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    Capítulo 1: Como chegar à estação?

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    Capítulo 1: Como chegar à estação? Empty Capítulo 1: Como chegar à estação?

    Mensagem por Lnrd Seg Abr 08, 2019 1:15 pm

    Scholomonariu e a Corte do Amanhã


    Capítulo 1
    Como chegar à estação?


    Capítulo 1: Como chegar à estação? 46399_10


    O estranho corvo pulou para fora da nuvem e desceu como uma flecha preta. De diferente, tinha menos massa que outros que partiram naquele início meio nublado de manhã.
    O pequeno pássaro não só era certificado oficialmente como hábil a transmitir mensagens escritas – não por ele, o que seria um pouco demais –, como também era daquelas variedades capazes de replicar alguns sons humanos, palavras curtas como “comida”, “saidaqui” etc. Aquele gralhava repetidamente um nome – tal qual o resto da revoada, com um diferente para cada.
    Não eram os próprios nomes, entretanto. Eram os que vinham escritos nas cartas que levavam.

    Ia com muita rapidez e até certa temeridade, deixando-se levar numa queda livre vertiginosa, acelerada pelo como usava a aerodinamicidade do corpo para cortar a atmosfera. Tendo passado por ermos e descampados, vilas e cidades, finalmente encontrara o destino designado para a importante mensagem, aproximando-se certeiramente do alvo.

    É bom dizer-se aqui que aves como essas, ou ainda pombos etc., não saber ler mapas cartográficos, pedir informações ou qualquer coisa similar. Limitando-se a, por exemplo, usarem os aguçados instintos para retornar ao local onde nasceram, não podem ser simplesmente mandatas à padaria e depois ao shopping.
    Ao menos não aquelas que não foram ensinadas por bruxaria.

    Já quase beijando o chão, abriu as miniasas, deixando o ar enchê-las. Gradualmente diminuía o ritmo em direção a uma bela nota final: encaixou o papel na caixa de correio e repetiu mais umas três vezes o nome da pessoa à qual pertencia a encomenda.
    Teria feito mais, se não tivesse sido atacado por um pulguento gato doméstico.

    No interior do envelope – lacrado com um selo de cera furta-cor que vinha marcado com um curioso brasão – dormiam três folhas simples, escritas numa bonita caligrafia. Na primeira, via-se tal juntação de letrinhas:




    SCHOLOMANCE
    ESCOLA DE ENCANTAMENTOS E MALDIÇÕES
    Avalonia Pendragon, Hierofante
    (Scholomonar, Mistagoga)



    Jovem [              ],
    Temos o imenso prazer de incluir seu nome nas candidaturas ao preenchimento de uma vaga para a turma inicial em Scholomance - Escola de Encantos e Maldições.
    A recepção de estudantes dar-se-á no próximo Equinócio (20 de Março). Esperamos poder contar com a sua presença.
    A confirmação de interesse deve ser enviada no mais tardar no último dia de Janeiro.
    Favor observar as instruções anexas.

    Atenciosamente,
    Titânia Primaurora
    Mistagoga Representante, Cabeça da casa Vinterlaughen



    Titânia Primaurora
    Hierofante-na-ausência





    A página seguinte era mais uma lista seguida de curtas instruções. Lia-se, da mesma forma clara:




    Favor, trazer à cerimônia de iniciação neófita e ao primeiro dia de estudos:

    1 Varinha de condão
    1 Grimório (+pena e tinta apropriadas)

    A seguinte lista de livros

    - “Duelos em Três Passos”. Flamboyant Spartacus. Editora Três Magos.
    - “O Ato de Não Cair ou Como Domar Vassouras Selvagens”. Splin Valauron. Editora Basilisco.  
    - “Introdução Resumidíssima à História da Magia Vol. ½.”. Edição Revisada. Augusta Astaurugin. Editora Três Magos.
    - “O Pequeno Grande Grimório para Varinhas Novatas”. Anne-Antoine Lukács. Editora Sete Ventos.
    - “Chamariz & Repelente”. Valéria Andalousia Martins. Editora Valah.
    - “Bestiário Místico das Criaturas Estranhas”. Silvana Amazonita Altos. Editora Errática.
    - “Panta Rhei e os Tempos Imprevisíveis”. TriKarla Panova. Editora Vira-Volta.
    - “O Jardim da Bruxa: Guia Prático de Herbologia – Versão Comentada”. Irmãvera Anais Lux. Editora Era.
    - “A Tábua Ainda Verde: Misturando e Brincando”. Joyce Ulf. Editora Marota.
    - “O Que É Teologia Bruxa?”. Hipólita Sophia de Aelxandria. Editora Novolhar.
    - “Tente a Sorte”. Leirica Vendolho. Editora Valah.

    Não é permitida a entrada no colégio de nenhum item pessoal encantado fora estritamente o listado ou, em caso de necessidade comprovada, o previamente aprovado. Qualquer pessoa que se furte a obedecer essa diretriz terá o item confiscado.

    É possível trazer familiares (animais, não parentes).

    Obs. I: a caravana da vila de Hermanstadt parte ao pôr-do-sol do Equinócio. A via mais segura até lá é o Expresso Transmundial.

    Obs. II: em caso de dúvidas, escreva à carta.




    A última parte vinha quase completamente em branco, excetuando-se o cabeçalho:




    Pergunte-me “como?”




