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    Capítulo 1

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    Mensagem por Artorias Dom Nov 25, 2018 12:34 am

    OFF - POST 1

    ON -


    Uma sensação de queda infinita, mas não há vento, a escuridão de seu fim do abismo não encerra.
    Não é possível ver a própria carcaça. Será que isso é a morte? Há quanto tempo poderia estar assim? Será que já se passaram dias? Meses? Anos? Uma eternidade.
    Não é possível sentir qualquer coisa e aos poucos acontece de esquecer quem era um dia, a essência se espalha e mistura no nada.
    [...]



    Algo acontece.


    (Silêncio)


    Calor...

    Som de crepitação...

    Luz, brasas, fogo...

    Uma grande fogueira...

    Apenas escuridão ao redor...



    Um vulto distante...



    A sombra de um ser misterioso surge da escuridão se levantando em direção às chamas incandescentes, seus poucos passos expressam tranquilidade, mas ressoam metalizados. Ele tomava forma à medida que se aproximava, parando em frente da fogueira. Estendeu a mão ao fogo que chamuscava levemente, mas sem se importar muito. Ficara, ali, imóvel.


    Seu corpo era totalmente coberto por aço, mas contava com alguns tecidos em sua vestimenta, era possível perceber que possuía uma espada bainhada e um escudo em seu braço esquerdo.


    Com dificuldade dava para ver que ao redor haviam algumas árvores e ruínas, mesmo com as visões turvas.

    Capítulo 1 Oscar_10


    Vocês acordam sem entender o que está acontecendo, como se saíssem de um longo pesadelo, tudo era estranho para vocês. Suas memórias do passado muito distante, mas aparentemente próximo, é um choque para suas consciências e sanidades, uma espécie de dor profunda atinge-os. Vocês querem se mover, contudo seus movimentos são precários, como se estivessem a muito tempo sem se mexer, com seus músculos adormecidos, quase que petrificados, e, por isso, apenas conseguem rastejar. Vocês querem gritar, entretanto até mesmo para sussurrar está sendo impossível e, porém, apesar do que ocorria, o calor da fogueira era reconfortante no meio de tanta agonia.


    OFF 2 -

    Som da fogueira

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    Capítulo 1 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Pallando Seg Nov 26, 2018 11:46 am

    "Não há mais nada para se fazer...Apenas aceite"
    Adamastor sentiu o abraço de sua noiva apertar, então veio a raiva, depois a tristeza e depois nada.
    "Vai ficar tudo bem", ouviu a doce voz mais uma vez.
    E foi a última coisa que ouviu.

    Depois veio a queda, ao menos a sensação, e Adamastor permaneceu sem sentir nada. Dessa vez não por causa do veneno, mas por que não existia nada para sentir. Sendo aquilo a morte ou não, o tempo ou qualquer outra coisa, inclusive a noção de quem era, pareciam não ter mais relevância. Havia apenas a queda infinita e a misericórdia de sua escuridão, pois era melhor não ver, não sentir nada do que continuar mais alguns segundos naquela que fora sua última realidade.

    De repente, o calor. Era aconchegante sentir algo de novo, mas foi o som o principal responsável por puxar sua consciência para o que estava acontecendo. A luz vinda das brasas chamou-lhe a atenção, o fogo que explicava o calor começou a levantar suspeitas e então, quando reparou na grande fogueira cercada pela escuridão, Adamastor estranhou tudo aquilo. Não entendia aquela situação assim como não entendia tudo que havia acontecido antes, e essa era a fonte da confusão que começava a causar algum incomodo.

    Então veio o vulto, distante mas cada vez mais se aproximando em direção às chamas, com seus passos ressoando e deixando o general cada vez mais incomodado. Quando a figura parou com a mão estendida ao fogo, Adamastor o observou com toda a atenção que podia, sem deixar de reparar nas árvores e ruínas. Assim que pôs os olhos na espada que a figura carregava, Adamastor acordou em estado de alerta, sem entender o que estava acontecendo. O incomodo que vinha sentindo só se intensificou conforme as memórias o atingiam com força, causando-lhe uma dor profunda. Quis se levantar e tinha pressa para isso, mas seu corpo não prestou ajuda. Era como se o veneno ainda fizesse efeito mesmo depois de sua morte, e a própria sensação de incapacidade era um constante lembrete de tudo que havia acontecido no salão de comemorações.

    A lembrança do som do cálice caindo e de seus sentidos enfraquecendo eram como um golpe no coração de Adamastor, como se o punhal de seu irmão entrasse mais uma vez em seu peito. A tristeza que sentiu antes de morrer agora começava a voltar como uma mágoa muito forte, tão forte que o primeiro impulso de Adamastor se pudesse se mover teria sido o de tirar a própria vida e voltar ao descanso, fugindo assim das memórias e perguntas que existiam em sua cabeça.

    E sem poder fazer mais nada, Adamastor começou a rastejar como podia. Queria gritar para a figura na fogueira, coloca-lo para responder suas dúvidas ou pedir para voltar mais uma vez ao abismo escuro, onde não sentia nada. As palavras não saíram e sua agonia apenas aumentou, fazendo-o experimentar a frustração pela primeira vez desde que podia se lembrar. Naquele momento, a fogueira era sua única amiga.
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    Capítulo 1 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Hunter Qua Nov 28, 2018 2:54 am

    Abriu os olhos. Arregalados olhos procurando a luz. Ouvia o crepitar estalando confortavelmente em seus ouvidos.
    "Fogo?"

    Seu glóbulo ocular ia de encontro da luz emanada pela fogueira. Com um esforço de um herói, inclinava o tronco um pouco e confirmava a fogueira. Um gemido de dor e tornava a deitar de maneira nada confortável. Um meio movimento e já estava a ofegar. Enfureceu-se por dentro, mas nem sua fúria conseguia demonstrar. Cansaço. Uma dor aguda lhe punia impiedosamente, como se provasse do próprio veneno quando agia para punir seus inimigos. Deitado, conseguia identificar o local. Podia ver arvores ao redor e pode perceber a presença que se aproximou da fogueira.

    Novamente, o esforço em levantar seu tronco. Sua teimosia foi recompensada com dor e a imagem do cavaleiro de metal.
    "Quem?"

    Não podia ver o rosto, coberto pelo elmo. Abria os olhos novamente.
    "Sonho? Ilusão?"

