[!Solo!] John McGregor

...bom enfim, a gente está organizando uma espécie de comitê para pegar esse animal que te atacou, e existem algumas apostas, Jake acha que foi um maldito puma, e eu disse que nenhum puma atacaria um homem adulto, que deveria ser um Urso, enfim, não sei se esse papo te deixa desconfortável mas enfim, nos vamos caçar o bicho e empalhar ele. Mas acho que seria....err... legal você estar junto

John não conteve a emoção. Sua mão segurando o fone começava a tremer. Sua mente era invadida de possibilidades, de devaneios sobre a fera. E flashes do ocorrido passavam pela sua mente. Haveria algum alívio em ver a fera morta? Em se vingar? O que ela fez... sim, haveria sim... teria que haver! Para John só lhe restava agora a vingança. Só de imaginar isso, a dor já sumia do seu antebraço. Para John, a vingança seria sua cura. Segura firmemente o fone e responde secamente.

-"Estou dentro!"

O tremor continuava mesmo assim.

-Excelente, em 3 dias iremos sair para o mato, qualquer coisa me procure na loja, não sei se você vai manter-se no hospital ou não.... errr.... qualquer coisa me ligue

-"Que loja?", indaga o caminhoneiro maneta.

-Lembranças de Belavista, desculpe eu não lembro se eu falei ou não
(você se lembra que falou sim)
-aqui é o Gregory, a gente fica no fim da rua principal depois de todos os hoteis, bem no alto da rua

-"Achei que era algum tipo de cumprimento local, não o nome de uma loja. Quase não faço entregas nesta cidade e nenhuma foi do outro lado da cidade. Nos vemos em três dias. Diga ao Jake que ele perdeu. Foi um maldito urso."
John desliga o fone e o formigamento volta junto com a dor. Lembra de não ter tomado os medicamentos hoje. Volta para o hospital, pensativo.
Esta vingança pode não lhe devolver a mão, mas lhe trará um pouco de satisfação.

[OFF: pior é que achei que era um cumprimento mesmo!! hehe /OFF]

Você ouve Gregory rindo alto enquanto desliga o telefone

Voltando ao hospital você deita-se em sua cama e tenta ver TV e aparentemente nada de interessante está passando nos 5 canais, depois de algumas horas tediosas o dr Jeff Ross bate na porta e entra.

-Boa noite senhor John, tenho excelentes notícias para você, teus exames estão ótimos, aliás excelentes, mesmo para quem perdeu uma quantidade de sangue grande, e eu quero ver como anda a tua cicatrização... liçença, ele pega a tua mão e desenfaixa... - excelente excelente, nem parece que a tua cirurgia foi tão recente, ja temos tecido fibrótico aqui, e... nossa, muito bom mesmo, excelente cicatrização. Pode deixar sem a faixa, em pouco tempo conseguiremos adaptar uma prótese. Por mim você teria alta do hospital ja, pra retornar apenas quando for para fazer a adaptação da prótese, mas estive conversando com a dra Feiser e a gente decidiu manter você internado, ja que você é de fora da cidade e assim ela também consegue manter as conversas dela com você.
e ele da uma piscadela para você

McGregor está perdido em pensamentos enquanto o dr. Jeff Ross examina sua mão que nem ouve direto o que ele fala sobre sua recuperação. Quando ele ouve que vão mantê-lo internado por mais tempo, ele diz:

-"Não posso ficar muito tempo aqui. Tenho compromisso daqui a três dias. Ou vocês me dão alta, ou saio de qualquer jeito. Se a dra. quiser conversar comigo, tudo bem, não sairei daqui até meu compromisso. Agora, se já terminou, me deixe em paz. Tive um dia cansativo.", termina de dizer e aguarda o médico deixar o local antes de se deitar.

John tenta dormir um pouco, mas não consegue. Sua cabeça é inundada com flashbacks daquela noite. Irritado, ele sai do seu quarto e procura a área comum, onde pretende se sentar em um sofá confortável e ver a na TV a programação local.

No sofá ele percebe alguns olhares para seu cotoco. Pega uma almofada e a coloca sobre o colo, escondendo sua deficiência. Não quer a piedade de ninguém.

Nada na tv te chama a atenção, você se irrita facilmente e volta para o quarto tentar dormir, uma das enfermeiras comenta que se você quiser a doutora prescreveu um remédio pra acalmar você e te deixar dormir mais fácil. Tomando o remédio você tem uma noite de descanso sem sono e acorda se sentindo bem quando uma enfermeira entra no quarto empurrando uma mesinha com rodas e algumas injeções

-Desculpe senhor McGregor, houve um erro nos teus exames e a gente vai fazer uma nova coleta

Ainda um pouco sonolento pela boa noite de sono, John acorda se sentindo como novo, bem descansado. Estava tão bem que por um instante esquecera da sua perda. Parece que já estava se acostumando, mas ainda não se sentia completo. Mais dois dias e teria sua vingança, pensava.

