Cahalith
"Aquela coisa naquela casona bonita ali em cima, fingindo ser humano, ele está
prestes a aprender que paredes não podem parar o Siskur-Dah! Quem vai ser o primeiro a dar essa lição a ele?"
Os outros gritam em fúria e se juntam à caçada. Alguns já estavam na forma de lobo,
uivando junto aos gritos. Eu vi um Rahu - Não sei o nome dele, deve ter vindo com os
garotos do Stake - engatilhar uma pistola enorme. Me virei de frente pra mansão na
colina. Podia sentir o cheiro dos cães de guarda e o óleo nas armas dos guardas...
Mas sentia o cheiro de medo sob todas essas coisas. Eu me transformei, e soltei um
uivo que fez tremer as janelas deles. Guardas saíram correndo da casa, armas de
Apontadas para as árvores, mas meu uivo não tinha fonte além de um pesadelo quase esquecido.
Todos eles iriam morrer e, enquanto meus homens emergiram da floresta, eles sabiam
disso.
Os Cahalith são contadores de histórias, guardiões de mitos e profetas. Eles são a história viva da sua alcateia e sua tribo e, em senso comum, de seu Povo. Mas os Cahalith não são só um sábio solitário distribuindo sabedoria a peregrinos em um retiro eremita. Eles lideram a investida uivante, eles gritam angústia e fúria para a lua e esperam que os companheiros de alcateia façam o mesmo.
Os Cahalith raramente são sutis. São capazes de uma caçada furtiva, se necessário for, mas não é seu comportamento típico. Inclusive, os Cahalith preferem que sua presa saiba que eles estão vindo. Eles querem que o alvo ouça seus uivos a distância, que veja eles pulando através de colinas em flashes rápidos, e que haja contato visual antes que os dentes mordam. Eles querem que sua presa entenda seu lugar na história - assim como eles entendem o deles.
Essa é a tragédia que os Cahalith enfrentam, e é tão antiga quanto Cassandra. Os Uratha se referem ao jeito de pensar dos Cahalith como hurmas-hi, que se traduz mais ou menos como "refém dos sonhos". Os Cahalith vivem em suas histórias e consideram finais e infortúnios como inevitáveis.
Os Cahalith são visionários e profetas. Luna os visita em seus sonhos e informa sobre as caçadas que estão vindo. Às vezes essas visões são claras e o lobisomem se lembra de detalhes pela manhã. Mas, muitas vezes, Luna representa a caçada com alegorias e símbolos. O que o Uratha decide fazer com esse conhecimento é escolha dele mas, se for sábio, interpreta os símbolos com cuidado, consulta sua alcateia e seu totem, tentando decifrar qualquer conhecimento que Luna lhe deu.
Tenha em mente que os Cahalith buscam Glória, não Sabedoria. O Cahalith busca fazer que os contos sejam merecedores de serem recontados, e ele busca que os mais introspectivos da alcateia- Os Irraka e Ithaeur - encontrem suas lições. Uma história pode ser trágica, cômica, sangrenta, sombria, triunfante, mas o Cahalith não sabe que história é até que ela acabe. A única preocupação deles é: As pessoas se lembrarão desse conto?
Contudo, as caçadas dos Cahalith são memoráveis. São constantemente barulhentas e aterrorizadoras. Os Cahalith atravessam paredes, destroem barreiras e mostram a suas presas quem é o que exatamente eles são. Eles provavelmente deixam vivos alguns para contar a história; isso pode não ser prudente vendo de uma perspectiva tática e pode até ameaçar a Harmonia, mas isso significa que na próxima semana uma alma aterrorizada vai descrever suas mandíbulas sangrentas e peludas para alguém igualmente aterrorizado ouvir. É assim que lendas são criadas. Inclusive, eles consideram as presas como parte da lenda. Se seu alvo é claustrofóbico, eles o perseguem até becos estreitos ou os matam em um elevador. Se o alvo tem medo de água, eles os levam para uma ponte e se jogam junto com a presa dentro do rio. Se o alvo tem pesadelos sobre ser devorado, eles podem até arriscar seu equilíbrio espiritual por isso. Um medo mortal, algo que os Cahalith sentem, é o jeito que a pessoa sempre soube que iria morrer. Isso é, de algum modo, responsabilidade do predador de se tornar esse medo e completar esse pacto. Desse modo, o lobisomem mostra respeito por sua presa.
