De escrava a...

Valda,

       Os desenhos em espiral são bastante simples e com a ajuda de Olaf é razoável de se prever onde fica o outro local. Os locais a frente são similares ao primeiro e entre si. No entanto o local desabou e a ruína está enterrada sobre o telhado de pedra. Ao descer as escadas é possível ver a passagem soterrada e a luz do sol passando pelo arco.
       O caminho até o próximo local também é estranho, plano sem elevações, mas o local também desabou. Enterrado sob o telhado, mas deste parece que deixou evidências para trás de que foi proposital. Valda percebe que as marcas das espirais foram removidas por talhadeira, sabia onde olhar e o local foi talhado por alguém com pressa.
       
       Agora com três locais fica claro que o centro é na direção da barraca do eremita, o local em que planejavam passar algum tempo em sua fuga. Será que o eremita saberá de algo sobre a visão de Valda?

Imagem ilustrativa:

- Eu acho que consigo passar por esse vão
me ajude a subir e me espremer por ali

(falo tentando afastar a ideia de seguir para onde todos os outros estão sendo levados igual cabras para serem abatidas no começo do inverno)

Valda,

       Por sua constituição física mais delicada, Valda consegue se esgueirar pelo vão. Era apenas o lado de fora da passagem onde a luz do dia ilumina o local. Olaf dá a volta por fora e estende a mão de para ajudar Valda do outro lado. Um pouco confuso, ele pergunta:
       - O que quer fazer? Sua interrogação era clara. Veja, farei marcas no solo. Olaf repete os três pontos que visitaram até agora com buracos fundos e adiciona os outros do desenho com buracos mais superficiais. Estes são os que vimos até agora. Aqui é o centro, estes são outros... tentáculos dessa coisa? Olaf estava intrigado, mas ele diz: Sabe, tentáculos são feitos para segurar coisas no lugar e não para libertar. Será que é certo libertar essa... aparição? Olaf estava ali, confuso com as escolhas.

Valda,

Olaf olha para Valda e diz:
- Você quer libertar a mulher, eu não sei. Pra falar a verdade estou até com medo de dormir novamente perto destes lugares. Essa imagem na pedra faz com que eu lembre de umas criaturas que vi no mar uma vez. Elas tem tentáculos longos que seguram as coisas e levam para suas bocas no centro, mas as bocas são perto da cabeça. Também servem como coisas que seguram as outras para não deixar sair do lugar. Valda lembra de uma criatura similar que viu em Stygia, um molusco.

Valda pensa nas palavras de Olaf. Ir até lá, ou não ir? Se quiser libertar a aparição, ir até o centro parece a melhor opção, mas também parece o local mais perigoso.

- Se quer libertar, talvez possamos destruir essas construções antigas, algumas já foram destruídas. No entanto me pergunto se seria o certo. Sei que a liberdade é importante para você, mas libertar tudo também significa que podermos ser comida de animais perigosos. Valda tem vontade de dar um tapa no Olaf. Ele estava do lado de quem ali? Libertar ou prender a aparição da mulher? Parecia que colocava mais dúvidas sobre o que seria melhor. Acho que pode nevar durante a noite. Vamos procurar um abrigo ainda de dia ou quer tentar chegar na cabana? Apesar de dormir bem lá naquela construção, não sei se quero passar mais uma noite lá.

Imagem ilustrativa:

- mais sábio seria dormir nas construções, mas se você tem medinho (pisco de uma maneira entre o provocar e o ser sexy para ele) eu posso seguir até a cabana com você, e escondidos do resto do povo a gente pode investigar o centro dessas construções
você que sabe!

falo olhando para o céu preocupada

Valda,

A caminhada na direção do último local que deveria haver algo é infrutífera, não há vestígios da antiga construção. No entanto parece que alguém fez uma plantação de árvores no local. Com mais meia hora de caminhada podem chegar até a cabana do eremita, mas ela parece que fica muito perto do centro. Olaf aponta para Valda a fumaça que sai da chaminé e indica que lá é bem perto de onde acreditam ser o centro se não for exatamente o centro. O eremita poderia ter feito a cabana sobre a construção, visto que ela oferece um bom abrigo no subsolo.

