PARTE FINAL ELISABETH E JOHN ENCONTRAM O LOBISOMEM

John está ofegante, começa a se destranformar, deixando de ser fera e voltando a ser humano. Percebe o dia amanhecendo e se lembra dos contos e filmes sobre lobisomens, que voltavam ao normal ao amanhecer. Isto é o suficiente para que John aceitasse sua condição, mas não estava bem com isso.

Os outros dois lobisomens ainda lutam entre si, a luz do sol ainda não os atingiu. Logo eles voltarão ao normal. Então John tem uma ideia de louco.

Antes de voltar completamente ao normal, ele corre na direção de ambos e salta sobre o lobo inimigo com o intuito de ambos caírem para fora da casa. Se ele voltasse ao normal com a luz do sol quem sabe Elizabeth conseguiria dar cabo dele na forma humana? E se John fosse morto junto, aceitaria seu fim, afinal, sua maldição só causou desgraça tanto a ele quanto à garota.

[OFF: ação desesperadora com uma lógica insana /OFF]

JmG
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6 , 1 , 4

E
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4 , 1 , 2

J L
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6 , 5 , 2

John empurra a massa de monstros para a luz do sol e Elisabeth sendo a última a se destransformar consegue arrancar um belo pedaço do corpo do monstro, se transformando novamente em humana logo apos seus contrapartes, com a boca cheia de carne e sangue.
O homem atarracado está pálido e imóvel no chão com um grande buraco onde era seu ombro direito e várias marcas de arranhaduras pelo corpo

-"Seu filadaputa! É tudo culpa sua!", e John, caído sobre o corpo do outro John, começa a esmurrar com seu único braço e mesmo o cotoco de vez em quando, o rosto do infeliz. Lágrimas de dor e arrependimento caem dos olhos de John enquanto descarrega sua raiva e frustração.

@nahna:

Vocês se acalmam lentamente e sem saber o que fazer pois estão nus, em um local desconhecido e com um corpo nitidamente atacado por um monstro abatido aos pés de vocês.

@gelatto:

Aos poucos a raiva e histeria de John vai passando enquanto percebe que está espancando uma carcaça humana. Ele pára e vê sua mão e cotoco cheios de sangue. Estão doloridos. O corpo no chão é do tal John que aconselhou eles mais cedo.

Então olha para Elizabeth e a vê nua, e instintivamente desvia o olhar, meio encabulado, ao perceber que também está nu. Podia ter se tornado um monstro, mas se esforçaria para manter um pingo de decência.

Sem olhar, diz: -"Você deve me odiar! Não a culpo! O que fiz não tem perdão ou penitência que possa pagar. Não há perdão para o que fiz. Isto que me tornei... um monstro... estou começando a compreender melhor. É uma maldição. Se você quiser vingança, não resistirei. Você tem esse direito.", e permanece em silêncio, sentado ao lado do corpo, à espera do seu destino.

John tenta segurar, mas lágrimas forçam caminho pelos seus olhos e o choro emotivo vêm. Conforme o choro vai parando, John começa a entender melhor o mundo e sua situação, então, fala:

-"Snif... nunca pensei que havia bondade neste mundo... snif... eu não merecia qualquer tipo de perdão... snif...", John se vira, ajoelhando na frente de Elizabeth e tocando seus pés com as mãos e a testa, totalmente prostrado. -"Não mereço perdão pelo que fiz. Por isso, minha vida agora é sua para decidir o que fazer com ela.", dizia, resoluto.

Sem levantar a cabeça, John continua: -"E, bem, não sei o que fazer com este corpo. E ainda tem os corpos dos meus dois aliados em algum lugar da trilha. Este monstro disse que ia se livrar deles, mas não acredito que o tenha feito, ele nos emboscou em um lugar fechado e por sorte, você foi mais forte que ele. E roupas, precisamos de roupas.", dizia, como se esperasse uma ordem ou sugestão do que fazer. Passavam tantas coisas pela sua cabeça que John não consegui decidir o próximo passo.

