Franco escreveu:É, ainda bem que puxou teu pai, tu ficaria um leprechau muralha horrendo de olhar HEHEH. Bah mas interessante então: vô ficou, mãe ficou, mas o filho fez a própria alcateia. EU gosto dessa.
Dessa vez Connor gargalha de verdade, engolindo a comida desesperado antes que saíssem voando pedaços babados pra todos os lados, ele ria tanto da expressão de Franco quanto do “Leprechau muralha”. Uma crise de riso depois. –
A coisa é mais complicada que isso, é o jeito dela me mostrar o amor dela, e me dissuadir de ser um Fantasma, por que ela acha que de uma hora pra outra eu vou pirar e sair matando todo mundo. Por que ela não aceita que eu me dispus a correr o risco, e por que ela idealizou um futuro e se decepcionou com isso por que as coisas não foram como ela queria. Mas o tiro dela saiu pela culatra, e ela sabe disso, eu fiz um monte de cagada, todo mundo faz, mas ela precisa aceitar algumas coisas também. – era um relato por alto do que acontecia na vida familiar dele, ele não parecia se importar de falar sobre aquilo, mas dava pra sentir que de alguma forma ele tinha sido vitorioso naquela disputa, mas a vitória era amarga, não havia brilho no olhar, nem orgulho, era só um fato.
Franco escreveu:Aqui, nós, uratha, é morrendo ou afastando, né?
- Nah, a gente não é diferente de ninguém não mano, só que as nossas emoções podem levar a consequências desastrosas, antigamente a gente ficava puto, enchia a cara de scotch, e no máximo voltava com o olho roxo pra casa, hoje a gente fica puto e gente inocente morre, tu não vai querer dois putos ao mesmo tempo, batendo cabeça, vai? – ele olhou Franco sério por um instante, sabia que tava chovendo no molhado e que não era nada que não tinha passado pela cabeça do amigo, mas não custava nada lembrar, logo voltou a comer seu almoço.
Franco escreveu:Nunca tive família em sangue... só derramado...
- Nunca é tarde pra começar uma. – Ele levanta o copo por um instante como se fizesse um brinde a aquilo, enquanto Franco bebia a tranqueira dele, ele o fazia com suco de laranja da padaria. –
E é essa a razão por que eu fui totalmente teimoso em ficar por aqui. – ele respira fundo –
Todo esse poder, se ele não for posto em uso pra salvar vidas e gente inocente ele perde sentido, principalmente a vida daqueles que você ama. Não que sejamos perfeitos, vai ter dias que a gente vai falhar, e vai ser um dia ruim, a gente não é perfeito, mas se não for pra isso, essa porra perde o sentido, se formos só o lobo, não somos melhor que os Puros. Tu pode ter um Franquinho a cada vinte quilômetros e nem ligar pra eles, mas então tu vai lutar por que? Lutar pelo que? Qual vai ser seu motivo de querer tanta glória, se não vai ter ninguém verdadeiramente especial pra te admirar por isso? – Não sabia se tava falando um monte de groselha pro companheiro de alcateia, mas verdadeiramente achava que aquele Franco que ele mostrava era só uma casca, lembrava da surpresa dele no churrasco dos Uivadores com as crianças, tinha certeza que lá no fundo de alguma maneira ele se sentia daquela forma, mas ele não prosseguiu com o papo cabeça, não queria estragar a manhã de solteirão dele.
__________________________________
Franco escreveu:Qual a palavra quando cê quer dizer vintage, mas sem elogiar?
- Vintage uma porra! – parecia puto –
Que merda de buraco é esse que Amy chamou a gente? – ele olhava pros cantos do beco como se alguém pudesse sair de uma daquelas portas e dar uma facada num deles a qualquer momento, não tinha nem de perto a mesma visão artística que Franco –
Sair na porrada num lugar desses ia ser a pior coisa, é tudo que a gente não precisa.Quando a porta se abre ele olha pra Franco como se não tivesse gostando daquilo ele toca na parede ao lado da entrada e dá pra contar mentalmente ele esperando os três segundos um hábito comum enraizado que até aquele momento certamente passaria batido se ele não tivesse falado mais cedo, pra ele só um hábito comum ele nem se dava conta mais, logo depois disso ele entra se abaixando pra passar pela entrada de anão.
– Isso mesmo já deixou o rastro de bosta. – ele dizia rindo, o humor dele parecia ir melhorando conforme desciam as escadas e o cheiro de bebida vinha nas narinas. –
É parece que achamos de onde vem a birita do bar da Olenna. – não sabia se aquela afirmação era verdade, mas era bem possível que fosse uma presunção acertada.
Ao ver Bran ele deixa Franco passar por ele e cumprimentar o cara, não entendeu porra nenhuma daquilo, ele apenas estendeu a mão de maneira cordial em direção ao sujeito.
Finalmente eles se aproximam de Asia por instinto ele retorce o pescoço que dão dois estalos altos, se perguntava mentalmente por que a desgraçada tinha que ser tão bonita, ele olha em direção ao banheiro e pensa em como tem vontade de levar ela pra lá, mas logo o cheiro imaginário de Emillie vem ao nariz e coloca ele de volta no lugar, tinha que manter a compostura, não queria fazer aquela merda.
Ele olha pro ringue enquanto Franco troca palavras com Asia, sorri em seguida pra ela, não sabia se tinha sacado, mas aquilo fazia sentido. –
O que a gente não faz pra agradar nossos camaradinhas do outro lado. – Não sabia se podia falar mais abertamente que aquilo, não conhecia os caras conversando com Amy, nem se eles eram capazes de ouvir ou não –
Só espero que ele não venha pegar no meu pé hoje. – coçava a barba e dava uma risadinha logo depois.
- Bom te ver Asia. - ele se aproxima mais e faz um carinho no cabelo dela, aproxima o rosto dele e quem tá de fora poderia jurar que ele ia dar um beijo digno de Hollywood nela, mas ele vai pra bochecha, nesse momento ele respira fundo como se gostasse do cheiro dela, mas ele se comporta e se recosta de forma marota no lugar mais próximo ali.
Ele faria a pergunta do que ia rolar, mas não ia repetir o que franco tinha acabado de falar.