    Você, como um seleto grupo de crianças, acaba de receber uma cópia igualzinha à do pobre corvinho.
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    Mensagem por Claude Speedy Ter Abr 09, 2019 11:36 am

    Mais um dia comum, me levanto cansado... Caminho tranquilamente pela rua, perdido...

    Capítulo 1: Como chegar à estação? 180px-Madelyne_PryorX-Men11
    Mari: -Oh, meu homenzinho! Finalmente chegou o grande dia.

    Confuso eu lembro que ela me deixou na estação. Aquela mulher que me fez crescer, agora...me colocava em um trem... Pouco depois de aparecer pela primeira vez diante de mim portando um crânio.

    Era aquilo real?

    O livro em minhas mãos, algumas literaturas extras...Tantos...livros...

    Eu não fazia ideia daquele grimório... E minha "pena" era pedaço de osso, enquanto sangue não coagolado era minha tinta.

    Capítulo 1: Como chegar à estação? Necronomicon1_1024x1024

    Peguei o livro no sótão. E Ugath me acompanhou...

    Capítulo 1: Como chegar à estação? Ulthar_cuzlqt

    Eu estava com pequeno animal de estimação indo viajar?
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    Capítulo 1: Como chegar à estação? Empty Re: Capítulo 1: Como chegar à estação?

    Mensagem por ScorpioKS Qua Abr 10, 2019 3:23 pm

    Link estava voltando para casa, depois quase uma hora de caminhada pela região. Ele gostava disso, de caminhar sem muito rumo no período da manhã, apenas vendo os redores e as pessoas em suas rotinas, indo tomar um café com leite e comer um donuts na cafeteria perto da sua casa... era o mais próximo de uma vida normal que ele poderia ter, era o seu momento, normalmente acontecendo antes de sua mãe. Ter de cuidar dela era cansativo. Não que ele amaldiçoasse sua mãe, ele tinha completa noção de que ele não estaria onde estava sem a mulher, mas... era um tanto cansativo, não tinha como negar. Ele tinha sentimentos mistos.

    Link:

    Estava virando a esquina de sua casa, quando ouviu latidos furiosos. Link logo reconheceu de quem era o latido, era de Dark, seu familiar.

    Dark:
     
    Resolveu apertar o passo, só para chegar mais rápido e acalmar seu parceiro. Quando chegou próximo ao cercado de sua casa, o "animal" já havia parado de latir e estava ao lado da caixa de correspondências, e aparentemente havia coisa nova ali. Achou estranho, porque ele tinha pegado as cartas antes de sair.

    Mas enfim...

    Pegou a correspondência e assim que viu o que era, seu estômago deu uma cambalhota. Aquele brasão que selava o envelope lhe era bem familiar: sua mãe, em momentos raros de conversas tranquilas que eles conseguiam ter, havia mostrado materiais dela da época de estudante.

    Era uma carta de Scholomance.

    Olhou para os lados, tentando ver se tinha alguém suspeito nos redores... alguém que pudesse dar a ele respostas. Mas claro, não havia ninguém. Por que ele achou que teria? Sinalizou com a cabeça para que Dark o seguisse para dentro de casa, e antes de terminar de fechar a porta, já estava abrindo o envelope, e logo viu o que era. Estava sendo convidado a estudar na escola de bruxaria. Ele sabia como parte das coisas funcionava, dado o conhecimento que adquiriu com sua mãe, mas... bem, teria de usar o sistema de tirar dúvida para resolver uma coisa ou outra. Estranhamente não estava ansioso, por mais que uma pergunta aqui e ali surgisse em sua mente.

    Porém, a maior dúvida que tinha era: será que conseguiria ser um aluno minimamente razoável? Sua condição era complicada, e a última coisa que queria era decepcionar alguém... principalmente a si mesmo.
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    Mensagem por Katerine Le Blanc Sex Abr 12, 2019 1:53 pm

    Aquele dia para Akane seria bastante puxado e de algum jeito sua família já sabia o que iria acontecer e sendo assim a mesma acordava indo ao banheiro em quanto tentava acordar por completo, porem, ela logo jogava uma água no rosto enquanto olhava seu próprio reflexo no espelho esperando despertar por completo fazendo suas necessidades rapidamente em quanto Zenox adentrava o banheiros começando a latir chamando a sua atenção a fazendo acordar de certa forma em quanto ela descia para tomar um bom café da manhã.

    Zenox:

    Assim que Akane sentava-se na mesa seu fiel companheiro logo se sentava ao seu lado como se estivesse cuidando da mesma em quanto comia sua própria comigo naquele manhã em quanto ela comia um pão com recheio, conhecido como Baozi em chinês, e o caldo de arroz em quanto ela ainda abria a boca de sono em quanto seu pai foi pegar as correspondência em uma delas havia uma carta em nome de Akane ao qual dizia.

    Jovem Akane Sato,
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    A recepção de estudantes dar-se-á no próximo Equinócio (20 de Março). Esperamos poder contar com a sua presença.
    A confirmação de interesse deve ser enviada no mais tardar no último dia de Janeiro.
    Favor observar as instruções anexas.

    Atenciosamente,
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    Akane começava a ler a mesma atenciosamente em quanto ela abrias um sorriso no seu rosto demonstrando ao seus pais que ela iria para Scholomance em quanto ela os abraçava seu pai em quanto ele percebia que havia outra página limpando a sua voz em quanto observava a mesma por alguns minutos se virando para Akane em quanto dizia que era melhor arrumarem sua mala já em quanto lia o restante da carta.

