Job 06

Sayuri recebeu a notificação que sua inscrição para o Exclusive Jobs havia sido alterada. A justificativa era simples: seu perfil encaixava melhor em outro job. Toshiro seguia com sua identidade de lutador marcial, Lee. Ambos receberam instruções para se encontrarem em um pequeno restaurante de karē. Era basicamente cinco banquetas altas diante do balcão onde se via o cozinheiro servindo o prato que você pedisse.

A IBioT faz experimentações sobretudo para aprimoramento dos Replicantes e para avanços da medicina biomolecular. Era a informação que cada um deles lembrava de cabeça. Segundo o Dream Inscription, eles deveriam entrar lá extrair o protótipo BS-721 e transportá-lo até um local ainda indefinido. Eram cerca de 17h. A noite possivelmente seria agitada.

dream inscription: @Kether e @Shmul começamos aqui o último job de vocês. Antes de postar aqui, quero que postem no tópico das suas ficha uma espécie de diário, registrando como ela se sente diante desse job em específico. Não precisa ser muito elaborado. Aqui vocês já devem ir postando suas ações até se encontrarem.

- Seu rámen. A senhorita vai querer algo? - Era o atendente que entregava a comida de Lee e questionava se Sayuri desejaria alguma coisa. Eles estavam há poucos quarteirões da IBioT. Certamente eles já haviam verificado isso em seus TAPs ainda antes de saírem de casa. A comida do local cheirava bem e o job que tinham diante de si era vago e desconexo como os outros que já tiveram.

Na realidade, imediatamente se perguntaram se o outro já havia participado de algum trabalho dentro daquele aplicativo. Lee se perguntava onde estava Nayako e Sayuri se perguntava o que diabos Hayato queria com a designação dela para lá. Talvez eles pudessem juntar peças.

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Lee se deliciava com seu rámen enquanto Sayuri o aguardava com jeito de poucos amigos. Ela fez um rápida pesquisa sobre a BattleSpider e descobriu que era uma empresa de Tecnologia da Informação com diversos clientes. Basicamente eles desenvolviam aplicativos, programas e engramas para quem quer que precisasse. Eles contavam com muitos programadores excepcionais.

Já Lee verificava a cicatriz que sua companheira de job mostrava. Aparentemente ela havia pegue um trabalho bem escroto, pois não era exatamente um ferimento pequeno. Mas estava bem curado e ele não voltaria a atrapalhar. O lutador botou pra dentro o resto do macarrão e bebeu o resto do caldo. - Terminou antes de eu dizer 'Bon Appétit'. - Disse gracejando o atendente. Bem na hora que receberam, ambos, a notificação informando que o expediente do IBiot havia sido encerrado.

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Eles se levantaram e começaram a caminhar em direção do alvo. Ele estava há duas quadras de onde eles se encontraram. No caminho, se testavam quanto à confiabilidade um do outro. Lee com certeza não tivera nenhum companheiro de job tão incisivo quanto Sayuri. E ela bem... Ela nunca tinha tinha um companheiro de job naquele aplicativo. Talvez ela até preferisse não ter.

Chegando à esquina, viram o prédio da IBiot. Ele era bem baixo em comparação aos demais prédios ao redor - deveria ter apenas dez andares - e da sua entrada principal saía um contingente relevante de pessoas. Pelo menos trinta. Elas se dividiam no sentido da rua ou na contra-mão, na calçada, claro. Observaram por alguns momentos enquanto o fluxo diminuía até praticamente parar. Havia um segurança na entrada. Um outro veio se juntar a ele, saindo de uma pequena reentrância da fachada dissimulada por algumas plantas mais altas no apertado jardim, possivelmente artificial. - Ok, pode fechar. Os que estiverem fazendo hora extra vão sair pela garagem. - Se comunicaram e o segurança que já estava ali digitou algo num microprocessador atrelado ao seu antebraço e então uma rede metálica baixou diante das portas de vidro, indicando que o laboratório estava fechado.

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A dupla começava a se organizar para entrar no laboratório. Se passar por funcionários? Fingir serem policiais? Entrar pela cobertura ou talvez pela garagem? Se moveram um pouco procurando outros pontos de vista. Havia na rua ao lado um portão metálico azul que certamente servia para carga e descarga. Porém, ele estava na fachada, no nível da calçada. Certamente só recebia materiais em horários noturnos e em operações cronometradas: o portão abria, o veículo entrava, o portão fechava, descarregava, o portão abria, o veículo saía e o portão fechava.

Tudo na maior discrição e sem perturbação da vizinhança. Essa era a praxe naqueles tempos e para estabelecimentos naquele padrão: ninguém via as atividades sem glamour. Muitas pessoas ainda andavam na rua e como Sayuri supunha, possivelmente havia câmeras de segurança, se vissem duas pessoas entrando pelo portão de cargas, certamente seria suspeito.

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O policial à paisana resolveu começar as coisas. Depois que avisou à Sayuri do seu intento, se dirigiu até o local onde estavam os seguranças. Conseguiu com certa facilidade a atenção de ambos, que se viraram para ele assim que ele entrou no campo de visão de um deles. - Boa noite, senhor. Peço que pare onde está. No que podemos ajudá-lo? - Toshiro não teve dificuldade para verificar que eles estavam bem armados: cada um com duas armas, pelo menos uma munição extra, um cassetete e possivelmente alguma faca dissimulada no meio das roupas.

Enquanto isso, Sayuri se organizava para invadir o TAP deles e assim ter um acesso aos contatos recorrentes, que lhe mostrariam os funcionários do estabelecimento. Sua primeira tentativa foi falha, lançou os códigos para burlar o Firewall mas ele ficou de pé como se fosse a porra da muralha da China. O que era um problema, pois aquela poderia ser uma chance de ser detectada. Agora ela só poderia cruzar os dedos. Pensou num plano B rápido. Lançou na DataNet Global o nome de IBioT. Com sua pesquisa encontrou o nome de pelo menos 10 pesquisadores renomados. Se cada um tivesse sua equipe de cinco pessoas, 50 pesquisadores naquele edifício. Fora funcionários de staff, talvez mais 50. A única imagem que encontrou do interno do edifício era do hall de entrada que na verdade formava um grande átrio no prédio, que se repetia nos andares. Havia uma escultura suspensa no ar, lembrando a dupla hélice do DNA. E claro, a torre de elevadores, pelo menos 5, bem diante desse hall, todos panorâmicos para apreciar a beleza da escultura. Ou talvez para ser um panóptico em que todos sabem quem vai aonde.

dream inscription: @Shmul como você não passou no Firewall, ignorei os outros testes de Hacking.

Toshiro pode ver os olhos dos seguranças se arregalarem e eles se entreolharem rapidamente. - Detetive Toshiro, iremos colaborar com quaisquer investigações oficiais. Enquanto meu colega verifica suas informações, poderia nos informar qual foi a denúncia recebida? Nada consta fora do padrão de segurança. - Os seguranças eram bastante protocolares. Ele sabia que estava forçando um pouco a barra para entrar, o que normalmente funcionaria no caso de seguranças mais despreparados. Com aqueles, bem, não dava para ter certeza.

Sayuri tentava dançar o Tango-Tango que o ex-artista-marcial-agora-detetive tocava. Lançou aquelas informações que ele dava aos seguranças na DataNet e aparentemente eram consistentes. De fato, ele era Ito Toshiro. Ela inclusive estranhou não ter encontrado aquela informação antes, mas, uma vez que ele era policial, era mais que justificado.

dream inscription: @Kether você vai ter que fazer uma rolagem de Persuadir (Blefar).