Então entra uma enfermeira para fazer coleta dizendo que havia algo errado. Preocupado, pergunta:

-"Como assim erro nos meus exames? O que está acontecendo? Não vai coletar nada enquanto não me disser que erros foram estes."

- A maquina que confere os sais minerais do sangue e algumas outras coisas automaticamente não conseguiu leitura, agora a leitura vai ser feita manualmente pela técnica do laboratório, as vezes acontece, problemas da tecnologia, isso de computador é complicado mesmo. A máquina faz o trabalho de 4 pessoas, mas precisam de 5 pessoas para cuidar da máquina

[anos 90 lembra?]

[OFF: nem lembrava do ano do jogo, pensei que fosse atual, hehe /OFF]

John não gostou muito da explicação. Na real, ele não entendeu muita coisa da explicação. E nunca vira um computador antes. Diziam que ia ser o futuro, mas uma máquina que fazia o serviço de quatro e precisava de cinco para funcionar? Só podia ser piada. John só queria um futuro onde pudessem usar estes tais computadores para lhe fazer um braço novo. Enfim, ele concorda.

-"Tá legal. Pode coletar. Mas é a última vez. Eu já perdi muito sangue aqui. Não quero ficar seco.", dizia, com seu jeito simplório.

-Se alimentando bem você não vai ficar seco - a enfermeira ri enquanto punciona uma veia no teu braço bom

Você percebe que está sendo bem tratado no hospital, e agora tem o que esperar, as visitas da psiquiatra são rotineiras, ela conversa bastante com você sobre a sua recuperação física e sobre a medicação ansiolítica e um antidepressivo e puxando o assunto nisso você sente-se a vontade inclusive para falar sobre as boletas que "quando é necessário" você toma na estrada, ela não emite opinião sobre o assunto apenas pede para você não exagerar porque agora existem outras medicações para você tomar, e que se for necessário ela pode te receitar um regulador de sono.

E nisso os 3 dias até o dia da caçada passam

Os dias passaram rápido. John parece mais aceitável com sua perda. Acabou se acostumando também com as conversas com a psiquiatra, mas hoje infelizmente ele não teria tempo para conversarem. Era o dia da caçada. O dia da vingança.

John não toma seus medicamentos hoje. Ele quer sentir no corpo toda a sensação do momento, não quer estar entorpecido. Não neste momento. Logo de manhã ele deixa o hospital e segue a rua até o fim dela. A rua é um pouco íngreme e John vai subindo, passando pelos hotéis e lojas até chegar ao final dela, onde vê uma loja com uma placa: "Lembranças de Bela Vista". Então era mesmo o nome do local, conclui em pensamentos.

John se aproxima da porta da loja. Pára alguns instantes como se tomasse coragem. Fica um pouco nervoso, mas precisa seguir em frente, precisa disto para continuar sua vida. Segura firme o braço maneta, controlando o fraco tremor. Respira fundo e então entra na loja.

Você entra em uma loja pequena abarrotada de memorabilia para turistas nas prateleiras mais perto da porta, chaveiros, canecas, dedais, copos etc e pendurados pelo teto e nas paredes mais ao fundo da loja muitas peles de animais estão esticadas, em grandes pilhas encontram-se tapetes de pele, Em araras pela loja casacos e gorros e várias cabeças de animais empalhados encontram-se também à venda

Aos fundos da loja um senhor de cabelo branco e olhos claros te da as boas vindas de trás de um balcão onde em exposição encontram-se armas e munição

-Olá, em que podemos te ajudar?

John se aproxima do homem no balcão, não sem antes olhar a todo o local, várias lembranças que John não  consegue imaginar a necessidade destas coisas.

-Olá, em que podemos te ajudar?

-"Em uma única coisa, pelo que me disseram!", então John tira o envelope com o cartucho e o cartão do bolso e deposita sobre a mesa. -"Vim por isto!"

ele da um sorriso e estica a mão para te cumprimentar, após titubear um pouco e entender que a tua mão direita é a boa ele estica completamente o braço e te da um sólido aperto de mão

-Vamos matar o bicho, talvez minha mulher faça um tapete com ele e você possa pisar nele todos os dias

John nota a pausa que o lojista fez ao estender a mão como se estivesse confirmando qual mão apertar. Por um instante passa por sua cabeça o constrangimento caso recebesse um aperto de mão de um canhoto.

O caminhoneiro responde ao forte aperto de mão do mesmo modo, porém não esboça nenhum sorriso quando ele fala de transformar o animal em tapete.

-"Era você no telefone? Como funciona tudo isto? Quantos irão atrás dele?"

-Somos em 4 com você, precisamos arrumar algo que você possa utilizar, você ja atirou antes?

Aqui! temos um rifle com acionamento por cão, experimente, você consegue apoiá-lo no antebraço esquerdo e puxar o cão para trás? ou você acha que um magnum desses seria melhor? ele fala puxando um revolver de cano longo todo cromado