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    Arrasta-pé & Correria (Aventura)

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    Arrasta-pé & Correria (Aventura)  - Página 2 Empty Re: Arrasta-pé & Correria (Aventura)

    Mensagem por mixuruquinha Ter Jul 23, 2019 10:44 pm

    Gambiru escutou o grito de Juninho se estabacando no chão, e nesse momento ele soube, eles estavam fodidos.

    Escutava o som dos novos Volants se aproximando, não tinha muito tempo de agir, não queria castelar em tentar lutar novamente era arriscado demais, Juninho estava machucado, porém não tanto e foi aí que pensou rapidamente.

    Ele acenou para Juninho e apontou para uma casa que julgou que era segura por não ter sinais nem de humanos e nem de Volants, Juninho poderia dar um jeito de se esconder lá até que a poeira abaixasse. Gambiru não queria ficar mais por ali, precisava de respostas, nem seu irmão o pararia, então ele resolveu continuar saltando, sem se abalar com a situação de Juninho.
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    Arrasta-pé & Correria (Aventura)  - Página 2 Empty Re: Arrasta-pé & Correria (Aventura)

    Mensagem por Lokihgf Qua Jul 24, 2019 3:11 am

    Em um movimento muito rápido por conta do desespero "malasombrado", Juninho levanta, mesmo com a dor, que tinha diminuído por conta da adrenalina, sobe no muro e começa a seguir seu irmão.
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    Arrasta-pé & Correria (Aventura)  - Página 2 Empty Re: Arrasta-pé & Correria (Aventura)

    Mensagem por Nimaru Souske Qua Jul 24, 2019 11:09 am

    Gambiru toma uma medida desesperada em prol de seu objetivo. Já havia deixado a mãe para traz, obedecendo suas ordens, mas dessa vez decidira que o melhor a fazer seria confiar nas capacidades de seu irmão, que agora jazia ao chão daquela rua, e fazer seu próprio caminho para fora da cidade. O Kemono se esgueirou até a beirada do telhado e olhou diretamente para Juninho, chamando sua atenção e apontando para uma casa ao lado para que o garoto tentasse se esconder antes que os Volants os encontrassem... Mas Juninho parecia ser cabeça dura demais para escutar Gambiru.

    Ao terminar sua tentativa de guiar Juninho, Gambiru pôs-se a correr na direção que ambos estavam rumando antes e efetuou com maestria mais alguns saltos sobre o telhado das casas, em direção a saída de Uin que já estava muito próxima.

    O menino que havia tentado entrar na vida eclesiástica levantou em um pulo, ignorando as dores que sentia devido a queda e tomou em seu pulmão uma grande quantidade de ar. Estava decidido a escalar aquela casa para seguir seu irmão que já se encontrava a uma distância considerável, mas ainda não se perdera no horizonte. O barulho da aproximação dos Volants aumentava cada vez mais e Juninho preparava seu salto.

    Arqueou as pernas, preparou os músculos e, emfim, pôs-se ao ar. Em sua visão, viu as telhas se aproximando pouquíssimo e, logo após, se afastando novamente ao sentir a sola de seus pés ao chão novamente. O pulo não fora suficiente e um som que escutou já lhe dizia que aquilo podia ter sido sua última chance de subir no telhado.

    - AHHHHHHHHHHHHHHHHHRRRRRRRRRRRR. Os Volants gritavam em um som gutural e pigarreante, até mesmo Gambiru pôde escutar.

    Juninho virou em direção das duas figuras que já estavam bem próximas a ele. Um dos Volants carregava em suas mãos um grande machado assim como o último que os irmãos viram no quintal de casa, mas o outro tinha em mãos uma grande corrente em forma de laço que logo começou a girar sobre a cabeça.

    - MATAR.. VOCÊS... MATAR... TODOS... O ser bestial balbuciava palavras como se sua capacidade de fala tivesse sido comprometida.

    A batalha injusta de 2 contra 1 parecia ter iniciado e Juninho tinha poucas opções além de bater de frente com o inimigo. Enquanto isso, Gambiru fazia seu caminho pelos telhados para sair da cidade, mas carregava o peso em seu coração por entender que quele grito que escutou a pouco tempo atrás poderia ser o último som que seu irmão escutaria.


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    Arrasta-pé & Correria (Aventura)  - Página 2 Empty Re: Arrasta-pé & Correria (Aventura)

    Mensagem por mixuruquinha Sex Jul 26, 2019 8:40 pm

    - Me desculpe.
    Murmurou Gambiru baixo, não importara com os sons logo atrás dele, continuou pulando de casa em casa sabendo que o barulho maior viera do estabanado do Juninho, seguiu sem muita preocupação quanto saltar fazendo alguns sons.

    Nessa hora relembrou o quanto sofreu por parte de sua infância complicada, o favoritismo de Rosinha com relação a Juninho, o quanto sempre foi mais rigorosa com Gambiru, não só por conta de sua “estranha forma”, mas por alguns outros fatores que não convém a prosa agora.

    Não ter sido criado nas mesmas condições do irmão tinha suas vantagens, não sentir remorso em o deixar para trás era uma delas, não era questão de ser frio, mas de saber que seu irmão não precisava de sua supervisão pra se virar, afinal Rosinha sempre o tratou como se fosse uma espécie de babá para olhar Juninho, como se ele continuasse um pivete traquino, e Gambiru estava farto disso.

