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    Chloe Moore

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    Mensagem por thendara_selune Dom Abr 24, 2022 11:41 pm





    Ela lançou um olhar penetrante ao lua nova, respirou fundo sentido o cheiro dele, o coração vibrando em antecipação a tudo que podia acontecer. A gibosa assentiu com tudo, estava se sentindo maravilhosamente bem, sabia que sentimentos são abstratos e não se importou com isso. A pele dela parecia queimar, arfou e sorriu sentindo o toque dele. Depois como se algo a mordesse forte sentia um lampejo de sentimentos se mesclando a excitação que pulsava em seu corpo. Se deu conta que mesmo sem querer admitir ele era um estranho fortuito, ao qual Chloe parecia estar distribuindo doces de graça  enquanto a presença dele afunda mais dentro dela, mas aquilo fica arranhando seu íntimo. Mesmo que ele fosse o oposto de Ian, no fim também é igual, todos eles são e só trazem dor que faz tudo ruir ao redor daqueles que ousam chegar perto demais.

    Estava grávida, sentia muita coisa ao mesmo tempo, então com esforço se afastou dele, como se uma breve dose de razão a puxasse pro solo com força. -Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito.- Murmurou sem olhar para ele. A  Cahalith ainda se sentia ligada ao momento, mas não era difícil para ele notar que ela brigava contra si mesma. Podia sentir tudo que emanava dele como se William fosse magnético. Não era uma tarefa simples, mas forçou seu corpo a retroceder e isso foi o mesmo que arrancar um pedaço dela.   Respirou fundo, estava inquieta interiormente, mas aquilo não podia acontecer. Suas  pálpebras pareciam  pesadas  e  havia   rubor  em  suas  bochechas, sentiu-se estranha, mas, ao mesmo tempo, consciente que estava fazendo o certo ou pelo menos queria acreditar nisso.  Não era por moralidade que recusava o convite dele, era o fato de não querer ser dominada pelo que ele lhe representava. Odiava admitir estar dando importância demais ao que acontecia, mas havia uma razão secreta que a fez fugir dele.  Ao longo dos seis meses muita coisa mudou e mesmo que ele fosse um momento cheio de prazeres irresistíveis, no fim das contas aquilo não era nada além de um fragmento. Desde que fugiu não tinha ilusões sobre amor ou paixão, aprendera a lição com Ian, não queria se enganar de novo com mais ninguém.

    Ela  precisava de direção e de controle sobre o que sentia por ele, havia mais que não entendia e o momento parecia dramático demais para pensar sobre os sentimentos que se chocavam dentro dela. A respiração da ruiva estava desalinhada, parecia perdida, mas sua voz embora trêmula tentava ser firme. -Essas crianças precisavam de uma mãe centrada apenas nelas e no mundo que os cerca cheio de inimigos.- Os olhos dela pareciam estar flertando tanto com o futuro das crianças quanto com as próprias escolhas. Coisa do augúrio ou quem sabe fosse apenas o lado racional dando seus palpites para afastá-la dele. - Você é uma distração perigosa e não posso continuar sendo dominada pelas sensações que fluem de você até mim é como se meu coração nadasse em mar aberto.- Ela soava  melancólica. - Não se engane, não acredito em sentimentalismo entre opostos, mas a coisa saiu do meu controle e não gosto do rumo que estou seguindo quando o assunto envolve seu nome.-  William queria apenas um joguete, era fácil ler o tédio que ele devia sentir ou o cansaço em ter que atender expectativas, por isso era mais fácil ser como o vento sem residência fixa.  Naquele instante ela tinha certeza que ele se divertia com cada palavra dela, tão habituado a ser quem era e a ter tudo que queria ter quebrando regras.

    Os olhos âmbar lutando contra a intensidade transbordante no azul que ele ostentava. - Não deve acontecer de novo, erro meu em deixar acontecer a primeira vez, mas agora tem muito mais em jogo. As crianças, as responsabilidades que devo manter e isso entre nós é apenas um lançar de dados sem importância, sou jovem demais para você e… Não quero fazer parte do seu cardápio casual, na verdade, não quero nada além da sua ajuda e agradeço pelo que está fazendo. Sei que tudo tem um preço como você mesmo disse e estou disposta a pagar, amanhã conversamos sobre isso.-  Chloe não esperou ele falar, não tinha porque deu uns passos para porta e antes de sair disse forçando um tom neutro. -Bom banho senhor felino.-

    Chloe se sentia cativada por ele que possuía um olhar  com um brilho completamente imprudente nos olhos azuis, um sorriso tão provocante quanto um presente fechado e
    lindamente embrulhado. Do lado de fora encostou-se na porta e passou a mão no ventre, aquelas crianças tinham sorte por escolher James como pai. A ruiva sentia-se envergonhada de muitas maneiras e ainda assim tentada a se submeter a tudo que sentia por William, mas aquilo ia passar, assim que tudo acabasse voltaria a Dover ficando longe da influência dele. Ela fez uma careta, do tipo "você tentou mas não se pode ganhar sempre Chloe.", que indicava claramente que não deveria tentar ter tudo, não é assim que as coisas funcionam e no fim já tinha feito um estrago imenso que carregaria sozinha.

    A Cahalith era um joguete tanto para ele quanto para Ian, porém não culpava o Irraka. Não tinha porque reclamar sobre isso, era tão óbvio o que ela significava-lhe que apenas riu de si mesma. Errou meses atrás e se meteu em uma situação impensável para a velha e obediente Chloe de antes de Dover. Caminhar entre as meia-luzes do corredor a fez pensar em muita coisa, havia mil palavras para descrever aquele momento, mas se tivesse ficado mais um segundo perto dele acabaria falando demais.  Pensou em James que é um bom homem, mas os dois não tinham nada em comum, embora não negasse que quando viu o achou sério e instigante, mas as coisas não podiam dar certo entre eles. Além de tudo tem um filho, o menino é uma gracinha, nenhum dos dois merece ter contato com alguém que fez o que Chloe fez. Aquilo a fez passar as mãos nervosamente pelo cabelo, tudo era complicado demais e não podia contar para ninguém o que de fato estava corroendo seus pensamentos.  Fez uma escolha que achava sensata, mas, ao mesmo tempo, estava  temendo que aquilo virasse algo pior. Parecia que seu coração fora esmagado, seu corpo todo esperou por ele e graças aos céus um raio de razão a empurrou para longe do irraka .  O silêncio ali era um bálsamo para seus nervos, cada som ecoando ao seu redor como se o prédio em sua respiração solitária tentasse alcançar os sentimentos da gibosa . Ela encostou-se em uma parede com os olhos fechados pensando que voltaria ao quarto como se nada tivesse acontecido.

     
















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    Mensagem por thendara_selune Seg Abr 25, 2022 9:17 am





    De olhos fechados ficou imaginando parecer estar  à beira do céu e pronta para cair em queda livre. Cada terminação nervosa está pegando fogo da melhor maneira possível, mas o bom senso amargo e outras coisas a fizeram sair do quarto. Nem colocou as botas, os pés sentiam o chão aquilo parecia ser a única coisa sólida e confiável ali porque a ruiva nem de longe conseguia confiar nos próprios sentimentos. Ela olhou o corredor e decidiu explorar o lugar sozinha como se aquela aventura particular pudesse afastar mais o descompasso dentro dela. O cheiro do lugar a invadia, as mãos deslizaram pela parede queria observar o andar de cima e isso daria tempo para William afundar naquela banheira com o maldito sorriso desdenhoso dele ao pensar que ela fugiu. Imaginou se a decoração seria a mesma, se haveria algum padrão nas luzes e que tipo de sons poderia escutar ali. A ruiva se movia sem pressa, fazia tempo que não ficava sozinha com seus próprios pensamentos e aquilo a fazia bem, pensou de novo nos bebês só desejava que tudo desse certo.


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    OFF: Um tempo depois ela voltaria ao quarto depois de explorar o lugar um pouquinho melhor maneira de não pensar em fazer besteira ou falar é espairecer as ideias Cool haha. Valeu o post e desculpe acrescentar isso aqui porque ficou grandão mesmo auhuah mas tinha cortado esse pedacinho e só vi depois ando cegueta coisa da idade tongue











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    Mensagem por Wordspinner Sex Abr 29, 2022 8:14 pm

    Chloe: Não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito.

    "Todos nós." Ele diz, ainda baixo, ainda perto demais.

    Chloe: Essas crianças precisavam de uma mãe centrada apenas nelas e no mundo que os cerca cheio de inimigos.

    "Vai lutar por elas?" Ele tinha os olhos fechados. A respiração um pouco mais devagar.

    Chloe: Não se engane, não acredito em sentimentalismo entre opostos, mas a coisa saiu do meu controle e não gosto do rumo que estou seguindo quando o assunto envolve seu nome

    Ele parece surpreso, mas do jeito errado. Alguma emoção presa sob uma camada fina de controle.

    Chloe: ...amanhã conversamos sobre isso.

    Ele finalmente se deixa vencer e gargalha. Não ri. Não sorri. Gargalha com o corpo inteiro e acaba ocupando a cama toda. O som acompanha ela até a porta antes de se tornar uma risadinha que morre e volta. O silêncio só chega quando ele afunda na banheira.

    --

    Chloe caminha pelo lugar, mas não chega muito longe. No fim do corredor ela ouve a voz do irraka vindo da porta. "Não, Chloe. Não pode andar por aí." Ele tinha um pouco de espuma escorrendo no rosto. "Esse quarto é o único que nosso anfitrião abriu para nós. Então, por favor." Ele precisa soprar a espuma para não engolir, mas desaparece na porta em seguida.

    O quarto está exatamente como estava antes, porém agora ele está esticado no divã olhando pela janela para o escuro lá fora. "Você não tem as moedas certas Chloe. Não tem preço para você pagar." Preguiçoso, com sono. Enrolado mais ou menos em uma toalha fofinha e branca. Ele se estica antes de olhar para Chloe. "Seu banho está perfeito cara dama. Eu não trouxe comida, a fome não vai matar nenhum dos dois." Ele sorri e da de ombros como se não fosse importante comer.




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    Mensagem por thendara_selune Sex Abr 29, 2022 10:27 pm





    Antes

    Ela o ouviu, mas não externou mais nada até porque não era difícil ler a  Cahalith, em contrapartida, o lua nova parecia um complexo tarô. A gargalhada dele a irritava, parecia sempre estar perdendo quando o assunto era William. Havia apenas uma coisa que mesmo ele cheio de artimanhas não poderia imaginar e isso a fez esboçar um sorriso sereno nos lábios antes de sair.



    ***


    Reagindo a pleno instinto, ela parou quando o ouvi e assentiu com ele. Caminhou de volta e entrou em silêncio. Só  olhou  para ele quando ouvia sobre as moedas. - Me surpreenderia se eu tivesse as tais moedas.-  Ela caminhou até perto dele interessada no que existia além da janela. -Minhas crianças merecem uma família foi isso que me moveu até aqui e o resto é mera consequência daquilo que tenho obrigação em cumprir.- O tom dela morno e depois deu um sorriso educado quando ouviu sobre o banho. - Que bom que foi de seu agrado meu senhor. - Agora havia gentileza sincera emanando dela e uma dose contida de diversão. Depois tomava um banho para silenciar cada vez mais tudo que gostaria de dizer, mas guardou para si, saiu usando uma camisola macia e deitou-se na cama tentando secar o cabelo e lembrou da mãe dizendo “lembre-se de soltar os fios com os dedos quando ele estiver molhado e depois  escová-lo com uma escova suave para não estragá-lo." Apesar de tudo sentia falta de casa, só não podia dizer aquilo em voz alta. A alcateia ainda não era sólida, os parentes dependiam que as coisas dessem certo, com o retorno de Connor havia faíscas no ar, no fundo, temia que não fosse seguro com eles, especialmente com as suas crianças chegando e isso a fez sentir o peso da responsabilidade crescente. Aidan era seu, não queria deixá-lo ir, mas, ao mesmo tempo, temia que ele fosse pego mais uma vez em fogo cruzado. Tantos sentimentos dentro dela, tanto para transbordar e quando a mente tentar ir mais longe nos problemas o  sono chega como se fosse um presente pra ruiva.


