Roberto Kardos Moreatin Neto - Um Sopro de Liberdade - Jogador Leomar

@Leomar a bola é sua! Introdução feita, qualquer dúvida, só perguntar...

Nada pior do que ser interrompido no meio de um "serviço", mesmo já estando quase terminando. Mas o que não se faz pelos amigos, não é!

- Meu amor, temo que o dever me chame mais uma vez! Infelizmente terei que ir lá rapidinho, enquanto isto termine o licor e descanse um pouco mais. Eu volto para me despedir. **

**Traduzido do élfico, foi uma mão na roda Poleniasha ter lhe ensinado o idioma e outras coisas da cultura dela, Kardos se um grande admirador da cultura Kaldorei. Não só da cultura...

Ele se arruma rapidamente e desce para encontrar um bem conhecido amigo anão. Os dois sentam no bar da estalagem enquanto conversam. Enquanto Thargas conversa, Roberto Kardos pede uma dose de licor élfico para si.

- Será que este velho anão já criou coragem de aventurar o paladar pelas belezas de outras "tribos" ou vou ter que lhe oferecer a boa a velha, porém nada original cerveja ou pinganã? - Ele pede as bebidas, depois escuta as notícias.

- O rei sumiu? - Diz baixo enquanto coça a barba. - Como se não tivéssemos problemas o bastante, né! Este sumiu é tipo "sumiu, sumiu" ou do tipo "foi fazer algo importante em algum lugar, e alguma merda aconteceu..."? Quanto os Délfias, me conhece bem, sabe que me agrada dar fim naqueles malditos da bandeirinha vermelha. Bandidos vagabundos! Eles acham que o mundo deve alguma coisa para eles só porque são "coitadinhos"...

Ele faz uma cara de desprezo e vira o resto de sua dose na boca.

- Sabe que sempre estou disponível para proteger sua bunda gorda, mesmo se isto não fosse uma obrigação para mim, depois que você me protegeu daquele seu "amigo" general anão. - Roberto bate no ombro do amigo, e para não perder a oportunidade, continua, agora com o tom de malícia na voz. - Por falar nele, ainda anda nervoso, oferecendo prêmio pela minha cabeça, ou será que já começou pensar na possibilidade de ter um genro humano?

Thargas faz uma careta quando seu velho amigo oferece o licor elfico e diz: - Posso beber esse mijo de lontra feito pelos elfos, mas só se for para lhe agradar! E sorri mostrando todos os dentes.

Depois se aproxima e continua sussurrando: - Sim, o Rei sumiu, foi sequestrado pelos Défias, quando ia para Teramore negociar a paz, com aquele xamã orc que agora lidera a horda, um acordo costurado pela Senhora Jaína Proudmore. O Paladino Morgham que lutou conosco no Monte Hyjal, estava preso lá e está escondido em Vento Bravo agora. Ele contou tudo para o Bispo Arthur na Catedral e estão envolvidos, junto com os Défias, as Hostes demoníacas da Legião Ardente e os malditos dragões da revoada Negra. Babado forte meu irmãozinho, por isso preciso de você, só gente de primeira, para dar conta e garantir o meu rabo gordo, pode até levar a sua elfinha zangada! E novamente dá uma gostosa risada, derramando o mijo de lontra pelos cantos da boca e molhando a vasta barba.

Depois que se recompõe, sorri maliciosamente e diz: - O General que ver os demônios da legião ardente, mas não quer ver você, mas já desistiu de matar você, pois teria problemas sérios com a filha e comigo é claro! E ri ruidosamente de novo e fala: - E ai, tá pronto para pegarmos um grifo e nos encontrarmos com o restante do grupo?

- Que os deuses não permitam que eu me torne um velho ranzinza assim! - Diz Roberto Kardos levantando o copo em forma de brinde.

Ele escuta atentamente as informações.

- Mm, então é pior do que parece... (pausa) Certamente não será apenas mais uma "missãozinha". - Ele estava sério. - Faz bem em procurar pessoas que possa de fato confiar! E também creio que Poleniasha também é uma companhia para uma missão assim. Posso mandar-lhe um falcão, tenho certeza que ela não recusaria, e como eu até se sentiria honrada de participar de algo assim.

Não passa despercebido por Roberto o arquear de sobrancelhas do amigo anão. Anões eram relativamente bem fáceis de serem "lidos", principalmente os machos. Certamente Thargas pensou que Poleniasha era quem estava agora em sua cama. Apesar da seriedade do momento, Roberto não deixa de sentir aquele leve pontadinha de orgulho, e canta jocoso baixo como para si mesmo:

♫ O amor de todos os mortais
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais♪

Outro sorriso discreto surge em seus lábios quando Thargas comenta que aquela tchutchukinha ainda o defende do pai. Roberto Kardos tinha suas conquistas, não para se gabar, mas muito menos para se arrepender, mas apesar de todo tinha realmente gostado daquela bela anã. A diferença de altura realmente atrapalhava, mas como é que cabia tanto "charme" numa coisinha tão pequena?

- E ai, tá pronto para pegarmos um grifo e nos encontrarmos com o restante do grupo?

- Claro. Só me dê cinco minutos para pegar meu arco e me despedir, afim um cavalheiro sempre se despede!... Bom, talvez seja melhor me dar dez minutos...

O arqueiro paga as bebidas e volta para o quarto. Vinte e três minutos depois ele volta.

- Pronto, podemos ir. Ah, antes de ir nos grifos, vou só passar rapidamente no criador de falcões e mandar uma mensagem para Poleniasha, ela também deve estar gastando o dinheiro de nossa última empreita aqui perto, mas ela prefere ficar mais fora da cidade, você sabe, né? Não se preocupe que ela é a única que é mais rápida do que eu, virá a nosso encontro assim que receber o pássaro.