    Ao pular de telhado em telhado mais à frente se deparou com...
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    Arrasta-pé & Correria (Aventura)  - Página 2 Empty Re: Arrasta-pé & Correria (Aventura)

    Mensagem por Lokihgf Dom Ago 11, 2019 11:10 am

    Juninho, com toda a esperança que sua mãe te fez ter, puxa sua querida arma a pinga-gofo e usa seu talento para soltar um "Tiro Rápido" em um dos volants, para que a batalha seja um pouco mais justa.
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    Mensagem por Nimaru Souske Qua Ago 14, 2019 9:32 pm

    Gambiru se agarrou em sua confiança e rumou pelos telhados, perdendo toda a preocupação de se manter silencioso já que acreditava que Juninho já havia tomado todas as atenções dos invasores para si. Deu mais alguns pulos até que viu a última casa antes da saída da cidade. Estava nela e, para continuar, teria que ir pelo chão.

    Parou na beirada do telhado. Respirou fundo. Lembrou do irmão.

    Olhou mais atentamente para o meio da rua e lá viu que havia uma carroça com alguns jumentos amarrados a ela e, na parte de carga da carroça, parecia haver um jovem garoto de cabelos loiros desacordado.

    O Kemono desceu até a calçada e viu que ao final da rua se encontrava a tão aguardada saída que ele correra tanto para encontrar e, entre ele e seu objetivo, estava aquela carroça de Jumentos.

    - AHHHHHHHHHHHHHHHHHRRRRRRRRRRRR. Gambiru conhecia aquele grito e, além disso, parecia que várias vozes haviam se unido desa vez.

    O tremor dos passos pesados que vinham das costas do jovem pareciam se aproximar e aquilo, agora já podia reconhecer com mais exatidão, só podiam ser Volants.

    Tentar a sorte e correr até a saída esperando ter mais rapidez que o número desconhecido de Volants que vinham em sua direção? Salvar o desconhecido em sua frente? Usar ou roubar a carroça para seguir mais rápido pelo caminho ou, quem sabe, voltar e salvar Juninho?

    Todos esses pensamentos se misturavam em mais outros tantos que Gambiru podia seguir... mas os tiros que pôde escutar ao longe lhe lembraram do que havia deixado para trás.

    Juninho foi de poucas palavras no momento, sacando de maneira ligeira sua arma Pinga-fogo e disparando uma rajada de balas na direção dos dois Volants que não tiveram tempo de se defender e foram cravejados com o ataque. O jovem estava tão desesperado em seu ataque que fechara os olhos e deixara com que sua fé guiasse seus projéteis até o inimigo... e assim foi feito já que pôde escutar o som de carne sendo perfurada e gritos.

    - AHHHHHHHHRRRRR. Pareciam sentir dor.

    Ao abrir os olhos, o jovem viu as duas figuras ainda em pé... estáticas. Esperava que estivessem mortos, prestes a tombar.

    Mas esse não era o caso.

    - EU FATIAR E TU AMARRAR O QUE SOBRAR. Falou aquele que portava um machado ao outro, que trazia consigo uma corrente.

    O Volant brandiu seu grande machado e pôs-se a correr em direção ao jovem que estava praticamente catatônico diante daquela imagem demoníaca vindo em sua direção. O machado da besta cortou os ares com tamanha força que apenas o vento deslocado já era suficiente para ferir alguém... mas, infelizmente para o garoto, não fora apenas o vento que o acertara. A arma afiada entrou pelo ombro e parou no meio do peito de Juninho que, por pouco, não teve sua cabeça decepada. Mas sua situação não era nem de perto uma das melhores, pois, não se sabe por qual milagre, ainda continuava vivo após ter o machado cravado em si. O Volant tentou puxar a arma mas ela estava presa nos ossos do jovem pároco, então o ser monstruoso apoiou seu pé na cabeça de Juninho que, até então, estava com o olhar perdido que fitava apenas o chão enquanto de sua boca escorria grande quantidade de sangue, e então o empurrou para trás e conseguiu, por fim, retirar o machado.

    Do chão, Juninho viu o céu.

    A dor era tão intensa e visceral que parecia que não sentia mais nada... dor, desespero, medo, frio, nada. Apenas via o azul do céu e isso, de certa forma, parecia lhe confortar.

    Estava morrendo.

    O mundo ao redor estava turvo e ele mal podia escutar direito, mas ainda conseguiu entender as palavras.

    - ... AMARRAR... AGORA...

    Sentiu uma pressão gélida ao redor do corpo provocada pelas correntes do segundo Volant e, então, viu-se preso as costas do mesmo.

    - VAMOS APROVEITAR ESSE COMO RECOMPENSA. TEMOS COMIDA A VONTADE HOJE.

    Algo queimava dentro do irmão mais novo da família Silva e ele tinha que escolher como iria fazer tudo queimar.

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    Arrasta-pé & Correria (Aventura)  - Página 2 Empty Re: Arrasta-pé & Correria (Aventura)

    Mensagem por Lokihgf Qui Ago 22, 2019 6:00 pm

    Juninho, se agarrando na fé que nem ele acredita que ainda o restava, começou a lembrar do seus tempos traumáticos de igreja e começa a orar em latim pelo seu Padre Cícero, com toda força que o restava e acompanhado desse calor que sentia, ele não sabe de onde vinha, só sabe que foi a coisa mais forte que já passará pelo seu corpo mirrado.
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    Arrasta-pé & Correria (Aventura)  - Página 2 Empty Re: Arrasta-pé & Correria (Aventura)

    Mensagem por mixuruquinha Qui Ago 29, 2019 12:14 pm

    Gambiru não pensou duas vezes, uma carroça com jumentos correria bem mais rápido do que ele pelo telhado.

