele fosse apenas modesto. Ou estivesse querendo esconder a extensão de suas habilidades.

    Chama-se Mirzam. Caminhar ao lado dele pelo campo ensolarado parecia muito natural para a jovem psicóloga. Conversaram em primeiro lugar sobre as perguntas que tinha feito logo antes que ele se desmaterializasse no salão das estátuas.

    - O Mundo Físico tornou-se instável, pequena, mesmo para aqueles treinados a romper a barreira entre nossas dimensões. Quando o Sexto Maelstrom ergueu-se do mar, na Umbra Profunda, as ondas agitaram os diversos planos de existência. Há locais por onde os Espíritos podem ir e vir livremente agora, predando sobre o Mundo dos Vivos. E outras partes tornaram-se como fortalezas contra nós. O lugar onde teu corpo físico agora repousa é uma tal fortificação. Grande energia é necessária para plasmar-se lá. Mesmo Joana, a boa freira, não poderia ir em teu auxílio. Só por isso... só por isso foi-me permitido tornar a vê-la, pequena.

    Mayane descobriu que o Maelstrom era uma espécie de tempestade de força colossal, acompanhada de terremotos e maremotos, como uma força destruidora. Cada Maelstrom marcava um grande evento na história do mundo, estraçalhando a Umbra, o Reino dos Espíritos, em suas ondas de fúria primal. O Sexto Maelstrom era o Sinal do Apocalipse.

    Como a médium suspeitava, havia cidades inteiras na Umbra, hierarquias e demografias próprias. A grande capital, Estígia, estava em ruínas. Joana, por suas habilidades em cura, havia ficado na Umbra Profunda, para ajudar os feridos. De mais a mais, mesmo sendo um Espírito grande na Luz, a boa freira não poderia vencer a barreira que agora se impunha entre a Umbra e o Plano Físico no local onde estava Mayane. Isso deu à moça uma noção muito intensa do poder avassalador que Mirzam teria, mas do qual nada falava, desviando-se de tal tema a cada vez que a oportunidade se apresentava.

    Os seus outros companheiros espirituais, o cavaleiro lamentava revelar, mas haviam sido tragados pelo Oblivion enquanto trabalhavam heroicamente para ajudar Estígia.

    - O Oblivion é o Fim. É uma morte inescapável. A alma deixa de pertencer à Existência. Em qualquer plano, em qualquer tempo, jamais voltarão a estar em qualquer lugar. - ele tocou a mão da médium levemente e um calor confortável tingiu o coração da moça - Entretanto... Agora eu estou aqui, Mayane.




    OFF: Mayane está desmaiada, mas as postagens do @Nazamura estão liberadas, na conversam com Mirzam em Tel'aran'rhiod.

    Mayane perdeu quatro níveis de Vitalidade e está ferida gravemente. O mergulho na piscina poderia ter matado a personagem, mas o ataque da piscina resultou em apenas 1 nível extra de dano além dos 3 iniciais fixos.

    Trívia: Mirzam é o nome da Delta de Cão Maior.


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    [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc

    Mensagem por Nazamura Ter Fev 12, 2019 6:26 pm




    - MMMmnnn.... - Sentiu vontade de gritar assim que pulou na pscina e assim que sua pele entrou em contato com o liquido percebeu que não era agua... estava em uma pscina de acido e sabia que dali seu fim era tão certo como em o Inferno de Dante, quando o lago se torna acido e leva os banhistas com ele.

    Fechou os olhos, seu coração disparava, tentou não respirar, nem gritar, sentia a queimadura arder em todo seu corpo, cabelo, mãos, tudo ardia. A ideia de ir buscar a chave sem ter tido sequer o bom-senso de testar pra ver se pelo menos a agua era de fato agua fez com que ela ficasse repetindo pra si mesma mentalmente "Burra, agora eu vou morrer, quanta inutilidade" - martirizava-se por dentro

    Espirito escreveu:- direita, para frente, mais... isso!
    Uma voz a guiava, era daquele homem que veio ate ela e ela reuniu as ultimas forças que tinha seguindo as direções para sair daquele tanque que quase a fez se reunir a ossada branca que estava ao fundo, tão logo saiu da agua, desabou ao chão e não sentia mais dor