    Favor, trazer à cerimônia de iniciação neófita e ao primeiro dia de estudos:

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    A seguinte lista de livros

    - “Duelos em Três Passos”. Flamboyant Spartacus. Editora Três Magos.
    - “O Ato de Não Cair ou Como Domar Vassouras Selvagens”. Splin Valauron. Editora Basilisco.  
    - “Introdução Resumidíssima à História da Magia Vol. ½.”. Edição Revisada. Augusta Astaurugin. Editora Três Magos.
    - “O Pequeno Grande Grimório para Varinhas Novatas”. Anne-Antoine Lukács. Editora Sete Ventos.
    - “Chamariz & Repelente”. Valéria Andalousia Martins. Editora Valah.
    - “Bestiário Místico das Criaturas Estranhas”. Silvana Amazonita Altos. Editora Errática.
    - “Panta Rhei e os Tempos Imprevisíveis”. TriKarla Panova. Editora Vira-Volta.
    - “O Jardim da Bruxa: Guia Prático de Herbologia – Versão Comentada”. Irmãvera Anais Lux. Editora Era.
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    Obs. II: em caso de dúvidas, escreva à carta.

    E mais a baixo estaria em branco com os dizeres. -Pergunte-me “como?” - Seu pai repetia várias e várias vezes sem entender exatamente o final em quanto levava Akane para seu quarto em quanto ela começava a pegar suas coisas e arrumar sua mala.

    Grimório:
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    Mensagem por Lnrd Sex Abr 12, 2019 5:31 pm

    Capítulo 1: Como chegar à estação? Le-cha10


    De acordo com “qualquer pesquisa básica de opinião”, das conduzidas com seriedade pelo pessoal do Ministério da Magia, daquelas de qualidade duvidosa encomendadas pela Gazeta Marota ou simplesmente as resultantes de uma pergunta lançada a esmo durante o café-da-manhã, o ano da criança bruxa de 11 anos seria comumente descrito segundo tal divisão: primavera, verão, outono, inverno e aquela-interminável-estação-entre-o-recebimento-da-carta-de-convite-e-o-início-das-aulas.
    Não necessariamente em tal ordem.

    Os vários e arrastados dias de espera entre a data limite de confirmação e o equinócio alternavam-se entre surtos de euforia e crises de ansiedade. Não que não houvesse uma ou outra pessoinha que preferisse arranjar uma desculpa para não ir, uma ou outra meditativa demais para se afetar por aquelas vibrações.

    Não estava em jogo ali apenas a questão de que ir para um internato era algo enorme no pensamento de qualquer “pré-adolescente”, mas a perspectiva de adquirir a sonhada “licença-varinha” era deveras animadora: até então, só se era permitido utilizar magias através de itens pré-encantados, como tênis autoamarráveis, os populares ouvidos musicais e variados “facilitadores” de atividades domésticas. Mesmo vassouras voadoras eram consideradas perigosas e só liberadas no meio de famílias confiantes demais, deveras “libertárias” ou bastante desligadas. Claro, não contando aquelas “emprestadas” durante a ausência de pessoas adultas.
    De qualquer forma, ter autorização de porte e uso de uma varinha era poder, finalmente, realizar os próprios encantos, evocar as próprias magias.

    Aquele “entreato” era reconhecidamente um momento estressante para se visitar lojas especializadas, com brigas em filas, crianças perdidas, caça por preços menores, pequenos furtos, reclamações sobre altas de preços em relação ao ano anterior, itens esquecidos e negociações de livros de segunda-mão. O famoso Molly Mall, um casarão de estilo antigo transformado num “shopping” onde cada quarto fora reformado para receber uma exótica loja, era a opção mais corriqueira, mas o catálogo Merlin Express era igualmente bastante utilizado. Nada como a comodidade de realizar compras apenas folheando uma revista, podendo-se até “tocar” cada produto.. .

    No “dia médio” em si, quando dia e noite ocupavam o mesmo tempo de céu, não importava o quanto de preparação estivesse em jogo. Havia sempre uma quota (grande) de imprevistos, desde um familiar – como um cachorro mágico particularmente malcriado, não a irmãzinha menor de alguém – que havia comido um livro ou o outro par de um conjunto de meias que simplesmente fora tragado por gremlins sumidouros – mesmo que o governo nunca tenha confirmado a existência de tais monstrinhos especializados em “sumir” com as coisas, algumas vezes apenas para devolver, na cara de pau, momentos depois. A teoria de que mães-bruxas as assustavam, apesar de debatida profundamente, nunca chegara a um consenso na comunidade estudiosa.

    A maioria dos pormenores e arranjos que não estivessem claros, preocupação principalmente entre jovens sem criação bruxa, eram em boa parte resolvidos pelo plantão de dúvidas de cada escola, folhas em branco recheadas com as “dúvidas mais frequentemente perguntadas”. Bastava-se escrever no papel perguntas tais quais “Como pagar pela escola” (no caso, a resposta seria “é de graça!”) ou “Como dominar o mundo sendo que não tenho poderes suficientes para isso e nem tenho muita paciência nem riqueza?” (tipo de questão não só para além das capacidades daquele manual interativo, mas que provavelmente ativaria uma notificação ao departamento de orientação psicopedagógica de cada instituição).

    No fim, o imprescindível era chegar em tempo para o Expresso Transmundial, tarefa cuja dificuldade variava de caso a caso: era necessário tão somente achar uma estação de trens “trouxas”, levando-se em conta a proximidade de uma, e entrar em alguma linha. Qualquer uma.