    Pegando impulso, o jovem pulou em cima da carroça, olhou pro jovem de cabelos galegos desacordado mas não pareceu se incomodar com ele. Desamarrou e arreou os jumentos de lá sem olhar para trás partiu.

    Sentira um calafrio em sua espinha, seria o remorso de não ter ajudado Juninho por causa de seus interesses? Não teria como saber, mas uma coisa era certa, não tinha mais volta.
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    Arrasta-pé & Correria (Aventura)  - Página 2 Empty Re: Arrasta-pé & Correria (Aventura)

    Mensagem por Nimaru Souske Qui Ago 29, 2019 10:09 pm

    Tudo que restava para Juninho era o preto da inconsciência que chegava cada vez mais perto e a sensação do frio das correntes em seu corpo que lentamente ia desaparecendo junto com sua vida. Ainda lhe restava a capacidade de pensar...

    E foi então que ele lembrou de alguém que representava uma chama de esperança em meio aquele deserto gelado.

    Padre Cícero.

    Aquele que o acolhera em sua paróquia, que lhe ensinou os segredos do sacerdócio e cuidou dele desde que sua mãe lhe deixara lá para que virasse padre. Aquele que mostrou ao jovem o poder e os limites que seu próprio corpo possuía.

    E isso mudou para sempre o modo como Juninho sentia o seu próprio corpo.

    A chama surgiu espantando o negrume e o frio. O calor lhe acalentou, estava confortável como se estivesse no colo da sua mãe que foi deixada pra trás naquela cidade. Aos poucos, sentia seu corpo febril, queimando, ardendo, como o fogo santo usado para queimar aqueles que a igreja chamava de hereges, como ele próprio foi chamado, aqueles que não seguiram ao que diziam ser os desígnios de Deus. Queimou como dois corpos que dividiam uma mesma cama naquela noite fria, dentro da igreja, aos olhos do Pai. O fogo inquisidor era forte, destruía laços e afastava a vida daqueles tocados por ele , mas apenas uma coisa era capa de vencer suas chamas e, ate mesmo, incinerá-lo por dentro: o fogo do amor.

    Pois Deus é vida e amor, e nada que o Senhor uniu, o homem ou qualquer outra criatura nefasta é capaz de separar.

    O Deus da vida lhe cura os ferimentos impossíveis e o Deus do amor queima tudo que advém do ódio.

    Juninho escutou ao longe o grito de desespero do Volant.

    - AHHHHHHHHHHHHHHHHHRRRRRRRRRRRR.

    E ao seu lado, o outro parecia preocupado.

    - O QUE ACONTECER? PORQUE FOGO? SOLTA ELE QUE EU APAGO O FOGO.

    Juninho sentiu uma pancada e voou pelos ares. Estranhamente se sentia bem.

    Caiu ao chão em um barulho estrondoso, como se pesasse bem mais que realmente pesava.

    Agora conseguia abrir os olhos.

    Conseguia ver o Volant que carregava o machado batendo com sua arma no outro Volant que antes carregava Juninho nas costas, tentando apagar o fogo que consumia o corpo de seu amigo. O monstro parou sua tentativa desesperada, ofegante, e lentamente virou sua cabeça na direção do que não parecia entender de onde aquilo havia saído.

    Ao mesmo tempo que era Juninho, era um novo ser.

    Nova forma:


    Juninho conseguia sentir suas quatro pesadas patas tocando o chão e seu tronco, em chamas, não parecia machucá-lo. Ele estava pronto para continuar o combate que ainda a pouco havia sido interrompido por um machado em seu peito.

    - HÃÃÃ? QUE PORRA É ESSA? VOCÊ MATAR COMPANHEIRO, EU MATAR VOCÊ. MERDINHA.

    O Volant brandava seu machado na direção do ser infernal a sua frente que, agora, era como ele entendia o garoto que até a pouco tempo atrás considerava como comida.

    Uma batalha estava para começar.

    -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    Já Gambiru, que até então parecia ter tido mais sorte que o irmão, agora estava em cima de uma carroça de jumentos, tentando usá-la para sair logo dali enquanto uma multidão de Volants corria em sua direção. De onde estava, sentado no lugar do "motorista" da carroça, podia ver melhor o garoto de cabelos loiros que se encontrava desacordado e algumas cordas ao seu lado que provavelmente serviam para que ele amarasse os jumentos a sua carroça.

    Garoto:


    Mas sua atenção foi totalmente direcionada à inercia do veículo. Não demorou muito para notar que os jumentos pareciam totalmente empacados. Não o obedeciam por nada, mesmo que gritasse com eles.

    Teria que achar logo uma maneira de fazer com que os animais lhe obedecessem ou sua sorte iria se transformar em um grande azar caso os Volants conseguissem chegar até aquela carroça



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    Arrasta-pé & Correria (Aventura)  - Página 2 Empty Re: Arrasta-pé & Correria (Aventura)

    Mensagem por Lokihgf Qui Ago 29, 2019 10:45 pm

    [Asa Branca começa a tocar]

    Juninho, com toda sua fé rugindo em cada labareda em seu corpo e em sua pinga-fogo que agora se tornou um arco arretado, vira para os volante como se fossem pequenas formigas, brande seu arco e duas flechas se formas em meio as chamas e ele atira usando o fogo sem cabeça (tiro rápido).