    As lembranças começavam a vir a tona, começava a perfurá-lo. A última mais recente: incontáveis lâminas perfurando seu corpo. O sangue escorrendo pelo seu corpo e sentindo a pressão do peso corporal caído sobre a panturrilha e calcanhar. A dor parecia real. No chão, se retorcia com as lembranças, emitindo grunidos de dor e raiva. A mão, estendida para a fogueira, como se fosse alcançá-la, mas inutilmente, falha.
    "Mas que merda aconteceu?"
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    Capítulo 1 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Guilix Qua Nov 28, 2018 8:05 pm




    Celina Caelum



    Vazio.
    É natural a humanidade se questionar a cerca de o que acontece conosco após a morte. É uma pergunta muito difícil de ser respondida e sua resolução pode ser a chave que acalentaria o coração daqueles que perdem os seus queridos ou temem o fim. Eu acreditava que os bons iriam para um lugar, e os maus para outro, mas ao me encontrar frente ao fim, apenas senti uma imensidão carente de qualquer emoção ou sensação.
    Talvez a forma que me sacrifiquei extinguiu cada partícula de vida que existia em mim, e por isso, estou nesse vácuo.
    Me sacrifiquei? Não lembro muito bem o que houve.
    Até que ouço o som de um grito agudo rasgando o silêncio e me acordando da inércia em que eu estava. Em seguida, escuto o som de uma fogueira, sinto cheiro de grama e fumaça, minha garganta seca e afônica e meu corpo quase sem forças. Já meus olhos estão pesados e apenas enxergo uma figura embaçada que se aproxima.
    Devo temer? Preciso clamar por ajuda.
    Ao sentir medo um nome surge na minha mente. Tento gritá-lo mas não consigo. Tento usar a energia que tenho para pelo menos balbuciá-lo:
    - Princesa...



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    Mensagem por ayana Qui Nov 29, 2018 10:40 pm

    Francis Bathory

    Caiu de costas, olhando para o céu. Um tipo de salto que só se faz uma vez. Primeiro veio uma forte rajada de vento que parecia querer empurrar sua alma em direção às estrelas. O corpo era o recipiente que aprisionava a alma. Um fardo que se carregava ao longo da vida e que tão logo iria se despedaçar ao colidir com a neve. Em liberdade, enfim, a alma poderia flutuar, deixando-se levar pela onda esverdeada da aurora boreal que se formava no horizonte.

    A neve abafou o som de um fardo de 80 kg, arremessado de uma altura de 70 metros. O chão de pedra esfacelou os ossos da coluna e das costelas. O frio transformou em névoa o ar que saiu dos pulmões. A escuridão tomou conta dos últimos instantes de consciência.

    ...

    Permanecia a escuridão, quando a consciência voltou parcialmente, transcendendo o limite do corpo. Francis se libertou. Seu prognóstico estava certo: o corpo transmitia toxinas para a alma. Era a origem de todas as dores da humanidade. Sem ele, o sofrimento havia desaparecido assim como todo o universo ao seu redor. Relaxado, Francis apagou mais uma vez.

    ...

    Talvez, um sonho...

    O que Francis sentia agora estava mais próximo da realidade. A luz de uma fogueira, o cheiro da fumaça, o ruído das brasas, o calor das chamas. Ele tinha um corpo que o conectava de volta ao mundo. Lugar do qual ele tentou escapar. Não por acaso, ao primeiro choque com a realidade, Francis foi tomado pelo desespero, potencializado pela impossibilidade de reagir.

    O corpo estava debilitado, fixo no chão como as raízes de um arbusto. Foi necessário um esforço sobre-humano para se arrastar milímetros em direção à fogueira. "Servirei de combustível para as chamas", pensou por um instante antes de ser tomado pelo medo. Sim, haveria muita dor, mas pelo menos não estaria condenado a viver como um deficiente em mundo de trevas.

    Quando viu um vulto coberto por uma armadura prateada, Francis achou que fosse uma espécie de divindade. Na verdade, fez um esforço para acreditar que era uma. Aquela que lhe traria misericórdia, nem que para isso ele tivesse que implorar...

    "ME MATA!"

    Ninguém ouviu. O pedido ecoou como um grito em seus pensamentos, mas, do lado de fora, ninguém ouviu nada além do crepitar da fogueira. Impossível de verbalizá-lo, o desejo - "Me mata! Me mata! Me mata!" - foi se acumulando em sua mente. Não era possível se arrastar para dentro das chamas, nem mesmo interromper a dor na alma.

    Ao tomar fôlego, veio a consciência de que estava derrotado e, com ela, também vieram as primeiras lágrimas.
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    Mensagem por Artorias Qui Nov 29, 2018 11:49 pm

    OFF - POST 2

    ON -

    O estranho notara que vocês acordaram e que apresentavam dificuldades para mover-se. Ainda imóvel perante ao fogo, diz:

    – Não se preocupem, dessa fogueira extrairão o calor de que precisam para recobrarem a vitalidade de vocês. – Sua voz firme, mas complacente, não apresentava um tom de ameaça, era até reconfortante, mas continuaria concentrado na fogueira apaticamente.

    Seus corpos esforçam-se para aproximar mais daquelas chamas e à medida que ficavam mais pertos mais fácil tornavam-se para movimentar. Agora notariam a presença de outras pessoas caídas no chão que se aproximavam da fogueira também. Vocês conseguem falar naturalmente e enxergam sem os embaçados, passam a reparar em seus corpos intactos e questionam o que está acontecendo ao estranho, pois vocês se lembram de suas respectivas mortes e sentem que foi a muito tempo, mesmo não sendo capazes de confirmar isso e nem precisar a época. "Teria sido um sonho?" Vocês poderiam pensar.

    (Silêncio)


    De forma serena, ele senta e nada fala, deixando o silêncio dominar o ambiente, apenas ouviam a crepitação das brasas, até o vento parecia estar mudo quando batia nas folhas das poucas árvores próximas e no gramado que os rodeava e não emitir som.

    Levantara a cabeça para contemplar o céu escuro e sombrio como se quisesse encontrar alguma solução ou resposta, algum vislumbre de luz de lá...

    Capítulo 1 Oscar_10


    – Vocês estão mortos, mas seus espíritos, de volta a este mundo, foram trazidos. – Sua voz pareceu um pouco melancólica, prosseguira, após pausa – Não deveriam estar nesse estado seus corpos, eram para estar apodrecidos, mas essa fogueira permite que recuperem suas forças e energias, das deteriorações e das feridas, mantém o espírito são e, por isso, enquanto se recuperam fiquem aqui.



