[!ON!] Para Córdoba

Shinji acelera dando uma buzinada de despedida ao Algoz quando finalmente no meio do caminho ele escuta a voz de Mu-Za. – Tem uma lona que eu uso pra embalar cargas mais frágeis no fundo do baú, ela tá enrolada bem no canto, só cobre essa porra e relaxa. – E Shinji até parecia relaxado, isso pelo menos até ver os dois estabelecimentos dos apocalípticos.

Quando Heb finalmente decide descer pra ir visitar seus amigos. – Eu sinto pelo seu amigo. – Aquele mundo era cruel e perder verdadeiros amigos era algo difícil, mesmo que por fora heb parecesse um armário, o tom de pêsame era verdadeiro. – Depois de despachar a carga eu vou para o caminhão perto do posto da entrada, é seguro, longe da zona de guerra e ninguém vai tentar nada com os algozes lá, no mais amanhã é meu dia de folga, geralmente a gente passa a noite no caminhão mesmo, a cama dele é melhor que a maioria dessas espeluncas da estrada. Com sorte eu ajudo Mu-za a desmontar aquelas porcarias. – Ele respira fundo – É rota alternativa é um problema, é uma estrada única, pra fazer essa volta a gente tem que dar a volta nas montanhas, se surgir um contrato quem sabe? – Ele faz um sinal de cumprimento a Heb e segue com o caminhão assim que ele bate a porta dando uma buzinada.

Sem muitas delongas chegam na frente do lugar pra despachar a carga. – Boa tarde! O próprio. – ele responde, como sempre parecendo entusiasmado na tentativa de melhorar sempre o humor das pessoas próximas.

Ele desce do caminhão e estende a mão pro homem em cumprimento, o anel com a pedra vermelha que era de Atul brilhava no dedão de Shinji – Eu me chamo Shinji. – Se apresentava fazendo um gesto de mão pro homem o acompanhar, dá duas pancadas fortes pra Mu-za abrir o baú por dentro.

- Taí sua carga, jóias, taperçarias e seda, tudo que você precisa num campo de guerra – A voz soava irônica quase como uma chacota, ele até dava um risinho – Eu não pergunto, nem julgo. – Era quase certeza que tinha algo amais no meio daquilo tudo, armas, brasa? Mas não importava. Shinji soltava a rampa e desprendia a primeira caixa, fazia ela correr pelo assoalho liso de aço escovado. – Tá aí o que ele mandou são e salvo. – Ele força a caixa com a mão na frente do cliente, pra ele ter certeza que tá lacrada, agora era só descarregar aquele monte de coisa.