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    Mensagem por Wordspinner Seg maio 02, 2022 8:16 pm

    Chloe: - Que bom que foi de seu agrado meu senhor

    Não há nada lá fora além de escuridão, o hotel não deixa nenhuma luz sair. Ele não se move para reconhecer a aproximação dela. Continua deitado no divã com cara de preguiça meio coberto pela toalha branca. Um fio vermelho escorre dela para um pote de barro cuidadosamente decorado de forma suave e inofensiva. Mais alguns potes do lado desse em uma fila harmonica. O fio era um tubo plástico preenchido com sangue.

    "Acho que vai gostar do seu também. Não precisa ser rápida, pode relaxar." Uma pequena hesitação antes da ultima palavra. Só o bastante para parecer que poderia ser outra.

    --

    Ela acorda com ele entrando no quarto. "Trouxe um presente." A voz alegre. Os passos quase dançando uma música que só ele devia estar ouvindo. "Não é muito o seu estilo. Culinaria local." Ela sente o peso na cama e vê as sacolas de papel que não combinavam em nada com o local suntuoso. Atrás deles William com uma jaqueta escura e sem graça e uma calça que cabe na mesma descrição. A comida tinha um cheiro ótimo, mas por baixo ela sentia cheiro de sangue, fogo, fumaça, morte e ele também cheirava a perfume. Perfume e combustível.

    "Se incomoda se eu tomar um banho? Eu não pude esperar e acabei comendo sem você." O sorriso simpatico e quase envergonhado estampado no rosto.

    Como era de se esperar ele vai para o banheiro e sem qualquer pudor tira a roupa a colocando no chão ao lado da banheira. O cheiro de sangue aumenta, mas da cama tudo que ela consegue ver são as roupas no chão. A água logo começa a fazer barulho e ela não consegue mais ouvir o som que cada peça faz no seu caminho do corpo pro chão.

    "Então, sobre o que queria conversar? Já é de manhã lá fora." A janela ainda era escura como antes. A voz ainda era despreocupada.

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    Mensagem por thendara_selune Seg maio 02, 2022 11:31 pm





    Antes


    Ela olhou aquilo, mas nem sabia o que perguntar, mas a curiosidade brilha nos olhos âmbar, mas ela ainda murmura e aponta pra ele cheia de interesse em saber mais sobre o que estava vendo.- Você pode me falar sobre isso amanhã e quero perguntar outras coisas.- Era muito mais uma afirmação do que uma brecha pra ele negar respostas. Mas se tratando de William ela tinha a clara percepção que ele não respondia nada de maneira concreta. Depois se movia para o banheiro. Quando entrou, desejou cubos de gelo na banheira e o inverno lambendo suas emoções sem pressa de deixar o calor das ideias impulsivas voltarem.


    ***


    Despertou com um sobressalto, o rosto coberto por algumas mechas cor de cenoura, mas parecia ter descansado o suficiente e a alegria na voz dele a faz dar um pequeno sorriso educado. -Obrigada e você parece de bom humor.- A voz arrastada e preguiçosa olhando os pacotes com interesse. Sentia fome e não fazia cerimônia quando começou a comer. Antes mesmo de responder sobre o banho ele agia como sempre, não esperava uma resposta e com aquele ar de “ eu posso e farei do meu jeito.” A ruiva desistiu de entendê-lo desde aquela reunião. Chloe falou pra que ele ouvisse e foi mero divertimento que vibrou na voz dela .- Você é tão adorável quando quer.- Seus lábios curvaram em um pequeno sorriso. Mordeu com vontade a comida, mas logo sentiu  uma confusão de cheiros. O da comida era tão agradável, mas os outros a faziam arquear as sobrancelhas delicadas. - Porque você está cheirando a tanta coisa? Posso saber ou isso é algum perfume feito para urathas?- Havia calor irradiando no rosto cheio de sardas, a cara de sono ia embora dando lugar a curiosidade tão clara quando o dia que a janela escura escondia.- Uma outra coisa, como entramos aqui? Esse lugar parece ter vida própria de um jeito que não entendo, você sempre tem uma coisa entre linhas e um péssimo hábito de não dizer tudo, mas dessa vez quero saber mais.-   A cahalith  inspirou profundamente e minutos depois respondia a  última pergunta dele. -Eu quero entender como pode me ajudar?- O olhar da ruiva foi em busca do dele. Medo estampado em seu rosto. Queria ver as crianças nascerem mesmo que perdesse um pedaço de si mesma ou um membro do corpo. Aquilo parecia-lhe justo, uma mãe precisa estar pronta pra tudo e precisava estar por eles.  Mordeu mais um pedaço e apreciou o sabor, mas ainda pensava nos outros cheiros que vinham dele como se fossem um alerta ou uma provocação ao seu olfato. Depois ela saia da cama agora levando os pacotes pro divã, tinha algum cuidado enquanto fazia isso e sentiu um leve arrepio quando o cheiro da morte ecoou de novo na sua mente temendo que fosse algum presságio, mas a verdade é que estava ansiosa demais com tudo. Sentou-se então olhando pra ele como se pudesse acreditar que William ia falar tudo claramente.


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    Mensagem por Wordspinner Sex maio 20, 2022 12:22 am

    Chloe: Obrigada e você parece de bom humor

    "Um daqueles dias." Sem nem piscar. "Feliz por estar vivo."

    Chloe: ou isso é algum perfume feito para urathas?-

    Ela consegue ouvir a risada na voz dele. "É só o cheiro de um homem trabalhador." Não era. "Dá vontade de morder, não é?" Sem realmente responder.

    Chloe: Eu quero entender como pode me ajudar?

    "Eu fiz uma rua nova para gente passar, mas elas não duram para sempre." A voz vinha relaxada do banheiro. O cheiro de vapor e sabão se misturando aos outros. "E eu não posso, é claro. Até onde eu sei nenhum uratha pode. Se eu pudesse já estaria feito."

    Do divã ela vê o uratha no banho. Oleo de banho escorre pela pele mudando de cor ao passar por cortes e traços negros de oleo ou fuligem. Linhas coloridas criando espirais etereas na superficie da banheira.

    "Vamos ter que confiar em algumas pessoas." Uma nota de dor no final quando a mão passa em uma ferida aberta. "Já paguei o preço cobrado. Agora é a parte difícil, confiar." Ele diz sem olhar a cahalith. Mãos lentamente limpando o próprio corpo, sem nenhuma preocupação no mundo.

    Os olhos fechados, cobertos de espuma, virados para Chloe. "Vamos sair assim que eu terminar, tudo bem? Vamos ver uma velha amiga, da epoca que trabalhava em para uma universidade." Um instante depois ele ri como se Chloe tivesse dito algo engraçado. "Não eu não era professor de nada. Ela que vai ajudar com os bebês, ela e dois colegas de profissão." Ele sai da banheira e fica pingando alguns segundos e "Pode pegar para mim? Não quero molhar o quarto e cê tá sentada nela." A toalha branca esticada no divã.

    Ele sorri confiante e aberto. "Vai ser bem confuso, vai parecer impossível, mas vai ficar tudo bem. É só confiar." Não era isso que todo golpista dizia?
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    Mensagem por thendara_selune Sex maio 20, 2022 5:18 pm






    -Ah, especialmente quando a felicidade pode ser bem rara nessa vida que levamos.- A ruiva respondia com um sorriso. Depois fez uma careta engraçada quando ele falou sobre ser um homem trabalhador. - Homem trabalhador?! Imagino que categoria de serviços você faz e deve cobrar caro provavelmente.- A Cahalith dava um sorriso que mostrava  incredulidade, mas os olhos brilham com alguma admiração afinal William é um sobrevivente adaptado para o pior cenário. -Poucos conseguem viver tanto e manter aparentemente a sanidade.- Seus lábios se contraem imaginava se ele podia ler sua mente e adivinhar porquê da pergunta. -Como você tem feito para durar sem perder quem você realmente é por dentro?- Ela o encarou esperando uma resposta, qualquer pista, dica ou entrelinhas que trouxesse algo para acalentar o que sentia ao longo dos meses. - Oh, não pense que estou dando uma de vítima, tem meses que parei de pensar assim. - Ela fala tentando manter um tom sem emoção, mas seus olhos ficam presos nele imaginando muita coisa que nem ousa falar. - Mas sobre o cheiro, na verdade, dá vontade de arrancar um pedaço grande de você.- A ruiva umedece os lábios e pensa que dizer aquilo foi errado. - Existem tipos de fome que devemos manter trancadas em um porão obscuro e jogar a chave fora.- A voz dela se quebra  e ela fecha as mãos com força mais de uma vez como se quisesse silenciar alguma coisa. - A nossa espécie deve ser responsável pela maioria das lendas absurdas que temos por aí e lembro que uma vez meu pai me falou do  Wendigo  que é uma criatura devoradora de homens, em alguns momentos é dito que ele é  espírito maligno nativo das florestas. Um monstro em pele de homem, possuído por algo velho e assustador tentando saciar sua fome com carne humana.- Seu olhos registram as expressões dele, mas nem esperava julgamento algum. William devia ter ouvido coisas assim outras vezes e até vivenciado coisas ruins que ninguém sabia. - Pergunto-me se sou tão diferente dessa coisa que possuía humanos e se fosse um Uratha na verdade?- O questionamento poderia soar infantil, ingênuo, então Chloe desvia os olhos de William. Aquela conversa sobre vontade de morder a fez lembrar da mudança.  Sabia que foi primitivo, cruel e aquele sorriso feito de prata acima da cena toda parecia satisfeito com tudo que via.  A gibosa  arrasta  um pouco os pés, acometida por um desconforto súbito, quando pensa mais sobre isso. Até que ela deu um sorriso sem mostrar os dentes e suspirou afastando as memórias ruins para escutar sobre como eles chegaram ali. Para sorte de Chloe o tom dele é relaxado e isso consegue acalmá-la.   Nos últimos tempos ela parecia ter picos alterados de emoção o tempo todo.