    (Silêncio)




    “Não chores mais o erro cometido;
    Na fonte, há lodo; a rosa tem espinho;
    O sol no eclipse é sol obscurecido;
    Na flor também o inseto faz seu ninho”




    Ele declamara esses quatro versos de forma lúgubre, como se soubesse o que todos estão sentindo ao voltarem ao mundo plano, seus traumas, suas mágoas, seus fracassos, suas perdas, seus arrependimentos, uma vida inteira de lembranças voltando em segundos. Estão confusos demais para compreender tudo o que foi dito e absorver as emoções que sentem.
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    Capítulo 1 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Guilix Sex Nov 30, 2018 11:37 pm





    Celina Caelum




    Lentamente, rastejo até mais próxima da fogueira. Realmente, a cada centímetro que me aproximo da chama sinto acender em mim um pouco mais de vida. Conforme o calor se espalha pelo meu corpo, sinto a energia e os movimentos voltarem também. A sensibilidade começa a desabrochar em cada fibra do meu ser. Sinto um calafrio quando lembro da minha morte. Mas sinto paz ao lembrar que morri fazendo aquilo que acreditava ser o melhor para a maioria.

    Olho para aquele homem de armadura e depois vejo outras pessoas também jogadas no chão, aparentemente na mesma situação que eu.

    Que pecado. Deve ser algum tipo de magia negra avançada. Esse homem acabou de condenar almas em paz novamente a essa vida pesarosa. Talvez ele queira nos usar. Talvez ele precise de nós nesse mundo. Preciso saber as intenções dele antes de me tranquilizar.

    - Quem é você e por que estamos aqui?


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    Mensagem por Hunter Sáb Dez 01, 2018 9:03 pm

    Ainda encolhido como uma concha, sentia a dor ir embora gradativamente. Sua respiração já se restabelecia em seu tempo natural e seus batimentos cardíacos já estavam mais desacelerados. Foi quando o homem a sua frente mencionou sobre os efeitos da fogueira. Pareceu ser verdade. Foi quando percebeu os outros a sua volta em situações similares. Um deles faz a pergunta que não queria calar: "Quem é você". Quem seria aquele homem misterioso que não mostrava a face? Seria uma ameaça... não parecia o caso. Era uma presa fácil naquela situação e ele nada fazia. Parecia estar ali para responder perguntas. Outra pergunta que gostaria de ouvir a resposta: "Por que estamos aqui?". Tinha certeza que estava morto, e não era aquele o local de sua morte. pensou que, talvez a pergunta mais correta seria... por que voltamos? assim como aquele estranho, também se rastejou para próximo da fogueira. Sentia seu corpo ganhar forças que antes não possuía.

    Tentou suas primeiras palavras depois de um longo tempo, percebeu que já estava apto a utilizar sua voz. - He-hey, onde estamos? - Dizia olhando para os lados. - Não me parece o inferno, tão pouco o paraíso. - Se esforçava e, ainda com certa dificuldade e apoiando-se no próprio joelho, põe-se de pé. O chão não era lugar para alguém como Bóris permanecer durante muito tempo, especialmente se  Vermelho resolvesse aparecer... o pensamento continuava:

    "Que merda ta acontecendo?"
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    Mensagem por Pallando Dom Dez 02, 2018 10:46 am

    Sem mais dar se importar com a presença do homem de armadura, Adamastor só via a fogueira e o pequeno conforto que ela trazia enquanto continuava a se aproximar dela. Quando ouviu a voz do desconhecido, parou de rastejar por alguns instantes e voltou a olhar na direção dele, desconfiado das palavras daquela estranha figura. Como aquilo era possível? E quem era ele para saber disso? Sem outra alternativa e acreditando que o homem de armadura dizia a verdade, Adamastor voltou a rastejar para perto da fogueira, cada vez mais sentindo os movimentos de seu corpo voltando ao normal. Parou de rastejar por mais um breve momento quando percebeu que haviam outros, um deles até conseguiu questionar o estranho.

    Mais alguns instantes rastejando e Adamastor sentiu que também já podia falar, assim como sua visão e movimentos pareciam ter voltado ao normal, o que era um grande alivio. Fez questão de ficar sentado e olhar ao redor com mais atenção na esperança de encontrar algum sentido naquilo tudo. Então ouviu outra voz fazendo uma pergunta ao homem de armadura e comentando sobre o lugar. Adamastor também queria aquelas resposta e mais algumas outras, mas não sentia a mínima vontade de falar naquele momento. Estava concentrado em manter longe as lembranças de sua morte e a voz de sua ex-noiva, apenas aguentando a tristeza e agora a raiva, mas ao menos a vontade de voltar para a escuridão estava desaparecendo.

    Ainda em silêncio, Adamastor limitava-se a apenas escutar o desenvolvimento da conversa enquanto mantinha os olhos na fogueira. Tentava colocar a cabeça no lugar, e até mesmo os versos do homem de armadura ofereceram algum auxilio nesse ponto.
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    Mensagem por Artorias Qua Dez 05, 2018 4:34 pm

    OFF - POST 3

    ON -

    - Quem é você e por que estamos aqui? - Celina

    - He-hey, onde estamos? - Bóris

    [...]



    O sujeito misterioso ouve as vozes dos heróis a seu redor, indagações, questionamentos e tons de ameaça e de pavor, seu tempo naquele lugar estava acabando então precisava explicar logo e de maneira clara a situação presente.


    Ele volta a falar, seriamente - Eu sou Oscar de Astora, cavaleiro de elite de Astora, terra de onde vim, um lugar muito distante daqui, mas temo que vocês sejam de um tempo que ainda não existisse. - Faz uma pausa, olha para cada um de vocês observando e volta a encarar a fogueira - Talvez vocês sejam de milênios atrás... - Sussurrara tão baixo que a crepitação da fogueira fora capaz de abafar o que dissera.


    O cavaleiro Oscar estendera a mão sobre a fogueira, parecia que tentava apalpar o fogo enquanto contemplara.