    Então, Juninho brande com toda sua voz


    - Quando olhei aterra ardendo
    Qual fogueira de São João
    Eu perguntei a Deus do céu, ai
    Por que tamanha judiação?

    e atirou as flechas





    D20: teste
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    19

    tiros:
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    Arrasta-pé & Correria (Aventura)  - Página 2 Empty Re: Arrasta-pé & Correria (Aventura)

    Mensagem por mixuruquinha Ter Set 03, 2019 8:24 am

    Gambiru cabreiro com a inércia dos jumentos, precisava sair logo dessa empreitada. Olhou dentro da carroça e avistou algumas cenouras jogadas , não pensou nem duas vezes, pegou um galho próximo ao burricos e com uma das cordas amarrou as cenouras como se fosse uma vara de pesca colocando a frente dos animais que prestaram interesse.

    Quase num solavanco Gambiru, o jovem desconhecido e os jumentos partiram para fora da cidade, com brilho e excitação em seus olhos o jovem estava prestes a viver uma aventura que sempre almejou, longe daquilo que o remetia a dores passadas.
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    Mensagem por Nimaru Souske Sáb Set 07, 2019 11:02 pm

    A monstruosidade de fogo mira suas flechas contra a besta de pele negra que corre contra ele com o machado em posição de ataque. Em sua mente, uma melodia começa a tocar e, de sua boca, um cântico pôs-se a desabrochar.

    Música:

    A mão abriu e a seta disparou.

    Nos olhos completamente pretos do Volant, podia-se ver, pela primeira vez em sua vida, luz. Uma chama que ardia com fogo santo, que queima com a paixão sagrada e cauteriza as cicatrizes do mal. Aquela luz que se aproximava e brilhava ainda mais no reflexo dos olhos do ser bestial finalmente encontrou seu destino, perfurando-o o crânio e o fazendo tombar frente às patas de Juninho que batiam seus duros cascos no chão. Seu grande machado parou ao seu lado, enfiado na seca terra da cidade de Uin.

    Ainda com vida, o Volant reuniu forças para erguer sua cabeça e olhar para o rosto de seu algoz, logo vendo que o mesmo já tinha em seu arco a segunda flecha. O desespero inundou seu coração e face. A mão flamejante soltou mais uma vez e a seta voou.

    Cravou ao lado do inimigo, sem atingi-lo  Não sabia se por benevolência ou crueldade, mas fora deixado vivo por aquele bizarro centauro que o encarava com um olhar flamejante que mais parecia sair das narinas ardentes de uma mula vinda do inferno.

    Juninho se encontrava de pé, em frente ao Volant de joelhos, com sua cabeça perfurada com sua flecha, e de seu grande machado fincado no solo.

    O que faria diante daquela situação aquele que já esteve sob as ordens do Divino?

    Já seu irmão, Gambiru, estava usando o que lhe sempre fora útil em sua vida já que nunca usufruíra de quaisquer privilégio: Sua inteligência. Com sua manobra astuta com a ajuda de galhos e cenouras, fez uma espécie de vara de pescar que foi como uma chave para "ligar" aquela carroça que, com os burricos disparando em suas carreiras, já se dirigia para a saída da cidade e, finalmente, para a calmaria que ele tanto desejava depois de tudo que aconteceu...

    Mas ainda não tinha acabado.

    Para o seu bem e o bem daquele loiro desconhecido na carroça, o kemono teria que controlar aquela carroça com maestria para que desviasse de alguns escombros no caminho sem se deixar ser pego pelos Volants que já faziam seus caminhos, apressados e desajeitados, na perseguição à carroça.


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    Arrasta-pé & Correria (Aventura)  - Página 2 Empty Re: Arrasta-pé & Correria (Aventura)

    Mensagem por Lokihgf Seg Set 09, 2019 9:26 am

    Juninho, relembrando de sua crença, e do seu alto grau de piedade se relembra que uma vez o padre dizia -Sempre perdoe os pecadores e os que te fizerem mal, pois, a justiça divina irá perdoar o misericordioso-.

    Dessa forma, Juninho envolto em chamas, olha para o volant e afirma.

    Juninho: saia demônio nefastos das mesmas origens de Lucifer, Samael e seus vassalos, viva sua visa imunda comandado pelo senhor do mau e do inferno, espero que tenha aprendido com a flecha chamuscada que perfurou seu crânio e que Deus, assim como eu, te perdoe em seu juízo final.
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    Arrasta-pé & Correria (Aventura)  - Página 2 Empty Re: Arrasta-pé & Correria (Aventura)

    Mensagem por Nimaru Souske Dom Set 15, 2019 11:48 pm

    Diante do poder, alguns homens se corrompem, mas aqueles marcados pelo toque do Criador não se curvam ao falso poder. Juninho sabia disso, fora ensinado muito bem em seus anos no monastério.

    Com o olhar firme, mas misericordioso, a besta flamejante olhou para o sanguinário Volant e falou poderosas palavras.

    O ser de pele completamente enegrecida a sua frente abriu um leve sorriso, tão macabro quanto sórdido.

    - HE HE HE, O PEQUENO INDA CREDITA NESSAS MERDAS? Cuspiu um tanto de sangue em uma tosse agressiva. - NEM DEUS NEM O DEMÔNIO TÃO POUCO SE FUDENDO PRA ISSO AQUI, GAROTO. TAMO NUM JOGO BEM MENOR... O Volant usou suas últimas forças para deixar sua coluna ereta enquanto ainda estava de joelhos. Seus olhos já estavam sem brilho algum de vida. - E PRA MIM SÓ ACABOU UM POUCO MAIS CEDO DO QUE PRA VOCÊ. De uma só vez, o grande corpo do Volant se inclina para o lado e cai com grande força por cima da lâmina de seu próprio machado que estava ali cravado ao chão.

    Imediatamente seu crânio racha com o impacto e o aquele corpo bestial amolece. Já não havia mais vida ali.

    Após o choque de ver aquela atitude tomada pelo inimigo, Juninho viera a conceber o quão foi estranho aquele lapso repentino de inteligência em um ser que até então apenas havia gritado e grunhido algumas poucas palavras. Mas não podia perder muito tempo com pensamentos enquanto estava em meio aquela cidade.

    Com seus sentidos mais apurados que nunca, Juninho conseguira sentir o chão tremendo em sua direção como a pouco tempo atrás quando esse ataque se iniciou nas terras de Uin. Ele sabia q eram mais Volants que chegavam, e pelo barulho pareciam centenas. Ao mesmo tempo, escutou gritos de outros Volants que pareciam estar perto de onde ele sabia que se encontrava a saída da cidade.

    Talvez devesse ficar e enfrentar todos os inimigos de frente? Talvez ir até a saída da cidade para entender a confusão que estava escutando e, talvez, reencontrar seu irmão? ou finalmente se ver livre de tudo aquilo e galopar para bem longe de sua terra natal?

    Não sabia muito bem o que fazer, mas sabia que teria que decidir logo já que seu corpo parecia não aguentar muito mais tempo naquela forma. Sua devoção sempre cobrara um preço alto ao final de suas preces.

    Já do outro lado do barulho, guiando a carroça para longe dos Volants com maestria, estava Gambiru e o loiro desconhecido desacordado ao seu lado, assim como os dois burricos que marchavam vigorosamente atrás daquelas cenouras para, emfim, matar suas fomes. Após algumas manobras bastante arriscadas para desviar de alguns escombros, Gambiru vê o arco da cidade, aquele que simbolizava a entrada de Uin, se aproximando enquanto seu coração palpitava de emoção. Finalmente estava alcançando aquilo que colocara como seu objetivo desde que sua mãe se despediu em sua casa. Os Volants também se aproximavam, com seus pés pesados e ligeiros, como se não tivessem quaisquer tipo de cansaço ou perda de vigor.

    Mas o kemono estava esperto.

    Ao alcançar o arco, fez uma volta brusca e seguiu rente ao muro de Uin, fazendo com que uma das rodas da carroça até saísse do chão enquanto realizava tao manobra. Com isso, em um golpe de vista, não mais estavam no campo de visão dos monstruosos inimigos que os perseguiam e podiam decidir com mais calma qual seria o próximo passo de seu caminho.

    Finalmente fora da cidade.

    Gambiru diminuía o ritmo da carroça e respirava ofegante para se recuperar do incrível feito que realizara em sua primeira vez guiando um veículo como aquele. Colocara a mão no rosto para expressar seu cansaço e exaustão.

    Sentiu um roçar de um material crespo em sua pele. Decidira, em um reflexo, retirar as mãos do rosto... mas estranhamente não estava conseguindo.

    Gambiru estava com as mãos amarradas em seu rosto e, logo, também todo seu corpo se encontrava amarrado. Mas como?

    Mal havia parado a charrete, os burricos ainda relinchavam de felicidade ao comer as cenouras.

    Parecia que quem o tivesse amarrado, era um exímio laçador.

    Enquanto o irmão mais velho dos dois filhos de Rosinha ainda estava confuso e tentando entender a situação, ele escutou uma jovem voz que vinha exatamente do seu lado, onde antes se encontrava o garoto loiro desacordado.

    - Eu até poderia perguntar o que você ta fazendo na minha carroça... mas como to vendo que a gente tá fora dessa cidade miserável e que meus jumentinhos tão bem, as únicas coisas que eu tenho a lhe perguntar é: "Quem é você?" e "Você é amigo ou inimigo daquelas coisas lá dentro"?

    Após as perguntas em um tom sério e forçado, apenas o silêncio dos arredores podia ser escutado além da respiração ofegante dos dois jovens ali, lado a lado, na carroça.

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    Mensagem por Lokihgf Qui Set 19, 2019 10:43 am

    Juninho, muito confuso e exausto, com pouca esperança em sua fé, não divina, e sim familiar, vai atrás de duas coisas que ele está rezando para que estejam no mesmo caminho, a missão da sua querida mãe, sair da cidade o mais rápido possível e reencontrar seu irmão, mesmo se sentido um pouco traído pelo mickey do agreste. Mesmo assim, Juninho digno de um paladino que não abandona sua fé e muito menos mente, vai correndo em direção o coração de seu amado irmão.

    - Juninho, ainda em forma de Féntauro, se sente um pouco tonto, ele desmaia logo no momento que sai da cidade, e tem uma visão, Juninho tem certeza que o Padre Cícero lhe mandou, ele vê seu irmão, agoniando e gemendo, algo que ele não é acostumado a ver, ele acha estranho, Gambiru não parece estar gemendo de dor, ele não sabe exatamente o que aquilo significa, ele só sente medo e angústia e algo naquela cena o lembra de seu trauma, mas ele não consegue nem em mil anos, o motivo da ligação.
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    Mensagem por mixuruquinha Qui Set 19, 2019 11:37 am

    Gambiru tentou forçar um pouco suas mãos contra o material áspero porém isso fez com que um calafrio vindo da base de sua espinha até a cabeça subisse.

    Começara a sentir um calor vindo de suas bochechas contra suas mãos, provavelmente estava mais vermelho que tomate maduro na feira, aos poucos sentia sua cabeça perder a linha de raciocínio, e principalmente porque a voz do homem que estava ao seu lado estava um tanto ofegante despertando sentidos que Gambiru não conseguia controlar.

    - M-Meu nome é-é Gambiru e n-não tenho n-nada com a-aquelas coisas, s-senhor.

    Sua voz saiu falha, conseguia escutar o sangue circulando em suas orelhas que invés de eretas estavam agora pra baixo retraídas como um sinal de submissão ao jovem da carroça.
    Se o rapaz se aproximasse era possível notar o quão trêmulas estavam as pernas do kemono, não de medo, mas de um sentimento ao qual Gambiru não sabia segurar muito bem.
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    Mensagem por Nimaru Souske Seg Set 23, 2019 12:22 am

    Gambiru sentia todo o pelo do seu corpo se ouriçar com o simples roçar das cordas. Estava ofegante.

    - G-Gam..biru? Falou o estranho enquanto ainda tomava folego.

    O kemono podia sentir a presença ao seu lado chegando mais perto. Mais quente.

    - Até que é um nome bem bonito... combina com você. Gambiru sente as mãos do loiro se direcionarem até o nó que estava em suas costas enquanto sentia levemente o toque de suas mãos. - Mas isso não vai fazer eu acreditar em você. As cordas apertam ainda mais o tórax do jovem, fazendo-o imediatamente perder o ar e dificultando sua respiração.

    - Não vi mais ninguém sair vivo dessa cidade. Eu fui atacado, desmaiado em cima da minha carroça, minha sorte é que eu sei muito bem me fingir de morto... tanto que até meu corpo tinha acreditado nisso. Meu amigo também foi atacado... não sei se ainda vou vê-lo, mas sei pra onde o levaram. E agora me vem você, um desconhecido que me aparece ileso no meio de toda essa confusão. Como vou acreditar em você? Como vou acreditar que alguém tão franzino quanto eu ia conseguir encarar aquelas aberrações e sair assim, sem nenhum arranhão pelo corpo? Passou ligeiramente a mão esquerda ao redor do corpo de Gambiru, como se procurasse um ferimento ou rasgão na roupa. Sua mão direita ainda segurava firme o nó.

    Novamente o jovem loiro aproximou sua boca dos ouvidos do filho mais velho de rosinha.

    - Não tem outra... ou você é mancomunado com esses bichos feios, ou você É MUITO BOM NO QUE FAZ. Frisou a última parte como se fosse sarcasmo.

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    Mensagem por mixuruquinha Seg Set 23, 2019 5:22 pm

    [flashback]

    - ...Combina com você.
    A moça de cabelos claros acariciou o rosto de [deadname], era possível notar uma ternura em seu toque com kemono que estava sentado na cama. O quarto estava escuro porque as cortinas estavam fechadas mas um pequeno fecho de luz iluminava o ambiente.
    - V-você acha?
    A jovem sorriu, trilhando a mão sobre as cordas que passavam sobre o torso de [deadname], checando se estavam bem amarradas e aproveitando para provocar um pouco. [deadname] mordeu seu próprio lábio inferior enquanto seguia o olhar da mão da moça.
    - Não estás gostando?
    - Não é isso, é só que... - engoliu a seco seu nervosismo. - ...não esperava que você pudesse fazer algo tão bonito com tanta maestria.
    A moça se aproximou de [deadname] quase tocando seus lábios aos daquele kemono, olhava dentro dos olhos de [deadname] tentando de certa forma passar segurança.
    - Você deveria parar de tenta se controlar se é algo que fará bem para nós.
    - E-Eu sei m-mas.
    - Se preocupa demais...
    [deadname] se estremeceu ao sentir sua boca ser tocada pela da jovem, sentiu um queimor em seu peito e um sufocamento com as cordas ao seu redor mas não era ruim. A moça acariciava seu corpo enquanto continuava o beijo e [deadname] conseguia sentir seus pulsos roçando contra as cordas amarradas em suas costas, forçando um pouco como se instintivamente estivesse tentando se libertar, o que de certa forma feria um pouco sua pele, a jovem não conseguiu segurar mas riu com a reação.
    - Por que você tá tentando sair? - sussurrou em seu ouvido.
    [deadname] abaixou a cabeça tentando esconder seu rosto, sentia que seu rosto estava vermelho, suas orelhas estavam abaixadas, sentia vergonha em si abrir com alguém sobre algo tão pessoal.
    - E-E se e-eu perder a-a cabeça? E n-não poder resp-ponder por mim?
    A moça pegou pelo queixo de [deadname] levantando seu rosto enquanto com a outra mão apertava a sua cintura, [deadname] sentiu como se seu corpo antes tensionado agora relaxava. Beijou mais uma vez aquele kemono, dessa vez impondo um pouco do seu peso fazendo com que [deadname] caísse na cama espalhando seus cabelos grandes nos lençóis. Não era possível fugir daquela situação e [deadname] sabia muito bem disso, mas todas suas inseguranças rondava sua cabeça.