    - Ora, ora, ora…- Agora surgia um sorriso travesso nos lábios. - Quem diria, hein? Você admitindo que tem coisas além de suas mãos e mente afiada?!-  Forçou seu humor a fluir porque não queria pensar em mais nada de ruim, mas era evidente que ainda tinha a situação de um parto mais adiante. - Tem coisas além de nosso controle.- Os olhos se prendiam a ele observando a cena toda até que vê a ferida aberta. Chloe hesita um instante, já viu Ian chegar assim , mas agora é diferente e não queria vê-lo machucado, o que era um pensamento paradoxal dado a vida que eles levam. Enquanto ele permanecia em uma espiral de calma, ela apressou-se em pegar a toalha para olhar de perto a ferida. O semblante preocupado nem dava para esconder. -Como conseguiu isso? Você estava inteiro ontem… - Os dedos deslizam na pele com delicadeza e param perto da ferida só para responder em murmúrio. - Se não confiasse, porque eu viria até você? Porque chegaria tão perto de você agora?- Pressiona os dedos contra a pele dele e entrega a toalha. -Só não contava que você ficaria assim.-  Estava tão perto que pode sentir o cheiro dele a provocando. Ela se afasta e vai até à mala. - Tenho mania de andar com algumas coisas, sempre suponho que vai acontecer algo impensável, mas dessa vez só trouxe o básico.- Desapontamento na voz depois a ruiva puxava um kit modesto de primeiros socorros, nada comparado ao que ela usa em Dover, havia gaze, esparadrapo, fio de sutura além da pinça, mas teria que usar uma das mãos para puxar a pele. Olhou a  pomada cicatrizante de fórmula simples. Havia curiosidade nos olhos, imaginando quais compostos poderiam afetá-los ou ser usados como armas. Isso explicaria porque a tia de Connor tinha receio em passar aquele conhecimento adiante. Com a linha na agulha na mão ela perguntava com um ar sério. -Posso?-  A cahalith esperou ele responder. - Vai ser incomodo, mas faço com carinho e tenho a mão leve pelo que dizem.- Um sorriso e se ele deixasse ela faria o que dava com o pouco que tinha. Na verdade queria fazer muito mais por ele, William proporciona uma chance das crianças nascerem, não tinha como saber se as coisas iam terminar bem, mas preferia confiar no Irraka. Se ele deixasse faria a sutura, nada perfeito a julgar pelo pouco que tinha, mas aceitável para o momento. -Um dia tem tem que me dizer o tal preço que pagou.- Os olhos iam da sutura até ele. -E tente ficar vivo por eles, afinal carregam seu sangue vão precisar de alguém para ensinar as artimanhas certas para sobreviverem.- A voz dela é morna. - Agora é minha vez de tomar banho.- Forçou de novo o humor no timbre da voz, mas a verdade é que ficou preocupada. No banho se deu conta que ele podia morrer e muita coisa ficaria inacabada. Quando acaba ela volta enrolada na toalha, mas nem olhou para ele, pegou as roupas e voltou para o banheiro para se vestir. Depois esperaria que ele a levasse até o lugar onde encontrariam com essa ajuda.



    Roupinha:

    Valeu a postagem narrador  cheers

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    Mensagem por Wordspinner Qua Jun 01, 2022 8:59 pm

    Chloe: e deve cobrar caro provavelmente.

    "Não é o que todo mundo faz?" Ele da de ombros. "Alguém sempre paga." Sem alegria.

    Chloe: -Poucos conseguem viver tanto e manter aparentemente a sanidade.

    "E eu?"

    Chloe: ...sem perder quem você realmente é por dentro?

    "Ah." Ele diz com um sorriso aberto e alegre. "O garotinho de onze anos que a mãe mandou pro reformatório? Por tentar atropelar o namorado dela? Aquele chorão assustado?" Ele espera um segundo como se Chloe realmente pudesse responder. "Comi ele Chloe." Uma risada curta e seca. "Eu nem lembro mais como era ver o mundo com aqueles olhos. As pessoas. As ruas." Outra risada, mais alegre e irônica.


    Chloe: Oh, não pense que estou dando uma de vítima, tem meses que parei de pensar assim

    "Parou? Bom pra você. Pena e arrependimento não ajudam ninguém." Ele diz amigável, se não um pouco incrédulo.

    Chloe: ...devemos manter trancadas em um porão obscuro e jogar a chave fora.

    "Isso mesmo irmã, assim que se fala." Como se fosse um incentivo a seguir uma dieta de carbohidratos.

    Chloe: - Pergunto-me se sou tão diferente dessa coisa que possuía humanos e se fosse um Uratha na verdade?

    "Quem sabe do passando? Onde as histórias nascem? O que é verdade ou não? A fúria é você e sempre foi? É um passageiro? Um efeito colateral do toque da Lua? Mais um legado do Pai?" Ele não parece indiferente, mas sim profundamente desafiado pelas questões simples que ela tinha trazido.

    Chloe: Quem diria, hein? Você admitindo que tem coisas além de suas mãos e mente afiada?!-

    "O segredo é garantir que eles nunca saibam onde o espelho começa e a fumaça termina. Contanto que me tenham em conta errada, é exatamente como quero estar." Não parecia ofendido, ele sorria tanto travesso quanto oblíquo.

    Chloe: estava inteiro ontem…

    Ele da de ombros, indiferente. "Trabalho."

    Chloe: ...mas dessa vez só trouxe o básico.

    "Não precisa de mais do isso. Mas vá em frente, eu sei que quer por as mãos em mim." A voz é pura brincadeira, mas não o resto.

    Chloe: tem que me dizer o tal preço que pagou.

    "Tão logo você tenha algo para trocar." A voz parece distante. "Eu adoro segredos."


    --

    "Bem vestida pro frio. Você vai querer dirigir hoje?" Um sorriso feliz no rosto. Uma mala grande e quadrada na mão. "Adoraria te levar para conhecer os piores cantos da cidade, mas você tem um compromisso inadiável com a ruina e o desespero e eu não sou ninguém se não um servo devoto da Mãe." Ele balança a chave na direção dela.

    Ele vestia um terno completo e absolutamente preto que parecia immune as luzes do hotel. Hotel esse que parecia outro lugar. Outra faceta exposta de forma tão contrária a anterior que nem se relacionavam. No carro ele parece confortável e tranquilo na escuridão silenciosa. Sem nenhum aviso Chloe consegue ver a luz do dia entrando por uma rua que não estava ali antes.

    "Vamos ao Pergamón. Consegue achar o caminho pra gente?" Era como se fosse um passeio comum. Quase um encontro.




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    Mensagem por thendara_selune Qua Jun 01, 2022 11:36 pm






    Assentiu com ele quando falou que alguém sempre paga. Algumas palavras sobre ele mesmo, os olhos dela transparecem interesse claro no assunto, mas, ao mesmo tempo, Chloe baixou a cabeça pensativa. Uma pequena dose de inveja e depois silêncio. A ruiva deveria saber melhor que ninguém quando ele falou sobre pena e arrependimento não ajudarem ninguém. Ainda assim os olhos dela retrucaram, mas não havia palavras dessa vez com ele não tinha nem como argumentar sobre o que realmente sentia.  As sobrancelhas delicadas arqueiam juntas quando ele responde sobre histórias, passado e efeito colateral do toque da lua. Parecia que o questionamento ingênuo dela foi recebido com algum interesse.

    -O passado tem muito a dizer sobre o presente e é uma bússola provável para futuro, basta saber onde procurar, quem ouvir ou o que as sombras podem dizer.- O tom dela era diferente, sério e divertido como uma criança que quer desembrulhar um presente secreto. - Julgo que todo mundo que esbarra em você navega entre antipatia, raiva ou uma vontade imensa de arrancar pedaços seus. Mas também acredito que você é esperto demais, infiltrando-se em tantos cantos que acaba sendo impossível pegá-lo desprevenido.-

    A  Cahalith respirou fundo quando ele disse “trabalho”, mas não insistiu no assunto. Sufocou uma risada quando William disse que ela quer colocar as mãos neles. -Desça do pedestal lua nova.- Torcia o nariz e mantinha-se atenta aos pontos simples que fazia. -Eu tenho alguns segredos quem sabe algum dia você acabe descobrindo.- Assim que termina se deu por satisfeita.

    ***


    -Minha mãe costuma dizer que uma mulher mesmo em frente a ruína deve prezar por se manter apresentável as vezes isso pode acabar lhe dando uma chance de sobreviver ao pior cenário ou ao menos garantir-lhe alguma dignidade diante do infortúnio que estamos sujeitas. Não a culpo por pensar assim, ela foi criada aos moldes antigos, é uma mulher rara, mas com um gênio terrível quando se trata de aparência, linhagem e outras coisas.- Lembrou de casa, das aulas de etiqueta, dos livros que a mãe a fazia ler, dos dedos doerem quando errava as notas, Eliza é a perfeição em pessoa, mas agora Chloe pensa se tudo que a mãe demonstra ser era real ou apenas um mecanismo para ser aceita naquele mundinho maldoso que habitava Durham?! A ruiva pega as chaves mantendo-se em uma calma aparente, mas o coração estava a mil e isso chegava a ser desconcertante.

    -Um devoto servo da mãe e dos próprios interesses que o mantenham sempre a dois passos à frente de seus inimigos suponho?- Esse questionamento nem precisava de uma resposta dele, afinal ele é um Irraka! Ela riu quando falou sobre levá-la naqueles lugares que a ruiva nunca pisou na vida. - Tentador... mas não obrigada. - Riu com divertimento. - Você acabaria me arrastando pra algum beco obscuro ou fazendo alguma coisa que me faria querer bater em você.- Os olhos dela correm por ele e um sorriso de canto surgia. - Lhe cai bem o terno.- A luz é aquele alfinetar de uma realidade além da sombra que engolia o hotel. - Ora, meu caro Will não vou me perder estou com o melhor guia que poderia ter.- A ruiva aceita dirigir e ser guiada por ele. Ela deixou o telefone perto e ele tocou uma coisa velha que a fez cantarolar baixinho enquanto manobrava. Tentava se manter calma e silenciar tudo que sentia.





    Obg pela postagem narrador  cheers



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    Mensagem por thendara_selune Qui Jun 02, 2022 2:27 pm





    Só para acrescentar pq esqueci ontem  Cool


    Quando ela manobrava o carro e eles entrar em alguma rua a ruiva olhou-o de soslaio.- Por acaso a maleta faz parte do figuro bonitão ou tem  uma arma secreta aí para ser entregue a um desconhecido ou quem sabe desconhecida charmosa?- O sorriso dela tenta afastar a ansiedade pelo que estava por vir. Na bolsa a ruiva leva algumas coisas de bebê e ajeitou-se no banco tentando agir com naturalidade. - Desculpa eu tenho uma tia que adora ler Ian Fleming, autor de vários romances de espionagem e criador do James Bond. Ela passava horas lendo pra gente quando éramos pequenos.- Depois deu de ombros enquanto a música saltava para Carla bruni - Quelqu'un m'a dit  . A ruiva canta baixinho lembrando da mãe. Elize planejava tanto quanto ela a chegada dos netos, imaginou se aceitaria bem as crianças ou será que algum dia poderia mostrar à família que eles estão do lado errado daquela luta? Será que seu pai daria ouvidos ao que tinha a dizer? O semblante dela pesou por um breve momento e depois deixou a música tomar conta da mente.






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    Mensagem por Wordspinner Qui Jun 02, 2022 9:19 pm

    Chloe: …impossível pegá-lo desprevenido.-

    "O passado é uma lente pela qual você enxerga o mundo." Uma síntese curta. "Não é impossível me pegar desprevenido, mas é meu trabalho estar pronto para fazer parecer o contrário." Ele segura a mão direita dela com as duas dele. "É meu trabalho estar mais perto e mais longe do que se vê." Ele sente os dedos dela como se procurasse alguma coisa. "Não ser previsível nem para os meus aliados. Minha família. Mesmo assim, fazer confiarem em mim." Ele tira os olhos dos dela e fica na mão que estava segurando. "Boas mãos. Podia ser médica se quisesse." Um sorriso bobo no rosto.

    Chloe: -Desça do pedestal lua nova.-

    Isso faz ele gargalhar alegre e jovial como um adoslecente.

    Chloe: Eu tenho alguns segredos quem sabe algum dia você acabe descobrindo.-

    Ele parece surpreso quando ela diz isso. Quase perplexo. Mas então a distância ela ouve a voz dele como sussurro: "Vou até fazer cara de surpreso."