    - Há muito tempo, o Lord Gwyn, o deus da luz e dos raios, que assumira o trono deste mundo, era o responsável pelo dia e pela vida deste plano material, enquanto Nito, a morte, era o encarregado pelas almas dos falecidos. - Olhou para Celina, percebera uma reação nela - Você deve conhecer esta história, não são muitos que sabem e acreditam... - Voltou a fogueira, retomando a narrativa - Em um determinado momento os dois deixaram seus postos, e ninguém sabe por que, mas, com isso, o mundo se desestabilizou. O sol não ilumina mais e a escuridão dominou tudo, enquanto os mortos estão despertando do descanso eterno e ficam vagando sem destino pelos horizontes, dificilmente encontrarão alguém que ainda não tenha morrido, inclusive, vocês são esses mortos. - Fizera uma longa pausa, como se estivesse escolhendo bem as palavras a usar - Eu estava descansando nessa fogueira quando avistei vocês quatro gemendo no meio do desfiladeiro nas proximidades, felizmente vocês possuem uma determinação incomum e rara para estarem sãos, isso é bom! - Notara o susto de vocês, mas não parara, era necessário explicar o que sabia - Mas para vocês manterem-se vivos e sãos é importante terem a determinação intacta, quanto mais fragmentada deixar a alma de vocês, maiores as chances de renderem-se a loucura e tornarem-se vazios, nessa condição com o tempo seus corpos voltarão apodrecer e serão esqueletos selvagens que caminham por todo canto, fazendo parte deste cenário macabro que o mundo tornou-se.


    Depois disso, ele levanta com calma e pega sua espada e seu escudo.

    Capítulo 1 Oscar_11


    - Eu estou em busca de respostas e tenho a minha própria jornada para percorrer, se vocês querem saber também talvez a gente se encontre novamente, talvez nossos destinos tenham de cruzar-se. Estarei indo para aquela longínqua edificação a frente, no final do horizonte, Fortaleza de Sen, será um desafio chegar lá, soube que há muitas armadilhas, mas acredito que devo descobrir alguma coisa, então, valerá a pena.


    Quando Oscar de Astora começara a afastar-se, um de vocês pergunta se poderiam ir com ele.


    - Eu não tenho muito tempo enquanto vocês precisam ficar perto da fogueira ainda para se recuperarem. Essa chama é sagrada que nunca se apaga, é uma cópia do poder de Lord Gwyn, permite que recuperem sua forma humana, há poucos lugares com essa chama, quando avistarem uma não deixem de tocar, talvez seja a única coisa que permite nós não nos tornarmos vazios. Até logo, quem sabe, companheiros!


    E ele dá as costas, caminhando corajosamente para uma jornada desconhecida e provavelmente dolorosa. Vocês reparam que ele diz "nós" quando se refere aos mortos revividos, seria ele também mais um nessa condição? Vocês questionam.

    OFF 2 - Vocês conversarão entre si e irão pressupor que já se passou um longo tempo que estavam na fogueira, assim podendo tomar o mesmo caminho do cavaleiro de Astora, é uma estrada batida que leva para planícies, montanhas e florestas até chegar a Fortaleza de Sen que é possível avistar no topo a sua onipotência ao longo do fim do horizonte, tudo será escuro, haverão ventos leves e macabros, névoa, vocês poderão conversar entre vocês para tentar desvendar algum quebra-cabeça, mesmo que possam saber nada, a personagem Celina conhece algo da história por ser uma clériga devota a filha do Lord Gwyn, seus personagens perceberão que sabe algo porque Oscar disse isso olhando a ela, então poderá enriquecer um pouco o dialogo de vocês sobre o mundo.
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    Capítulo 1 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Guilix Qua Dez 05, 2018 11:29 pm






    Celina Caelum




    Ao ouvir as palavras do cavaleiro, a névoa que pairava sobre minha mente aos poucos foram se dissipando. Parte da minha memória estava retornando. Talvez essa chama seja uma Centelha de Gwyn. Realmente pude sentir que a vida emana dessa fogueira. De certa forma é desconfortável pensar que em algum momentos deveremos sair daqui.

    -Senhores. Sou Celina Caelum. Sumo Sacerdotisa da Princesa Gwynevere, deusa da fertilidade e da vida. As coisas que aquele homem falou são verdade.


    Me coloquei em pé e comecei a explicar a história da criação desse mundo.

    -No princípio o mundo não era nada. Os seres humanos ainda não existiam. Apenas titãs e os deuses. Os titãs são seres poderosos mas traziam desordem, disputando espaço com os deuses e Gwyn, o deus da luz, era o agente da ordem. Gwyn iniciou uma guerra que ele não pode acabar sozinho. E durante milênios ela aconteceu. Apenas quando ele se juntou com outro ser divino, Nito, o deus da morte, que eles conseguiram venceram o caos. Os destroços dessa batalha formaram o mundo em que vivemos. Nós, seres humanos, surgimos como personificação de Gwyn, mas como mortais, pois Nito julgava que se fossemos eternos haveria outra rebelião e mais uma guerra milenar, como os titãs fizeram.

    Depois que terminei de contar, senti um leve frio na barriga. Afinal, não era para estarmos ali. Não era para seres humanos serem eternos. Quando nossas almas não vão para o lugar que deveriam ir e ficam vagando sem rumo, podendo voltar a vida por um ritual ou um poder qualquer, mostra que somos, de certa forma, eternos.

    - Segundo as informações que ele nos deu, e o conhecimento que tinha na minha vida anterior, se posso dizer assim, consigo levantar alguns questionamentos. Por que ainda estamos vivos? Talvez alguma coisa aconteceu com Nito. Ou talvez a era dos titãs voltaram. O caos presente nesse mundo pode ser decorrente de outra guerra entre deuses e titãs. Se me permitem, vou tentar contactar a minha deusa, mas seria importante encontrarmos mais seres deste tempo para entender melhor onde estamos.

    Ao terminar minha fala, ajoelhei-me próxima a fogueira e tentei sentir a presença da Princesa Gwynevere. Que ela possa responder as minhas preces e me dar sabedoria mais uma vez. O que houve com esse mundo?


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    Mensagem por Hunter Qui Dez 06, 2018 3:47 am

    Ouvia o homem discorrer sobre a história. Algo surreal, porém, parecia bem real naquele momento. Notou a frase que o incluía no mundo daqueles que já se foram e agora, estavam de volta. Era realmente uma situação complicada e confusa. Retornar do nada, sem saber nada, sem ter nada. Não tinha um objetivo, provavelmente todos aqueles que conhecia morreram ou então, caso não tivessem a determinação necessária, estaria por aí com esqueletos, irreconhecíveis, inúteis.

    Já o cavaleiro Oscar devia ser um ser poderoso. Era o que pensava Bóris. Alguém se aventurar sozinho, por um caminho sabido por ter armadilhas e de toda a sorte de perigos é, no mínimo alguém poderoso capaz de lhe dar com tudo sozinho, ou um louco a fim de encontrar com a morte.