    “Como...?”. Uma vez dentro, precisava-se alcançar alguma porta de entre vagões e, sendo uma pessoa bruxa, repetir três vezes “Expresso Transmundial, Expresso Transmundial, Expresso Transmundial” antes de atravessar. Voilá! Estava-se sacudindo sobre a rodovia mágica.
    Era necessário, obviamente, pagar à equipe sempre disposta a bloquear o transito de quem tentasse alguma gracinha... .

    Capítulo 1: Como chegar à estação? Studio10
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    Capítulo 1: Como chegar à estação? Empty Re: Capítulo 1: Como chegar à estação?

    Mensagem por ScorpioKS Dom Abr 14, 2019 11:11 pm

    Link apertava a alça da sua mochila (até que bem pequena, dado o que estava ali dentro) com um certo nível de ansiedade. Seu olhar varria a estação vazia o tempo inteiro, enquanto esperava o trem chegar e cantarolava uma música qualquer... ou melhor, nem era qualquer coisa, já que o seu ouvido musical estava tocando um rock pesado, como se tentando "exorcizar" o seu nervosismo. Até parecia que o artefato sabia o que seu espírito estava precisando no momento.

    One Step Closer - Linkin Park:

    O trem chegou um minuto depois que ele estava ali. Dark rapidamente se levantou, pronto para entrar no veículo e também pronto pra tentar dar suporte para seu dono, que parecia ter ficado mais ansioso com a presença do trem. O menino estava nervoso por um simples motivo: ele estava sozinho, era só ele e seu familiar... e isso não seria tão difícil, mas para ele poderia ser bem problemático.

    O trem parou a sua frente e abriu sua porta. Sem pestanejar, Dark puxou seu dono, e em um solavanco da coleira o fez entrar. Bom, pelo menos a estação era deserta, Link se preocupou em ir para uma estação assim. Sua situação não permitia ser de outra forma, ele com certeza chamaria a atenção se fosse fazer o procedimento de ir para o Expresso Transmundial. Mas naquele lugar ele sabia que estaria menos exposto... pelo menos ele não achava que chamaria a atenção do único velho dormindo na outra ponta do vagão que eles estavam. Assim que o trem começou a andar, o loiro já foi para frente da porta que daria para o próximo vagão, respirou fundo e concentrou-se muito, pensando "Expresso Transmundial" três vezes.

    Nada.

    OK, aquilo estava complicando. Ele estava pensando que poderia usar suas capacidades de magia não-verbal (mesmo que poucas), principalmente porque ele não pode depender de sua mãe para muita coisa. Foi tentando algumas outras vezes, e nada acontecia, o que fazia sua ansiedade ir escalando rapidamente a níveis preocupantes. Link precisava dar um jeito de ir para o expresso o quanto antes, pois o trem estava começando a se aproximar de estações mais movimentadas. O som de alguma música qualquer tocando em sua orelha se misturava ao barulho do trem se movimentando, e isso parecia só piorar tudo.

    "Expresso Transmundial. Expresso Transmundial! EXPRESSO TRANSMUNDIAL!"

    Sem saber se ele tinha falado isso ou se era só seu pensamento, em segundos Link estava sentindo um balanço diferente sob seus pés. Um latido rápido de Dark o fizeram despertar, juntamente com a visão de um homem uniformizado a sua frente.

    - Tem o dinheiro para entrar, meu jovem? - foi perguntado a ele de forma controlada, apesar de não mal-educada. Com um fôlego silencioso, o bruxinho enfiou a mão dentro do bolso traseiro de sua calça e entregou algumas moedas, já contadas antes de sair de casa - Bem vindo ao Expresso Transmundial. Fique à vontade para explorar o local.

    Link deixou que o homem partisse, e olhou para baixo, vendo a evidente empolgação de seu familiar.
    Tinham conseguido.
    Finalmente estavam indo para Scholomance.
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    Mensagem por Lnrd Sex Abr 19, 2019 4:27 pm

    Sem que o jovem Link desse conta daquele pequeno ocorrido, concentrado em transpor o portal de entrada para o trem dos mistérios, o senhor adormecido abrira os olhos por um curto instante, reajustando-se no banco para encontrar uma posição menos incômoda. Os olhos antigos dele piscaram e se espreitaram, em dúvida e surpresa sobre o que vira. Talvez fosse um sonho, devia ter concluído antes de deixar aquilo de lado e voltar ao sono.
    – Onde já se viu... cachorro no trem... – resmungando para si, retornara ao bom descanso.

    Uma das mais respeitadas regras da bruxaria, um limite que poucas audaciosas almas se atreviam a cruzar, era nunca, jamais mexer com a riqueza de alguém. Antes de um ato de nobreza, aquilo se justificava por algo bem mais simples: ganancia não era incomum naquela vida e a mistura de magia com vingança não era nada saudável. Assim, não era de espantar que a companhia responsável pelo expresso fosse deveras precavida em relação ao próprio investimento, evitando a todo o custo qualquer ameaça à margem de lucros que cultivava com o cuidado de um jardim: não só o “staff” interno era conhecido por ser equipado com poderosos feitiços de abjuração, encerrando prematuramente viagens clandestinas, mas as entradas possuíam feitiços de ilusão que dificultavam avistamentos por “trouxas” – fora de tal maneira que, para o velhinho, Link havia simplesmente passado com o cão para o outro lado e fechado a porta atrás de si. Independente dela ter uma janela de vidro que dava a ver o outro lado.