    --

    Chloe: Não a culpo por pensar assim, ela foi criada aos moldes antigos, é uma mulher rara, mas com um gênio terrível quando se trata de aparência, linhagem e outras coisas.

    Ele move as abotoaduras escuras enquanto ouve atentamente. Pedras pretas e densas como onyx. "A minha era o contrário disso eu acho. Uma cartomante que acreditava de todo coração. Uma doida dos cristais. Me fazia sentir carinho e calor e acolhimento. Por muito tempo pelo menos." Ele sorri com dentes bem brancos sob os olhos bem azuis. "A sua mãe deve ser uma mulher e tanto, talvez eu faça uma visita." O sorriso parecia um pouco mais afiado.


    Chloe: Um devoto servo da mãe e dos próprios interesses que o mantenham sempre a dois passos à frente de seus inimigos suponho?-

    Ele parece ferido, e põe a mão no peito como tivesse sido atingido. "Você faz um péssimo juizo de mim." Dá para sentir a dor vibrando na voz. "Me aponte meus inimigos bela dama. Os mostre para mim e eu vou saber quem eu sou aos seus olhos." Ele pisca e toda dor e sofrimento somem instantaneamente.

    Chloe: …querer bater em você.

    "Agressiva, eu gosto disso." Ele fala rindo.

    Chloe: Ora, meu caro Will não vou me perder estou com o melhor guia que poderia ter.

    "É mesmo? Onde ele está?" Ele procura em volta sem encontrar.
    --

    Ele fala sobre a cidade como se fosse uma amiga enquanto os dois vão percorrendo as ruas. Aponta coisas e conta pequenas curiosidade sem importância real. Fala sobre o sabor de um sorvete ou torta. Mostra uma construção de antes da guerra. Diz que aquele beco escuro e esquecido viu muitas mortes e execuções.

    Chloe: Por acaso a maleta faz parte do figuro bonitão ou tem uma arma secreta aí para ser entregue a um desconhecido ou quem sabe desconhecida charmosa?

    "Nada é por acaso!" As palavras saem apressadas. "Não é isso que andam escrevendo por aí? Ela é charmosa quando quer. Trabalhou comigo em uma universidade. Mas cê quer saber o que tem aqui né?" O rosto uma máscara de mistério.

    Chloe: Desculpa eu tenho uma tia que adora ler Ian Fleming, autor de vários romances de espionagem e criador do James Bond. Ela passava horas lendo pra gente quando éramos pequenos.

    "Bom você está pertinho de uma relíquia. Um homem que mudou a história e enganou a morte. Francisco de Almeida, alguns até acham que ele colocou a Europa no centro do mundo." Ele dá uma batidinha na mala que está no banco de trás. "Claro que são só as cinzas dele. Um pouco de sangue também. Nada com que se preocupar. Só moedas, no fim das contas." Então a atenção dele parece ser puxada para fora. "Ali, aquele restaurante é da mesma família a gerações. Um legado cheio de morte e traições, mas uma comida incrível. Cada vez melhor." Ele sorri amigável de novo.

    "Não estraguei sua música, estraguei?!"
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    Mensagem por thendara_selune Sex Jun 03, 2022 1:19 am





    Ficou ouvindo com atenção, mas quando ele segura sua mão se perdeu um pouco porque não conseguia desviar do olhar dele. Os lábios dela esboçam um sorriso. Era efeito da gestação, a única explicação plausível que tinha para querer senti-lo tão perto de si. Por fim, a ruiva ofereceu  um pequeno aceno de cabeça e depois manteve uma expressão pensativa até que ele a fez rir. - Se conseguisse ter tempo para isso acredito que seria uma das boas.-  "Vou até fazer cara de surpreso." Aquilo a deixou inquieta por dentro. Mordeu o lábio de leve.

    ***


    -Uma cartomante? Sério me passou muita coisa pela cabeça agora. Você devia ser uma gracinha quando tinha cinco anos ou a aprontava todas enquanto sua mãe tentava ler a sorte dos outros?- Aquilo lhe soava como algo que combinava mesmo com William. Crescer daquele jeito.  Imaginou uma mulher bonita, com aquele sorriso afiado  que ele tem e olhos intensos demais para ser ignorada. Uma mesa, cristais coloridos, quem sabe incenso de mirra ou verbena no ar e uma mulher cheia de fé em seus dons.  - As mães conseguem fazer isso mesmo. Como ela era? Vocês se parecem?- A voz vibra com curiosidade. Lembrou da mãe de novo, mas quando ele falou sobre visitá-la Chloe o olhou com um ar sério. - Porque você pensaria em visitá-la?- É engraçado como ela acredita que ele é capaz disso mesmo torcendo que fosse uma provocação da parte do irraka. - Ela é uma mulher incrível, difícil de esquecer, olhos que sabem ler os outros e penso que realmente ama meu pai. Eles trocam um tipo de olhar que admirei sempre  enquanto crescia, desejei o mesmo para mim.-  Chloe riu de um jeito saudoso. Lembrou do dia do casamento dela  e como as coisas mudaram. -Quando você fala assim quase acredito nessa entonação floreada, combina com você, mas sei bem que adora zombar da ingenuidade alheia.-  Uma das mãos desliza no cabelo dele, mas logo a tira para segurar o volante. Tocá-lo não era uma iniciativa segura para si mesma. - Você toma aquilo que quer, infiltra-se onde lhe convém e tenho certeza que conhece seus inimigos tão bem que eles nem notam esse seu sorriso afiado quando consegue arrancar deles algo precioso. Por isso não precisa de dama alguma para mostrar-lhe algo, você aprendeu a traçar seu caminhos e atalhos William.- Os olhos fixos nos dele e depois voltou a olhar o caminho que seguiam.  


    Um segundo depois as sobrancelhas dela estão arqueadas, a boca  exibia um sorriso cheio de malícia que nem ela mesma parecia notar quando ele respondia sobre ela bater nele. -Não dê brechas para mim lua nova.- Depois riu sonoramente quase esquecida do porque estavam ali e aonde iriam. Escutá-lo falar da cidade era como se fosse algo íntimo, podia até desenhar na mente tudo que ele dizia. A ruiva podia até jurar que as ruas guardam memórias sobre o irraka e foram feitas apenas para ele lembrar. A cahalith parecia querer anotar tudo mentalmente como se fosse um jeito de saber mais sobre ele.  Sentiu ciúmes quando ele falou da mulher, mas fingiu não ter nenhum era tolice qualquer uratha pensar em rótulos quando se pode morrer em uma caçada ou defendendo o território contra Hostes. Para ela mesmo sem querer ele virou uma parte importante naquilo que ela se tornou, sentia apreço por William, não negava também que sentia uma fome maldosa quando o cheiro dele lhe encheu as narinas, mas quando mirou nos olhos dele também lembrou de James no meio daquilo tudo. Remorso a corroendo silenciosamente para logo assentir depois  quando ele pergunta se ela queria saber o que tinha na maleta.  Ouvi-lo era como desvendar metade de uma grande história, a bel-prazer ele não dizia tudo e a fazia imaginar quanto mais coisas ele devia saber.

    -Não sei quem é, mas depois do que você disse posso dimensionar o valor do que carrega aí! Como conseguiu isso? Pode dizer ou é parte de um segredinho só seu?- William parecia uma caixinha recheada de surpresas valiosas.  - Pensando bem você parece uma espécie de antiquário das sombras, acabei de imaginá-lo em uma caverna onde esconde tudo que encontra, coisas que os outros não sabem avaliar o valor, papéis amarelados pelo tempo, ossos que sussurram histórias velhas e agora me pergunto quantos anos você tem? - Chloe riu quando ele falou do restaurante era como se estivesse lendo um livro de mistérios que ele vai revelando em meio as coisas sobre o mundo uratha. O lua nova é uma criatura diferente demais, talvez por isso foi tão fácil ficar entregue a ele. -Nunca é monótono com você!-  Não havia tédio com ele, um aventureiro que esconde tudo sob aquela pele humana. Algo se encaixa no seu peito, um sentimento que ela ao fugir de Ian disse que não iria nutrir por mais ninguém. Quando respira fundo, Chloe pensa em James e desiste de falar algo quando passam por outra rua, um sinal qualquer, os cheiros no ar e a presença dele tornando aquele espaço entre dois tão pequeno. “ Abra seus olhos, Chloe navegue na calmaria não cometa o mesmo erro duas vezes.” A voz da razão ecoando para mantê-la no plano desde que descobriu estar grávida, não podia arriscar nada do que estava planejando e isso significa resolver assuntos inacabados em Dover.

    - Não estragou nada, gosto de ouvir, geralmente os homens preferem ser calados pelo menos os que convive só eram educados, um refinamento cansativo e mundo muito elitista.- Fez uma careta engraçada e um ar entediado quando revelou aquilo. Ela pensa sobre as músicas que gosta. - Minha mãe dizia“ esse tipo de música é uma ofensa aos ouvidos. Nada de ouvir essas coisas, suas tias teriam um ataque e começaram a falar que no tempo delas uma moça nem iria para faculdade, pois acabaria deflorada por algum imigrante de má índole ou caça dotes."- A ruiva falava com um tom cheio de humor, provocação e até mesmo saudade. - Cresci ouvindo esse tipo de música às escondidas. Nunca sai com outros homens antes de casar, então ter a chance de escutá-lo é bem agradável se tivéssemos nos conhecido uns dois anos atrás acho que teria sido divertido,- Ela murmura baixinho. - se fosse só mais uma garota comum teria sido bem divertido William sair com você em uma noite qualquer. -  Depois ela se prende às ruas de novo, atenta e sem olhar para ele. Não gostava de sentir aquelas coisas e muito menos lidar com o lua nova sozinha, parecia que acabaria pisando em cacos de vidro a qualquer momento. Torceu então para chegarem ao destino deles e ver aquelas crianças conhecerem um pedaço da família que eles tinham graças a presença dele ali. -Garanto que seria bonzinho comigo não é mesmo? Seu nome tribal poderia ser “Sorriso afiado” combina com você, agora mesmo parece bem afiado.- Ela não era hábil em dissimular, mas falou aquilo para manter o humor entre eles.




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    Mensagem por Wordspinner Dom Jun 12, 2022 11:58 pm

    Chloe: -Uma cartomante? Sério me passou muita coisa pela cabeça agora. Você devia ser uma gracinha quando tinha cinco anos ou a aprontava todas enquanto sua mãe tentava ler a sorte dos outros

    "E eu não sou mais?" Ele pergunta surpreso. "Eu não era difícil, ela me educava em casa, era um Mundo perfeito com dois moradores e alguns visitantes." Ele ri quando ela continua perguntando. "Ela se achava uma princesa e pra mim era. Foi uma ótima mãe por muito tempo. Mas eu pareço com meu pai. A maioria dos meus filhos também e a gente nunca viu ele." Uma risada torta no final, uma mistura de divertimento e ironia.

    Chloe: Porque você pensaria em visitá-la?-

    "Tem poder em conhecer. Entender." E ele dá de ombros, mas os olhos fixos nelas parecem afundar pela pele procurando segredos. Cavando os pensamentos dela. Como se ele pudesse.

    Chloe: Eles trocam um tipo de olhar que admirei sempre  enquanto crescia, desejei o mesmo para mim.

    "Isso é raro. Tem muita dor nisso, utilidade também." Os olhos azuis seguem as linhas do rosto dela como uma criança distraida com uma borboleta.