    - Faça isso. - Dizia enquanto aquecia as mãos na fogueira. Se referia a tentativa de contato de Celina com sua Deusa. - Meu nome é bóris. Não sou muito honroso em meus combates, mas sei que o meu pendão pende para o lado do luz. Virei bem a calhar em combates. Creio que, todos aqui devem ser especiais para ter essa nova oportunidade. Eu não sei o que está acontecendo, mas se o destino nos trouxe de volta, é porque temos um papel importante a cumprir. Só resta saber o que devemos fazer... Qual será a nossa missão... Acredito que não vamos descobrir muita coisa ficando aqui, dependente dessa fogueira. Devemos partir, partir para o único lugar que sabemos o nome... - Apontava para o horizonte. - Fortaleza de Sen... Tente seu contato, Celina, veja o que sua Deusa tem para nós.
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    Mensagem por Pallando Sáb Dez 08, 2018 12:06 pm

    Somente tendo sido trazido da morte para acreditar na história que o homem de armadura, Oscar, estava contando. Adamastor o ouviu com desconfiança o tempo todo, de certa forma aliviado por ter algo o distraindo das lembranças de sua vida, e não pôde evitar de sentir certa dose de pânico quando ouviu a parte do "talvez vocês sejam de milênios atrás". Acreditar que todos que um dia conheceu já estavam mortos era de alguma forma amargurante, mesmo que no fim tenha sido traído por boa parte delas. Mas ainda sobre a história que Oscar de Astora contava, Adamastor não estava completamente certo de que haviam se encontrado por pura coincidência.

    Quando Oscar começou a seguir rumo a fortaleza, Adamastor não se importou em deixar o homem com algumas respostas ir embora por enquanto. Naquele momento, olhou discretamente para os outros três que pareciam estar na mesma situação. Não estava muito certo de nada, embora acreditasse que seria uma benção poder trabalhar com eles para solucionar tudo aquilo. Baseado em sua experiência, Adamastor acreditava que qualquer grupo de pessoas, independente de suas crenças ou de onde e quando eram, poderiam ser aliados se tivessem um importante objetivo em comum. Felizmente, a mulher chamada Celina sabia o bastante para complementar aquilo que Oscar havia contado, enquanto o outro, Bóris, parecia já ter assimilado bem a situação e estava ciente do que deveriam fazer.

    - Me chamo Adamastor... - Apresentou-se quase sussurrando e se surpreendeu com a própria voz. Não se lembrava dela daquela maneira, tão fraca e vazia de atitude, mas ainda assim continuou. - Concordo com o Bóris... seguir em qualquer outra direção seria loucura agora... Aquele homem, Oscar, disse que estava em busca de respostas e tinha uma jornada a percorrer. Eu acho que cedo ou tarde nós estaremos atrás dessas mesmas respostas.- Ainda desconfiava do Oscar de Astora, mas não levantou o assunto por também não conhecer os outros três.
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    Mensagem por ayana Seg Dez 10, 2018 8:47 pm

    Francis Bathory

    O calor da fogueira estava mais forte agora. Parado, esperando apenas por um golpe de misericórdia, uma morte rápida, Francis começou a sentir o sangue correr mais rápido. Parecia se infiltrar pelos tecidos, como as ramificações de um rio que trazia de volta a vida de uma paisagem devastada. A carcaça que o envolvia transformava-se, aos poucos, em um corpo funcional, que em breve seria capaz de colocá-lo para fora do infortúnio que era viver.

    Ao ouvir as palavras do homem de armadura, ele se arrastou para mais perto da fogueira. O elemento que ele usaria para se destruir estava, na verdade, o conduzindo para a direção oposta. Ele precisava se recuperar para entender por que fora despertado do eterno descanso. Também queria ver com os próprios olhos, sentir na pele, como o mundo havia se corrompido ainda mais com o passar dos anos. Assim, ele poderia descansar mais uma vez com a certeza de que havia tomado a decisão correta.

    "Louise...", ele se recordou da esposa e dos filhos. Abandoná-los fora mesmo a decisão correta? Fazendo isso, ele conseguiu mantê-los a salvo? De alguma forma, ele sentia que sua existência remontava de um passado distante. Todos já deveriam estar mortos... porém, assim como ele, todos também poderiam voltar à vida. Uma nova vida…

    Os versos declamados pelo cavaleiro desconhecido acalentaram sua alma. Resquícios do sofrimento no passado ainda eram perceptíveis, mas agora a realidade confusa e inesperada exigia a completa atenção de Francis. Só então, ele prestou atenção nas outras três pessoas que despertavam da morte assim como ele. Todos ao mesmo tempo. Um tipo de coincidência que era difícil acreditar que ocorreria por simples acaso.

    Francis sentou-se perto da fogueira e ficou encarando o fogo, enquanto ouvia a história do cavaleiro. "Para se manter vivo e são é importante ter a determinação intacta", ele repetiu a frase em silêncio. Em sua mente, ela tinha o teor cômico de uma tragédia anunciada. "Quer dizer que para não morrer, preciso me apegar a um desejo de me manter vivo?", pensou.

    Estava em via de desistir, quando pensou na possibilidade - remota, é verdade - de se reencontrar com a esposa. Ou ainda encontrar outro sentido para a vida que não fosse conquistar o poder a qualquer custo. Francis sentiu uma dor no peito quando se lembrou que foi necessário perder dois filhos para constatar que para tudo, incluindo suas ambições, havia um limite. Se ele não determinasse esse limite, logo estaria se afogando em sangue como no passado.

    O cavaleiro continuou:

    - Eu estou em busca de respostas e tenho a minha própria jornada para percorrer, se vocês querem saber também talvez a gente se encontre novamente, talvez nossos destinos tenham de cruzar-se. Estarei indo para aquela longínqua edificação a frente, no final do horizonte, Fortaleza de Sen, será um desafio chegar lá, soube que há muitas armadilhas, mas acredito que devo descobrir alguma coisa, então, valerá a pena.

    - Por que você acha que as respostas que procura estão nessa fortaleza? - Francis perguntou de repente.



    Quando o cavaleiro se virou para ir embora, Francis pediu para ele esperar. Perguntou se ele sabia em que cidade eles estavam. Sua impressão era de que estava bem longe de casa, das terras glaciais no extremo norte. Era o único lugar onde gostaria de estar, mesmo sabendo que seria assombrado por centenas de fantasmas; que encontraria cadáveres de pessoas, por ele assassinadas, vagando sem destino pela neve. Tinha certeza de que aquele mundo miserável o faria se reencontrar com seus inimigos. Seja como for, Bournemouth era o ponto de partida para inflamar a centelha de esperança em reencontrar sua família.