Ali na mata e com o tempo começando a esfriar novamente, Olaf diz:
- Bom, podemos ir para a cabana com mais meia hora de caminhada ou podemos voltar para a última ruína com uma hora e meia de caminhada. Não quero parecer preguiçoso, mas estamos perto. Olaf parece mais preocupado com o tempo do que com aquilo tudo.

Ali, no fim do dia, Valda escuta o barulho de uma corda se arrebentar e vê no horizonte um brilho no céu que vem da direção em que ficava sua tribo até a direção em que estavam. Aquilo era um efeito mágico. Olaf não percebeu nada.

-Seguimos até a cabana, vamos olhar o que está acontecendo

reparo na magia da minha tribo e em Olaf e decido não comentar nada. Tomara que se trate de alguma magia que irá dificultar a vida de nossos inimigos e não da minha tribo

Valda,

Era final do dia e a neve começará a cair em breve pois o vento começa a esfriar. As nuvens estão se movendo do Oeste para o Leste, do mar para o continente. Seguindo pelo caminho para a cabana, Olaf e Valda acabam pegando uma parte com um tipo de estrada que era mais fácil de seguir. No meio do caminho o corpo de uma criança congelada, uma criança de 7 a 8 anos. Estava perto da cabana, talvez a uns vinte minutos de caminhada. O corpo caiu na lateral da estrada e talvez num último suspiro tentou retornar mas congelou como um pequeno monte. A criança estava congelada a muitas horas.
- Acho que era uma das crianças de Sofia. Vimos os rastros deles quando começamos a fugir. Olaf joga um pouco de neve com os pés e diz: Amanhã de manhã a gente volta e queima ele. Uma pira funerária era o melhor a fazer, mas a poucos minutos de anoitecer sem um abrigo era simplesmente burrice.

A caminhada se resume até entrada da casa, para um eremita, a casa era até que grande e há um estábulo ao lado. Parece que mais gente morava ali do que um mero eremita. Muitas marcas de cavalos que saíram do estábulo passam pela porta, há sinal de que aguardaram alguns momentos antes de partir. Marcas de passos mostram a saída de várias pessoas de dentro da casa. A porta entreaberta permite ver o fogo já meio baixo na lareira e comida de uma grande refeição em uma mesa para a esquerda. Parece que abandonaram o lugar sem terminar a refeição por alguma razão.
- Valda, o lugar parece vazio, vamos entrar? A cabana parece em melhores condições do que a caba de um mero eremita.

-Uma pira poderá indicar nossa posição para os inimigos, não sei se é uma boa idéia Olaf - falo com alguma tristeza, talvez achar um lugar mais protegido de onde o fogo não pode ser visto
presto atenção no local onde a criança está para poder retornar e realizar o serviço funerário- se possível

-Claro que vamos entrar, só não faça barulho

Entro antes dele com cuidado, deixando os olhos acostumarem com a escuridão do local antes de explorar a cabana

Valda,

       Quando Valda fala da pira, Olaf lembra da pira em sua cidade. Uma tradição que os levou até a destruição, algo dado como certo por gerações que se tornou errado em poucos minutos. Por um momento a face de Olaf expressa a confusão sobre como fazer um ritual adequado para confortar os sentimentos sobre a morte versus garantir sua própria segurança.
       - Você está certa, vamos até a casa. conformado com o fato, Olaf segue para a direção da casa.