    Chloe:  Por isso não precisa de dama alguma para mostrar-lhe algo, você aprendeu a traçar seu caminhos e atalhos William.-

    "Doce Chloe, você me dá crédito demais." Ele olha pela janela para as ruas da cidade, desviando dos olhos dela. "Damas me ensinaram quase tudo que eu sei." A mão dele pousa delicadamente na barriga e desliza até a coxa onde espera um longo momento antes de apontar uma virada.

    Chloe: Como conseguiu isso? Pode dizer ou é parte de um segredinho só seu?-

    Ele sorri e espera em silêncio como se soubesse que Chloe ia continuar falando.


    Chloe: me pergunto quantos anos você tem? -

    Ele ri alto. Bem alto. "Mais novo do que você tá pensando agora. " Ele passa os dedos no cabelo. "Mas não é educado perguntar a idade de um cavaleiro. Já o nosso companheiro portugues estava cansado de estar morto quando eu nasci, o homenzinho vingativo."  Ele diz debochado, mas veneno de verdade na voz.


    Chloe: ...falar que no tempo delas uma moça nem iria para faculdade, pois acabaria deflorada por algum imigrante de má índole ou caça dotes.

    "E acabou aqui. Que decepção para nossas mães." Ele a empurra devagar com o cotovelo.

    Chloe:  se fosse só mais uma garota comum teria sido bem divertido William sair com você em uma noite qualquer. -

    "E não somos? Não foi divertido?" Ele parece absolutamente perplexo por um instante. No momento seguinte sorria sem fingimento. "Eu tava lá, sabe? Eu lembro de você e do seu coração batendo como se as costelas fossem as grades de uma prisão." Ele sobe um dedo costela por costela enquanto fala sem nenhuma vergonha. "Foi divertido Chloe. Foi diferente de tudo que veio antes." A voz dele parecia mais perto. Quase conseguia sentir as palavras na pele.

    Chloe: Garanto que seria bonzinho comigo não é mesmo? Seu nome tribal poderia ser “Sorriso afiado” combina com você, agora mesmo parece bem afiado.-

    "Não sou bonzinho com você?" Ele pergunta malicioso. "Encoste o carro e posso mudar isso." Dessa vez ele realmente estava mais perto. "Pode até me dar um outro nome se quiser. Já tive alguns antes."

    --

    Eles entram em um estacionamento e ele pede para ela parar perto de um taxi. Uma mulher loira e atletica encostada nele com cara de poucos amigos. "Aquela ali é a Kate, ela vai ajudar, mas não é ela que vai fazer a parte difícil. Ou pelo menos a parte impossível." Ele sai do carro e abre os braços como se pudesse abraçar a mulher a distância. Não respondeu nada que ela pudesse ter perguntado.

    A mulher não parece nada feliz em ver ele. "Kate, como estão as coisas lá na Africa? Andrew tá morrendo de saudades." Alguma coisa naquela frase faz os olhos verdes e intensos nela amolecerem. "Ah, essa é Chloe." Ele diz voltando para pegar a mala.

    "Melhor isso valer o meu tempo Crestwood." O cenho franzido evocando de volta a irritação para o rosto bonito.

    Ele não hesita em ir andando para o taxi com uma mão esticada para Chloe. "Pode deixar as suas coisas. A gente busca." Virando para Kate. "Quando foi que não valeu o seu tempo?"

    "Todas as outras vezes?" Ela pergunta, mas o tom ácido é forte demais. Falso. Mesmo assim ele parece atingido, como se as palavras o ferissem fisicamente.

    "Vai valer dessa vez, eu juro." Ele abre a porta ao lado dela e se inclina beijando de surpresa o seu rosto. "Já volto para te buscar." E o irraka puxa Chloe para dentro só pra sair do outro lado apressado.

    Quando a porta abre, Chloe sente um arrepio e um leve tontura. O irraka sai do carro e se oferece para ajudar a gravida a descer. Atrás dele um jardim coberto e quente. Pelo menos quente comparado com o que ela tinha sentido até ali.

    Não era definitivamente o estacionamento.

    "Certo, bela dama, eu já volto com a Kate. Ela é médica também, sabia?" Claro que não tinha como saber. Mas ele não parecia disposto a esperar a resposta. O irraka entra no taxi e sai pelo outro lado. Mas na verdade vai para lugar nenhum. Chloe olha o interior do carro e nada. A porta abre do outro lado e lá estão os dois como se fizesse sentido.

    Kate, a loira, se estica meio tinta ao sair do carro reclamando alguma coisa murmurada. Ela era alta. Um pouco mais alta que ele. Mais velha também. Fios prateados no cabelo. Pele bronzeada. Poucas rugas, mas inegáveis. Marcas de sorriso e de preocupação também.

    "Meninas, eu sei que vocês tem dúvidas. Mas todo mundo sabe que eu não respondo quase nada. Essa é a casa de uma amiga, Melusine. Ela é francesa, então cuidado com a pronuncia." Ele ri como se fosse uma piada e repete o nome fazendo bico.

    "Alguma pergunta enquanto a gente espera?" Ele pergunta olhando volta. "Bonito não é?" Ele diz passando o dedo em uma flor branca que nascia em cima da estatua de um homem. Estatua coberta de vinhas reais.

    O lugar era cheio dessas. Estatuas de pedra bem cuidadas e cobertas de orquideas ou vinhas e flores. Corredores verdes sob um céu branco e iluminado artificialmente. Quente e umido.

    O cheiro das plantas e das flores preenchia o ar pesado com água. Os tons verdes e intensos das plantas eram um contraste gritante com o carro já enferrujado parado ali. Um modelo antigo.
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    Mensagem por thendara_selune Seg Jun 13, 2022 4:54 pm



    Falas Will em verdinho claro ou seria uma azul pastel  tongue


    "E eu não sou mais?"


    -Hum!? Não negarei e nem afirmo nada.- O humor sibilando nas palavras da ruiva. Escutando o lua nova naquele instante de abertura sobre uma infância que parecia normal, comum e até ingênua. Sobre o pai ela pensa no dela, o homem austero que parecia ser uma muralha, mas todos os pais parecem aos olhos dos filhos até que um dia as crianças crescem e sentem na pele o peso da vida adulta.  Chloe cresceu em uma casa grande no alto de uma colina verdejante, onde um trecho do rio Wear banhava a propriedade que já tinha mais de cem anos. O pai passava muito tempo fora, mas sempre que estava em casa sua presença preenchia o ambiente. Lembrou do cheiro dele canela e noz-moscada que se misturavam ao hálito mentolado. Quando sentia a barba dele roçar em suas bochechas, abria um sorriso de satisfação e o abraçava com toda força.

    - Ausência nem sempre significa que não nos importamos.- Olhou para ele, percorrendo cada detalhe do rosto do irraka depois voltava a olhar o caminho. - Assim como território não é um só um pedaço de terra ou linha imaginária para afastar inimigos ou rivais.- Repetia as palavras dele, mas acrescentando a ingenuidade das próprias palavras. - E você  faz o certo ao seu modo, presente de uma maneira que apenas os seus entes entendem e podem sentir.-  A ruiva tinha quase certeza que o outro não precisava de qualquer palavra de alento ou confirmação sobre ausência e presença, mas ela ainda assim falou o queria falar. Lembrou de  Skye  sem a mãe por perto, nunca perguntou se ela tinha um pai ou irmãos. A gibosa o fitou com os doces olhos âmbar até que se prendia de novo ao movimento da rua.


    "Tem poder em conhecer. Entender."

    -Conhecer demais alguém pode assustar também, mas nada assusta você ou será que existe algo que o mordisca quando ninguém está por perto para farejar sua fraqueza?- “Ele tem fraquezas? “ Ela se pergunta mentalmente, mas não espera resposta alguma dele e respira fundo sentindo as suas crianças mexerem. - Com toda certeza é raro e agridoce. Um lado sempre vai amar demais, esperar demais e esculpir no outro todos os desejos  que acabam em uma grande frustração. Ninguém controla ninguém, naturalmente ninguém pertence a ninguém, mas, ao mesmo tempo, queremos possuir, prender e amarrar o outro a nós mesmos.- A gibosa aprendeu isso com Ian e agora se recusava a admitir qualquer sentimento que a deixasse vulnerável. O tom dela foi sério, mas parecia algo dito a si mesma bem mais do que a ele.

    -Sou uma doce dama querendo entender mais sobre um certo lua nova.-  O toque dele mandava sempre uma mensagem. Chloe dá uma risada. - Um humilde cavalheiro que sabe reconhecer a capacidade que as damas têm de ensinar com toda certeza merece crédito extra.-  Não tirou os olhos do caminho enquanto conversavam. Ao ouvi-lo rir alto sobre a idade  a Cahalith disparava cheia de humor e provocação. -  Abusando de um artifício das mulheres para não revelar a idade, milorde é escorregadio. - Fez um biquinho. - E lá estava o nobre “Sorrisinho afiado” para dar ao pobre homenzinho vingativo uma brecha, um falso convite de libertação ou uma chave para uma nova prisão.?!- O tom dela é cheio de um falso drama quase teatral antes de falar de novo. - Decepção total para uma linhagem de grandes senhoras casadas em nome de acordos. Acho que foi por isso que acabei virando uma meretriz da Babilônia, só faltou dançar nua sob a lua ou seduzir metade da cidade para levá-los a se jogar na boca de uma entidade espectral sedenta por corações partidos. Pode ter certeza que é isso que devem estar falando da “princesinha Moore”.- Será que a família sabia que ela fugiu de um casamento fadado a levá-la pra cova ou quem sabe que ideias Ian teria para garantir que ela nunca conseguisse escapar dele.


    "E não somos? Não foi divertido?" Ele parece absolutamente perplexo por um instante. No momento seguinte sorria sem fingimento. "Eu tava lá, sabe? Eu lembro de você e do seu coração batendo como se as costelas fossem as grades de uma prisão."

    Os olhos se estreitam e a voz dela é um ronronar doce que se desfaz quando sente os dedos dedilhando suas costelas sem pressa. Ela complementa as palavras dele com a voz lânguida. -  Então parecia que você era o chaveiro abrindo as grades uma por uma. -Sussurrou.- Ah, William, você gosta de me tirar do eixo. É um prazer pessoal que você tem, me provocar desse jeito. – A ruiva murmurou com o rosto quente sentindo as  gotas de razão a abandonando enquanto o sentia tão perto. O desejo que reascendeu de novo. Os olhos azuis evocavam recordações intensas que faziam seu interior queimar. -Eu sinceramente não sei o que está acontecendo comigo agora.- A ruiva encosta o carro alheia ao mundo, aos sons e as regras que estava cansada de seguir durante a vida toda.

    Ela inclina-se contra ele soltando o cinto, tão perto que poderia arrancar um pedaço do lua nova. - Quer me mostrar agora? Tem certeza que quer abrir essa porta agora?- Ela fechou os olhos, inspirando o cheiro dele para encará-lo com fome logo em seguida.

    “Eu sei que não devo sentir nada. Mas eu sinto. Partes de mim que eu não sabia existirem começam a cantar. Estou ficando excitada quando devia parecer um cubo de gelo. Isso me confunde e surpreende. Hormônios da gravidez e ele tão perto confundiram o meu cérebro.” Era o pensamento que percorria Chloe. Seus movimentos lentos, medidos, acariciando o rosto dele e roçando os lábios no pescoço do irraka. -Não temos tempo pra isso...- Ela se afasta dele com esforço era quase impossível negar a si mesma o que realmente queria fazer.