    Com um olhar mais minucioso, era possível perceber que a esperança, na verdade, caracterizava-se como uma utopia. Ele estava em um mundo com centenas de milhões de pessoas mortas, espalhando-se por todas as direções ao longo de um período desconhecido. Como explicar, por exemplo, ter acordado tão distante do leito de morte? O que ele sabia - e por ora bastava - era que, caso não silenciasse suas inquietações, seu destino seria a loucura ou a morte.

    Celina Caelum complementou a história do cavaleiro depois que ele foi embora. Francis conhecia o epílogo da biografia da sacerdotisa. Como ela havia se sacrificado para que o exército vencesse uma decisiva batalha. Ambos tinham algo em comum: anteciparam o fim da vida. Ela por uma razão muito nobre; a dele nem tanto...

    Francis não reconheceu quem eram os outros dois que se apresentaram a seguir. Seria muito improvável conseguir identificá-los apenas pelo nome, ainda assim, sua memória trabalhava em levantar algumas suposições, sobretudo de figuras que fizeram história nos campos de batalha. Em um mundo de completa decadência, para que mais eles serviriam se não fosse para a guerra? A ideia o deixava extasiado. Tinha consciência de que sua vida anterior começara a desvirtuar quando baixou as armas e conduziu sua frente de batalha dos campos para os palácios.

    - Concordo com o Bóris... seguir em qualquer outra direção seria loucura agora... Aquele homem, Oscar, disse que estava em busca de respostas e tinha uma jornada a percorrer. Eu acho que cedo ou tarde nós estaremos atrás dessas mesmas respostas. - Disse Adamastor.

    - Algumas respostas, nós já temos. Basta olhar para nós mesmos, ou para o mundo ao redor. Qual o sentido em ressuscitar alguém em um lugar onde quase não existe mais vida? Talvez para... - lançou um olhar malicioso para Celina e sorriu - nos reproduzirmos? Fomos trazidos de volta para uma guerra e estamos do lado dos derrotados.

    O mago abaixou a cabeça e pensou: "Se bem que, agora, nada me impede de escolher o outro lado".

    - Bom, independente dessas circunstâncias, é um prazer conhecê-los. Sou Francis Bathory, ex-conselheiro do rei Vlad Stoker de Bournemouth.
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    Capítulo 1 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Guilix Ter Dez 11, 2018 10:23 am






    Celina Caelum



    Pallando escreveu:
    - Aquele homem, Oscar, disse que estava em busca de respostas e tinha uma jornada a percorrer. Eu acho que cedo ou tarde nós estaremos atrás dessas mesmas respostas.
    - Será que aquele homem foi revivido como nós?

    ayana escreveu:
    - Algumas respostas, nós já temos. Basta olhar para nós mesmos, ou para o mundo ao redor. Qual o sentido em ressuscitar alguém em um lugar onde quase não existe mais vida? Talvez para... - lançou um olhar malicioso para Celina e sorriu - nos reproduzirmos? Fomos trazidos de volta para uma guerra e estamos do lado dos derrotados.

    - Impossível. Como sacerdotisa da Princesa Gwynevere tenho que me abster desse tipo de prazer da carne. Se eu perder minha virgindade, perco meus poderes. E se fosse isso, ele traria de volta três mulheres e um homem, não o contrário.- A bela moça olha com um pouco de nojo para Francis, "talvez essas pessoas não sejam tão honradas para serem meus aliados".

    Como Bóris disse, Celina continua buscando a inspiração da deusa para saber o que fazer.


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    Mensagem por Artorias Qui Dez 13, 2018 5:31 am

    OFF – POST 4

    ON

    Enquanto Celina tentava entrar em contato com Princesa Gwynevere, filha do Lord Gwyn, os heróis se conheciam, alguns descobriram ser autores de grandes histórias e exemplos de bravura e heroísmo. Será que é possível indivíduos tão decididos e poderosos estarem em harmonia mesmo em uma situação como esta?

    Celina para Princesa Gwynevere – O que houve com esse mundo?


    (Silêncio)


    Depois de um certo tempo sem resposta, concluíra que até ela poderia ter sumido juntamente com os outros deuses. Após constatar não saberem mais o que fazer e estarem já tempo demais parados naquele lugar, Bóris diz a Celina – [...] Acredito que não vamos descobrir muita coisa ficando aqui, dependente dessa fogueira. Devemos partir, partir para o único lugar que sabemos o nome... Fortaleza de Sen... – Adamastor concorda com Bóris e acrescenta – [...] Eu acho que cedo ou tarde nós estaremos atrás dessas mesmas respostas. [...] – Francis introspectivo, escapa uma frase amarga no meio de uma brincadeira para Celina  – [...] Qual o sentido em ressuscitar alguém em um lugar onde quase não existe mais vida? [...]


    Vocês se preparam para sair.


    A névoa fica mais densa, a visibilidade do caminho é restringida e vocês são obrigados a adiantar o passo buscando percorrer a mesma trilha pelo qual Oscar passou. Contudo ao longo de um bom tempo, acabam chegando a um trajeto sem trilha e com o campo de visão limitado pela névoa e o aumento de árvores e arbustos ao avançar para Fortaleza de Sen, que fica após uma grande floresta, as chances de se perderem ficam grandes.

    Capítulo 1 Fog-4710


    Enquanto buscam se localizar, escutam vozes distantes, como se fossem sussurros, sussurros de lamentação e carregados de ódio, é possível ouvir de todas as direções, alguma coisa maligna estava se aproximando, talvez em um número muito superior ao de vocês, talvez fosse melhor tentarem evitar contato, eles não devem ter ciência de suas presenças.

    Entre vocês a alguém experiente neste tipo de situação que poderá ajudar a se guiarem e evitar contato direto com estes seres que são velados pela brada névoa, se for bem sucedido...

    OFF 2 – Pallando, o teste é 2d6 + Sabedoria + 2 de bônus pela habilidade que possui, role aqui mesmo e o resultado terá de ser igual ou maior a 12, caso falhe no teste, você guiará seus companheiros para um trajeto no qual serão surpreendidos por inimigos.