    O interior da máquina era das típicas locomotivas europeias puxando vagões cheios de cabines, daquelas de dois bancos frente a frente. Eram bastante adequadas para longas viagens, uma vez que, num dia de sorte ou de dinheiro sobrando, era totalmente possível e esperado pegar um lado inteiro do cubículo e deixar-se afundar no aconchego daquele sacudir ritmado.
    Esta, porém, não era uma dessas ocasiões. Azar de quem não gostava muito de interações.

    Link superara o cobrador, devidamente equipado a receber tanto moedas bruxas quanto de qualquer nacionalidade trouxa – essas últimas eram importantes uma vez que era sempre necessário interagir com o mundo comum, apesar de ser proibido criar-se dinheiro trouxa, algo que facilmente desequilibraria a economia dessa comunidade.


    Capítulo 1: Como chegar à estação? Train-10


    Ao andar pelos corredores acarpetados, era fácil concluir que praticamente todos as divisórias estavam pré-ocupadas, muitas por crianças de caras estupefatas e movimentos desastrados, particularmente quando obrigadas a dividir o trajeto com alguém mais velho - o que não era de todo comum, uma vez que a lei da natureza sobre iguais se atrairem parecia particularmente verdadeira lá, reforçada pelos olhares de estudantes veteranos que parecia dizer um silencioso "vaza" a "pirralhos". A ecologia de colégios, não importava o tipo, era sempre similarmente excludente.
    Mas nem sempre o caso era esse.

    Num dos poucos pontos ainda vagos, um rapaz mais velho sentava-se recostado à vidraça, deixando à escolha de quem chegasse sentar-se ao lado dele ou numa das duas vagas de frente para ele. Mantinha o rosto enfiado num livro. Não era possível avistar nenhum familiar próximo a ele.

    Não só na entrada daquela cabine, mas em vários lugares do veículo, era possível avistar placas em que lia-se os dizeres “PARA SUA SEGURANÇA, MANTENHA-SE NO SEU VAGÃO”.

    Capítulo 1: Como chegar à estação? B4ddee10
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    Mensagem por Katerine Le Blanc Sex Abr 19, 2019 6:49 pm

    Era o grande dia e Akane sabia disso e sendo assim seus pais a levaram para o expresso transmundial e sendo assim ela preferia se manter quieta apenas na companhia de seu família, porém, ela logo dava um beijo em seus pais assim que embarcou no expresso se sentando em um vagão vázil em quanto olhava pela janela apenas esperando pela partida.
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    Capítulo 1: Como chegar à estação? Empty Re: Capítulo 1: Como chegar à estação?

    Mensagem por Claude Speedy Sex Abr 19, 2019 7:02 pm

    Aquilo tudo parecia uma loucura para o garoto...

    Mas ainda assim ele seguia sem rumo naquela direção inusitada...

    É então que ele olha a garota de olhos de cores diferentes bem preocupado e fica vidrado por um minuto.
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    Capítulo 1: Como chegar à estação? Empty Re: Capítulo 1: Como chegar à estação?

    Mensagem por ScorpioKS Dom Abr 21, 2019 11:13 pm

    Link olhava para os lados, procurando um lugar que pudesse ficar tranquilo, mas estava difícil. Em nenhum canto ele sentia-se confortável, mesmo que fosse uma cabine que estivesse com mais novatos, e isso estava deixando o jovem bruxo um tanto incomodado... até o momento que ele deparou-se com uma cabine que estava ocupado apenas com um único rapaz. Parecia mais velho, e não parecia se importar se alguém entrasse naquele espaço. Decidiu ficar por ali mesmo. Fez um barulho alto o suficiente para se fazer presente, mas não alto o suficiente para assustar o outro. Queria deixar claro para ele que, caso se sentisse desconfortável, poderia pedir para ele que saísse.

    Sentou-se na diagonal do rapaz, mais próximo à porta, e assim que acomodou sua mochila ao seu lado e deixou que Dark ficasse deitado aos seus pés, arrumou um pouco melhor as suas orelhas musicais, apertando pontos específicos do "aparelho" até chegar em uma música específica. Gostava daquela violinista, ela era alegre, emocionante e muito, mas muito verdadeira.

    Master of Tides - Lindsey Stirling:

    O loiro gostava muito de música. Era outra coisa que acalmava sua alma, principalmente quando estava estressado por conta de sua rotina um tanto estressante. E por conta disso pegou esse hábito ao longo da vida: ouvir música a qualquer hora, a qualquer instante. E normalmente, para ele, o que funcionava, era ouvir alguma coisa que entrasse em sintonia com seu espírito: se estava estressado, ele precisava de alguma música "barulhenta"; se estava mais tranquilo, ia com uma música mais calma... e a música atual expressava o misto de calmaria com alegria. Finalmente estava se dando o direito de relaxar cem porcento. Até mesmo seu familiar parecia entrar nesse clima, pois logo ele já estava dormindo.
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    Mensagem por Lnrd Seg Abr 22, 2019 2:09 pm

    O rapaz à janela da cabine onde Link se sentara levantou os olhos por detrás das grandes lentes amareladas no rosto dele, dando apenas uma reparada frugal ao garoto que entrara antes de voltar a enterrá-los profundamente no livro. Não parecera de todo incomodado com a presença dele ou de Dark lá. Entretanto, poucos segundos depois fora tomado por uma espécie de onda de choque, um susto repentino, como se só então tivesse realizado que havia mais gente dividindo aquele espaço com ele. Viu-se instintivamente encarando o recém-chegado, agora reparando com mais atenção.