       A porta da casa estava aberta e Valda vai na frente, assim pode ver: a comida sobre a mesa, o fogo na lareira, um pouco de neve que entrou pela abertura da porta, lenha seca pronta para alimentar o fogo por algumas semanas, mais para dentro duas mesas para seis lugares mas com oito cadeiras, alguns armários abertos e vazios. Uma porta levava para a parte de trás da casa. Ali onde estava a parte da frente não havia mais nada. Parece que deixaram o lugar com pressa e há sinais de que algumas cadeiras estavam fora do lugar. Talvez quatro ou cinco pessoas estavam lá além do suposto eremita.

       Valda observa o interior da cabana em busca de informações. Os fundos da casa ainda tem um tipo de escritório e um quarto para apenas uma pessoa. Na cama sem arrumar os panos, Valda observa na parede o desenho com o punho que viu na flâmula dos seus inimigos. Um desenho grosseiro, feito com a ponta do dedo de alguém com dificuldade de manter o traço.

Testes:

Ninguém está na casa, Valda procura por sinais de briga ou de fuga apressada, procuro nas lareiras e no fogo da cozinha se ha calor local pra indicar quanto tempo faz que o ambiente foi abandonado

Sem encontrar nada olho para Olaf e pergunto se ele acha melhor a gente não acender o fogo enquanto não for necessário

E começo a investigar as paredes do local procurando pedras do mesmo padrão que as dos antigos templos e examinat também o chão do local, se algum daqueles templos está por aqui foi absorvido pela cabana pode ser que exista ainda alguma passagem secreta para descer, um porão de pedra é o melhor local para se armazenar comida

Valda,

O fogo estava baixo na cabana, aparentemente as várias pessoas que estavam lá abandonaram o local perto da hora do almoço com pressa pois deixaram parte da comida para trás. Aquilo era sinal de quem quer que estivesse ali tinha recursos para deixar e sabia para onde ir. Com o clima ficando pior, Olaf diz:
- Vou jogar lenha no fogo, vai demorar para queimar e fazer fumaça. Se precisamos ficar, estaremos aquecidos, se precisarmos partir podemos queimar mais e a eventual fumaça pode chamar atenção de pessoas para este local como distração. O calor demora para esquentar um local grande como uma cabana e o tempo lá fora não era bom. A ideia de Olaf parecia boa pois ao ficar haverá calor e ao partir podem queimar a casa.

Quando investiga a parede da casa, boa parte do interior é de madeira, apenas a lareira é de pedra e é uma construção nova, fragmentada, não lisa como as antigas. No entanto no quarto atrás da lareira onde ficava a única cama da casa estava o desenho de um punho. O mesmo punho na flâmula que estava em posse do homem morto na floresta. Algo recente que alguém pintou usando o dedo com alguma tinta que não está na casa. Aquilo era um sinal, aquela era a única cama na casa. Valda remove a cama e olha sob o tapete do quarto. Os outros não tinham nada por baixo, mas este tem um alçapão. Certo como se houvesse uma passagem, Olaf levanta a tampa, mas o local está coberto de terra, como se estivesse fechado de propósito. Parece que alguém jogou terra ali a pouco tempo. Deve existir uma passagem ali.

Walda

-terra? alguém cavou la fora na neve pra cobrir esse buraco Olaf?

começo a tentar retirar a terra para ver se são grandes blocos congelados ou se é terra fofa, e procuro algo para ajudar a cavar (nem que seja uma frigideira na cozinha)

-Me ajude, agora vamos descobrir o que aconteceu

Valda,

A terra é fofa e o serviço foi rápido a pouco tempo. Logo é possível ver uma ripa de madeira na lateral do buraco que mantém a terra na vertical. Quando Valda move a ripa, a terra escorrega buraco a dentro revelando uma outra passagem. A escuridão é grande, mas no ar há um pouco de carvão apagado assim como um odor de sujeira misturado a carne podre.
A iluminação de onde Valda está revela que há uma escada na parede coberta pela terra que leva para o buraco, um tipo de andar de baixo. A casa foi construída sobre algo e as pedras da parede do buraco são as mesmas da lareira. Algo do buraco faz Valda ver semelhanças de um dos túneis colapsados que investigou no caminho.
Do alto da passagem é possível ver uma tocha na parede do túnel subterrâneo, apagada é claro, mas está lá pronta para uso como se a passagem estivesse em uso até essa manhã. Uma certa curiosidade de ver o que há no buraco é similar ao que já viu antes aparece em Valda. No entanto será que Valda vai descer? Levará uma tocha ou irá com Olaf?