    O som dos sussurros

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    Mensagem por Pallando Sex Dez 14, 2018 11:20 am

    Com o decorrer da conversa ficou claro que ninguém se colocava contra a ideia de seguirem para a fortaleza. Enquanto se preparavam, Adamastor só precisou buscar um pouco em sua memória para ter certeza de que não era a primeira vez que ouvia aqueles nomes. Celina,Bóris e Francis Bathory tinham grandes histórias, tão grandes que a suposição de que estavam todos ali por coincidência já não era mais válida para Adamastor. E embora acreditasse que aquele mundo diante deles precisava de correção, o general não se sentia confortável com a ideia de deixar seu descanso para ser um peão das forças do destino ou qualquer outra coisa.

    Assim que todos ficaram prontos, Adamastor se levantou e começou a caminhar com eles. Acima de qualquer coisa, estava feliz por não ter que rastejar mais. Poder se mover naturalmente lhe dava uma ótima sensação de liberdade, completamente contrária ao sentimento de fragilidade que sentiu em seus minutos finais. Lembrar-se daqueles momentos ainda lhe trazia mágoa e raiva, e imaginar que aqueles traidores já estavam mortos era pior ainda. Apesar de tudo que sentia, Adamastor sabia que não podia deixar isso transparecer para os outros pois, ainda que agora fossem aliados extremamente capacitados, eles também poderiam ser inimigos perigosos. Não podia demonstrar fraqueza perto deles, o que não deveria ser problema para alguém disciplinado e confiante como Adamastor.



    Pelo caminho que seguiram, a névoa começava a ficar cada vez mais densa e afetar a visibilidade, o que por si só não era motivo para preocupação. Depois de adiantarem o passo demorou algum tempo até que chegaram em um caminho sem trilha dentro de uma floresta. Quando viu que não havia trilha e sim uma floresta com toda aquela névoa, Adamastor já estava pronto para admitir que talvez tivessem um problema em mãos. Logo depois vieram as vozes como sussurros vindas de todas as direções.

    - Muito bem... se puderem confiar em mim, vou tentar nos guiar pra longe disso. É só cruzar os dedos e me seguir. - Disse despreocupado. Apesar de não ter razão para confiar nos sentidos de um recém-ressuscitado, a exagerada autoconfiança sempre fora uma parte de sua natureza. - Só espero que não encontremos o corpo do Oscar de baixo de alguma dessas árvores...


    Pallando efetuou 2 lançamento(s) de dados Capítulo 1 Dice10 (d6.) :
    2 , 5
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    Capítulo 1 Empty Re: Capítulo 1

    Mensagem por Hunter Sáb Dez 15, 2018 11:54 am

    Olhava para dentro da fogueira enquanto a conversa se desenrolava. Parecia ter um consenso no grupo. Seguir o caminho de Oscar, ou pelo menos, seguir em sua direção. 

    Caminharam e findaram em um lugar sem trilha. Teriam de traçar o caminho entre a relva mais alta e árvores. Adamastor se pronunciou depois de vozes soarem da névoa que pairava no lugar. Vozes que pareciam vir do além, capaz de espantar aqueles que tiverem um coração vacilante, mas não era o caso daquele grupo. 

    - Muito bem... se puderem confiar em mim, vou tentar nos guiar pra longe disso. É só cruzar os dedos e me seguir. 
    Só espero que não encontremos o corpo do Oscar de baixo de alguma dessas árvores...

    Boris olhava ao redor, tentando identificar algum silhueta, quando deixa escapar um riso em deboche, mas não antes de relembrar da história daquele que estava por assumir a ponta, mesmo que momentaneamente. 

    - Como esperado de Adamastor e sua confiança milagrosa. Creio que seja importante termos esse tipo de atitude... espere... dedos cruzados? Então esse é o segredo... 

    Erguia as mãos e cruzava os dedos e sorria.

    - Não parece ser complicado. Mostre-nos o caminho, Adamastor Lonevale. Livre-nos da presença dessas vozes.

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    Mensagem por Guilix Sáb Dez 15, 2018 1:50 pm






    Celina Caelum



    Antes de partir, Celina se aproximou uma última vez daquela fogueira.

    -Senhor Gwyn, se parte do seu poder está aqui, nos proteja.

    Enquanto falava, a sacerdotisa passava os dedos pela chama e testava a possibilidade de levar uma centelha dessa energia com eles. Parte dela queria ficar próxima aquela chama, já que parecia a única coisa boa existente naquele mundo, mas lá no fundo, sentia que mais uma vez tinha sido escolhida para uma missão, e aqueles provavelmente seriam seus companheiros. O silêncio de sua Deusa dessa vez não parecia outra prova de fé. Talvez de fato aquele mundo estava tomado pelo caos, ou estavam em um lugar onde os poderes de Princesa Gwynevere não funcionariam.

    Depois de terminar sua última prece, a profetiza se afastou da chama e seguiu com seus companheiros. De certa forma sentiu que poderia estar vivendo um de seus maiores pesadelos. Aquelas vozes a lembravam da sua vida passada. Ela passou a vida expurgando demônios por toda terra, mandando cada espírito maligno que cruzasse seu caminho para o Mundo dos Mortos. Ficou famosa fazendo isso, salvando cidades inteiras de assombrações e aparições malignas. Para enfrentar o mal, sabia tanto do mundo das trevas quanto do mundo da luz. "será que estou no mundo deles?" pensava ela, com medo de encontrar a resposta.

    - Bóris, Adamastor, Francis. Se perceberem algo muito próximo a nós, me avisem. Posso afastar o mal, mas ainda sinto que meus poderes estão limitados.



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    Mensagem por Artorias Dom Dez 16, 2018 10:02 pm

    OFF – POST 5

    ON

    Adamastor conseguira guiar seus companheiros através de rastros deixados de resquícios de pegadas, galhos pisados, terra batida, cheiro das folhas, provavelmente seriam de Oscar – Ele passou por aqui! –, vocês pensariam, no entanto, haviam marcas de mais uma pessoa – Se um dos rastros seria de Oscar, de quem seria outro? –, questionam.


    Mais importante que se preocupar com isso era evitar encontro com estes seres lamentadores, devido ao lugar presente é impossível concluir quantos sejam e seria insensato arriscar contato. Enquanto trilhavam confiando nos sentidos graúdos de Adamastor, depois de uma longa conversa, concluíram que Celina Caelum seria a mais antiga do grupo, todos conheciam seu legado exorcizando espíritos malignos e seu ato de sacrifício para salvar todas as vidas numa guerra com orcs, possivelmente teria duas centenas de anos ou até mais de diferença de Francis Bathory, de uma região distante e gelada, é uma incógnita como seu cadáver fora parar ali, seus feitos eram assustadores – como alguém seria capaz de varrer sozinho um exército com rajada de vento? –, vocês pensavam. Francis seria um século mais velho que Bóris (ou o Vermelho) e Adamastor Lonevale, guerreiros de mesma época, o primeiro um matador sem piedade e instável – estranhamente tem se apresentado muito calmo e controlado, não condizendo com sua reputação – pensaria Adamastor; o segundo um líder nato, vencedor de guerras, isso já era notório por como orientava seus companheiros mesmo às cegas.