    ***



    Chloe o escuta, uma onda de ansiedade a percorrendo olhando a mulher que constava ser bonita e marcante. William tinha seus contatos, aliados e demais artifícios que para sorte da ruiva poderiam ajudar os bebês. - Oi, tudo bem? Acho que agora faço parte do clube “Cuidado com o William e seu sorrisinho.”- Ela deu um sorriso. O cumprimento era amistoso, mas ela não sabia exatamente o que dizer e ficou interessada na troca de palavras deles. Oferecendo uma mão para um aperto.  Ela  não processa tudo, mas o coração fica acelerado porque sabia o que estava prestes a acontecer, porém, não sabia os detalhes e isso a deixava tensa.

    O arrepio com uma leve tontura a fazem sair do próprio eixo, não recusa a ajuda e se surpreende com o jardim como se o estacionamento jamais tivesse existido. Assentiu com ele, tomando todo o ar e tentando manter a calma. Do outro lado ele foi buscar Kate e a gibosa respira de novo enchendo os pulmões. “ Ela é médica, então posso confiar, não é mesmo?” Apertava uma mão na outra. Logo Kate também estava ali e ele ia falando como se quisesse manter uma conversa tão natural quanto um chá de fim de tarde. Os olhos da ruiva percorrem o lugar, agora havia encantamento neles, acariciou  a barriga em um movimento circular mais de uma vez como se quisesse acalmá-los também.  As cores a fazem se perder um pouco, quando o cheiro delas se mescla a umidade, como se a água tivesse um perfume verdejante e a atmosfera toda fosse algo saído de um livro. - Olha eu sendo ingênua.- A voz buscando calma. - Que lugar é esse? - Óbvio que ela ia perguntar isso. O hotel tinha uma aura imponente, aquele lugar também passava isso para gibosa.  - Claro que é bonito, mas com toda certeza é mais que mostra ser.- Chloe queria ver muito mais, aquilo até a acalmou realmente e nem se importava se soava ingênua ou tola. Cada pedacinho novo que conhecia causava impacto na sua mente. O carro enferrujado em uma luta contra aquele mundo que o cerca parecia quase uma bandeira de resistência às forças que operam ali.









    Chloe Moore
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    Mensagem por Wordspinner Sex Jun 17, 2022 9:09 pm

    Chloe: E você faz o certo ao seu modo, presente de uma maneira que apenas os seus entes entendem e podem sentir.

    "Quer apostar?" Rápido e sarcástico.

    Chloe:... ninguém está por perto para farejar sua fraqueza?-

    "Eu sou pai. Você vai ver." Sendo tão direto quanto sempre era.

    Chloe: ....Ninguém controla ninguém, naturalmente ninguém pertence a ninguém, mas, ao mesmo tempo, queremos possuir, prender e amarrar o outro a nós mesmos.

    "Queremos ter função. Queremos ter porque. Mas não há, então 'por quem' tem que servir e não queremos ser roubados disso. Ou é outra coisa." Ele dá de ombros olhando a rua.

    Chloe:... milorde é escorregadio.

    Ele sorri sem dizer nada.

    Chloe:... homenzinho vingativo uma brecha, um falso convite de libertação ou uma chave para uma nova prisão.?!-

    "Cinzas não ligam se um out outro." As palavras ditas sem tirar o riso.

    Chloe: ...falando da “princesinha Moore”.

    "Tem o telefone dela? Dá sedutora prostituda da babilonia? Ela deve ser uma garota e tanto." Os olhos vigiando Chloe sem acusações.

    Chloe: prazer pessoal que você tem, me provocar desse jeito.

    "Sim." Um sussurro aveludado e baixo.

    Chloe: Quer me mostrar agora? Tem certeza que quer abrir essa porta agora?-

    Ele se aproxima dela em resposta. A mão direita tão perto da sua cintura que podia sentir o calor sem o toque. Os olhos azuis presos nos dela quando abre os olhos.

    Chloe: Não temos tempo pra isso...

    "Sempre temos o voo de volta." Ele diz se inclinando em cima dela, a mão direita subindo do joelho da ruiva e passando tão leve quando uma pluma pelo pescoço e o ombro. O som cinto de segurança é inesperado quando ele o puxa por cima da cahalith.
    "Segurança primeiro." Um sorriso debochado, mas bem humorado no rosto.

    Chloe: parte do clube “Cuidado com o William e seu sorrisinho.”

    "Tarde demais para você também. Devia ter corridor Quanto teve a chance." A voz dela cheia de energia com mais de uma dose de compaixão. Ela aperta a mão da ruiva com mãos firmes e calejadas. Dedos longos sem unhas feitas.


    Chloe: Claro que é bonito, mas com toda certeza é mais que mostra ser.

    "É lindo, sim. As esculturas todas são pessoas reais." Ele ri olhando de uma para a outra. "Não assim, são feitas com pessoas reais como inspiração. Um tédio ser objeto para uma estatua."

    Ele olha em volta. "Ela tá chegando. Kate! Vai valer a pena sim. Você nunca teve a chance que vai ter. Claro, que não pode simplesmente públicar nada. Cê sabe. Eu sei. É só pra Chloe aqui também saber que você sabe." Ele passa a mão no cabelo como se fosse ajeitar o que já estava no lugar.

    "Certo, Chloe, vai ser rápido comparado com um parto. Com certeza. Vai ser bem diferente. Eu não sei os detalhes. Mas foi caro. Só que ela disse que eu ia precisar de alguém para esperar a hora chegar de verdade." Ele dá de ombros como se não fosse importante.

    Chloe começa a ouvir os passos.

    "Você acha que eu vou cuidar do que William?!" A voz de Kate era carregada de irritação.

    "Do que quer que eu precise que você cuide. Eu sei que você vai. Eu sei. A gente pode brigar e disputar, mas no fim você vai e Andrew vai adorar te visitar aqui com a Hope e quem sabe o Liam também. Hein?!" Ele diz sorrindo animado. A mão esquerda rodando e rodando durante todo o argumento.

    "Esse jardim..." Ele segura uma mão de cada uma. "Cada planta cuidadosamente escolhida e podada e direcionada. Mas porque? Não sei. Não é exatamente uma obra de arte." Ele se vira subitamente e Chloe já sabia o porque. Ela ouvia os passos e sabia onde estavam.

    "Você é uma obra de arte Melusine!" A voz alta cheia de adimiração e carinho. A face da mulher que se aproximava deixa a sua seriedade quebrar por um instante. "Tão linda. Tão perfeita. Exatamente a mesma de sempre." As palavras dele cheias de Mel quando se põe charmosamente entre as mulheres.

    Melusine parecia uma estatua. Os cabelos negros escoriam pelos ombros em ondas preguiçosas. A pele era branca. Talvez branca demais. Os olhos eram escuros. Negros. Profundos. Ao lado dela dois homes bem feitos e simetricos. Um negro e sério, forte e magro. O outro era claro e loiro e tinha uma expressão aberta e alegre.

    "Eles não deviam usar máscaras para eu não reconhecer eles depois?" William pergunta olhando de um para o outro.

    "Eles estão." A voz dela era normal. Comum. Nada especial. "E também não tem medo de você." As palavras dela a fazem sorrir. Então os olhos dela finalmente se desgrudam do irraka e passam Pelas Duas mulheres. Kate e Chloe. "Você então." Ela olha Chloe de cima a baixo com um olhar analitico enquanto se aproxima. "Vai dar certo." A voz dela parece satisfeita. "Achei que era só uma desculpa para me ver de novo. Tem o que eu pedi?" Ela soava desapontada, mas também parecia proposital.

    Os homens não dizem nada, mas olham Chloe com muita atenção como se pudessem decorar cada detalhe. "Imagino que vocês não tem nome hoje?" O irraka pergunta. Kate só olha todos desconfiados.

    "Não para você." Diz o homem negro. Os olhos cor de mel em Chloe diziam que a resposta para ela seria outra.

    "Não leve a mal, é como as coisas são." Diz o loiro acenando para o uratha e oferecendo a mão para Chloe e Kate. A loira retribui o cumprimento com algum calor, se deixando contagiar pela hostilidade contra o irraka. Porém ele não se apresenta e nem pede os nomes das duas.

    "Vamos?" William pergunta com um braço enlaçado no braço da mulher. A roupa dela era estranha, cheia de brilhos como estrelas e linhas formando caminhos e desenhos entre elas. Uma calça e jaqueta. Cordões e aneis.

    Os dois andam até uma porta dupla aberta para uma sala pequena e quase toda ocupada por Duas estatuas, ambas de casais tão brancos quanto ela.

    Uma escada descia com degraus largos e altos. Linhas e estrelas douradas nas paredes. Um arrepio frio anunciava um loci. A escada terminava dentro dele.

    A sala com pé direito alto não era circurlar ou mesmo quadrada, tinha uma forma difícil de definir. Os desenhos dourados dançavam das paredes para o teto e o chão. No centro do lugar um bloco de pedra circular e do seu lado uma cama alta e solida de madeira.

    "É aqui." A mulher disse. "Seu lugar é na cama." Ela diz para Chloe com algum calor na voz. "Eu sei que tem perguntas, então pode fazé-las." Não tinha mais nada ali. Os homens iam andando com os pés descalsos na pedra fria e murmuravam alguma coisa em alguma língua raspada. William só olhava para ela e sorria. Kate fazia de conta que já não era seu primeiro rodeio.




    Off: quero um teste de autocontrole e raciocinio. Pode trocar raciocinio por academicos se quiser.






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    Mensagem por thendara_selune Sáb Jun 18, 2022 1:48 am



    Falas Will em verdinho claro ou seria uma azul pastel  tongue



    As respostas que ele ofereceu eram esperadas pela cahalith. Ela gostava da companhia dele, tinha uma vibração que emanava dele gritando “viva agora ou morra com arrependimentos.” Uma dose de inconsequência exalava intoxicantes do luna nova a fazendo querer guardar o cheiro dele para sempre na memória. Algo dentro dela ainda é remorso, diferente dele que estava acostumado a carregar os fantasmas ou até mesmo transformá-los em cinzas ao vento. Ela ainda tinha muito a aprender, lembrou de Connor tão imerso naquele mundo, tinha suas cicatrizes, imaginou o que Axel deixou pra trás, assim como pensou em Samantha embora opostas Chloe gostava dela assim como nutria apego a pequena irraka de olhar arredio. Até os parentes estavam nadando naquela maré de sangue, violência e tensão junto com os lobos, sem escolhas felizes a fazer apenas seguindo as feras que por tantas vezes pareciam ter certeza de tudo, mas no fundo não tinham certeza de nada tão cegos com aquela guerra que tentava engolir Dover uma só mordida. Aquele breve momento era uma brisa quente que ela precisava ter antes de tudo ser apenas sangue e escolhas maldosas.  

    "Quer apostar?"  a resposta ligeira e aquele tom  sarcástico a fazem rir. “Eu sou pai. Você vai ver." Chloe o  olhou com uma expressão mordaz. Ouvi-lo a fez sentir uma fisgada no coração pensando naquelas crianças nos três que eram só dela, Chloe nunca pensou em dividi-los com ninguém, mas sabia que os dois em seu ventre precisavam de um pai que faria o que pudesse por eles e isso era o melhor presente que poderia oferecer.

    "Queremos ter função. Queremos ter porque. Mas não há, então 'por quem' tem que servir e não queremos ser roubados disso. Ou é outra coisa."


    Ele dá de ombros olhando a rua, mas ela o olha com interesse genuíno naquelas palavras antes de parar em um sinal qualquer.  

    "Tem o telefone dela? Dá sedutora prostituta da da babilônia? Ela deve ser uma garota e tanto." Os olhos vigiando Chloe sem acusações.