Na alcateia, os Cahalith tem mais responsabilidade do que eles provavelmente querem admitir. Os Cahalith são os lobisomens responsáveis por incentivar os outros, mantendo seus espíritos elevados, os incitando a fúria, ou recuar, se necessário. Isso significa que os Cahalith estão sempre "ligados". Um Rahu mostrando vulnerabilidade não necessariamente prejudica sua imagem como guerreiro, e todo mundo entende como um Ithaeur ou um Elodoth querem que os espíritos os deixem em paz por um tempo. Mas os Cahalith precisam manter a alcateia unida, e essa responsabilidade nunca muda ou some. Os Cahalith tem que ser o depósito vivo para as façanhas da alcateia e, com frequência, dos contos de sua tribo. Nem toda matilha entende sua lua crescente e que eles podem não querer contar sua piada favorita pela décima vez. E, mesmo assim, quanto mais sob demanda os Cahalith estão, mais em sintonia com sua natureza eles se sentem. Esse tipo de estresse, se ignorado por muito tempo, pode levar a Fúria e violência dentro da alcateia. A pior parte para os Cahalith é que eles normalmente estão bem cientes de quando as coisas estão chegando ao seu ápice...mas isso é parte da história também. E quem são eles para mudar isso?
Faces
Sonhador — O saber das tribos é feito de sonhos, meio esquecidos e mal traduzidos por milhares de recontagens. Seus sonhos são agora as visões que Luna precisa que tenha; você já tem o conhecimento e contexto para entendê-los, senão, porque ela os mandaria a você? Cada sonho é uma verdade sagrada e você é incapaz de conceber que possa interpretá-lo errado. E é assim que vai encontrar o seu fim, sem menor ideia do que está acontecendo.
Guardião do conhecimento: Sabe as histórias da sua tribo. As histórias do seu território. Tanto as histórias que os humanos escrevem quanto as que os espíritos sussurram. Você procura os descendentes do lobisomem que matou por seu fetish para aprender a história de como foi feito. Não tem tempo para segredos, presságios e misticismo. História é ciência. É descobrir a verdade. E um dia você vai aprender que a história tem o seu peso e vai encontrar o seu fim para passar, você mesmo, estoicamente para história.
Uivador de guerra— Pra guerra! Seus gritos gelam o sangue e fazem homens e espíritos correrem por suas vidas. Seus aliados nunca precisam se perguntar onde está. Está sempre lá. Liderando a vanguarda com sangue no focinho e uma canção de glória no coração. E então uma bala destinada a um companheiro vai encontrá-lo primeiro e é assim que será o seu fim e é assim que você sempre quis.
Conexões
Elodoth: “Dois lados em cada história. Eu sei.Mas de qual lado você tá?
Cahalith tem mais alto respeito por um bom elodoth. Afinal, um cahalith sabe como a história vai terminar, mas é o elodoth que trás a reviravolta. Tanto um quanto o outro fornecem apoio para a alcateia, de formas diferentes, e um lua gibosa normalmente está de acordo com qualquer papel que o elodoth queira que ele faça. Claro, se o cahalith acabar sem seu tempo nos holofotes, ou pior ainda, tendo que manter a história toda em segredo. Aí sim a coisa fica feia.
Irraka: “Que bom que você se contenta com só fazer o serviço. Eu não!”
O cahalith pode até se impressionar com as habilidades do lua nova, mas se esconder nas sombras só é aceitável para logo depois pular direto pra revelação dramática. Um cahalith não vê nenhuma glória em se esgueirar e esconder, e vencer um inimigo sem nem mesmo anunciar suas intenções é simplesmente errado. Isso não quer dizer que o cahalith se enamore por lutas justas, só que ele quer que a presa saiba que a luta está acontecendo.