Pego um tanto de fogo, ou com uma tocha ou com algo da lareira para entar acender a tocha la em baixo. Se óleo ou pixe da tocha estiver úmido e pegar fogo fácil é mais um sinal de que o local estava sendo utilizado até pouco tempo

-Estranho todo este trabalho para esconder a passagem não é mesmo Olaf? Para alguém que saiu fugindo, você fica de olho aqui em cima enquanto eu desço? ou prefere o contrário?

ja falo e ja vou descendo sem esperar resposta e acendendo a tocha

Valda,

A tocha estava boa, talvez alguém a tivesse usado a um dia. Mais tochas estão penduradas pelo caminho e podem ser acessas para iluminar o caminho. Como Valda foi andando, acendendo a primeira tocha, Olaf ficou do lado de fora como vigia. O túnel agora ainda descia mais um pouco.

Imagem ilustrativa da passagem:

Valda percebeu a diferença na construção, como se cada coisa fosse de uma época diferente, mas o que chamou atenção foi que logo na escada o degrau mudou para o mesmo tipo de acabamento que encontrou nos locais pelo caminho que trilhou. Com passos dentro do túnel era possível identificar que estava caminhando em uma construção similar. A casa certamente foi construída sobre aquilo tudo, mais de uma vez.

Ao final do túnel, Valda sabia que encontraria uma sala ampla como em todos os outros casos, mas desta vez estará escura. Com a pouca iluminação da tocha em sua mão esquerda Valda pode ver um conjunto de tijolos no meio da sala que destoava a construção lisa e quase perfeita do local.

Imagem ilustrativa do poço:

O cheiro de podridão aumenta, carne podre, fezes, urina, uma verdadeira mistura de fossa com cesto de lixo. O ar lá dentro era parado, sem passagem de ar, apenas aquele túnel que Valda usou parecia a única saída do local. Era a única saída em todos os outros locais que esteve, exceto pelos buracos no teto, que hoje estão tampados por pelo menos um andar de terra.
- Valda. O nome de Valda escoa pelo lugar. Parecia a voz da Cenobita, a mesma voz que ouviu em sua mente no sonho a quilômetros dali.

-Sim, sou Valda
me aproximo da pilha de pedras como se tratasse de uma pilha funerária, o que justificaria os cheiros e me preparo para encontrar algo grotesco

Olho atrás de mim para ver se Olaf me segue

A face estranha cheia de pregos se ergue do poço. As correntes presas ao corpo pelos ganchos que cortavam a carne não permitem que ela chegue até Valda. Um certo receio e medo percorrem sua espinha.
- Você veio me libertar.

imagem ilustrativa:

Teste:

Valda,

A visão da Cenobita a sua frente é apavorante. As mutilações no corpo não são humanas, algo bizarro estava acontecendo e Valda sente que caiu em uma armadilha. Olaf estava na porta, segurando a tocha semi paralisado de medo.
O choque ao ver a mulher saindo do buraco com mutilações pelo corpo é tão forte que Valda tem uma sensação estranha em sua mente. Tudo que Valda sabia era que algo muito errado estava acontecendo. Aquilo era um tipo de prisão sim mas ela não era humana, não era boa coisa. Parecia um tipo de espírito ancestral preso em um lugar que deveria ficar guardado para sempre para proteger a humanidade.
- Finalmente uma forma de sair daqui. A cenobita avança na direção de Valda ainda presa pelos ganchos na carne e ossos começam a aparecer quando ela faz força.

Resultado do teste: