PARTE FINAL ELISABETH E JOHN ENCONTRAM O LOBISOMEM

John entra na cabana, um pouco receoso, mas acaba adentrando. Diferente do seu "anfitrião", ele não se senta e nem faz qualquer menção de tomar o suco.

Então, responde ao estranho, apesar de agora saber seu nome, ainda um estranho:

-"E como eu deveria saber? Eu simplesmente fui atacado por algo no estacionamento ao lado do meu caminhão e perdi algo muito precioso.", John mostrava o cotoco, mas apenas aqueles que sabiam a verdade sabiam que sua preocupação não era apenas com a mão perdida, mas com a memória de sua esposa.

-"E então, ele me atacou novamente... nos atacou! E depois, do mesmo jeito hospitaleiro que você nos trouxe aqui, ele nos levou até a cabana no meio do mato e tentou nos matar novamente! E se sua intenção for fazer o mesmo, saiba que não será fácil.", dizia agora com feições de poucos amigos.

-Ele ter atacado ambos vocês é estranho, mas nunca saberemos o que aconteceu podemos tentar procurar em jornais para ver se algo aconteceu que gerou essa transformação nele, quando foi que vocês foram atacados? geralmente o que estimula nossa transformação é a maldade, existem histórias sobre isso, e vocês podem vir a conhecer criaturas muito antigas que podem contar essa história em primeira mão, sobre os primeiros humanos e sobre o Dom. Podemos nos transformar a vontade também, e em alguns rituais lunares fazemos isso. Geralmente em ocasiões especiais onde mais... metamorfos... se encontram. Mas isso é uma conversa para o futuro.

ele pausa

-Precisamos treinar vocês o mais breve possível. Precisamos procurar alguma coisa na qual podemos intervir longe de olhos humanos, preciso treinar vocês para a caçada e para não sermos encontrados. De tempos em tempos os humanos descobrem sobre a gente e iniciam caçadas, por sorte nosso Dom nos protege da ciência em partes

-"Quando fomos atacados pela primeira vez, você quer dizer? Eu perdi a noção do tempo com os medicamentos para a dor. E tempo era a última coisa que eu estava preocupado. Mas foram há alguns dias, semanas? Não tenho como confirmar.", respondia um John pensativo, percebendo que este tempo todo buscava vingança contra aquele ser e agora se sentia vazio.

-"Vou ser sincero! Eu e os caçadores armamos uma emboscada para ele! Eu queria vingança pelo que ele me fez! Muita! Estava cego de raiva! Mas então ele apareceu e o medo tomou conta do meu corpo novamente! Os caçadores foram destroçados e eu poupado! Então, ele se aproximou cordialmente para depois nos emboscar também! Não entendo seus motivos, mas ele pagou por isso! E foi merecido!", dizia com uma sinceridade amarga.

-"Você fala em nos treinar, mas não seria melhor colocar uma bala na cabeça e acabar logo com esta maldição?", dizia um John que dificilmente aceitaria isto como um dom.

-Não vou matá-los, obviamente que não, parte desse dom é conseguir perceber pelo cheiro quem são realmente pessoas boas e pessoas ruins e vocês são pessoas boas. Desculpem-me o comentário, mas andei fuçando nas fichas do hospital de vocês e na necrópsia de... seu namorado Elisabeth. Tanto você John, quanto Rémy estavam utilizando o mesmo tipo de estimulante. Nosso John ja teve antigamente um problema com substâncias após a nossa batida em um cartel de drogas achei que ele estava livre de seus vícios, mas deve ter caído em tentação. E talvez sentido o cheiro de algo no sangue de vocês.
Ele parece triste
- Precisamos sim ser discretos, mas você pode voltar a morar na casa de seus pais Elisabeth, pelo menos por enquanto, enquanto eles não podem perceber que você nunca ai envelhecer. Nossa capacidade de regeneração é quase mágica, e se você acreditar em Margon viveremos para sempre, mas vocês o encontrarão algum dia e escutarão a história do dom em detalhes.
- Provavelmente se eu, ou se você mesmo tentasse dar um tiro na própria cabeça existiria uma chance muito grande de sobrevivência John. Mas seria uma sensação muito dolorida, e talvez traumatizante. Na forma humana é muito difícil morrermos, existem histórias de lobos sendo assassinados por seus irmãos na forma animal, porém com muito esforço. Desculpem pelo que vocês devem ter passado aqui (pausa) ele era minha criatura, um exímio caçador, e uma excelente pessoa em dias bons, porém com um passado difícil e alguns monstros dentro da cabeça.