    A sobrancelha dela arqueou com divertimento e provocação. - Quem sabe eu passe o número para você, mas cuidado ela pode levá-lo à ruína meu caro William de sorriso afiado.-  Passou a mão pelo rosto dele.  Quando ele respondia “Sim” era como se o resto do mundo ficasse silencioso. Dava pra sentir como se uma fornalha estivesse prestes a devora-la quando ele chegou tão perto. A ruiva teve que recostar-se no banco tentando fugir daqueles olhos que a encaravam. "Sempre temos o voo de volta."  William inclinou-se em cima dela, a mão nem pedia permissão, não precisava pedir e  ficou arrepiada com o toque. Logo em seguida o som do cinto foi um puxão de volta a realidade.  Queria provoca-lo do mesmo jeito que ele fazia naquele maldito jogo de morde e assopra, de esconde-esconde de intenções, mas ali quem estava em desvantagem é a ruiva sem coragem para ir além ou falar o que realmente queria.




    ***




    Kate tinha razão, tarde demais em vários aspectos, Chloe deu passos inconsequentes em Dover, nunca esteve nos seus planos se envolver com William e muito menos que as coisas com James ficassem complicadas. A compaixão na voz da outra e as mãos firmes passam pra ruiva alguma segurança que fez seu coração aquecer.  O irraka fala como quem quer explanar um assunto no intuito de desviar de quem escuta suas reais intenções e quem sabe preocupações. Olhou as estátuas com interesse, apreciava arte e acabou lembrando-se do escultor Lorenzo Bernini, mesmo sem querer aquilo lhe trouxe lembranças de uma viagem com o marido que durou apenas quatro dias, assim que casaram os pais de ambos disseram que tinha que ter um tempo só pra eles. Tinham convicção que ela voltaria grávida. Adorava “O Rapto de Proserpina” de Bernini que apresenta o sequestro de Proserpina, ou Perséfone, pelo deus Plutão ou Hades . No início do século XVII, o famoso patrono das artes, o Cardeal Scipione Borghese, encarregou Bernini de esculpir uma versão dessa história. Era simplesmente impossível ignorar a força da escultura e foi algo marcante para Chloe quando os dois puderam agir como pessoas comuns, um casal qualquer em uma viagem romântica e sem nada de sobrenatural. Embora de fato não estivessem sozinhos, durante aqueles quatro dias ainda assim pode sentir que ele esforçou-se para ser nada além de um marido tentando agradar a esposa.

    -Não deve ser tedioso ser objeto de estudo, despir-se de si mesmo em prol da arte, revelar-se por inteiro ao mundo e eternizar-se através dos olhos do artista.-  Falou com humor querendo toca-lás. Antes que pudesse fazê-lo escutou ele falar “Ela”.  Chloe ia tocar uma delas como uma menina curiosa em um mundo místico, mas logo ficou quieta cheia de expectativa. - Falar como um parto é diferente de dizer que é um parto de fato.- Torcia a boca em provocação e tentando manter-se calma. Sentiu as mãos trêmulas, estava ansiosa e por mais que quisesse ficar tranquila não conseguia. Os passos ecoam e Kate tem aquele timbre irritado, a ruiva olha a outra imaginando que William não tinha dito nada da maneira que devia. Lá vem ele com aquela explicação torta, entrelinhas que a deixou com vontade de mordê-lo com força, as crianças chutam impacientes  e ela faz uma careta. Ouvindo os nomes que ele dizia, o tom cheio de naturalidade, no fundo talvez ele quisesse manter as duas ali tranquilas e Chloe apreciava aquilo. -Ele sempre provoca.- Falou aquilo sem realmente dar peso às palavras é o tipo de coisa corriqueira que se diz a alguém que já conhecia a fama do outro. Olhou o jardim enquanto contava mentalmente até às dez, estava nervosa e um feixe de memória a fez pensar nos pais. Os queria com ela, mas não podia tê-los naquele momento, tinha que confiar no irraka e nos outros ali mesmo que fosse andar no escuro.
    Quando a mulher surge, Chloe a observa, gosta da cor dos cabelos dela, ondas de ébano em contraste com uma pele branca demais. Os olhos escuros lembrando onix e ao lado dela dois homens que são  difíceis de ignorar. Então olha mais para  Melusine dando se conta que as estátuas são dela e ricamente detalhadas como se o escultor tivesse devoção por sua musa ou quem sabe fosse apenas a lua de Chloe sussurrando coisas que a fazem deixar a imaginação fluir. A gibosa os olhou depois ficou ouvindo o lua nova com suas palavras cheias de mel e a pergunta dele pareceu deixar a ruiva em alerta. Ela não disse nada encantada com Melusine porém não entendia porque os dois homens ali. - Prazer!- Foi tudo que disse em um tom educado.  William a conhecia, Chloe se deu conta que os dois homens a olhavam como se pudessem decorar cada detalhe e isso a faz encará-los preocupada. Era notório que ficou ansiosa, quase teve vontade de correr, mas seus pés ficaram ali tão enraizados quantos as plantas do lugar e quando ouvi a resposta de um deles queria escapar dos olhos que pareciam verter mel. O outro parecia amenizar tudo como se ali nada tivesse que ganhar outro tipo de caminho além daquele planejado por Melusine. O loiro oferece a mão e ela agia com educação retribuindo o gesto. Percebeu também que Kate por sua vez parecia apreciar a hostilidade contra William. A roupa da anfitriã é diferente, o brilho, as linhas que criam caminhos e acessórios que a faziam ser fácil de lembrar caso a encontrasse em uma rua qualquer ou festa. Melusine e William vão indo, Chloe assentiu caminhando logo atrás perto de Kate. Ao chegarem em uma porta dupla que dá pra uma sala pequena ocupada por duas estátuas, ambas de casais, a cahalith lembra da  escultura de Bernini que retratava Apolo e Dafne. Logo uma escada descia em degraus largos e altos que a fizeram reforçar os cuidados ao descer. Olhava tudo em um misto de encantamento e tensão que a deixam com um ar enigmático. “Um loci?!” Sentia um arrepio frio ondulando em sua pele até que chegaram agora ao fim do caminho onde uma sala com uma forma difícil de definir e cheia de desenhos faziam os olhos dela se perderem em tudo. Tentava entender ou encontrar significado. O bloco de pedra circular e ao seu lado uma calma alta de madeira que não oferecia convite algum. A mulher fala e faz Chloe olhar para ela como se buscasse todas as respostas de uma vez só. - O que vai acontecer agora?- A pergunta é ingênua e a voz soava preocupada. A atmosfera do lugar a fazia passar a mão na barriga de maneira protetiva. Sentiu como se estivesse prestes a fazer parte de um ritual perdido, uma coisa cheia de palavras impronunciáveis pela língua humana ou algo que só podia ser lido nos livros H. P. Lovecraft. Então estremeceu de maneira inconsciente tentando agarrar-se na fé que tudo daria certo. Olhou os dois homens descalços, depois para William e Kate até que foi para cama sentindo-se à mercê de  Melusine.

    Estátuas que Chloe cita:
    Como a jogadora tá nesse momento :
    Chloe Moore
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    Mensagem por Wordspinner Seg Jun 20, 2022 9:04 pm

    Chloe: Quem sabe eu passe o número para você, mas cuidado ela pode levá-lo à ruína meu caro William de sorriso afiado.-

    "Vamos descobrir." Com a leve e despreocupada calma de sempre.

    --

    Chloe: -Não deve ser tedioso ser objeto de estudo, despir-se de si mesmo em prol da arte, revelar-se por inteiro ao mundo e eternizar-se através dos olhos do artista

    "Fica naquela posição por dez horas todos os dias." Ele aponta uma estatua em tom de brincadeira. Tinha um pouco de pena na voz também. Como se a pedra sofresse por estar parada.

    Chloe: Falar como um parto é diferente de dizer que é um parto de fato.

    "O homenzinho esperto não sabe o que fala." Era Kate com mais provocação que veneno.

    "As duas se juntam contra mim tão rápido! Que emoção." Os olhos se apertam saltando de uma para a outra com suspeita. "Me digam depois então o quão ordinário vai ser." Debochado e desafiador, o exato retrato de alguém pronto para dizer 'eu te avisei'.

    Chloe: O que vai acontecer agora?-

    "Uma pergunta tão boa quanto qualquer outra." Diz o homem loiro cheio de apreciação. Parando de murmurar para responder enquanto o negro continuava.

    "A única pergunta, não é?" O homem negro com sua grave e séria. Ele só começa a falar quando o loiro volta a murmurar.

    "Em resumo vamos retirar os bebês de você mantendo a placenta segura e intacta. Uma cesarian glorificada." O loiro novamente com humor calmante. Ainda alternando com o outro.

    "A pedra não foi feita para isso, mas vai servir. Ela vai fazer o seu trabalho usando sangue. O sangue de vocês é o melhor para isso." Melusine falava como uma professora que testava até onde podia ir com seus alunos. "William trouxe um pouco, vamos retirar um pouco do seu depois do procedimento, mas qualquer sangue humano serve. Mas imagino que a doutora Katherine não foi escolhida somente por sua expertise e sem pela sua capacidade de recuperação." Ela olha triunfante para William. E Kate fica franze cenho em irritação. Mas estava claramente fascinada com o que aquilo significava.

    "Vou precisar de equipamentos." Diz a médica. "Vou precisar de um monte de coisas." Claramente já fazendo a lista de tudo que poderia ser necessário.

    "Vai ter tudo que precisa Kate. Essas crianças são família. Eu só não tinha tudo no bolso. Mas vai ter. Melusine disse que vai poder usar um quarto mais acessível com eletricidade e espaço. Não, é?" Ele pergunta no fim, mas não espera ela responder. "Ainda são algumas semanas para o o fim do parto?!" Não era bem uma pergunta. Não tinha um tom real de confusão também. Era fingido para instigar as Duas. "A primeira parte tem que ser aqui. Melusine, a especialista no assunto disse que é o melhor lugar de todos. Depois que as crianças estiverem na sua pedra de aluguel, eu as levo para o quarto. Eu sei, sua cabeça tá fervendo com as possibilidades de assistir tão de perto e sem barreiras." Ele pisca para Kate.

    "Vamos precisar muito da sua colaboração." Melusine retoma a palavra. "A doutora trouxe alguns sedativos como foi pedido, mas devido a sua natureza eles vão fazer pouco efeito se não se esforçar para deter o seu metabolismo. Não queremos surpresas. Não podemos ter que lidar com movimentos súbitos..." William sussurra "Assassinatos involuntários..." Piscando para Chloe. "...dito isso..." Ela continua um pouco mais alto. "Vai ficar acordada durante todo o processo. Precisamos de você acordada. Não acredito que venha a sentir qualquer dor, mas a intrusão pode ser o suficiente para botar todos em risco caso esteja desacordada ou confusa. Compreende? Queremos todos sair vivos daqui. Não estamos em um lugar de morte e não quero que se torne." A mulher mantém os olhos negros em Chloe com foco quase enervante. Ela não desviava. Estava completamente atenta a cahalith. Ela deixa os segudos se alongarem. Todos deixam, esperando alguma resposta.

    --

    "Podemos começar" Os dois homens em unissono. Eles estavam ao lado da cada de madeira e ajustavam amarras de couro e metal na mesma.

    "Eu vou estar aqui o tempo todo." William dizia ao lado de Chloe. Bem perto. A mão aberta na frente dela como um convite para uma dança.

    Kate olhava tudo excitada e ansiosa. Melusine esperava com curiosidade e resignação. Uma estranha combinação, muito diferente do negro e do loiro que pareciam ansiosos como crianças na entrada de um parque de diversões.