    Sentiu a jovem se aproximando, sobre seu corpo pressionando seu joelho contra o meio das pernas de [deadname], fazendo com que seu corpo tremesse e um abafado só ficasse preso em sua garganta.
    - Você pode perder, mas mesmo que perca saiba que ao final disso você é quem tem mais controle sobre essa situação do que eu.
    Pressionou mais uma sua perna entre as coxas de [deadname] fazendo movimentos circulares e dessa vez aquele kemono não conseguiria segurar mas deixou um gemido escapar de seus lábios.
    - Respire e se concentre, você é capaz...
    A moça continuava estimulando [deadname] e poderia sentir as pernas daquele kemono tremendo, seus dedos de seus pés se contraíam devido as ações da jovem que agora com sua mão passava levemente seus dedos contra seu peito. Tudo indicaria que logo entraria em delírio se continuasse recebendo tudo aquilo em seu corpo ao mesmo tempo, porém confiou novamente sabendo que não era a primeira vez que fazia isso com ela, ceder sua confiança a aquela jovem. Fechou seus olhos se deixando permitir, não sentir culpa por sentir desejos e querer que eles fossem preenchidos por alguém que prometera bem mais do que só aquilo a [deadname].

    [...]

    - O-obrigado. - Disse o kemono enquanto a moça tirava as cordas de seu corpo.
    A jovem de cabelo claros sorriu, se levantou e pegou um vidro com algum líquido dentro de um armário do quarto mas o cheiro era atrativo como de flores, colou uma boa porção em suas mãos e se aproximou mais uma vez de quem se encontrava em sua cama.

    O líquido era gelado, mas o toque da jovem era delicado, espalhava todo aquele material sobre o
    corpo de quem antes estava amarrado. Sentia um alívio sobre as marcas e leves machucados que as cordas tinham causado, com exceção de seus pulsos que estavam um pouco avermelhados ainda.
    - Você sabe que eu cuidarei e darei tudo que você quiser...
    - E-eu sei...
    - Então continue vindo e logo você não terá de se preocupar mais com... o que te aflige.
    O kemono nada falou apenas se virou beijando a jovem a pegando um pouco de surpresa mas que respondera ao carinho.
    - Você quer que eu te chame como?
    - Eu pensei em Gambiru.
    A moça sorriu e roubou um beijo dos lábios do kemono.
    - Gostei.

    +
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    Arrasta-pé & Correria (Aventura)  - Página 2 Empty Parte 2

    Mensagem por mixuruquinha Seg Set 23, 2019 6:39 pm

    [CONT.]
    Os dois permaneceram mais um tempo juntos, até que o cheiro do querosene queimado das lanternas da cidade penetrasse o quarto, já passava das seis da noite e Gambiru não deveria estar longe de sua casa tão tarde. Pegou suas roupas que estavam espalhadas pelo chão do quarto e vestiu, a jovem colocou uma camisola de tecido fino e o levou até a entrada de sua casa, os dois se beijaram uma última vez e Gambiru partiu em direção à sua casa pegando bigu na traseira de um caminhão velho.

    A moça acenou uma última vez e entrou em casa, olhou em volta como se verificasse se alguém estava no ambiente mas o silêncio era absoluto com exceção das cigarras do lado de fora, as janelas estavam trancadas e nenhuma luz entrava ali.
    Passara uma mão sobre seu próprio rosto e que ali revelara algo estranho e bizarro, uma aura pesada e cobria todo seu corpo e já não se parecia com a mesma jovem pois toda sua estrutura e forma mudaram em quase um estalar de dedos, de fato não se tratava de uma obra do divino, mas sim do cão.

    [...]

    Gambiru descerá algumas ruas de distância de sua casa e foi correndo o mais rápido que podia, era impossível ignorar seu sorriso besta no rosto, seus cabelos longos se bagunçavam ainda mais com o vento contra eles. Chegando na calçada de casa um pouco ofegante pela correria e quando pensava que conseguiria passar despercebido encontrou sua mãe em frente a porta, seu semblante era de preocupação, talvez estivesse chorando antes, estava pálida como nunca.

    A mulher se virou encontrando Gambiru em sua frente, seu humor mudou quase que instantaneamente.
    - Onde estavas?! Você não sabe o quanto te procurei!
    - E-Eu-
    - Não importa! Juninho está-
    Rosinha estava para dar a notícia pelo qual a tinha perturbado os juízos quando seus olhos avistaram os pulsos do filho que sobre a luz era possível notar os diversos tons de vermelho.
    - O que é isso?

    [fim do flashback]

    Um pequeno lapso de memória fez com que Gambiru se perdesse por um pouco nas palavras do jovem galego desconhecido, tomou um profundo respiro tentando concentrar todas suas forças em seu consciente. Não deixando que seus sentidos que ficara aguçados com a restrição de movimento, o toque e as sensações se intensificarem facilmente já que não conseguia se mexer ou enxergar, o atrapalhar ao tentar pensar no que desejava formular.
    - O-Olhe em minha barriga, enquanto eu fugia bati com as telhas de uma casa que pulava, n-não está doendo mais porém tenho certeza que um arranhado no mínimo eu tenho a contar.
    O rabo de Gambiru estava entre suas pernas contudo não foi amarrado, talvez fosse um descuido do rapaz? Ou teria passado despercebido? Não sabia dizer mas iria usar aquilo ao seu favor, enquanto o jovem estava tão próximo do rosto de Gambiru, aproveitou e enlaçou seu rabo longo em volta da perna do rapaz enquanto falava.
    - S-se eu tivesse algum pacto com aquelas criaturas e-eu jamais deixaria alguém vivo p-para contar história, nem…
    Apertou seu membro contra o rapaz e com toda sua força puxando o loiro até que caísse e batesse forte contra o material da carroça. O movimento foi rápido o bastante para que fizesse aquele homem perder o equilíbrio e se deitar contra o chão da carroça, tempo suficiente pra rapidamente para com seu rabo alcançar uma de suas Kokeras que estava no seu cinto de couro e forçar a lâmina contra o material que estava em seu tórax.