    "Eu morri! essa é a sensação de morrer? serei vista como uma suicida entre meus amigos espirituais? Joana... onde está você? Joana, me perdoa"
    Estava em um lugar diferente, um castelo, arvores, uma paisagem vislumbrante o que a fez ter mais consciencia ainda que provavelmente estaria em uma das colônias espirituais "Nosso Lar? - pensou a psicologa que quando olhou para si mesma, estava trajando um belo vestido esverdeado quando logo um cavaleiro de armadura se aproxima e diz

    Espirito escreveu:- Pequena, grande é o meu pesar. E maior meu crime. Fraco demais que sou para estar ao teu lado e ineficiente em defender-te dos males do mundo. Deixei-te sozinha, para o tormento e a morte.
    - É você? foi você que conversou comigo junto a pscina de acido antes de eu... cometer suicidio... - disse olhando para baixo envergonhada, com raiva de si mesma e se contendo para não chorar - Não se preocupe em não estar lá comigo... eu.. snif... agora estou aqui, me sinto bem, eu juro

    Então começaram a caminhar e conversar, ela se sentia tão a vontade ao lado dele que instintivamente segurou sua mão enquanto conversavam

    Mirzam escreveu:Há locais por onde os Espíritos podem ir e vir livremente agora, predando sobre o Mundo dos Vivos.
    - Nossa! que alteração na ordem das coisas, agora a vampirização de espiritos com os mortais ficou mais facil é isso? como se fossem fendas de miasma ou qualquer outra coisa que criasse um portal ? - pergunto a jovem ao cavaleiro

    Mirzam escreveu: O lugar onde teu corpo físico agora repousa é uma tal fortificação.
    Mayane colocou a mão nos olhos enxugando lagrimas que teimavam em cair por ter morrido de forma tão estúpida
    Mirzam escreveu:Mesmo Joana, a boa freira, não poderia ir em teu auxílio. Só por isso... só por isso foi-me permitido tornar a vê-la, pequena.
    - Puxa... você deve ser então o anjo-guardião da Joana pra conseguir se plasmar por lá

    Enquanto o papo se desenrolava Mayane lembrou de ter lido algo sobre organização das cidades no umbral, onde geralmente há uma ordem, só que mais proximo de ditadura ou despotismo e saber que ficou em ruinas é sinal que esse malestrom é forte mesmo, forte o suficiente para destruir cidades umbralinas e ameaçar o mundo dos vivos

    - Joana me inspira ficando na Umbra pra ajudar os feridos, é bem tipico dela em sua ultima reencarnação como freira, de estar nas trincheiras - disse a Mirzam
    Mirzam escreveu:- O Oblivion é o Fim. É uma morte inescapável. A alma deixa de pertencer à Existência. Em qualquer plano, em qualquer tempo, jamais voltarão a estar em qualquer lugar. - ele tocou a mão da médium levemente e um calor confortável tingiu o coração da moça - Entretanto... Agora eu estou aqui, Mayane.

    A ideia de desaparecer da existência era algo fora do que os livros diziam que o espirito é imortal e indestrutivel sobrevivente ao tempo, mas não teve tempo de sentir medo, logo o calor do toque de Mirzam em seu peito fez com que ela se acalmasse e se aninhasse junto ao seu braço segurando-o com a mão mantendo-a em seu coração

    - Não sabia o quão intenso é poder sentir com o espirito e o quão bom é poder estar aqui contigo - Fechou os olhos aninhada junto dele e lembrou de seus novos conhecidos que ficaram na Terra, como eles estariam? tudo o que fez desde que os conheceu foi não seguir o plano, deixar Ana Rita escapar bem debaixo de seu nariz, não contribuira com o grupo, mas agora tinha a exata noção do que estava enfrentando

    Respirou fundo, agora mais lúcida das ideias conseguia ver o todo.

    - Agora sei o que estava enfrentando, sei como os planos entre os planos da terra, o sonhar, a umbra, todos estão sendo afetados por esse Malestrom, Eu posso associar a palavra Oblivion com "Oublier" do francês que significa Esquecimento para poder decorar que lá, você é esquecido de vez. Isso é algo de proporções biblicas, não é Mirzam ?