- Sei, Ariena, a ruivinha, te encontro lá antes de você terminar de falar o nome de todas as gemas e rochas que conhece.

Roberto levanta o capuz, e se dirige rapidamente ao falcoeiro que conhece, indo pela sombra. Não estava sendo seguido, certamente, mas acostumou-se a andar sempre com cautela a ponto disto lhe ser natural. Poleniasha estava numa mata logo fora da cidade, provavelmente mascando algumas ervas de elfos, colhendo castanhas ou caçando alguma coisa, estes pequenos prazeres de elfos. Não gastaria muito tempo nem mesmo se fosse falar com ela a pé, mesmo assim um falcão era melhor já que estava com pressa.

Escreveu um bilhete curto e mandou a ave.

"Espero que Poleniasha já esteja penteada, pois ela tem uma fixação com aqueles cabelos dela! Não que eles não mereçam..."

Logo depois ele vai até a tratadora de grifos. O arqueiro não gostava muito daquele tipo de transporte, mas conhecia bem as rotas tradicionais daquele lugar.

- Pronto Thargas, nossa convidada já foi convidada. - Depois se vira para a grifoeira, dando uma piscadinha. - E aí Ariena? Como estão estas suas galinhas gigantes?

- Ah, eles devem ter cérebro de passarinho, nem entend... - Ele chega perto da grifeira e quase leva uma bicada - E'taporra! Não te ensinaram não comer os clientes?

- E ai seu fanfarrão, vamos esperar nossa companheira ou ela nos encontrará na Catedral?

- Vamos esperar, ela não deve demorar. Quer ir citando o nome de pedras enquanto esperamos? - Kardos escora na parede, relaxadão - Ametista, bauxita... ... não conheço nenhuma com c, isto é coisa pra anão mesmo, pra mim é tudo pedra.

- Cacoxenita? Nunca ouvi falar! Vocês anões gostam mesmo de pedra e terra!

Roberto continua relaxadão, sabia que o amigo ia acabar participando do jogo. De fato não se importava com os nomes das mais diferentes pedras, só tinha começado para provocar o anão.

off: só esperando.

Off: Pode narrar a elfa chegando

Roberto sorria, vendo como o amigo caia facilmente no jogo dele. Não se importava a mínima com nomes e propriedades das pedras, mas sabia que o anão importava, e seria mesmo capaz de relacioná-la em ordem alfabética. Enquanto Thargas falava, Kardos se divertia implicando com observações sarcásticas, do tipo:

- Pois é, vocês conhecem tantas peculiaridades, mas de valor mesmo só tem três: diamante, rubi e esmeralda, a resto é só pedrinha que não dá para vender.

Ao que Thargas responde:

- Mas é um piá que não sabe de bulhufas mesmo! Pois saiba que a maioria das gemas, quando puras e bem lapidadas podem chegar a valores inimagináveis. Ou pelo menos inimagináveis para um humano pé-de-chinelo como você! Um olho-de-gato especial pode chegar a valer três ou quatro vezes mais do que um rubi. E você sabia que o diamante nem é tão raro? Ele tem suas qualidades, como ser mais duro que qualquer outra gema, as vezes três, quatro vezes mais, mas nem é raro. O ouro sim, é caro por ser raro, mas o diamante só ficou tão caro depois que a Marilene Monrou passou usá-los com ostentação...

Enquanto Roberto Kardos ria do jeito rabugento de Thargas, Thargas ficava ainda mais rabugento vendo a ignorância do humano para coisas sérias. Ele estava na letra "i" quando a elfa apareceu.

- ... como a idocrase que tem um tom verde-amarelado escuro bastante especial...

Poleniasha chega, rebolando, com os cabelos cheirando a algum óleo de laranja ou tangerina (ela cuida muito do cabelo):

- Recebi seu falcão, você é mesmo completamente incapaz de fazer qualquer coisa sem mim, não é mesmo? Ah, oi Thargas, então você também deve estar atrás de uma mulher que consiga fazer o trabalho que "as meninas" não conseguem. Então, meninas, qual é o problema? - Diz em tom debochado.

Thargas resmunga um cumprimento, Kardos explica em linhas gerais.

- Então vai ter uma grana boa para salvar o rei de vocês, imagino.

- Oh minha docinho, salvar o rei não é só pelo dinheiro, e não é só rei dos humanos, somos todos da Aliança querida...

- Somos todos da Aliança, mas continuo me preocupando mais com minha própria raça. Nada pessoal amorzinho, somos ótimos juntos, mas ainda prefiro ganhar por meu serviços, sabe né...

- Bah! Vocês elfos são parecidos mesmo com os humanos, não colocam a honra na frente do dinheiro!

- Ooh, falou o baixinho que não pode ver um buraco que já "cavuca" procurando ouro! - Thargas tentou se esquivar de Poleniasha, mas ela foi rápida e puxou a barba dele enquanto falava isto.

- A barba não! Arre!! Vocês não tem mesmo um pingo de respeito? E se eu falasse com você pegando nos seus peitos?

- Ia precisar de um banquinho para chegar neles, pouca-sombra, então não corro risco.

Thargas grunhe e solta uns três palavrões na língua anã.

- Ninguém respeita mesmo... unf!

Kardos continua: - É... meu docinho de chocolate meio-amargo... Mas como eu dizia, é mais que apenas dinheiro, mas vai ser uma boa caçada!

- Mm, gosto de boas caçadas. Tá ok, vou ajudar "as meninas", vocês não se dariam mesmo bem sem mim.

- Acho que não é só MEIO-amargo...