Valda fica preocupada com a frase de Olaf, sua face quase pergunta: quem esteve ali? No entanto Valda segue para a porta com Olaf ainda sem pensar. O frio do exterior mostrava como a cabana ainda estava aquecida. Os rastros na neve são a primeira indicação de para onde deveriam partir. Certamente Olaf não queria encontrar com os escravagistas. Uma marca mais antiga indicava um rastro de uma pessoa vindo na direção da porta pela estrada principal. Perto da porta há muitas marcas e as pegadas se perdem, no entanto Olaf percebe que a trilha de vários passos e cavalos não vem de fora, mas de dentro da cabana. Os animais estavam no estábulo, abrigado do frio e foram retirados para levar as pessoas que estavam na cabana embora.
Ao lado de Olaf, Valda fazia a mesma avaliação, só que ela diz:
- Acho que alguém chegou, levaram pra dentro até a cama. Seja lá quem for, talvez a mulher que estava na nossa frente na trilha ou um dos nossos amigos, deve ter sido transportada para a cama. A pessoa fez aquele desenho rudimentar na parede e todos fugiram. Olaf percebia que o raciocínio de Valda esta certo. Eles vão na direção dos Pictus, mas estão com animais, serão muito mais rápidos que nós. Se partirmos agora podemos passar a noite na tempestade, mas já é tarde. Se ficarmos teremos uma cama quente, comida e podemos esperar seus irmãos. O que acha? Valda tinha um ponto com aquilo. Onde estava a família de Olaf?
A tempestade de neve ainda estava presente. Apenas uma parte do dia havia sido tranquila, mas os céus estavam cheios e há promessa de neve é grande. Começa a nevar novamente enquanto ambos estão do lado de fora da cabana e o cheiro de comida desperta o apetite.