    Sentiu-se tomada de uma emoção muito forte e pensou nos companheiros que deixou na Terra, estendendo uma oração que partia do fundo de sua alma

    "Joana, minha amada guia, que Deus a fortaleça nos trabalhos de caridade que você tanto me inspira a ir para as trincheiras e atuar junto de você, Maria Irvi, que você me perdoe por minha imprudência e insensatez, eu nada fiz para ajudar o grupo, mas posso velar por vocês daqui de cima, Antonio, que você tenha a bravura para salvar a terra e proteger nossos amigos junto com o Padre Inacio que daqui eu poderei vigiar por ele com sua fé. Que assim seja"

    lagrimas jorravam em abundância dos olhos de Mayane, soluçando sem conter o arrependimento que brotava do fundo de sua alma que tentava esconder o rosto nos braços de Mirzam


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    [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc

    Mensagem por Padre Qua Fev 13, 2019 1:42 am

    A NEW PATH

    O plano de Doc funcionava com êxito, Antônio era certeiro em seu tiro e o outro rapaz não arriscava continuar, era exatamente o que queria. Teria dado um sorriso prepotente se não houvesse percebido Mayane pulando na piscina. Aqueles cadáveres não estavam atoa no fundo da piscina, instintivamente abaixava a arma enquanto observava a colega num estado cru de sofrimento, seus olhos estavam arregalados.

    M-Mayane...?

    Conforme ela se arrastava pra fora da piscina, Doc levava uma das mãos até a boca, era uma visão chocante, mas Maria era uma mulher calma e já havia visto de tudo nos plantões do hospital. Naquele momento também sentiu raiva, raiva por Mayane não ter confiado o suficiente neles, por ter agido impulsivamente e ter colocado o grupo todo em perigo, mas principalmente raiva por faze-los ver aquilo: a morte de uma amiga. O punho que estava com a mão livre se fechava em protesto. Séria e vendo o estado da colega, sabia que não podia perder a compostura, ainda mais no estado em que estavam.

    Deixando Antônio para lidar com o outro que sobrava, começava a andar na direção do corpo da mulher, pensamento ágil era o que precisava ter naquele momento.

    Antônio, cuide do outro, por favor. Aquilo que fez isso com Mayane foi ácido, o caso é sério, mas eu não vou deixar... EU NÃO VOU DEIXAR QUE VOCÊ MORRA AINDA, MAYANE! Nossa missão ainda não acabou!

    Doc perdia a fuga da outra criatura que os alvejava, confiava em Antônio e sabia que ele lidaria bem com aquilo seja lá o que fosse. Sendo assim, começou a se preparar.

    Vou tentar repetir o procedimento que fizemos com Antônio no hospital, torçam pra isso funcionar. ― Olhava fundo nos olhos de Dom Inácio e de Antônio se o mesmo estivesse prestando atenção nela. ― Padre, eu preciso de você agora e por favor só proteste depois. Nós não temos a espada, então eu preciso que você use algum objeto poderoso como a espada que a Mel usa, sangre nela e mantenha o objeto levantado sobre o corpo de Mayane, projetando a sombra dele sobre ela e recitando "Mayim Hayim, Shai'tan. Mayim Hayim, Sabaoth Ha Malka. Mayim Hayim, Al-Ilah Rapha". Eu sei que é estranho, mas você precisa fazer e precisa acreditar, a vida da Mayane depende disso, tá na hora de exorcizar o "ame ao próximo como a ti mesmo".

    Em seguida, lembrava-se que não tinha água para canalizar... Usaria o seu sangue e torcia para que desse certo. Usando a parte do canto de seu crachá, faria um corte certeza no antebraço, o suficiente para que pudesse escorrer uma pequena quantia de sangue e que não fosse lhe deixar em apuros depois, em seguida, usaria o sangue e repetiria o que fez com Antônio antes, só que dessa vez sem colocar a mão no corpo, mas deixava a mão bem próxima, sabia que iria funcionar. Dessa vez, as mãos e conduzindo o próprio sangue pelo corpo inteiro da psicóloga, começava a repetir.

    Mayim Hayim. Mayim Hayim. Mayim Hayim.

    Seu tempo não acabou, Mayane, não acabou!
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    Mensagem por Mellorienna Qui Fev 14, 2019 5:35 pm





    Tel'aran'rhiod


    Personagem: Mayane
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    - Não estás morta, pequena. Viestes para Tel'aran'rhiod para dar aos teus companheiros tempo de melhorar as condições de teu corpo físico para voltar a abrigar-te a alma. Mas breve retornarás. E o Dictum Mortuum estará novamente entre nós.

    Mirzam fechou o punho do braço contrário àquele no qual Mayane se apoiava, e uma sombra de ira percorreu seus olhos negros. Rápida como veio, a visão da natureza tempestuosa do homem se foi, porque quando a psicóloga tocava nele, Mirzam sorria como se nenhuma preocupação ou dúvida pudessem roubar o calor daquele campo ensolarado por onde passeavam indolentemente.

    Quando a moça mencionou que ele deveria ser o Anjo-da-Guarda de Joana, por conseguir alcançar o Plano Material mesmo com a turba do Sexto Maelstrom, o cavaleiro riu, negando com um gesto de cabeça. Mas, quando tornou a falar, estava sério e olhava Mayane como se tivesse receio das palavras que ia dizer:

    - Eu sou... um dos Comandantes da Legião Sinistra. Divisão das Máscaras Negras. Nós... Eu... Eu conduzo operações que resultam na entrega de almas ao Oblivion. A serviço de Estígia. - Mirzam fitou Mayane longamente antes de interromper a marcha da moça, parando-a diante dele, que tomou as mãos da médium antes de continuar - A Legião Sinistra nasce dos que morreram pela violência. A promessa de vingança atrai grandes combatentes para nossas fileiras. Contudo, para conter os mais brutais e par--- - o cavaleiro interrompeu seu discurso, baixando os olhos e dando as costas à Mayane - Não mentirei, pequena, para ti nunca mais. Somos assassinos de assassinos. Uma brigada secreta, anônima, guiada por uma noção particular de Justiça que no mais das vezes beira o justiçamento. Sabendo que o Oblivion é como dizes, Mayane, o Esquecimento eterno, a Aniquilação, ainda assim caçamos e eliminamos as almas dos mortos.

    Mirzam virou-se novamente para a moça e o vento se ergueu sobre a campina, sacudindo a capa verde dele e as saias do vestido de Mayane.

    - Sangue só pode ser pago com sangue.


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    Mensagem por Nazamura Sex Fev 15, 2019 2:28 pm




    - Não estou morta?!? - Mayane imediatamente se afastou um pouco, sorriu e franziu a testa, ao mesmo tempo q ficava olhando perdida para um ponto qualquer - Eu vou voltar? quem é Dictum Mort...?

    Mayane então deixava as lagrimas continuarem a cair, embora já não soluçasse mantinha o olhar nele levemente hipnotizada pelas suas palavras, foi quando ele começou a revelar quem realmente era

    Mirzam escreveu:- Eu sou... um dos Comandantes da Legião Sinistra. Divisão das Máscaras Negras. Nós... Eu... Eu conduzo operações que resultam na entrega de almas ao Oblivion. A serviço de Estígia.
    - Espera! Mas o Oblivion não é o fim? então vc trabalha pra Estigia?

    Mirzam escreveu:A promessa de vingança atrai grandes combatentes para nossas fileiras.
    - Não! ...
    Mayane se solta das mãos de Mirzam e dá alguns passos para trás quando ele lhe deu as costas para deixar "sua capa tremulando ao vento" em seu discurso vingativo
    Mirzam escreveu:Somos assassinos de assassinos... Sangue só pode ser pago com sangue.

    Cobrindo a boca com as mãos, Mayane dá mais alguns passos pra trás, e então percebe onde realmente se meteu, com os justiceiros, espiritos que não confiam em Deus e que fazem a propria justiça, acreditando estar fazendo do mundo um lugar melhor, Estigia caiu na Umbra e Joana estava lá, estaria então Joana lutando contra os Justiceiros?... Ela então resolve contemporizar pra não se comprometer

    - Quando eu acordei aqui e vi você lá embaixo.... se você está caçando almas pra jogar no Oblivion... está atrás de quem então la no salão?

    Ela ia elevar uma oração, mas se recorda que espiritos veteranos tambem são capazes de ler mentes, e esses Justiceiros com certeza, como não reencarnam há tantos seculos, ficaram poderosissimos. Mayane estava então com uma chance de Doutrinar e reabilitar as almas deles pra que sigam o caminho da luz esquecendo a das trevas... mas estava sozinha e vulneravel, sua melhor chance era tentar contemporizar que entende e aceita o que fazem, do contrario, pode não despertar entre os vivos, já não ia adiantar esconder, a essa altura ele provavelmente já leu suas intenções então resolve juntar toda sua coragem e disse

    - Sabe, por um instante senti um afeto muito grande e um carinho enorme por vc, como se te conhecesse de outras vidas, como se eu ja tivesse pertencido ao seu grupo e agora estou reencarnada como uma doutrinadora espirita que caminha na direção oposta, resgantando almas e treinando espiritos, escolhendo outro caminho ao inves da justiça com as mãos - Ela então poe a mão no coração e fecha os olhos, se concentrando como se pudesse voltar no tempo, o tempo que tambem provavelmente era uma Justiceira - Por ter guiado meu espirito pra que eu saisse da pscina de acido, eu lhe agradeço, Eu ainda não posso dizer que concordo com o que vocês fazem, mas dada as circustancias do Malestrom, temos que fazer o que temos que fazer. Se eu acordar e não te ver novamente, que Deus nos guie e nos ilumine. - e então sorri para Mirzam deixando um filete de lagrimas escorrer livre pela sua face

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    [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc Empty Re: [!ON!] 2ª Noite: After D'Arc

    Mensagem por Mellorienna Sex Fev 15, 2019 8:50 pm





    Salão das Estátuas


    13h
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    Doc dava o seu melhor, consciente que estava de sua responsabilidade para com aquelas pessoas. Ela era a Tutora, afinal. Não era? Os quatro poderiam ter seguido para a Umbra ou o Sonhar, como havia sido definido pelos Mentores, mas ela havia decidido resgatar Ana Rita. E havia trazido aquelas outras três almas junto. Mayane, de atos sempre tão inocentes, havia pagado um alto preço: a médica podia ver que havia diversas queimaduras de segundo grau pelo corpo e rosto da moça, que estava ferida de modo verdadeiramente preocupante.

    As palavras de cura ensinadas por Mel da Paixão no hospital vieram à Tutora com clareza surpreendente. Talvez, depois de aprendidas, se gravassem de forma indelével em um canto da mente, prontas para saltar pela boca ao menor sinal de necessidade. Talvez, ela houvesse mudado: simplesmente não conseguia se lembrar da primeira vez que entrou num carro, qual era seu sorvete preferido ou qual era o nome do primeiro rapaz que beijou. Era como se as memórias que ela sabia que deveriam estar lá tivessem se retirado de sua cabeça só para dar lugar a símbolos neocabalísticos e cânticos pseudognósticos de cura. Doc não saberia dizer até onde essa era uma troca justa.

    Porém, ainda que fosse de grande utilidade, a Cura não parecia ter encontrado boa resposta em Dom Inácio. As palavras que a médica pediu que o Padre entoasse eram hebraicas, não inteiramente conhecidas, mas uma saltava em grande destaque: Shai'tan. Aquela era uma invocação de Satanás? O padre se pegou dando passos para trás a medida que a médica repetia sua parte no cântico.

    Concentrada, Doc não percebeu que recitava sozinha. Através da imposição de mãos sobre Mayane, a médica testemunhou as bolhas no rosto da amiga diminuírem, até deixarem para trás uma pele nova, bastante fina e rosada - a pele frágil, mas íntegra, que resultava de um machucado recém-curado. Pelo corpo, seu sucesso foi moderado. Havia diminuído as bolhas e curado as partes mais derretidas, conseguindo livrar Mayane das roupas que antes haviam aderido à sua carne. Isso resultou em uma psicóloga nua, mas sem grandes feridas, com queimaduras superficiais onde antes havia tecidos orgânicos derretidos como manteiga ao sol. Sendo profissional como era, Doc se permitiu sentir alguma felicidade por perceber que a Cura funcionava. Os cabelos da amiga estavam irrecuperáveis, mas o couro cabeludo estava intacto agora, após os cânticos corretos. E Mayane havia ficado com um visual até bastante moderno, os cabelos bem curtos, e a pele viçosa e rosada como a de um bebê.

    Antônio testemunhava a cura de Mayane com assombro, entendendo que teria sido assim, então, que ele mesmo havia se recuperado. Assim como era claro para Doc, não fugia à atenção do agente da ABIN o fato de que Mayane ainda estava ferida em alguns pontos do corpo (agora nu), tinha perdido quase todo o cabelo e estava agora coberta por um pele extremamente fina e frágil, que a tornaria duplamente vulnerável a qualquer outro ataque ou dano. Mas, após pular de cabeça em uma piscina de ácido, a psicóloga ia sobreviver! A habilidade de Doc era algo realmente impressionante.

    Focados que estavam na cura de Mayane, foi apenas quando a moça abriu os olhos que os três se deram conta de que Dom Inácio havia sumido!




    Em Tel'aran'rhiod, Mirzam ficou em silêncio, observando a médium com aqueles olhos negros, até que balançou a cabeça negativamente e sorriu:

    - Não importa mais. Prepare-te, pequena. Teu retorno ao Mundo dos Vivos é para já. É preciso que te diga o que haverás de encontrar. Concentra-te, Mayane, para que não te esqueças!

    O cavaleiro aproximou-se um passo da moça, mas sem voltar a tocá-la.

    - Atrás da próxima porta, encontra-se uma máquina alquímica ligada a um círculo mágico. O ritual já foi preparado e os disparos na sala das estátuas foram ouvidos. A jovem que conduz o procedimento não é uma alquimista de estirpe ou erudição. Trata-se apenas de uma garota apaixonada em busca de um presente precioso para o Anjo Dourado de seus afetos. Este tesouro cobiçado, Mayane minha, é a ligação com um Wraith, um... espírito. Para perfectibilizar o pacto, sangue será oferecido. Do sangue, o laço será feito, para dar a um espírito um corpus tangível no Mundo da Matéria. Estás compreendendo, pequena?

    O vento assoviou entre as folhas da árvore próxima e as bandeiras, no alto das torres do castelo, inflaram-se em uma dança trovejante que atraiu o olhar de Mirzam por um breve período. Foi quase em um sussurro que o Cavaleiro voltou a falar, ainda fitando o castelo:

    - Foi por ti que vim, Ilyena, porque ouvi sua alma chamando, sussurrando através da Névoa. Não para levá-la comigo, mas para proteger-te, porque o Fim de Tudo se aproxima, pequena. O Dictum Mortuum é o códice de Leis dos Mortos, que impede os espíritos de atuar sobre o Mundo da Carne. Contudo... - Mirzam voltou a fixar seus olhos na médium - Nem mesmo a morte poderia se interpôr em meu caminho, Ilyena.

    O vento estava aumentando em velocidade na mesma medida em que cedia em temperatura. O cavaleiro tomou ambas as mãos de Mayane nas suas, apertando-as com a máxima gentileza que a urgência permitia.

    - Afasta a pretensa alquimista e conclui o ritual, pequena. Eu hei de certificar-me de que serei aquele que atenderá ao teu pacto. Mas, visto que nesta vida não és uma ritualista, estarei fraco, Ilye--- Mayane. Mayane. Estarei fraco e confuso quando meu corpus irromper do círculo mágico. É possível que eu não possa reconhecer-te então, em teu corpo físico atual. Contudo, o pacto obrigar-me-á. E eventualmente a memória me virá. Porém, desde logo, o aço forjado em almas perdidas que carrego será tua proteção.

    Mirzam ajoelhou-se diante de Mayane, sobre um joelho, ainda segurando suas mãos:

    - Conclua o ritual, Ilyena, eu imploro. Deixa-me protegê-la. O Maelstrom destrói tudo em seu caminho e, se morreres agora, só haverá o Oblivion para ti! Mas eu não permitirei. Eu nã---




    A dor veio até Mayane como um soco no estômago, fazendo-a arregalar os olhos bem abertos, dando com a face de Doc que repetia palavras desconhecidas enquanto executava uma espécie de passe.

    Dor é vida. E Mayane estava de volta ao Mundo dos Vivos, nua no mármore gelado do Salão das Estátuas.




    OFF: Mayane recuperou dois níveis de Vitalidade e agora está Ferida Levemente. Com o afastamento do jogador do fórum, eu retirei o personagem Dom Inácio da cena. Considerem que ele sumiu sem que vocês pudessem ver como. Não há outros alçapões ou saídas auxiliares.

    Caso vocês não resolvam os enigmas para saírem da sala até a resolução da próxima ronda, haverá confronto direto ainda nessa sala. Com um jogador a menos e uma personagem com níveis de Vitalidade comprometidos, eu recomendo máxima cautela!


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