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    Mensagem por thendara_selune Seg Jun 20, 2022 11:48 pm



    Falas Will em verdinho claro ou seria uma azul pastel  tongue Kate e demais npcs em rosa  Cool




    "Fica naquela posição por dez horas todos os dias." Ele aponta uma estátua em tom de brincadeira. Tinha um pouco de pena na voz também. Como se a pedra sofresse por estar parada.

    Ela o olhou como se fosse uma menina pequena querendo recrutar, mas depois sentiu o corpo amolecer um momento e forçou a mente a não entrar em parafuso.


    "O homenzinho esperto não sabe o que fala." Era Kate com mais provocação que veneno.

    "As duas se juntam contra mim tão rápido! Que emoção." Os olhos se apertam saltando de uma para a outra com suspeita. "Me digam depois então o quão ordinário vai ser." Debochado e desafiador, o exato retrato de alguém pronto para dizer 'eu te avisei'.


    -Mais provocação, devia dar aulas sobre.- O tom dela tem um humor contido pensando no que vinha depois. -Ele sabe onde pisa, mas não sabe quando parar de mordiscar onde não deve.- Dava com ombros enquanto andava.



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    "Uma pergunta tão boa quanto qualquer outra." Diz o homem loiro cheio de apreciação. Parando de murmurar para responder enquanto o negro continuava.


    Ela os escuta como se estivesse abrindo um envelope vermelho com aqueles selos macabros, era difícil não ter medo, acreditava que por ser uratha agora podia controlar melhor as coisas, mas em resposta sentia seu coração afundar um pouco mais.

    .Os chutinhos de novo, pareciam saber o que ia acontecer ou quem sabe estivessem pedindo para ela desistir. O loiro fala sobre a cesariana Chloe ficou tensa.  Manteve seu olhar cuidadosamente concentrado nele enquanto buscava em sua memória casos parecidos com o seu de alguma maneira. Imaginou que seria algo parecido com um parto empelicado em que o bebê nasce ainda dentro do saco amniótico intacto. Era algo bem raro e geralmente ia parar em revistas científicas, mas ela sendo uratha a coisa toda era ainda mais complexa. Aquilo era um gatilho que fazia sua mente buscar uma explicação lógica, porque estava com medo. Depois indicavam que a pedra teria um papel fundamental  a fazendo olhar para aquilo sem saber o que pensar. Chloe  passou as mãos pelos braços devagar como quem acalenta a si mesma.  Foi então que imaginou que o ferimento de William pudesse ser parte do tal preço. Quando  o nome de Kate é mencionado acaba fazendo um paralelo com a habilidade de Silvia.

    -Pedra de aluguel? Como ela pode ajudar os bebês?-
    A voz dela é baixa. Os belos olhos âmbar da cahalith se estreitaram esperando respostas que talvez não fossem respondidas com a exatidão que ela queria.
    Escuta Kate falando e concorda com ela sobre tudo que dizia.  William mais uma vez respondia como se tivesse calculado tudo com exatidão. Melusine falava e esperava uma resposta que a ruiva oferece tentando esconder sua hesitação  -Faço qualquer coisa por eles.- Passou a mão na barriga." William sussurra "Assassinatos involuntários..." Piscando para Chloe. " Ela sente um frio na espinha lembrando da noite da mudança instintivamente olhando pro teto como se esperasse um sorriso prateado que mais parecia uma adaga maldosa à espera de sangue. Melusine vai explicando tudo com uma postura catedrática.  Assentiu com a mulher sentindo-se ansiosa, já assistiu cesarianas antes assim como os partos sem grandes intervenções, mas agora era ela no papel de parturiente que estava forçando deliberadamente aquele momento em prol da segurança das crianças em seu ventre. Os olhos negros ficam presos a Chloe e passam para ruiva a sensação de olhar para um abismo de sentimentos indecifraveis. A ruiva nem tenta ler mais no semblante da mulher que parecia gostar de se vestir de estrelas.  -Eu compreendo. - As palavras estremecem no ar.


    "Eu vou estar aqui o tempo todo." William dizia ao lado de Chloe. Bem perto. A mão aberta na frente dela como um convite para uma dança.

    A gibosa deu uma imitação frágil de seu sorriso confiante. - Eu sei disso William.- Os olhos agradecem genuinamente e observam Kate por um breve instante.


    "Podemos começar" Os dois homens em uníssono. Eles estavam ao lado da cama de madeira e ajustavam amarras de couro e metal na mesma.


    Cahalith não se sente constrangida e se despia devagar. Dobrando as roupas e colocando-as no chão em um canto qualquer. Sentiu o frio arranhando sua pele, o coração batendo forte e ansioso.  Era como se mergulhasse em um lago escuro e afunda-se lentamente. Podia jurar que não tinha mais ossos como se fosse feita de vapor que nublou tudo ao redor  Aceitou o que eles fariam com ela e tentava dispersar o medo pelo que estava prestes a acontecer. Chloe se sentia como um pássaro sustentado por correntes de ar incertas como se a luz do dia se dissipasse para deixá-lo voar sozinho na escuridão ou em queda livre.  
    Deixou escapar um suspiro trêmulo. Olhou Kate e no lugar dela também estaria animada para ver tudo de perto. Torcia que desse certo, mas  o medo ficava a circundando cheio de divertimento quase podia ouvir uma risadinha maldosa na sua mente.   “ Você matou todos eles, comeu um por um e agora busca um caminho para os seus nascerem ilesos enquanto os outros nunca terão a mesma chance! Menina má, fera terrível e cruel que devorou todos eles sem hesitar.” Fechou os olhos como quem quer espantar um pesadelo que bate com força na porta e respira fundo de novo. A imagem dos pais percorria sua mente de novo, lembrou de si mesma quando criança correndo pelo jardim e sol brilhando aconchegante enquanto dois olhos azuis intensos brilhavam em um ponto distante.

    Valeu a postagem e mega curiosa pra cacete pra saber oq vai rolar <3






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    Mensagem por thendara_selune Ter Jun 21, 2022 10:18 am



    Falas Will em verdinho claro ou seria uma azul pastel  tongue Kate e demais npcs em rosa  Cool

    OFF: A postagem anterior a essa você pode deletar narrador pq tinha umas coisinhas que queria mudar Cool

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    "Fica naquela posição por dez horas todos os dias." Ele aponta uma estátua em tom de brincadeira. Tinha um pouco de pena na voz também. Como se a pedra sofresse por estar parada.

    Ela o olhou como se fosse uma menina pequena querendo retrucar, mas desistia um segundo depois.


    "O homenzinho esperto não sabe o que fala." Era Kate com mais provocação que veneno.

    "As duas se juntam contra mim tão rápido! Que emoção." Os olhos se apertam saltando de uma para a outra com suspeita. "Me digam depois então o quão ordinário vai ser." Debochado e desafiador, o exato retrato de alguém pronto para dizer 'eu te avisei'.


    -Mais provocação, devia dar aulas sobre.- O tom dela tem um humor contido pensando no que vinha depois. -Ele sabe onde pisa, mas não sabe quando parar de mordiscar onde não deve.- Dava com ombros enquanto andava.



    Like a Star @ heavenLike a Star @ heavenLike a Star @ heaven


    "Uma pergunta tão boa quanto qualquer outra." Diz o homem loiro cheio de apreciação. Parando de murmurar para responder enquanto o negro continuava.


    Ela os escuta como se estivesse abrindo um envelope vermelho com aqueles selos macabros, era difícil não ter medo, acreditava que por ser uratha agora podia controlar melhor as coisas, mas em resposta sentia seu coração afundar um pouco mais.

    Os chutinhos de novo, pareciam saber o que ia acontecer ou quem sabe estivessem pedindo para ela desistir. O loiro fala sobre a cesariana Chloe ficou tensa.  Manteve seu olhar cuidadosamente concentrado nele enquanto buscava em sua memória casos parecidos com o seu de alguma maneira. Imaginou que seria algo parecido com um parto empelicado em que o bebê nasce ainda dentro do saco amniótico intacto. Era algo bem raro e geralmente ia parar em revistas científicas, mas ela sendo uratha a coisa toda era ainda mais complexa. Aquilo foi um gatilho que fazia sua mente buscar uma explicação lógica, porque estava com medo. Depois indicavam que a pedra teria um papel fundamental  a fazendo olhar para aquilo sem saber o que pensar. A gibosa passou as mãos pelos braços devagar como quem acalenta a si mesma.  Foi então que imaginou que o ferimento de William pudesse ser parte do tal preço que ele disse. Quando  o nome de Kate é mencionado acaba fazendo um paralelo com a habilidade de Silvia.

    -Pedra de aluguel? Como ela pode ajudar os bebês?-
    A voz dela é baixa. Os belos olhos âmbar da cahalith se estreitaram esperando respostas que talvez não fossem respondidas com a exatidão que ela queria.
    Escuta Kate falando e concorda com ela sobre tudo que dizia.  William mais uma vez respondia como se tivesse calculado tudo com exatidão. Melusine falava e esperava uma resposta que a ruiva oferece tentando esconder sua hesitação  -Faço qualquer coisa por eles.- Passou a mão na barriga." William sussurra "Assassinatos involuntários..." Piscando para Chloe. " Ela sente frio na espinha lembrando da noite da mudança instintivamente olhando pro teto como se esperasse um sorriso prateado que mais parecia uma adaga maldosa à espera de sangue. Melusine vai explicando tudo com uma postura catedrática.  Assentiu com a mulher sentindo-se ansiosa, já assistiu cesarianas antes assim como os partos sem grandes intervenções, mas agora era ela no papel de parturiente que estava forçando deliberadamente aquele momento em prol da segurança das crianças em seu ventre. Os olhos negros ficam presos em Chloe e passam para ruiva a sensação de olhar para um abismo de sentimentos indecifráveis. Ela nem tenta ler o semblante da mulher que parecia gostar de se vestir de estrelas.  -Eu compreendo. - As palavras estremecem no ar.


    "Eu vou estar aqui o tempo todo." William dizia ao lado de Chloe. Bem perto. A mão aberta na frente dela como um convite para uma dança.

    A gibosa deu uma imitação frágil de seu sorriso confiante. - Eu sei disso William.- Os olhos agradecem genuinamente e observam Kate por um breve instante.


    "Podemos começar" Os dois homens em uníssono. Eles estavam ao lado da cama de madeira e ajustavam amarras de couro e metal na mesma.


    A cahalith não se sente constrangida e se despia devagar. Dobrando as roupas e colocando-as no chão em um canto qualquer. Sentiu o frio arranhando sua pele, o coração batendo forte e ansioso.  Era como se mergulhasse em um lago escuro e afunda-se lentamente. Podia jurar que não tinha mais ossos como se fosse feita de vapor que nublou tudo ao redor  Aceitou o que eles fariam com ela e tentava dispersar o medo pelo que estava prestes a acontecer.
    Deixou escapar um suspiro trêmulo. Olhou Kate e no lugar dela também estaria animada para ver tudo de perto. Torcia que desse certo, mas  o medo ficava a circundando cheio de divertimento quase podia ouvir uma risadinha maldosa na sua mente.   “ Você matou todos eles, comeu um por um e agora busca um caminho para os seus nascerem ilesos enquanto os outros nunca terão a mesma chance! Menina má, fera terrível e cruel que devorou todos eles sem hesitar.” Fechou os olhos como quem quer espantar um pesadelo que bate com força na porta e respira fundo de novo.



    Valeu a postagem e mega curiosa pra cacete pra saber oq vai rolar <3





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