Ithaeur: Todo espirito conta historias. Me conta uma.”
O cahalith percebe um ithaeur experiente com assombro. Os espíritos entendem seu lugar numa narrativa maior como poucas criaturas entendem e o lua crescente habilmente os manipula sem sair do próprio papel. O cahalith, então, trabalha para transferir a sabedoria do ithaeur para os outros lobisomens de uma forma que eles possam entender e usar, desviando de todo arcanismo e esoterismo que o ithaeur não abandona.
Rahu: “Cê nem sempre é o herói e eu não dou a mínima pra quantidade luz que a lua derrama em você”
O cahalith tem inveja do rahu, esse é o cliché dos uratha. O lua gibosa queria ser só mais um pouco cheio, mas ainda faltou um pedacinho. A resposta é obvia para o rahu e frustante em igual medida para o cahalith. Para o cahalith, o rahu é o escolhido, o guerreiro especial que sem nenhum mérito ( ou demérito), chega a liderança ou se torna “O Guerreiro Espiritual”. A integridade do cahalith contador de histórias o impede de fazer o rahu parecer só um pouquinho mais metido ou teimoso do que ele realmente é.
Aspecto do caçador: Monstruoso. Quando o cahalith está caçando o mundo a sua volta sabe disso. A grama se dobra em respeito sob suas patas, as sombras se alongam para acoberta-lo num instante e recuam para mostrá-lo na mais horripilante luz no próximo. O cahalith em caçada é o monstro icônico, a encarnação do inevitável. A morte está chegando a sua presa e em um lugar pequeno e triste no seu coração ela sabe, sabe e aceita.
Dons: Lua gibosa , Inspiration, Knowledge(Conhecimento)
Pericias: Crafts(oficios), Expression, Persuasion
Renome: Glória
Beneficio de augurio: Sonhos profeticos. O sono de um cahalith nunca é calmo. Toda noite seus sonhos são vividos, mas às vezes, são proféticos. Uma vez por capitulo o cahalith pode se beneficiar de um sonho profético.
Blood Talons: Cahalith dos garras de sangue normalmente tem a tarefa de impedir que seus companheiros se rendam ao kuruth( a fúria mortal). Os garras de sangue caçam outros lobisomens e uma batalha assim pode, facilmente, se tornar uma carnificina insana da qual ninguém escapa. A não ser que os caçadores mantenham a cabeça fria. Dessa forma, o cahalith lembra a seus companheiros quem eles realmente são e pelo que estão lutando. Mesmo em meio à carnificina.
Bone Shadows: Todo espírito tem uma história e um cahalith sombra descarnada procura aprender todas elas. Um ithaeur é o mestre dos espíritos, mas cada lenda e cada sonho de um cahalith é possivelmente o flagelo de um espírito.
Hunters in Darkness: Aqueles que caçam nas sombras são o medo da noite. Isso significa que seus cahalith são silenciosos e aterrorizantes. Invisível até que deseja atacar. Então, sua história de fúria se torna algo íntimo e quieto, uma reunião que ele e sua presa dividem. No augúrio de glória e bravatas o cahalith d’aqueles que caçam nas sombras são os mais focados e introspectivos.
Iron Masters: Os filhos de Sagrim-Ur (o lobo vermelho) que mudam sob a lua gibosa são imprevisíveis e inovadores. São os mais propensos a usar arte física. Qualquer coisa desde multimídia, grafite ou dança livre para uivar suas histórias. Eles rejeitam a noção que seus sonhos predizem o futuro. Esses cahalith acreditam que profecias são só mais uma regra para ser quebrada.
Storm Lords: O cahalith do lobo do inverno exultam em contos de sofrimento. Eles contam historias de lacerações, mas não morte. De tribulações, mas não derrota. Eles acreditam que qualquer coisa pode ser superada e essa desvantagem é só parte da história para criar tensão. Muitos senhores da tempestade cahalith preferem histórias com métodos para seguir como lendas tradicionais e filmes de gênero.