    Em questão de segundos estava liberto com a corda cortada caindo por seus lados, pegara sua arma de seu rabo e caiu em cima do rapaz colocando a lâmina contra sua garganta, era tão afiada quanto, Gambiru poderia degolar o rapaz na mesma hora se quisesse.
    -... mesmo você eu deixaria rastros! Não me importo se acredita em mim ou não macho, mas não to aqui para ser feito de boneco por alguém! Quero estar tão longe desse inferno quanto você, só peguei sua carroça porque era a maneira mais fácil de sair de lá.

    Gambiru estava próximo do rapaz, não deixando espaço pra movimentos, caso o jovem tentasse qualquer coisa o kemono não hesitaria em usar sua arma.
    - Pouco me interessa como você parou lá, só sei que estamos aqui e ou você me leva pra cidade mais próxima ou irá se arrepender de ter me amarrado e me tocado sem minha autorização.
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    Arrasta-pé & Correria (Aventura)  - Página 2 Empty Re: Arrasta-pé & Correria (Aventura)

    Mensagem por Nimaru Souske Sáb Set 28, 2019 7:47 pm

    Enquanto falava para o jovem loiro que sua barriga estava machucada, Gambiru sentia as leves mãos se aproximando da área lentamente até parar no local exato da pancada.

    Ao fundo e longe, podia escutar os gritos dos Volants que, decepcionados por terem perdido a carroça de vista, voltavam para a cidade.

    - É... realmente você tem um ponto, garoto. Sua barriga está roxa nessa região. Achei estranho você ter ficado por um tempo calado e pensativo, mas agora que veio com esse argumento vejo que é um dos meus... O galego tira as mãos do kemono e começa a se afastar.

    Mas foi tarde.

    Quando menos notou, já estava vendo apenas o céu e sentindo suas costas bater fortemente contra a madeira da carroça. Não estava entendendo como aconteceu, mas viu que aquele garoto que havia capturado estava em liberdade... e pior, estava armado com uma lâmina bem grande.

    - Mas calma lá, veja bem... macho macho, não. No máximo menino. Levantou dois dedos de sua mão direita.  - Tenho dois pontos a falar: primeiro, vejo que gosta de grande lâminas, não é? E parece ter habilidade com elas, meus parabéns pelo bom gosto e aptidão. Segundo, eu fiz de tudo que pude para não lhe machucar, apenas estava garantindo minha segurança. Estava acuado embaixo de Gambiru, mas não parecia com medo... pelo contrário, exalava confiança. - Se ponha no meu lugar por um minuto. Vim com meu amigo para essa cidade para comprar a carne do cão de minha patroa e, de repente, me vi no meio de toda essa confusão. Eu, esfomeado, sem nem um bifinho pra matar minha fome de mais de um mês, mas sabendo que se não voltasse com a comida daquele cachorro, nem emprego nem dinheiro pra tomar banho eu ia ter mais. Parecia triste.

    Tentou sentar, caso Gambiru permitisse. Bem ao longe, os Volants pareciam gritar muito alto. Poderia ser de desespero, agonia ou comemoração, não dava para se identificar da distância que estava.

    - Eu acredito em você, veja, acredito sim. Agora peço que acredite em mim e que me perdoe se passei uma impressão ruim. Imediatamente parecia triste coma situação. - Pensei que bancar o durão fosse a unica solução para que você não tentasse nada contra mim e, então, notasse que eu não consigo nem me defender.

    O galego escutou as palavras de ordem de Gambiru e o respondeu com voz trêmula.

    V-Veja, veja bem. Com tudo que está acontecendo, o lugar mais seguro é a capital. Se for de seu interesse, também, posso lhe levar para lá antes que aqueles monstros decidam sair da cidade... mas vamos ter que passar pela Floresta da Flor... Aquele nome parecia familiar a Gambiru, mas ele não sabia de onde, apenas pôde identificar que o garoto loiro estava tenso ao falar daquele lugar.

    - A proposito, me chamo John K... Sua apresentação fora interrompida por um grande barulho de algo pesado caindo ao chão do lado da carroça. John se assustara ainda com sua mão erguida para cumprimentar o filho mais velho de Rosinha.

    O que ambos viram foi um garoto nu caído no solo recentemente queimado, circulado por chamas brandas que logo se apagaram com o vento.

    Gambiru logo reconhecera quem era e isso lhe gelou o coração e lhe trouxe de volta a uma realidade que talvez ele não quisesse encarar naquele momento.

    Era Juninho.

    O passado parecia que estava o perseguindo cada vez mais naquele dia.

    Juninho não se lembrava de muita coisa que havia acontecido, apenas tinha recordações que se sentiu muito bem e seguro ao lado da imagem do padre que cuidou dele na época que estudou para se tornar clérigo e, também, de algumas poucas imagens retorcidas, como se queimadas em brasa intensa, de alguns Volants mortos a sua frente.

    Depois apenas lembra de correr. Correr até não sentir mais nada, até não lembrar de mais nada.

    Ele abriu os olhos e viu o jovem loiro a sua frente. Não conseguia se mexer de jeito algum, nada, apenas piscar. Seu corpo doía de exaustão. Tentou pigarrear e conseguiu, o que lhe provava que mesmo que rouca, sua voz ainda podia ser entoada.
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