    Essa segunda passada de vistas fora mais demorada, acompanhada por um espreitar de olhos dos que se faz quando tenta-se analisar algo minuciosamente.
    - Primeiranista?! – Concluiu, não deixando muito claro se estava afirmando ou perguntando – Tente não morrer nos primeiros dias. E não caia nessa de entrar na floresta de noite. E evite o lago também. E as masmorras. E manobras arriscadas no time de vassourismo. E... Arthurio Viladouros, da casa Scotonyct, presidente do Clube Noitelonga de Leituras Estranhas – falava de maneira errática, aluada, apesar de com calma. De subido, notando que faltara uma coisa qualquer naquela apresentação, fez a mão saltar na direção do novato, oferecendo-a em cumprimento. Aparentemente, a escolha por estudos refletia algo na personalidade aérea dele.

    Noutra parte do Expresso Transmundial, uma figura completamente abarrotada de malas cruzava os corredores, involuntariamente esmagando quem estivesse pelo caminho.
    - Desculpe. Desculpe. Foi mal. Desculpe. Olha o meio – vinha repetindo aquela montanha de entulhos ao longo de todo o estreito trajeto.

    A reação àquela passagem nada sutil era no mínimo curiosa: quem estava à frente, não podendo identificar quem vinha, demonstrava irritação com a situação. Quem finalmente entendia de quem se tratava, soltava algum tipo de exclamação de apoio. “Dragoflor?! É o Dragoflor?!”. Parecia tratar-se de alguma celebridade estudantil, ao que muita gente botava a cara nas portas ou apertava-as contra os vidros das cabines, numa tentativa de ver melhor.

    Para azar de Akane e Gabriel, aquela confusão ambulante ia na direção em que estavam. “Desculpe. Olha o caminho... Ah, aqui dá!”. Parou reparando a menina solitária, não vendo o rapazinho que a observava, praticamente atropelando-o e o forçando para dentro junto.
    – Desculpe. Material do time. Piufff!

    As diversas bolsas abarrotaram o cubículo como uma avalanche, mal dando espaço para que pudessem se mexer. Ao menos agora era possível ver a identidade de quem as carregava: um veterano musculoso e bastante estiloso, mas com uma expressão tão amigável quanto a de um cachorro – o familiar dele, uma iguana azul mal-encarada, logo brotou por dentro do caos.


    Capítulo 1: Como chegar à estação? 04_mon10


    A paisagem do lado de fora escorria numa velocidade que gradualmente ia aumentando, deixando tudo próximo borrado. Sobrava esperar que a viagem não fosse muito longa. O apito do trem era o sinal de que o mundo como o conheciam estava ficando para trás.
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    Mensagem por Claude Speedy Ter Abr 23, 2019 4:27 pm

    -Ah, pelo amor... Que bagunça! Você ficou de trazer isso tudo sozinho!?

    Comentava já chateado com tanta tralha que o rapaz trazia. Se ajustando em um canto... O pequeno ficava olhando tantas coisas e a menina e o rapaz que estavam ali com ele e se perguntando qual a maldita razão de estar ali pelo meio de tantos objetos estranhos...

    -Time de que? E quem é você?

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    Mensagem por Katerine Le Blanc Qua Abr 24, 2019 10:33 pm

    Akane apenas via as pessoas olhando para si e logo viu um garoto fazer o mesmo a fazendo se aproximar dele, porém, antes que ela conseguisse dizer algo um outro garoto logo se aproximava lhe fazendo desviar do material de um tal time até que a mesma conseguiu se aproximar. -Porque estava me encarando a alguns minutos? - Ela perguntava de certa forma fria e com medo por ele lhe achar estranha por causa de seus olhos.
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    Mensagem por ScorpioKS Qua Abr 24, 2019 11:03 pm

    O loiro deu um pulo quando o rapaz praticamente gritou sobre ele ser primeiranista, nem mesmo seu ouvido musical bloqueou tal afobação. Até mesmo Dark soltou um granido num misto de raiva e acuação. A enxurrada de informação que estava sendo jogada era tanta que aquilo estava novamente deixando-o agitado... até o momento que o outro simplesmente estendeu a mão, numa clara tentativa de cumprimenta-lo. De forma hesitante, Link aceitou o gesto, e assim que soltou a mão do mais velho, puxou uma pequena caderneta do bolso da calça, junto com uma caneta também de tamanho mais reduzido. Rapidamente escreveu algo em um dos papeis, e mostrou a página para que o outro pudesse ler o que estava escrito.

    "Meu nome é Link, prazer. Qual seu nome?"

    Assim que o rapaz terminou de ler, o escrito simplesmente sumiu. Era uma caderneta mágica, dada pela sua avó materna de aniversário de oito anos: tinha poucas folhas (umas dez, no máximo), mas era mais que suficiente para o jovem bruxo, já que ela permitia que ele reutilizasse todas as páginas. E a caneta diminuta também era mágica, já que não o deixaria na mão por falta de tinta. Não eram materiais para uso prolongado, serviam apenas para anotações muito rápidas, por isso Link usava puramente para comunicação.
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    Mensagem por Lnrd Qui Abr 25, 2019 8:48 pm

    No começo, era um barulho difícil de descrever, mas fácil de reconhecer. Baixo e abafado, era sem dúvida um pequeno riso preso.
    Não demorou a vir a explosão, numa gargalhada alta e retumbante.
    - COMO ASSIM?!?!?! Como é que você pergunta uma coisa des... ah!!! Primeiranis...?!? – o rapaz interrompera a análise, esfregando as lágrimas dos olhos, enquanto procurava, confuso, a origem daquela pergunta.