-Preciso treinar vocês para controlarem a transformação e para seguirem as normas de nossa sociedade. Os mais novos dizem que somos uma espécie de super herois, até entendo a relação, mas esse dom é parcialmente uma maldição também. Não somente John mas durante minha vida vi centenas de entes queridos partirem desse mundo, para um lugar ao qual eu não terei acesso.

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Com o tempo o lobisomem ancião continua a treinar vocês, ele seria uma espécie de responsável pela costa leste do Canada e EUA, ele ensina vocês a controlar a transformação e a caçar animais quando a fome por sangue for alta demais, sempre longe da cidade, de preferência fora da temporada de caça. Ele ensina que os primeiros lobisomens foram criados para defender os humanos, e que é essa a responsabilidade final de vocês, mas que para isso vocês devem manter-se cuidadosos, uma caçada aos seus irmãos de dom ja ocorreu em diversas fases da história humana. Sempre com resultados desastrosos para ambos os lados.

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Não vou continuar o jogo nessa fase de "super heroi" não sou fã do poder excessivo, talvez algum dia.
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O jogo é completamente baseado nos livros de Lobisomem da Anne Rice, embora eles tenham alguns defeitos, a mitologia do livro é excelente


Quando eu começei o jogo (com 6 o u 7 pessoas) eu tinha feito todo o esquema para que cada um dos personagens fosse o responsável pela maldição/dom de outro, e tudo acontecer em uma sequência rápida e o nosso lobisomem inicial ser considerado o culpado de tudo errado que acontecesse em Belavista e arredores

A sequencia original seria o Joe "dirt" Nunameker TS (tulio sujo - tom sawyer) vendendo drogas, ligado ao Rémy e ao John
O lobisomem ataca Dirt por ele ter matado um grupo de pessoas, e com a droga em seu sangue ele ficaria maluco procurando pelo cheiro de mais droga e atacaria John que em um acesso de fúria sairia de seu caminhão e atacaria um casal ali perto...

Tive que adaptar o uso de drogas do NPC mas acho que não houve perda para a história

O que acharam?

Uhuuu!

Nunca li nada de lobisomens da Anne Rice, mas pareceu legal a ambientação. Acho que ainda vou dar uma chance!

Achei até melhor cortar por aí mesmo, porque seria uma sequência de desconfianças e diálogos preocupados até que seriam finalmente convencidos XD
Gostei bastante, @Vontheevil ! Muito espaço pra interpretação e desenvolvimento

Tem minha gratidão pelo jogo! Tu e @Gelatto, que interpreta super legal e rapidinho os personagens conseguiram ter uma afinidade... não é todo dia que se fica amiga do assassino do namorado, né...? XD

Elisabeth escreveu:"- Mas eu não quero uma bala na minha cabeça..." - Diz olhando para John, com expressão triste.

A expressão de Elisabeth e suas palavras atingem John McGregor no âmago do seu ser. Por um momento, o caminhoneiro, que antes pensava em várias formas de se livrar desta maldição através do suicídio, bem como a promessa de pagar pelos seus pecados pela morte de Rêmy, decide viver e seguir este treinamento, mais para proteger Elisabeth do quê para aceitar sua maldição.

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Só quis dar um desfecho pra narrativa do John desconfiado e com pensamentos suicidadas, hehe

Está de parabéns pela história. Gostei bastante de interpretar este descrente que ia o tempo todo lutando contra o fluxo do jogo.

Também não conheço as obras de Anne Rice, apesar dela ser bem famosa.

Eu queria ter conseguido caçar o John lobisomem junto dos outros caçadores - eu pretendia abrir a barriga do infeliz em busca do anel de casamento dele, mas o modo como o jogo fluiu eu pude colocar este detalhe mais pra frente que ficou muito legal também.

Juro que naquela parte do mirante eu quase postei que ele teria pulado de lá de cabeça para tentar se matar. Não conseguia ver outra saída, mas então, veio a Elisabeth e salvou o coitado.

Sem falar que o motivo do John lobisomem ter nos atacado foi por causa de um problema mundano com nossos vícios mundanos.

@nahna, gostei da interação de ambos os personagens, você interpreta muito bem e é bem atenta aos detalhes. Eles realmente acabaram fazendo amizade em algum momento. E sou grato por salvar a alma deste caminhoneiro amargurado hehe

E concordo em não dar continuidade, "supers" não é o estilo do @vontheevil, apesar de que eu insisto para ele algum dia dar uma chance a este estilo.