-"Então, eu vou me certificar do destino dos outros corpos. Talvez tenham algo de útil. Depois pensamos no que fazer, como nos explicar para a polícia. Se formos fazer isso...", dizia, já seguindo na direção da estrada pelo caminho que vieram. Se lembrava que os corpos deles estavam na trilha, então, seria fácil encontrá-los se ainda estivessem lá. Isso se algum urso ou outra daquelas feras não os encontrar antes - ou pior, encontrar John.

vocês encontram algumas roupas velhas e emboloradas no casebre destruído
o suficiente para poderem sair (parecendo mendigos) sem serem notados

vocês caminham em um silêncio desconfortável em direção ao mirante da cidade onde o confronto ocorreu, e mesmo na forma humana vocês conseguem sentir o cheiro de sangue, porém não existe nenhum sinal do corpo dos amigos de John

As roupas ajudam a se proteger do friozinho da noite, mas este era o menor dos problemas de John e Elizabeth. O silêncio desconfortável que os acomete durante o caminho até o mirante esconde os pensamentos sobre tudo o que aconteceu com eles.

John não sabe se vai conseguir lidar com tudo isto, com esta maldição, com a possibilidade de ferir pessoas, de matar mais pessoas. Ele olha para a garota de vez em quando, ela parece ter aceitado mais facilmente este fardo, parece ser mais forte que o velho caminhoneiro, mais determinada. No final, os pensamentos de John se resumem a acompanhá-la no futuro, não saberia lidar com tudo isso sozinho, estava inseguro, e via na garota a segurança que buscava.

Chegando ao mirante onde tudo começou, não encontram os corpos dos aliados de John, mas o cheiro do sangue enche sua narina. John permanece parado, com os olhos vibrados na mesma direção onde estava o carro do namorado de Elizabeth e sua mente era inundada com as memórias daquela noite. Estava perdido em pensamentos e alheio a tudo ao redor.

vocês estão perdidos cada um em seu pensamento quando são tomados pelo sol nascendo no mirante, os tons de laranja e cor de rosa prometem um dia claro embora esteja fresco, e vocês sentem-se bem mesmo não tendo dormido estão com bastante energia, como se estivessem descansados.

John não possui família por perto, mas Elisabeth sabe que sua mãe provavelmente está muito preocupada

O calor da luz do sol é revigorante. O que é estranho para John, já que nas histórias os monstros se sentem melhor à noite ou sob o luar.

-"Nunca pensei que veria um amanhecer tão belo e aconchegante. Eu nunca reparei nestas coisas antes. Confesso que achei que ia morrer em fogo quando o sol aparecesse e então ficaria livre dos meus pecados, desta monstruosidade... mas nunca me senti tão bem antes."

-"E agora?", indagava para Elizabeth.

Vocês começam a se afastar depois da despedida estranha, e com muita coisa na cabeça quando um homem de barbas brancas se aproxima de vocês. Vocês percebem o cheiro dele antes mesmo de conseguir vê-lo

ele é um de vocês

um monstro, na forma de um senhor de olhos azuis e barbas brancas que evita se aproximar completamente mantendo-se rígido com os barços tensos ao lado do corpo uns 15 metros afastado de vocês

-Consigo sentir o cheiro daqui, devo me aproximar, confiar em vocês?

John não entende como consegue sentir o cheiro daquele senhor daquela distância, e ainda por cima, não é um cheiro de mau odor ou algo parecido, mas sim, um cheiro de monstro, como ele, como a garota ao lado. John dá alguns passos para trás, se aproximando da beirada do mirante sem perceber, receoso de que teria que lutar novamente. Mas o que se segue é totalmente contra sua impressão inicial.

Elizabeth escreveu:"- Se não nos fizer nenhum mal, também não faremos mal à você." -

John apenas acena positivamente com a cabeça. Elizabeth já disse tudo, agora o que resta é aguardar as reais intenções deste senhor.