    “AAH!”, exclamou ao perceber aquela figura que, para ele, havia surgido do nada.
    - Onde é que você estava escondido? Não importa – disse, tentando gesticular como se espalhasse alto no ar... o que não era exatamente fácil, abarrotado que estava. De fato, agora usava uma das pernas para impedir que uma mala rolasse para fora da cabine – Bem, desculpem a confusão. Me chamo Igoric Alexandrino Dragoflor, da orgulhosa casa Vinterlaughen, e capitão da Liga Desportiva Estudantil. Sabe, duelos, vassouras, essas coisas... – Tentara oferecer a mão em cumprimento, mas a situação fê-lo contentar-se com um aceno de cabeça na direção de Akane e Gabriel.

    Não era esforço identificar Igoric como alguém de personalidade expansiva e segura. Por ser “grande” devido aos constantes exercícios que praticava, poderia parecer um pouco mais velho do que os 16 anos que tinha – na verdade faria 17 ainda naquele ano, mas estava atrasado uma série em Scholomance, portanto estaria iniciando agora a penúltima série.
    Era de todo um rapaz amistoso, porém facilmente alguém espaçoso – quando não inconveniente.

    Sem perceber, já estava promovendo o time.
    - Se quiserem se candidatar, é só me procurar. Todos os anos abrimos a seleção de novos integrantes nas primeiras semanas pra preencher as vagas de quem se forma ou fica incapacitado – aquele último detalhe fora posto com o mesmo sorriso de antes, como se fosse algo corriqueiro àquela altura.

    Conforme explicara, sem antes perguntar se sabiam disso ou não, “voar” não era exatamente o que se fazia numa vassoura. “Essas coisas são forças selvagens e difíceis de domar. Não é como levitar. Se você dá uma bobeirinha... BAM, você quebra o pescoço no chão”. As perspectivas não eram nada animadoras.

    O monólogo continuou com ele falando sobre ter se oferecido junto à professora responsável pela área para ajudar a trazer os novos equipamentos, mas que havia se atrasado por algum motivo que não importava naquele momento, sendo obrigado a uma verdadeira corrida para alcançar o devido trem. “O que foi um bom exercício”. Aproveitara para acrescentar, introduzindo a filosofia de vida dele: “Corpo forte, mente forte”. Acreditava que não bastava apenas ser uma pessoa estudiosa para vencer um duelo de varinhas mágicas. Exercícios físicos constantes e boa alimentação eram essenciais. Se aquilo fazia algum sentido ou não era com certeza algo discutível, mas ninguém negaria que aquele rapaz era um grande talento do colégio, já tendo trazido várias vitórias para a equipe local.
    Quem sabe fosse só coincidência, ou até sendo o real motivo da predileção de duelistas mais intelectuais a biblioteca e não o pátio e a liga de esportes.

    Noutra área do trem, Link começavam uma tentativa de debate.
    - Hã? Você não...  – não era comum para o rapaz encontrar alguém mudo, ou qualquer que fosse o motivo dele não falar, mas Arthurio não se dera tempo de demonstrar muita estranheza, pondo-se novamente a falar – talvez sua voz tenha sido roubada como daquela vez que... não lembro o nome do bicho, talvez no Bestiário Avançado dos Continentes Distantes... ou se procurar uma cura no Guia de Herbologia Alternativa... ou talvez um feitiço de telepatia... – parecia, àquela altura, estar falando mais para si mesmo, pensando alto, do que conversando.

    Só fora interrompido por um sino, não muito alto, mas bastante presente e distinto.
    - Ah, mudança de linha. Não se assuste.

    Num trem trouxa, quando o caminho fazia uma bifurcação, era necessário uma alavanca externa, no próprio trilho, conduzir a locomotiva para um lado ou para outro. Naquele, as coisas eram diferentes.

    Como uma viagem cortando o planeta todo seria muito longa, o expresso utilizava “buracos de minhoca”: literalmente a máquina entrava por túneis subterrâneos e, ao sair do outro lado, estava noutra parte da Terra.
    O mais curioso era que, nesse meio tempo, vagões inteiros sumiam e apareciam, num complicado esquema que fazia dele não “um” trem, mas uma rede de deslocamento ligando lugares mágicos e não mágicos.

    Foi assim que a paisagem da janela foi substituída pelo interior de uma caverna que provavelmente agradaria pouquíssimo alguém com claustrofobia.
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    Capítulo 1: Como chegar à estação? Empty Re: Capítulo 1: Como chegar à estação?

    Mensagem por ScorpioKS Dom Abr 28, 2019 7:22 pm

    Link suspirou resignado, percebendo que talvez não conseguisse arrancar muita informação daquele rapaz (o que era irônico, pois ele parecia ser muito inteligente). Era incrível a incapacidade dele de se manter focado seja lá no que for. O loiro sequer se deu ao trabalho de "falar" para ele que sua família já tinha tentado qualquer uma das coisas que ele murmurava para resolver sua condição, porém nada resolveu. Mas ele também não se importava mais, já tinha se acostumado com aquilo tudo.