    Capítulo 1 1110


    A névoa estava se dissipando com avançar dos passos e os lamentos balbuciados minguavam de maneira correspondente. Poderiam pensar – Saímos do perigo! –, mas, após o dominar do silêncio, um súbito som de colisões de espadas se ouvia de longe, – AHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!! – um grito de combate desesperado e impetuoso ressoa inesperadamente, alguém deve estar em perigo – Seria Oscar? – todos pensam nisso certamente, precisam ser rápidos.

    Vocês correm.

    Correm mais.


    As árvores passam a não bloquear mais a visão e então uma imagem se revela...

    Estavam em uma grande área aberta, repleta de grama alta, várias fossas, poças extensas de água espalhadas. No meio havia um cavaleiro exótico lutando com uma espada longa contra vários esqueletos armados, não era Oscar, sua armadura parecia com uma cebola, estranho, aparentemente afobado, estava cercado. Observando com calma eram capazes de concluir que aqueles ossos reanimados eram controlados pelo necromante que se encontrava bem distante do combate e muito mais distante de vocês.


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    O necromante nota suas presenças e com a voz cavernosa emite um berro que orienta seus soldados para atacá-los. O cavaleiro então percebe que vocês serão atacados e grita – Fujam!

    Vários esqueletos avançam.


    OFF 2

    (Recomendação: ouçam os dois vídeos ao mesmo tempo e fiquem repetindo o primeiro vídeo até acabar o segundo, terão maior imersão)

    Som das Espadas



    Som para entrarem na atmosfera


    OFF 3

    A ordem da batalha já está explicada no tópico Sistema do Jogo, apenas ordenarei aqui para que cada jogador já saiba qual é a vez de quem com os números explicando a posição de cada um juntamente.

    1º - Sujeito Misterioso – Atletismo ??? - Resistência de Carga ??? sobrando;
    2º - Adamastor – Atletismo 3 – Resistência de Carga 29,5 kg sobrando;
    3º - Bóris – Atletismo 2 – Resistência de Carga 19 kg sobrando;
    4º - Celina – Atletismo 1 – Resistência de Carga 16 kg sobrando;
    5º - Francis – Atletismo 1 – Resistência de Carga 12,5 kg sobrando.

    Neste primeiro turno de combate já começa com Pallando.

    Os jogadores terão 4 opções de ações para escolher 1 por TURNO sendo duas delas MOVER e PARAR serem mais interpretativos de que sistemáticos, dependendo do que for oferecer no texto concedo bônus e facilidades no combate, nestas ações o argumento e a interpretação serão o diferencial para mim e na minha decisão de “facilitar”. As vezes MOVER será necessário quando o golpe for de perto e o inimigo estiver muito distante.

    As outras duas opções são bem sistemáticas, ATACAR e DEFENDER: O primeiro, ATACAR, usando um golpe normal (ex.: atacando com espada) será 2d6 + Atletismo CONTRA a dificuldade que será a Defesa Corpórea do Inimigo, sendo resultado igual ou superior o Dano da Arma reduzirá os Pontos de Vida do inimigo, a mesma pontuação de Dano servirá para reduzir a Durabilidade da Arma (inicialmente não se preocupem com isso).

    Se usar uma Habilidade do tipo Técnica usará 2d6 + Atletismo, do tipo Magia usará 2d6 + Vontade, do tipo Característica usará 2d6 + Sabedoria, a maioria seguirá esse padrão, na dúvida, pergunta.

    Quando o inimigo atacar será o resultado do ataque dele contra sua Defesa Corpórea ou a Mágica, sendo resultado igual ou maior o Dano do Ataque reduzirá seus Pontos de Vida e reduzirá a Durabilidade da Armadura/Roupa/Escudo de seus personagens.

    Exemplo de Combate: Pallando usa Golpes Rápidos, permite dois ataques com mesma arma, ele gastará o dobro da Energia (de 20 vai para 40) para aproveitar a Habilidade Combate com Duas Armas, totalizando quatro golpes no mesmo inimigo. Ele fará uma sequência de 4 jogadas de 2d6 + Atletismo contra a Defesa Corpórea do inimigo, resultado sendo igual ou maior dará 4 danos seguidos, falhando em uma será três danos seguidos, falhando em todas o gasto de Energia será desconsiderado pela METADE, sendo assim, perderá apenas 20 de Energia.

    Habilidades do tipo Magia normalmente já possuem dificuldade própria para serem ativadas, quando forem habilidades ofensivas terão a também a dificuldade que é Defesa a Mágica do inimigo. Caso a Mágica falhe na primeira etapa, sendo resultado inferior a Dificuldade de sua execução, não gastará Energia, caso falhe na Defesa a Mágica gastará apenas METADE da Energia.

    Exemplo de Execução: Ayana usa Rajada de Gelo, rolará 2d6 + Vontade, resultado sendo inferior a Dificuldade da Magia que é 12, não gastará Energia; se resultado for igual ou superior sinal de que foi bem executado e o inimigo usará sua Defesa a Mágica, sendo resultado igual ou superior é 20 de dano frio, mas se o resultado for inferior gastará apenas METADE da Energia (de 20 vai para 10).

    O segundo, DEFENDER, dará bônus de defesa, ficará o turno sem reação, mas garantirá mais chances de não tomar dano, é uma tática interessando quando achar que levará muitos golpes fortes no mesmo turno ou um grande golpe, diminuirá a possibilidade de receber o golpe. O bônus será +2 em condições comuns, em condições ruins +1 e em condições boas +3, a situação e interpretação podem influenciar.

    OFF 4

    Os inimigos:
    Esqueleto rastejante 1
    Esqueleto rastejante 2
    Esqueleto rastejante 3
    Esqueleto rastejante 4
    Esqueleto rastejante 5
    Esqueleto com Espada 1
    Esqueleto com Espada 2
    Esqueleto com Espada 3
    Esqueleto com Espada 4
    Esqueleto com Espada 5
    Necromante (distante de confronto físico)


    OFF 5

    Hunter, o Vermelho ainda não aparecerá, então continue jogando como Bóris.
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