    Sua linha de raciocínio foi quebrado com o som de um sino. Não esperava ouvir aquilo, então instintivamente olhou para fora, vendo apenas um lugar escuro.

    "- Ah, mudança de linha. Não se assuste."

    Ah, então era assim que passavam por vários lugares do mundo. Curioso, parecia que eles estavam passando por várias dimensões. Numa última tentativa (que ele tinha quase certeza que seria vã) de manter uma conversa, Link escreveu mais uma coisa no seu caderninho.

    ”Ainda falta muito para chegarmos na escola?"

    Enquanto isso, vendo que nada de mais estava acontecendo, Dark deu um bocejo e voltou a cochilar.
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    Mensagem por Lnrd Qui maio 02, 2019 2:58 pm

    A garganta pela qual seguiam alternava momentos de completo breu e aqueles nos quais talvez fosse melhor nada ver: “coisas” pareciam se esgueirar pelas sombras e cantos, “olhos” espreitando por entre frestas e reentrâncias; nalguns trechos o frágil esqueleto dos trilhos se equilibrava vertiginosamente por sobre fissuras abissais, cuja iluminação apenas sugeria o quão fundo poderiam cair.  

    Arthurio não parecia importar-se com o cenário, provavelmente já tendo o cruzado por diversas vezes.
    - Humm... um pouco. Devemos chegar antes do pôr do sol. Se precisar comprar alguma coisa na vila é melhor correr por lá, que ainda temos que pegar a caravana de charretes até a escola.

    Na outra cabine, Igoric instintivamente encarou o menino, movido por curiosidade passageira:
    - Encarando? Você é vampiro? - Parecia o tipo de gente que fala a primeira coisa que vem à mente, não importava se fazia sentido ou não.

    O balançar daquela maquinaria era de dar um pouco de sono, com muitas pessoas preferindo dormir da melhor forma que conseguiam improvisar. Mesmo as conversas animadas tendiam a morrer lentamente. Só a novatos a paisagem parecia ainda ser atrativo, principalmente quanto esta deixava de ser assustadora para tornar-se fantástica.

    Algumas cavernas possuíam cores e formas muito inesperadas, não parecendo em nada com o que os livros de ciência trouxa diriam existir no subsolo. Aqui e ali, surgiam construções que pareciam postos avançados para a manutenção do caminho. Talvez houvesse gente trabalhando, ou até mesmo vivendo sob a proteção daquelas paredes.


    Capítulo 1: Como chegar à estação? 1f270e10

    Capítulo 1: Como chegar à estação? 35855610

    Capítulo 1: Como chegar à estação? Kaze_n10


    Enquanto falavam, a velocidade começou a ser reduzida.

    Quem não conhecia o trajeto talvez pudesse crer que haviam chegado a alguma estação, porém quem já possuía experiência naquela viagem logo deixou escapar certo alarme.
    - Mas o quê?!?! – Disse Dragoflor, espalhando malas por todos os lados enquanto tentava alcançar a janela – Tem gente lá fora?!?!

    A locomotiva não chegou realmente a parar, apenas diminuindo para um ritmo seguro ao aproximarem-se de uma área larga, uma grande plataforma na qual um grupo de pessoas reunia-se com diversas placas. “Salvem Gaia”; “Liberdade para Elementais”; “Abaixo o Jardim! Gnomos Querem Floresta”, “Familiares Fora da Gaiola” e coisas similares.
    - Jamais colocaria a Nerb numa gaiola pros trouxas não verem ela – continuou, ao que se deduzia que aquele fosse o nome daquele lagarto familiar, na verdade uma fêmea.

    Já próximo a Link, o outro rapaz mais velho limitou-se a soltar um "Hummm... Isso é... peculiar".
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    Mensagem por Claude Speedy Qui maio 02, 2019 3:06 pm

    -Eu realmente devo ter tomado chá de cogumelo com haxixe... Gnomos? Gaia?

    Olhando para Ugath, ainda sem muita compreeção sobre como ele irá reagir ao lugar ou à lagarta Nerb.

    -Eu realmente gostaria de saber, Igoric... Que tipo de lugar é esse?
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    Mensagem por ScorpioKS Sáb maio 04, 2019 1:42 pm

    O loiro arqueou uma sobrancelha num misto de dúvida e perplexidade. Manifestação? Aquilo era novidade para ele. OK, ouvia sobre manifestações em diversas partes do mundo não-mágico, mas entre bruxos... era a primeira vez que entrava em contato com isso.

    ”O que exatamente está acontecendo?"

    Link cutucou rapidamente o mais velho no ombro e mostrando sua pergunta no caderninho. Estava curioso para saber do que se tratava... e do pouco que sabia dele, sabia que ele daria uma divagada sobre o assunto, o que, naquele momento, seria bom para se contextualizar.
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    Mensagem por Katerine Le Blanc Sáb maio 04, 2019 2:12 pm

    Akane percebeu ser ignorada por alguns e logo entendeu um deles já que ela era mudo e sendo assim decidiu voltar a se isolar já que ela não tinha nenhum amigo aparente, mas ela se sentia tão só mesmo tendo a companhia de seu familiar a mesma não tinha nenhum amigo e sendo assim apenas decidiu ficar olhando pela janela todo o trajeto.


    EDIT: só pra ficar claro, Akane, Gabriel e Igoric estão numa cabine e Link com Arthurio noutra, daí eles não se encontraram ainda. Smile @Katerine Le Blanc
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